Monografia da Neonatologia-2024 (HMIB/SES/DF):AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL E DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ANTES E APÓS A INSTAURAÇÃO DE PROTOCOLO MULTIPROFISSIONAL DE VACINAÇÃO
ALDO ROBERTO FERRINI FILHO
COLABORADORES: LUDMYLLA DE OLIVEIRA BELEZA, PRISCILA RABELO GUIMARÃES, GABRIELA OLIVEIRA ALVES E VITÓRIA MENDES DE LIMA
ORIENTADOR: CARLOS ALBERTO MORENO ZACONETA
Introdução: O sistema imune do recém-nascido é considerado um agente em estruturação e desenvolvimento, que evolui de forma gradual. É possível iniciar o calendário vacinal do recém-nascido prematuro mesmo durante a internação hospitalar. Sendo recomendado que todos os prematuros que forem imunizados durante internação hospitalar em unidades neonatais sejam monitorados por 48 horas. Objetivo: Avaliar a cobertura vacinal em uma unidade de terapia intensiva neonatal antes e após a instauração de protocolo multiprofissional de vacinação e avaliar possíveis eventos adversos pós vacinação. Metodologia: estudo do tipo transversal, prospectivo, a fim de observar o impacto e da implementação de um protocolo de vacinação em uma UTIN de referência. Foi estruturado um grupo de atuação para elaboração de um protocolo sistematizado, seguindo o calendário de vacinação do Ministério da Saúde. Os eventos adversos foram avaliados por meio de análise em prontuário médico e relatórios de enfermagem, durante a realização da dose da vacina e até 48 horas após. Resultados: durante o período do estudo, 40 pacientes se encontravam elegíveis para vacinação, desses, 28 foram vacinados, o que corresponde a 70% desta amostra. Foi realizado um total de 67 aplicações de doses de vacinas, sendo elas: Hexavalente acelular (Hexa acelular), Pneumocócica conjugada (VPC10) e Meningocócica C conjugada (MenC). Discussão: Em 2021, foi realizada uma pesquisa neste serviço que evidenciou, no período daquele estudo, que nenhum paciente elegível para vacinação recebeu o esquema completo para sua idade gestacional, sendo que 91% dos pacientes eram elegíveis somente um paciente (4,5%) realizou dose de vacina, ainda fora da UTIN. Durante a implementação do protocolo, houve um aumento considerável na vacinação de pacientes elegíveis dentro do ambiente da UTIN. Refletindo um impacto positivo na prescrição de vacinas pela equipe assistencial no período. Todos os pacientes que receberam dose de vacina foram avaliados por 48 horas, e tiveram registrados em prontuário possíveis sinais ou sintomas relacionados a eventos adversos, nenhum paciente apresentou evento adverso grave pós vacinação. Conclusão: Após o estabelecimento de um protocolo de vacinação na nossa unidade, houve um aumento considerável da cobertura vacinal na UTIN, com impacto positivo na vacinação de recém-nascidos ainda em regime hospitalar. Não houve a presença de nenhum evento adverso grave pós vacinação nos pacientes da amostra, o que reforça a segurança na oferta dessas vacinas, principalmente no ambiente controlado de uma UTIN.