Monografia em Endoscopia Ginecológica (HMIB-2019): Ultrassonografia de mapeamento e ressonância magnética para o diagnóstico de endometriose profunda infiltrativa: revisão sistemática da literatura

Monografia em Endoscopia Ginecológica (HMIB-2019): Ultrassonografia de mapeamento e ressonância magnética para o diagnóstico de endometriose profunda infiltrativa: revisão sistemática da literatura

 

Stéfano dos Santos Adorno

RESUMO
Introdução: a endometriose profunda infiltrativa (EPI) é uma doença caracterizada pela presença de células endometriais em localização extrauterina. O correto diagnóstico é desafiador, sendo essencial a realização de exames como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Apesar de ambas as técnicas serem utilizadas, ainda há discussões no meio científico quanto à eficácia para o diagnóstico da EPI. Objetivo: realizar uma revisão sistemática da literatura para averiguar diferenças, critérios e eficácia entre a ultrassonografia de mapeamento e ressonância nuclear magnética para o diagnóstico de endometriose profunda infiltrativa. Métodos: os estudos foram selecionados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (Medline e LILACS) e National Center for Biotechnology Information (PubMed), utilizando endometriose profunda infiltrativa, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia de mapeamento como palavras-chave e considerando publicações entre 2014 e 2018. Resultados: foi encontrado um total de 3.105 documentos científicos que foram analisados a partir dos critérios estabelecidos e apenas 10 artigos apresentaram dados pertinentes para este estudo. É possível inferir que ambas as técnicas apresentam eficácia para o diagnóstico de EPI, a ultrassonografia transvaginal (USTV) destacou-se especialmente para a detecção na bexiga (93 – 100%) e retossigmoide (93 – 97%), em quanto que a ressonância magnética (RM) se destacou para detecção no intestino (82,3 – 92,4%), bexiga (100%) e ureter (100%). Conclusão: são necessários novos estudos que possam comparar as técnicas, entretanto, é possível concluir que ambas as técnicas são viáveis e eficazes, desde que considerado a localização da endometriose profunda infiltrativa e a experiência do operador, visto que estes são fundamentais para o correto diagnóstico da EPI e sua extensão.