Categoria: UTI Pediátrica

UTI PEDIÁTRICA: Metas de oxigenação conservadoras versus liberais em crianças gravemente doentes (Oxy-PICU):um ensaio clínico multicêntrico, aberto, de grupos paralelos e randomizado no Reino Unido

UTI PEDIÁTRICA: Metas de oxigenação conservadoras versus liberais em crianças gravemente doentes (Oxy-PICU):um ensaio clínico multicêntrico, aberto, de grupos paralelos e randomizado no Reino Unido

Conservative versus liberal oxygenation targets in critically ill children (Oxy-PICU): a UK multicentreopenparallelgrouprandomised clinical trial.

Peters MJ, Gould DW, Ray S, Thomas K, Chang I, Orzol M, O’Neill L, Agbeko R, Au C, Draper E, Elliot-Major L, Giallongo E, Jones GAL, Lampro L, Lillie J, Pappachan J, Peters S, Ramnarayan P, Sadique Z, Rowan KM, Harrison DA, Mouncey PR; Oxy-PICU Investigators of the Paediatric Critical Care Society Study Group (PCCS-SG).Lancet. 2023 Dec 1:S0140-6736(23)01968-2. doi: 10.1016/S0140-6736(23)01968-2. Online ahead of print.PMID: 38048787 . Artigo Gratis!

Apresentação:Iago Silva de Almeida. R4 Terapia intensiva Pediátrica – HMIB. Coordenação: Alexandre Serafim

                                    VALOR ACRESCENTADO DESSE ESTUDO

Esse estudo Oxy-PICU é o primeiro ensaio randomizado de uma meta conservadora de oxigenação em crianças gravemente doentes com poder suficiente para informar sobre a efetividade clínica e o custo-benefício. Demonstra uma probabilidade pequena, mas significativa, maior de um melhor resultado, em termos de menos dias de suporte de órgãos ou morte aos 30 dias com uma meta de oxigenação conservadora quando comparada com a prática atual de metas de oxigenação liberais. As estimativas pontuais para cada componente do desfecho primário favoreceram a oxigenação conservadora. Oxy-PICU fornece os primeiros dados de ensaio em apoio à recomendação atual baseada na opinião de especialistas de uma meta conservadora de oxigenação na insuficiência respiratória grave e sugere que essa meta deve ser estendida a todas as internações de emergência na UTIP que estejam recebendo ventilação mecânica invasiva e terapia suplementar com oxigênio

IMPLICAÇÕES DE TODAS AS EVIDÊNCIA DISPONÍVEIS

±Uma meta de saturação de oxigenação periférica de 88-92% pode fornecer uma probabilidade pequena, mas significativamente maior, de um resultado melhor em termos de duração do suporte de órgãos ou morte, em comparação com a prática atual de oxigenação liberal entre crianças admitidas na UTIP como emergência enquanto recebem ventilação mecânica invasiva e oxigênio suplementar.

±O tamanho do efeito observado é pequeno, mas a população que poderia beneficiar desta intervenção é grande.

±Mais pesquisas são necessárias para definir os indivíduos com maior probabilidade de se beneficiarem de metas de oxigenação conservadoras e as vantagens relativas de metas de oxigenação intermediárias e inferiores.

Uma equação à beira do leito para estimar o comprimento do tubo endotraqueal para bebês

Uma equação à beira do leito para estimar o comprimento do tubo endotraqueal para bebês

Bedside Equation to Estimate Endotracheal Tube Length for Infants. Burnhill G, Henshaw J, Lapitan S, Benson L, Lillie J.J Pediatr. 2023 Sep;260:113476. doi: 10.1016/j.jpeds.2023.113476. Epub 2023 May 13.PMID: 37182663.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Os autores descrevem  a distribuição das posições registradas do  tubo endotraqueal (TET) em uma grande coorte de crianças menores de 1 ano de idade e sua associação com o peso corporal e a idade  e sugerem fórmulas elucidadas de (peso/2+8) cm para TETs orais e (peso/2+9.5)cm para TETs nasais para uso em situações de emergência nas quais cálculos simples usando uma medida única e facilmente obtida são mais desejáveis. O uso das fórmulas, entretanto, não elimina a necessidade de uma radiografia de tórax confirmatória após a intubação traqueal

UTI PEDIÁTRICA:BESTFIT*-T3: Uma abordagem de monitoramento em camadas para choque séptico pediátrico persistente/recorrente – um relatório conceitual piloto

UTI PEDIÁTRICA:BESTFIT*-T3: Uma abordagem de monitoramento em camadas para choque séptico pediátrico persistente/recorrente – um relatório conceitual piloto

BESTFIT-T3: A Tiered Monitoring Approach to Persistent/Recurrent Paediatric Septic Shock – A Pilot Conceptual Report.Natraj R, Ranjit S.Indian J Crit Care Med. 2022 Jul;26(7):863-870. doi: 10.5005/jp-journals-10071-24246.PMID: 36864878 Free PMC article. Artigo Livre!

