Mês: fevereiro 2018

Monografia-UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF:Perfil do manejo de sedoanalgesia contínua em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Distrito Federal

Monografia-UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF:Perfil do manejo de sedoanalgesia contínua em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Distrito Federal

Autora: Fernanda Arantes Alves Dornelas

Orientadora: Roberta Calheiros Ramos

 

Objetivo: descrever o perfil de uso de analgésicos e sedativos em infusão contínua utilizados em crianças submetidas à ventilação mecânica, internadas em uma UTI pediátrica, avaliando o tempo de uso dessas drogas, as doses diárias utilizadas, o nível de sedação e a incidência de síndrome de abstinência.

Métodos: estudo de coorte prospectivo realizado de janeiro a agosto de 2017, envolvendo crianças em ventilação mecânica (via tubo traqueal) por um período superior a 48 horas, com idade entre 29 dias e 14 anos. Realizada coleta diária da dose dos sedativos e analgésicos e aplicação da escala Confort-Behavior para avaliação do nível de sedação. O diagnóstico de síndrome de abstinência foi definido através da aplicação da escala WAT-1.

Resultados: foram avaliados 52 pacientes, com idade média de 18 meses, tempo médio de sedação contínua de 5,25 dias. A associação de drogas mais frequentemente utilizada foi de midazolam e fentanil (63,4%). A média de pontuação na escala Confort-Behavior foi 13,91 e 46,1% dos pacientes experimentaram pelo menos 1 avaliação indicativa de supersedação. A incidência de síndrome de abstinência foi 27% e nestes foi evidenciado maior tempo de internação na UTI e doses mais elevadas na velocidade de infusão de fentanil (p 0,0166 e 0,0479, respectivamente).

Conclusões: pode-se constatar que foram utilizadas doses relativamente baixas de sedativos, motivo pelo qual possivelmente houve baixa incidência de síndrome de abstinência. A incidência de supersedação foi maior do que a de sedação subótima. Assim como descrito na literatura, evidenciou-se maior tempo de internação em UTI e doses diárias mais elevadas de fentanil nos pacientes diagnosticados com abstinência.

Efeito do atraso na análise dos parâmetros do líquor cefalorraquidiano

Efeito do atraso na análise dos parâmetros do líquor cefalorraquidiano

Effect of delay in analysis on neonatal cerebrospinal fluid parameters.

Rajesh NT, Dutta S, Prasad R, Narang A.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2010 Jan;95(1):F25-9. doi: 10.1136/adc.2008.150292. Epub 2009 Aug 10.PMID:19671531Similar articles

Apresentação: Ricardo Daher, Rafael Maciel, Tiago Vieira, Narcélio Filho (6a Série)

Coordenação: Paulo R. Margotto

Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF

O LCR é um líquido corporal lábil. É Fortemente recomendado que a análise seja imediata.O estudo prevê formas de contornar o problema. As conclusões não podem ser validadas por punções traumáticas. Os fatores que influenciam a queda dos níveis de glicose no LCR e o mecanismo de interação entre células brancas e proteínas no LCR ainda não estão claras. Com a melhor compreensão destes processos, ficará mais fácil diagnosticar A meningite neonatal

Monografia-UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF: Perfil epidemiológico de infecção invasiva por Candida spp em recém-nascidos no Hospital Materno Infantil

Monografia-UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF: Perfil epidemiológico de infecção invasiva por Candida spp em recém-nascidos no Hospital Materno Infantil

Pesquisadores: Henrique Yuji Watanabe Silva¹ e Felipe Teixeira de Mello Freitas²
1- Médico residente em terapia intensiva pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília,
Brasília, Distrito Federal, Brasil.
2- Médico infectologista, chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Materno
Infantil de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

