Autor: Paulo Margotto

Este site tem por objetivo a divulgação do que há mais de novo na Medicina Neonatal através de Artigos (Resumidos, Apresentados, Discutidos e Originais), Monografias das Residências Médicas, principalmente do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB/SES/DF), Apresentações de Congresso e Simpósios (aulas liberadas para divulgação, aulas reproduzidas). Também estamos disponibilizando dois livros da nossa autoria (Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3a Edição, 2013 e Neurossonografia Neonatal, 2013) em forma de links que podem ser baixados para os diferentes Smartphone de forma inteiramente gratuita. A nossa página está disponível para você também que tenha interesse em compartilhar com todos nós os seus conhecimentos. Basta nos enviar que após análise, disponibilizaremos. O nome NEONATOLOGIA EM AÇÃO nasceu de uma idéia que talvez venha se concretizar num futuro não distante de lançarmos um pequeno livro (ou mesmo um aplicativo chamado Neonatologia em Ação) para rápida consulta à beira do leito. No momento estamos arduamente trabalhando com uma excelente Equipe na elaboração da 4a Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, que conterá em torno de mais 100 capítulos, abordando diferentes temas do dia a dia da Neonatologia Intensiva, com lançamento a partir do segundo semestre de 2018. O site também contempla fotos dos nossos momentos na Unidade (Staffs, Residentes, Internos). Todo esforço está sendo realizado para que transportemos para esta nova página os 6000 artigos do domínio www.paulomargotto.com.br, aqui publicados ao longo de 13 anos.Todas as publicações da página são na língua portuguesa. Quando completamos 30 anos do nosso Boletim Informativo Pediátrico com Enfoque Perinatal (1981- 2011), o berço do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, escrevemos e que resumo todo este empenho no engrandecimento da Neonatologia brasileira: nestes 30 anos, com certeza, foram várias as razões que nos impulsionam seguir adiante, na conquista do ideal de ser sempre útil, uma doação constante, na esperança do desabrochar de uma vida sadia, que começa em nossas mãos. Este mágico momento não pode admitir erro, sob o risco de uma cicatriz perene. É certamente emocionante fazer parte desta peça há tantos anos! "Não importa o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos"
Como Descontinuar a Pressão Positiva Contínua Nasal (NCPAP) nas Vias Aéreas

Como Descontinuar a Pressão Positiva Contínua Nasal (NCPAP) nas Vias Aéreas

Discontinuing Nasal Continuous Positive Airway Pressure in Infants 32 Weeks gestational Age: A Randomized Control Trial. Kakkilaya V, Tang A, Wagner S, Ridpath J, Ibrahim J, Brown LS, Rosenfeld CR.J Pediatr. 2021 Mar;230:93-99.e3. doi: 10.1016/j.jpeds.2020.10.045. Epub 2020 Oct 28.PMID: 33127365. Estados Unidos.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Apesar de seu amplo uso (base do suporte respiratório no nascimento prematuro, na pós-extubação, na apneia do prematuro) o método ideal para descontinuar a terapia com NCPAP em bebês nascido prematuramente permanece obscuro. Quatro métodos principais de descontinuação de NCPAP foram estudados, incluindo a interrupção repentina de um nível predeterminado, ciclo de tempo gradual, desmame gradual da pressão e desmame de NCPAP para cânula nasal de alto fluxo. Recente estudo de  Kakkilaya V et al (março de 2021). Os autores inscreveram 226 recém-nascidos entre setembro de 2014 e fevereiro de 2018, sendo 116 foram aleatoriamente designados para o grupo controle (NCPAP interrompida em 5 cm H2O) e 110 para o grupo de desmame (diminuída progressivamente a cada 24h para um valor de 3 cm H2O). O resultado primário, número total de dias em NCPAP, não foi diferente entre os dois grupos de tratamento. Da mesma forma, não houve diferenças em nenhum dos desfechos secundários (duração do oxigênio suplementar, tempo de internação ou número de dias de cuidados intensivos. O grupo de controle teve quase duas vezes mais probabilidade de falhar na primeira tentativa de parar NCPAP (P = 0,01) e quatro vezes mais chance de ter falhado ≥2 tentativas de parar NCPAP (P <0,01), principalmente entre os bebês de 23-27 semanas. Esses autores concluem que o desmame gradual da pressão facilita a cessação bem-sucedida de NCPAP em bebês nascidos prematuramente sem prolongar a duração da terapia. Outros estudos mostraram que redução para cânula nasal acelera o processo de desmame, mas está associada a uma maior duração da administração de oxigênio e o desmame intervalado (CPAP “on” e CPAP “off” não apresenta benefícios e provavelmente não deve ser aplicado em bebês prematuros. Estudo de 2019 de Lam R et al, analisando a capacidade funcional residual (CFR) no grupo de bebês estáveis em NCPAP estendida por duas semanas versos descontinuação de NCPAP, no grupo de NCPAP estendida, foi significativamente maior. A tensão mecânica de CPAP aplicada aos pulmões de animais jovens pode estimular o crescimento pulmonar e ter outros efeitos moleculares benéficos, havendo sugestão QUE CPAP PODE ESTIMULAR A ANGIOGÊNESE. A prática de maior tempo no uso de NCPAP é defendida pelo Columbia University Medical Center, onde o uso de CPAP inicial foi defendido. Todos os pacientes desse estudo preencheram os critérios de estabilidade predefinidos em aproximadamente 32 semanas de idade, e apenas 1 dos 26 (3,8%) atribuídos ao grupo NCPAP estendida falhou nesses critérios, sendo necessária a reaplicação de NCPAP. Como fazemos na Unidade de Neonatologia do HMIB: bebê com pulmão normal, não mostrando evidências de aumento do trabalho respiratório, tem um bom ganho de peso, sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores, FiO2 de 21%, pressão de 5 cm H20 (não fazemos diminuição gradativa da pressão), suspendemos CPAP em torno de 32 semanas de idade pós-menstrual. O objetivo da manutenção por um tempo maior advém do efeito angiogênico da manutenção de CPAP como demonstrado pelos estudos. Se a pressão estiver em 6 ou 7 cm H20,  faz-se a redução  à  medida que vai ocorrendo a estabilização. De acordo com a tolerância, em FiO2 de 21% e pressão de 5cm H2O às 32 semanas de idade pós-menstrual, retira-se a pressão positiva continua nasal das vias aéreas.