Apresentação: Iago Silva de Almeida. Coordenação: Alexandre Serafim

UTI PEDIÁTRICA DO HMIB/SES/DF

  • Uma proporção significativa de crianças com choque séptico pode ter uma fisiopatologia interligada complicada que requer informações além daquelas fornecidas pelo BESTFIT.
  • Neste relatório conceitual piloto, descrevemos a experiência da nossa Unidade com uma abordagem de monitoramento em camadas para esclarecer a etiologia subjacente do choque séptico pediátrico persistente ou recorrente, bem como um regime de tratamento cardiovascular orientado fisiologicamente que foi útil em 8/10 crianças com CHOQUE PERSISTENTE  ou CHOQUE RESISTENTE.
  • Mais estudos serão úteis para determinar se a nova abordagem BESTFIT-T3 é útil para fornecer terapia cardiovascular de precisão nesses pacientes.

BESTFIT = Basic Echocardiografy in Shock Therapy for Fluid and Inotrope Titration (Ecocardiografia  Básica em Terapia de choque para Titulação de Fluidos e Inotrópicos ) com ultrassonografia pulmonar e monitoramento avançado de 3 níveis ( T1-3)

T3 inclui estudos eco-Doppler com avaliação detalhada de VD e DD, monitoramento não invasivo de CO e imagens Doppler venosas.

Decanulação da traqueostomia em crianças: uma proposta de abordagem estruturada para o grupo de trabalho insuficiência respiratória crônica da Sociedade Alemã de Pneumologia Pediátrica

Decanulação da traqueostomia em crianças: uma proposta de abordagem estruturada para o grupo de trabalho insuficiência respiratória crônica da Sociedade Alemã de Pneumologia Pediátrica

Tracheostomy decannulation in children: a proposal for a structured approach on behalf of the working group chronic respiratory insufficiency within the German-speaking society of pediatric pulmonology.

Böschen E, Wendt A, Müller-Stöver S, Piechnik L, Fuchs H, Lund M, Steindor M, Große-Onnebrink J, Keßler C, Grychtol R, Rothoeft T, Bieli C, van Egmond-Fröhlich A, Stehling F; Working Group on Chronic Respiratory Insufficiency in the German speaking society of Pediatric Pulmonology.Eur J Pediatr. 2023 Jul;182(7):2999-3006. doi: 10.1007/s00431-023-04966-6. Epub 2023 May 1.PMID: 37121990 Review.Alemanha, Áustria e Suíça.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Devido à relevante morbidade causada por uma cânula de traqueostomia, a decanulação deve ser sempre considerada e tentada o mais rápido possível. Por outro lado, a falha no fechamento da traqueostomia representa um risco para o paciente; portanto, uma investigação diagnóstica elaborada é obrigatória antes da decanulação. Esta declaração da sociedade alemã de pneumologia pediátrica fornece uma orientação prática especializada sobre o procedimento de decanulação e o valor das válvulas de fala unidirecionais.

 

Associação de taxas de falha de extubação com cânula nasal de alto fluxo, pressão positiva contínua nas vias aéreas e pressão positiva em dois níveis nas vias aéreas versus oxigenoterapia convencional em bebês e crianças pequenas: uma revisão sistemática e metanálise de rede

Associação de taxas de falha de extubação com cânula nasal de alto fluxo, pressão positiva contínua nas vias aéreas e pressão positiva em dois níveis nas vias aéreas versus oxigenoterapia convencional em bebês e crianças pequenas: uma revisão sistemática e metanálise de rede

Association of Extubation Failure Rates With High-Flow Nasal CannulaContinuous Positive Airway Pressure, and Bilevel Positive Airway Pressure vs Conventional Oxygen Therapy in Infants and Young Children: A Systematic Review and Network Meta-Analysis.Iyer NP, Rotta AT, Essouri S, Fioretto JR, Craven HJ, Whipple EC, Ramnarayan P, Abu-Sultaneh S, Khemani RG.JAMA Pediatr. 2023 Jun 5:e231478. doi: 10.1001/jamapediatrics.2023.1478. Online ahead of print.PMID: 37273226. Artigo Livre!

Apresentação: Iago Silva de Almeida.R4 Terapia Intensiva Pediátrica / HMIB-DF. Coordenador: Alexandre Serafim.

