Hiperbilirrubinemia e Retinopatia da Prematuridade (ROP): um Estudo de Coorte Retrospectivo

Hiperbilirrubinemia e Retinopatia da Prematuridade (ROP): um Estudo de Coorte Retrospectivo

Hyperbilirubinemia and retinopathy of prematurity: a retrospective cohort studyGulden S, Cervellini G, Colombo M, Marangoni MB, Taccani V, Pesenti N, Raffaeli G, Araimo G, Osnaghi S, Fumagalli M, Garrido F, Villamor E, Cavallaro G.Eur J Pediatr. 2024 Sep;183(9):3809-3818. doi: 10.1007/s00431-024-05630-3. Epub 2024 Jun 15.PMID: 38877325. Itália.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Na população estudada <32 semanas 12,8% dos lactentes apresentaram  RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (ROP). A taxa de qualquer ROP foi maior nos lactentes com hiperbilirrubinemia (13,8%)  quando comparados aos lactentes sem hiperbilirrubinemia (7,8%, p  < 0,01). Os dias de exposição a fototerapia nos bebês com ROP foram maiores do que nos bebês sem  ROP (p<0.001) e essa exposição foi maior nos bebes com ROP grave em relação aos bebes com ROP não grave. Cada dia adicional de hiperbilirrubinemia aumentou o risco de desenvolver qualquer ROP em 5%, ROP não grave em 4% e ROP grave em 6% em comparação com o grupo sem ROP. No entanto, a associação entre hiperbilirrubinemia e ROP não pôde ser observada no subgrupo com menor IG, que é mais suscetível ao desenvolvimento de ROP grave! Bilirrubina de pico baixo e a fototerapia prolongada podem estar associadas a uma ROP mais grave. Portanto, ao degradar a bilirrubina, a fototerapia pode diminuir a capacidade de resistência à oxidação e pode aumentar as ROS na retina e no soro. É aconselhável o uso cuidadoso de fototerapia profilática em neonatos com alto risco de ROP. Além disso, a hiperbilirrubinemia pode afetar o funcionamento visuocortical independentemente dos seus efeitos na retina.