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF):Persistência do Canal Arterial em Prematuros Extremos: A realidade de uma Unidade Neonatal Terciária

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF):Persistência do Canal Arterial em Prematuros Extremos: A realidade de uma Unidade Neonatal Terciária

Autora: Tatiane Martins Barcelos.

Orientadora: Prof.a Dra Marta David Rocha Moura.

◦Na amostra estudada (281 recém-nascidos com idade gestacional <32 semanas)  a prevalência de canal arterial hemodinamicamente significativo (CAHS) foi de 14%

◦Houve correlação significativa de aumento de displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular e leucomalácea naqueles com CAHS.

◦Porém não se observou diferença estatística significativa na mortalidade entre os recém-nascidos tratados farmacologicamente e os que tiveram tratamento expectante/conservador.

A tendência atual é de manejo mais conservador para persistência do canal arterial

Tratar aqueles hemodinamicamente significativos tem sido a decisão mais aceita pela literatura

◦Incertezas quanto aos critérios diagnósticos, de indicação terapêutica e da terapia de primeira escolha, somados a falta de evidências de prejuízos no desfecho tardio (óbito e neurodesenvolvimento), pedem estudos adicionais.

Resultados em idade escolar após hemorragia intraventricular em bebês nascidos extremamente prematuros

Resultados em idade escolar após hemorragia intraventricular em bebês nascidos extremamente prematuros


School
age outcomes following intraventricular haemorrhage in infants born extremely preterm.

Hollebrandse NL, Spittle AJ, Burnett AC, Anderson PJ, Roberts G, Doyle LW, Cheong JLY.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2021 Jan;106(1):4-8. doi: 10.1136/archdischild-2020-318989. Epub 2020 Jul 30.PMID: 32732377. Australia. 

Realizado por Paulo R. Margotto.

Os pacientes envolvidos foram recém-nascidos sobreviventes com <28 semanas de idade gestacional (n = 546) e recém-nascidos controles a termo (n = 679) de três eras distintas, a saber, aqueles nascidos em 1991-1992, 1997 e 2005. Nessa coorte, 27,7% das crianças que sobreviveram até a idade de 8 anos, 33,7% dos avaliados dos avaliados foram diagnosticados com HIV. Crianças com grau 1 ou 2 de HIV estavam em maior risco de desenvolvimento de paralisia cerebral do que aqueles sem HIV (OR 2,24, IC 95% 1,21 a 4,16) aos 8 anos de idade, achado esse já relatado por outros autores. Esse achado enfatiza a importância do acompanhamento de longo prazo e intervenção precoce nos prematuros extremos com HIV leve, bem como aconselhamento aos pais. E as possíveis causas: a) destruição da matriz germinativa, ocasionando deficiente desenvolvimento cortical (entre 10-24 semanas de gestação, a migração neuronal se completou, mas a matriz germinativa provê precursores gliais que se tornarão oligodendrócitos e astrócitos) b) prejuízo cerebelar semelhante a HIV grave, além de comprometimento microestrutural severo em regiões periventriculares, como evidenciado pelo estudo por tratografia.