Falha de extubação é um importante evento associado a desfechos clínicos desfavoráveis na UTI, tanto pediátrica como neonatal. Ess metanálise com 1421 pacientes desde a idade ao nascer a 18 anos que tenham recebido ventilação mecânica invasiva (VMI) por pelo menos 24h e que tenham recebido algum tipo de suporte pós-extubação (CNAF [cânula de alto fluxo], CPAP, BiPAP [pressão positiva de dois níveis na via aérea]). CPAP teve a maior probabilidade de ser a melhor intervenção para prevenir falha de extubação e de tratamento, seguida pela CNAF (eficácia melhor nos <de 6 meses de idade)

 

Nutrição enteral continuada até a extubação comparada com jejum antes da extubação em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva: um estudo aberto, randomizado por cluster, de grupos paralelos, de não inferioridade

Nutrição enteral continuada até a extubação comparada com jejum antes da extubação em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva: um estudo aberto, randomizado por cluster, de grupos paralelos, de não inferioridade

Continued enteral nutrition until extubation compared with fasting before extubation in patients in the intensive care unit: an openlabelclusterrandomisedparallelgroupnoninferiority trial.Landais M, Nay MA, Auchabie J, Hubert N, Frerou A, Yehia A, Mercat A, Jonas M, Martino F, Moriconi M, Courte A, Robert-Edan V, Conia A, Bavozet F, Egreteau PY, Bruel C, Renault A, Huet O, Feller M, Chudeau N, Ferrandiere M, Rebion A, Robert A, Giraudeau B, Reignier J, Thille AW, Tavernier E, Ehrmann S; REVA network and CRICS-TriggerSEP F-CRIN research network.Lancet Respir Med. 2023 Apr;11(4):319-328. doi: 10.1016/S2213-2600(22)00413-1. Epub 2023 Jan 21.PMID: 36693402 Clinical Trial.

Apresentação:Nathalia Paredes Rodrigues. Coordenação: Dr. Alexandre Serafim.

Interpretação: A nutrição enteral continuada até a extubação em pacientes gravemente enfermos na Unidade de Terapia Intensiva não foi inferior a uma estratégia de vácuo gástrico máximo de jejum de 6 horas compreendendo a aspiração contínua do tubo gástrico, em termos de falha da extubação em 7 dias (um resultado centrado no paciente) e, portanto, representa uma alternativa potencial nesta população.

UTI PEDIÁTRICA: Manejo inicial restritivo ou liberal de fluidos para hipotensão induzida por sepse

UTI PEDIÁTRICA: Manejo inicial restritivo ou liberal de fluidos para hipotensão induzida por sepse

Early Restrictive or Liberal Fluid Management for SepsisInduced Hypotension.

National Heart, Lung, and Blood Institute Prevention and Early Treatment of Acute Lung Injury Clinical Trials Network; Shapiro NI, Douglas IS, Brower RG, Brown SM, Exline MC, Ginde AA, Gong MN, Grissom CK, Hayden D, Hough CL, Huang W, Iwashyna TJ, Jones AE, Khan A, Lai P, Liu KD, Miller CD, Oldmixon K, Park PK, Rice TW, Ringwood N, Semler MW, Steingrub JS, Talmor D, Thompson BT, Yealy DM, Self WH.N Engl J Med. 2023 Feb 9;388(6):499-510. doi: 10.1056/NEJMoa2212663. Epub 2023 Jan 21.PMID: 36688507 Clinical Trial.

APRESENTAÇÃO: IAGO SILVA DE ALMEIDA – R4 TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA/HMIB/SES/DF. COORDENAÇÃO: ALEXANDRE SERAFIM

Estudo (em adulto, compartilhado conosco elo Grupo da UTI Pediátrica do HMIB)  conduzido com paciente que tiveram hipotensão induzida por sepse de reconhecimento precoce mostrou que  uma estratégia de fluidoterapia restritiva, com uso precoce de vasopressores, não resultou em diferença significativa em maior ou menor mortalidade em até 90 dias anteriores a alta hospitalar.

Epinefrina versus norepinefrina em pacientes com parada cardíaca em choque pós-ressuscitação

Epinefrina versus norepinefrina em pacientes com parada cardíaca em choque pós-ressuscitação

Epinephrine versus norepinephrine in cardiac arrest patients with post-resuscitation shock. Bougouin W, Slimani K, Renaudier M, Binois Y, Paul M, Dumas F, Lamhaut L, Loeb T, Ortuno S, Deye N, Voicu S, Beganton F, Jost D, Mekontso-Dessap A, Marijon E, Jouven X, Aissaoui N, Cariou A; Sudden Death Expertise Center Investigators.Intensive Care Med. 2022 Mar;48(3):300-310. doi: 10.1007/s00134-021-06608-7. Epub 2022 Feb 7.PMID: 35129643.

Apresentação: Júlia de Andrade (MR5 UTI  PEDIÁTRICA-HMIB). Orientador: Alexandre Serafim (Intensivista Pediátrico).

