Categoria: Monografias-UTI Pediátrica-2023

MONOGRAFIA UTI PEDIÁTRIA-HMIB(2024): ESTUDO OBSERVACIONAL DESCRITIVO DA MECÂNICA VENTILATÓRIA EM CRIANÇAS INTERNADAS COM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

MONOGRAFIA UTI PEDIÁTRIA-HMIB(2024): ESTUDO OBSERVACIONAL DESCRITIVO DA MECÂNICA VENTILATÓRIA EM CRIANÇAS INTERNADAS COM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

Thaís Mendonça Barbosa. Orientador:  Alexandre Peixoto Serafim.


Introdução: A Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é uma doença respiratória comum, autolimitada, que acomete as vias aéreas em crianças menores de 2 anos. A maioria dos bebês apresenta uma forma clínica leve, porém a doença costuma ser mais grave em lactentes jovens, recém-nascidos prematuros e em crianças com doenças de base. Os desafios reais nesta situação estão relacionados à redução da morbidade, especialmente por lesões induzidas pela ventilação mecânica (VM).

Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes e características da mecânica ventilatória de lactentes na fase aguda de BVA grave submetidos à VM.

Métodos: Revisão de dados do prontuário de pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Terciário, no período de abril a julho de 2023 com diagnóstico de BVA, definido por critérios clínicos e que necessitaram de ventilação mecânica.

Resultados: Amostra com 28 pacientes com BVA grave submetidos à VM, com mediana de idade de 3 meses (1,0-4,25), 54% dos pacientes apresentavam painel viral positivo para VSR. Identificados históricos clínicos, como prematuridade (14%), quadro prévio de BVA (32%) e intubação prévia (25%). A mediana de tempo de VM foi de 6 dias (5-8) e tempo de internação de 9,5 dias (7-14). Foram avaliados parâmetros da VM com Ppico de 22 (21-24,5), PEEP de 6,5 (6-7), FR de 35 (33,7- 35) e FiO2 de 35% (30-41,2); com volume corrente ajustado pelo peso de 6,3 (5,5-6,7) ml/kg e driving pressure de 13,4 (12,2-14,9). Em relação aos aspectos da mecânica ventilatória, verificamos que os pacientes apresentaram valores elevados de resistência dinâmica (Rdyn) 73 (58-86), e reduzidos de complacência estática pelo peso (Cs/P) 0.47 (0.36-0,52). Verificamos ainda que um histórico de intubação prévia apresentou diferença significativa no tempo de VM, tempo de internação e nos valores de Rdyn.

Conclusão:A bronquiolite viral aguda tem apresentado redução de mortalidade, com valores menores que 5%1,8, porém, os desafios atuais estão relacionados à redução da morbidade da doença e à redução das lesões induzidas por ventilação mecânica.Quadros graves de BVA podem apresentar alterações significativas na mecânica ventilatória como aumento do trabalho respiratório, complacência pulmonar reduzida e resistência elevada.Reconhecer fatores de risco para maior gravidade, assim como reconhecer aspectos que possam interferir na mecânica ventilatória de acordo com o perfil de cada paciente pode auxiliar no melhor manejo do quadro.A monitorização da mecânica respiratória pode representar uma ferramenta útil para orientar a estratégia ventilatória a ser adotada em pacientes com BVA grave. A interpretação desses dados pode ajudar a adaptar os parâmetros da ventilação mecânica para melhor corresponder a fisiopatologia da doença de acordo com qual componente está predominantemente comprometido.

MONOGRAFIA-2023-Neonatologia:Fatores que impedem a posição canguru na visão de uma equipe multidisciplinar da UTI neonatal de um hospital do Distrito Federal

MONOGRAFIA-2023-Neonatologia:Fatores que impedem a posição canguru na visão de uma equipe multidisciplinar da UTI neonatal de um hospital do Distrito Federal

Lays Silveira Piantino Pimentel. Orientadora: Nathália Falchano Bardal.

Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é o local responsável por receber recém-nascidos de risco. É um local de alta complexidade, em que se utiliza tecnologia de ponta e que pode ser muito assustador para os familiares. Diante de todo esse cenário, é necessário que existam estratégias que visem a humanização do ambiente e o favorecimento do vínculo entre pais e filhos, sendo uma
delas o Método Canguru. Com o objetivo de conhecer os fatores que impedem a aplicação da posição canguru em uma UTIN na visão da equipe multidisciplinar é que foi realizado este estudo.
Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo observacional que foi realizado
com a equipe multidisciplinar que atua na UTIN do Hospital Materno Infantil Dr. Antônio Lisboa, em Brasília, Distrito Federal. O estudo foi realizado através de um roteiro que abordou a temática do método e posição canguru, suas barreiras e facilitadores. Também se quantificou diariamente os bebês que praticaram posição canguru nos plantões. 
Resultados: Participaram do estudo 118 profissionais, a maioria sendo de técnicos em enfermagem, com mais 10 anos de experiência na área. Os profissionais se mostraram conhecedores dos benefícios do Método Canguru. Quanto as barreiras a posição canguru, as mais citadas foram a falta de profissionais na unidade, falta de conhecimento e os pacientes graves e instáveis. Como facilitadores, a equipe sugeriu aumentar a oferta de cursos de capacitação, com contratação de mais profissionais e abordagem dos pais com os benefícios do Método. Discussão: O Método Canguru tem se disseminado ao redor do
mundo há mais de 30 anos. Seus benefícios estão comprovados através de estudos robustos. Os desafios de implementação e barreiras são encontrados no Brasil e no mundo, com diversos estudos dedicados à temática. Barreiras e facilitadores encontrados na literatura são semelhantes a essa amostra.
Considerações finais: A aplicação da posição canguru traz inúmeros benefícios aos pacientes atendidos em UTIN tanto em relação ao vínculo afetivo com seus pais quanto a fatores clínicos e fisiológicos. Estudos voltados ao conhecimento e as dificuldades da equipe multidisciplinar são importantes para aumentar sua frequência na unidade e assim conseguir todos os benefícios do
método.

 

 

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-APRESENTAÇÃO:Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-APRESENTAÇÃO:Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

RESIDENTE: JÉSSICA FAGUNDES RANGEL. ORIENTADORA: DRA. PAULA DE OLIVEIRA ABDO.

A bronquiolite viral aguda (BVA) é definida como infecção do trato respiratório inferior, usualmente causada por vírus, de incidência em lactentes jovens, e que evolui com casos graves em uma parcela dos casos, com necessidade de internação em UTI pediátrica. ¹ Durante a pandemia pelo Sars-COV 2, foi observada uma possível mudança no perfil dos pacientes com diagnóstico de BVA. Há possivelmente maior número absoluto de doentes, e entre estes maior incidência de acometidos por doença grave, com maior tempo de internação e maior incidência de complicações 9,10 . Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Foram coletados dados dos prontuários dos pacientes que estiveram internados de janeiro de 2022 a junho de 2022 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTIP HMIB), através do sistema de prontuário eletrônico do hospital (TrakCare®), respeitando os critérios de inclusão e exclusão para seleção da amostra. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (BVA) após a pandemia pelo SARS-COV 2, no que se refere a tempo de internação na UTIP, uso e tempo de ventilação mecânica e desfecho em pacientes internados. Foram incluídos pacientes de 29 dias de vida a 2 anos de vida, que estiveram internados na UTIP HMIB. Foram excluídos do estudo os pacientes com idade menor ou igual a 28 dias de vida, pois não compõe o perfil de pacientes atendidos pela unidade. A análise dos dados permitiu encontrar nesse estudo associação de risco entre BVA com coinfecção pelo Sars-COV 2 e maior risco para incidência de complicações nestes pacientes. Foi observada mudança na sazonalidade dos casos, com aumento da incidência de casos de BVA por VSR em mais de 500%, em comparação com os anos antes da pandemia pelo Sars-COV 2.

MONOGRAFIA-UTI-PEDIÁTRICA-HMIB-2023: Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

MONOGRAFIA-UTI-PEDIÁTRICA-HMIB-2023: Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

RESIDENTE: JÉSSICA FAGUNDES RANGEL. ORIENTADORA: DRA. PAULA DE OLIVEIRA ABDO.

A bronquiolite viral aguda (BVA) é definida como infecção do trato respiratório inferior, usualmente causada por vírus, de incidência em lactentes jovens, e que evolui com casos graves em uma parcela dos casos, com necessidade de internação em UTI pediátrica. ¹ Durante a pandemia pelo Sars-COV 2, foi observada uma possível mudança no perfil dos pacientes com diagnóstico de BVA. Há possivelmente maior número absoluto de doentes, e entre estes maior incidência de acometidos por doença grave, com maior tempo de internação e maior incidência de complicações 9,10 . Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Foram coletados dados dos prontuários dos pacientes que estiveram internados de janeiro de 2022 a junho de 2022 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTIP HMIB), através do sistema de prontuário eletrônico do hospital (TrakCare®), respeitando os critérios de inclusão e exclusão para seleção da amostra. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (BVA) após a pandemia pelo SARS-COV 2, no que se refere a tempo de internação na UTIP, uso e tempo de ventilação mecânica e desfecho em pacientes internados. Foram incluídos pacientes de 29 dias de vida a 2 anos de vida, que estiveram internados na UTIP HMIB. Foram excluídos do estudo os pacientes com idade menor ou igual a 28 dias de vida, pois não compõe o perfil de pacientes atendidos pela unidade. A análise dos dados permitiu encontrar nesse estudo associação de risco entre BVA com coinfecção pelo Sars-COV 2 e maior risco para incidência de complicações nestes pacientes. Foi observada mudança na sazonalidade dos casos, com aumento da incidência de casos de BVA por VSR em mais de 500%, em comparação com os anos antes da pandemia pelo Sars-COV 2.