A epidemiologia da Candidíase Invasiva (CI) varia em diferentes regiões e frequentemente de hospital para hospital em uma mesma região. Estudos locais são importantes no intuito de obter dados epidemiológicos e perfil de resistência de cândida a antifúngicos. Esse foi o primeiro estudo epidemiológico específico sobre CI na UTIN do HMIB. Os dados locais de candidemia invasiva fornecem substrato para reflexão quanto ao uso racional de antibióticos, cateteres venosos e da necessidade de suspeição clínica da doença. Também leva à reflexão quanto à estratégia de uso profilático de antifúngicos em casos de alto risco de desenvolvimento da doença como naqueles submetidos à cirurgia abdominal. Limitações do nosso estudo foram principalmente relacionadas com a natureza retrospectiva do trabalho e com a limitação de seguimento dos pacientes. Várias limitações são reportadas em outros estudos retrospectivos de candidemia, onde o viés de seleção pode se dar pela falta de registros médicos, dados incompletos de pacientes sobre dados demográficos, estado clínico e causa da morte, além da inabilidade de realizar supervisão de culturas, intervenções preventivas e tratamento no tempo correto para candidíase invasiva. O nosso estudo não teve grandes perdas de dados procurados, mas foi prejudicado por falta de insumos na rede de Secretaria de Saúde do Distrito Federal no período, com possíveis casos não identificados por falta de frascos de hemocultura e fungiograma. É importante ressaltar que quando disponíveis os frascos de hemocultura eram priorizados aos pacientes graves (que incluía os paciente com suspeita de candida invasiva). Não fizemos análises para identificação do quanto os fatores risco foram contribuintes para o desenvolvimento de CI, por não apresentar dados específicos de pacientes não infectados na UTIN do HMIB (sem grupo controle). Não foi objetivo do estudo avaliar a morbidade e implicação da CI no desenvolvimento cognitivo e motor das crianças a curto e longo prazo.

Meningite Neonatal: patogênese a prevenção da lesão do Sistema Nervoso Central

Meningite Neonatal: patogênese a prevenção da lesão do Sistema Nervoso Central

Neonatal Meningitis: Pathogenesis and Prevention of Central Nervous System Injury

Richard A. Polin M.D. Morgan Stanley Childrens Hospital Columbia University

Apresentação Original ocorrida no Simpósio Internacional de Neonatologia, São Paulo, Grupo Santa Joana, 14-16 de setembro de 2017.

Polin R (2017) acredita que a punção lombar provavelmente não deveria fazer parte dos exames rotineiros na suspeita de sepse de início precoce em recém-nascidos com aparência saudável. É difícil distinguir os bebês sem condições de infecção daqueles com sepse de início precoce. A meningite é muito improvável em lactentes com condições não infecciosas óbvias (por exemplo, doença da membrana hialina, taquipnéia transitória do recém-nascido) ou quando não há fatores de risco para sepse.  E nos pacientes sintomáticos?

★ a meningite está presente em 10-25% de bebês bacterêmicos.

★ até 1/3 de bebês com meningite têm hemoculturas negativas (assim sendo a decisão de fazer punção lombar não pode ser baseada em resultados de hemocultura).

Portanto, a punção lombar  não deve ser uma parte rotineira do processo de sepse precoce, mas deve ser feito seletivamente.

E na sepse de início tardio? Estudo retrospectivo de 9641 lactentes 6056 tiveram ≥ 1 hemocultura e e 2877 ≥ 1 punção lombar) além do dia 3 mostrou:.

★ a meningite esteve presente em pelo menos 5% das crianças com suspeita de sepse de início tardio;

★ 1/3 das crianças com meningite apresentaram hemoculturas negativas.

Portanto, nestes recém-nascidos a   punção lombar deve ser feita seletivamente.

Punção lombar seletiva:  A punção lombar deve ser utilizada seletivamente para bebês tanto com hemocultura positiva ou com alta probabilidade de sepse bacteriana ou fúngica (com base em sinais clínicos ou dados laboratoriais) ou lactentes que não respondem terapia antibiótica convencional da maneira usual.

Na sepse tardia sempre realizamos a punção lombar quando as condições do bebê permitem.

Avaliação ultrassonográfica da anatomia da espinha lombar em recém-nascidos: Implicações para ótima performance da punção lombar

Avaliação ultrassonográfica da anatomia da espinha lombar em recém-nascidos: Implicações para ótima performance da punção lombar

Ultrasound evaluation of lumbar spine anatomy in newborn infants: implications for optimal performance of lumbar puncture.