Esse estudo realizado em adulto mostrou que  em pacientes internados com vida na UTI que sofreram parada cardíaca em ambiente não hospitalar com choque pós-ressuscitação ressuscitados com sucesso, o uso de epinefrina foi associado a maior mortalidade por todas as causas e cardiovascular específica, em comparação com a infusão de norepinefrina. Até que dados adicionais estejam disponíveis, os intensivistas podem querer escolher norepinefrina em vez de epinefrina para o tratamento de choque pós-ressuscitação nesses pacientes.

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-PROGRESSÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE EM PACIENTES EM VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-PROGRESSÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE EM PACIENTES EM VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL

Kamilla Tuanny Braudes de Sinai.  Orientador: Alexandre Peixoto Serafim (Supervisor do PRM em Terapia Intensiva Pediátrica).

Introdução: A nutrição enteral é o método preferido de alimentação sempre que possível porque é mais fisiológica e tem uma taxa reduzida de complicações em comparação com nutrição parenteral total. Os pacientes têm uma menor prevalência de sangramento gastrointestinal e infecção, uma duração mais curta de ventilação e menor taxa de mortalidade. Apesar dos benefícios possíveis, há pouca padronização
do processo de início e progressão do volume da dieta enteral prescrita.
Objetivo: Avaliar a introdução e progressão da terapêutica nutricional dos pacientes pediátricos submetidos à ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva pediátrica. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, sendo realizado a partir de coleta de dados gerados pelo sistema de prontuário
eletrônico da secretaria de saúde do DF, TrakCare
®. Os prontuários analisados foram referentes aos pacientes menores de 15 anos, internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e em ventilação mecânica invasiva nas primeiras 24 horas de internação. Foram excluídos do estudo pacientes com patologias intra-abdominais; pacientes cardiopatas ou neuropatas devido a dificuldade em avançar com a dieta; além dos pacientes que estiveram em ventilação mecânica não invasiva ou em ar ambiente nas primeiras 24h; e os pacientes que morreram nas primeiras 24h dentro da UTI pediátrica. Os pacientes selecionados foram divididos em dois grupos. O grupo I foi composto por pacientes que atingiram 50% da meta aguda e o grupo II foi composto por pacientes que não atingiram os 50%, ambos nas primeiras 24h de internação. Resultados: Durante o período de realização do estudo (setembro a dezembro de 2022) foram identificados 168 pacientes que estiveram internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTIP-HMIB), 74 pacientes atenderam aos critérios de inclusão para este estudo. 32,4% dos pacientes foram incluídos no grupo I e 73% no grupo II. Conclusão: Os pacientes com progressão mais rápida da dieta não apresentaram maior incidência de efeitos adversos gastrointestinais. Ainda, a progressão mais rápida da dieta não alterou o tempo de ventilação mecânica. Foi observada associação entre indicadores de gravidade, como uso de drogas vasoativas e presença de bacteremia com progressão mais lenta da dieta. Dois terços da amostra observada atingiram pelo menos 80% da meta aguda de nutrição enteral com 48 horas de internação.

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-APRESENTAÇÃO:Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

MONOGRAFIA-UTI PEDIÁTRICA 2023-APRESENTAÇÃO:Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

RESIDENTE: JÉSSICA FAGUNDES RANGEL. ORIENTADORA: DRA. PAULA DE OLIVEIRA ABDO.

A bronquiolite viral aguda (BVA) é definida como infecção do trato respiratório inferior, usualmente causada por vírus, de incidência em lactentes jovens, e que evolui com casos graves em uma parcela dos casos, com necessidade de internação em UTI pediátrica. ¹ Durante a pandemia pelo Sars-COV 2, foi observada uma possível mudança no perfil dos pacientes com diagnóstico de BVA. Há possivelmente maior número absoluto de doentes, e entre estes maior incidência de acometidos por doença grave, com maior tempo de internação e maior incidência de complicações 9,10 . Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Foram coletados dados dos prontuários dos pacientes que estiveram internados de janeiro de 2022 a junho de 2022 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTIP HMIB), através do sistema de prontuário eletrônico do hospital (TrakCare®), respeitando os critérios de inclusão e exclusão para seleção da amostra. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (BVA) após a pandemia pelo SARS-COV 2, no que se refere a tempo de internação na UTIP, uso e tempo de ventilação mecânica e desfecho em pacientes internados. Foram incluídos pacientes de 29 dias de vida a 2 anos de vida, que estiveram internados na UTIP HMIB. Foram excluídos do estudo os pacientes com idade menor ou igual a 28 dias de vida, pois não compõe o perfil de pacientes atendidos pela unidade. A análise dos dados permitiu encontrar nesse estudo associação de risco entre BVA com coinfecção pelo Sars-COV 2 e maior risco para incidência de complicações nestes pacientes. Foi observada mudança na sazonalidade dos casos, com aumento da incidência de casos de BVA por VSR em mais de 500%, em comparação com os anos antes da pandemia pelo Sars-COV 2.