Oulego-Erroz I, Mora-Matilla M, Alonso-Quintela P, Rodríguez-Blanco S, Mata-Zubillaga D, de Armentia SL.J Pediatr. 2014 Oct;165(4):862-5.e1. doi: 10.1016/j.jpeds.2014.06.038. Epub 2014 Jul 22.PMID:25063721Similar articles

Apresentação :Cássio Cibreiros, Paulo Victor Pereira (6a Série)

Coordenação: Paulo R. Margotto

Faculdade de Medicina da Uniersidade Católica de Brasília

  • Este é o 1º estudo a analisar o ângulo de entrada da agulha em RN.
  • Um estudo anterior, através do US acessou ao ângulo de entrada da agulha em crianças e incluiu somente 5 RN .
  • Os resultados do presente estudo mostra que o ângulo de entrada da agulha de 65° – 70° é o ideal para todas as posições e idades gestacionais.
  • Ausência de LCR visível no US ou estreitamento do espaço subaracnoideo resultam em uma PL muito difícil ou impossível.
  • Obstrução do bisel da agulha pelos nervos raquidianos podem causar sangramento na PL.Por estas razões, aumentando o espaço subaracnóide pode facilitar a obtenção do LCR e reduzir a incidência de sangue no LCR.
  • O presente estudo mostra que na posição sentada e com flexão do corpo há um aumento do espaço subaracnóideo (SSW)
Posição do recém-nascido na Unidade de Cuidado Intensivo para a punção lombar como determinado pela ultrassonografia ao lado do leito

Posição do recém-nascido na Unidade de Cuidado Intensivo para a punção lombar como determinado pela ultrassonografia ao lado do leito

Positioning of infants in the neonatal intensive care unit for lumbar puncture as determined by bedside ultrasonography

 Selim Öncel,  Ayla Günlemez,  Yonca Anık, Müge Alvur (Turquia). Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2013;98:F133–F135

O que este estudo acrescenta: A posição sentada com as pernas flexionadas é    suficientemente segura para a realização da punção lombar (PL) de recém-nascidos doentes. Desde  que a posição sentada com as pernas flexionadas   fornece  maiores espaços interespinhosos, esta posição poderá ser útil na melhora da taxa de sucesso da PL  nos recém-nascidos

Hemorragia peri/intraventricular no recém-nascido pré-termo

Hemorragia peri/intraventricular no recém-nascido pré-termo

Capítulo de autoria dos Drs. Paulo R. Margotto/ Joseleide de Castro,   da 4a Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco. Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília,SES/DF, 4a Edição, 2021 .

A despeito dos avanços nos cuidados perinatais nas últimas décadas, o recém-nascido (RN) pré-termo continua de alto risco para o desenvolvimento de hemorragia intraventricular e lesão da substancia branca adjacente. Ambas as condições constituem o maior problema no cuidado neonatal moderno e contribuem significativamente para a morbimortalidade nestes RN, assim como déficits neurocomportamentais a longo prazo.

A HIV é estudada há mais de 25 anos. A sua incidência está relacionada à prematuridade, ao aumento da sobrevivência nos RN com peso ao nascer abaixo de 1000g e, sobretudo às práticas neonatais e a gerência dos serviços obstétricos e neonatais.  Em 1978, Papile e cl relataram uma incidência de 35 – 45 % (1 ¤ 3 a 1 ¤ 2 das autópsias) nos RN com peso ao nascer abaixo de 1500g. Atualmente, as formas mais severas de HIV ocorrem nos RN abaixo de 1000g: aproximadamente 26% nos RN entre 501 e 759g e 12% nos RN com peso ao nascer entre 751 e 1000g. A importância desta informação se deve por duas razões: a sobrevivência dos RN nestas faixas de peso aumenta cada vez mais e tanto a mortalidade como os déficits neurocomportamentais ocorrem com maior probabilidade nos RN com severa HIV. Nos RN <32 semanas, Inder e cl relataram uma incidência entre15-25% e Brower e cl, 5,6%

Na Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF, no ano de 2008, a HIV (todos os graus) ocorreu em 11.6% nos RN entre 26 e 34 semanas de idade gestacional. Estudo da nossa Unidade, em 2011 mostrou uma incidência de HIV graus II-IV em 20% nos RN entre 25-27 semanas 6 dia, 11% entre 28-29 semanas 6 dias,   caindo para 1,3% entre 30 semanas e 31 semanas e 6 dias.