 

DIRETO AO PONTO (respostas aos questionamentos): Uso de atropina na sequência rápida de intubação

DIRETO AO PONTO (respostas aos questionamentos): Uso de atropina na sequência rápida de intubação

Paulo R. Margotto.

      Neonatos durante a intubação frequentemente experimentam bradicardia, no entanto, raramente são afetados por arritmias ventriculares e morte como relatado em uma série de estudos. Assim, é improvável que o uso indiscriminado de atropina altere os resultados, exceto na redução da frequência de taquicardia sinusal.

Já as crianças mais velhas durante a intubação, a frequência de bradicardia é semelhante aos recém-nascidos, no entanto, ocorre maior frequência de distúrbios de condução e arritmias ventriculares, mortalidade na ordem de 0,5%. Assim a atropina tem efeito benéfico sobre a redução de arritmias ventriculares e distúrbios da condução com redução da mortalidade em UTI. O uso de atropina nas crianças >1 mês tem influência positiva nos resultados além da redução na frequência de bradicardia sinusal.

Por estas razões não temos usado mais atropina na sequência rápida de intubação

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Fernanda Carolina Moreira Rocha. Orientador:  Dr. Felipe Teixeira de Mello Freitas.

Na pediatria, o VSR é o principal agente etiológico em crianças menores de 1 ano de idade com quadros respiratórios, o pico de infecção acontece entre janeiro e junho e está associado a alta morbidade nesse grupo. É comum que esses quadros evoluam de forma benigna, mas alguns terão complicações e necessitarão de suporte intensivo. No Brasil, o Ministério da Saúde criou, em 2000, a vigilância de vírus respiratórios nas Unidades Sentinelas para avaliar a demanda de atendimentos relacionados a esses agentes, e o HMIB faz parte dessa rede e contribui para esse levantamento de dados da vigilância epidemiológica. Diante da importância social e epidemiológica das infecções pelo VSR, é necessário compreender suas diferentes ondas epidêmicas e estabelecer medidas que promovam a prevenção e o tratamento de infecções por este agente. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo baseado na revisão de prontuários dos pacientes internados na UTIP do HMIB com SRAG entre 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019. Foram incluídos todos os pacientes com painel viral positivo para VSR, posteriormente os prontuários foram revistos em busca de informações complementares. De 2017 a 2019, 955 pacientes foram internados no HMIB por queixas respiratórias, destes 228 (24%) foram transferidos à UTIP. Foram coletados painéis virais de 209 crianças e 157 (75%) tiveram resultado positivo, dentre os quais o VSR foi detectado em 88 (56%). Seu pico de incidência foi entre janeiro e junho, os lactentes (46%) foram os mais afetados e 38% foram prematuros ao nascimento. A taxa de óbito foi de 7% durante o período estudado. Apesar de o VSR ser o agente que mais infecta a população pediátrica e por isso estar associado a uma alta morbidade, há poucos estudos sobre seu perfil clínico e socioeconômico. Em nosso estudo observamos congruência com os achados da literatura, os lactentes foram os mais afetados, o pico de sazonalidade ocorreu no verão e outono. Além disso, a taxa de óbito baixa foi próxima do encontrado em outros estudos. Esse levantamento de dados é importante para a gestão e acompanhamento da qualidade assistencial. Já é bem estabelecido o impacto da infecção pelo VSR na população pediátrica, suas repercussões clínicas e suas implicações sócio-econômicas a médio e longo prazo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. A vigilância das infecções respiratórias virais cresce cada vez mais e o desenvolvimento de novas terapêuticas especialmente profiláticas deve ser o foco de ação das instituições 

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Fernanda Carolina Moreira Rocha. Orientador:  Dr. Felipe Teixeira de Mello Freitas.

Na pediatria, o VSR é o principal agente etiológico em crianças menores de 1 ano de idade com quadros respiratórios, o pico de infecção acontece entre janeiro e junho e está associado a alta morbidade nesse grupo. É comum que esses quadros evoluam de forma benigna, mas alguns terão complicações e necessitarão de suporte intensivo. No Brasil, o Ministério da Saúde criou, em 2000, a vigilância de vírus respiratórios nas Unidades Sentinelas para avaliar a demanda de atendimentos relacionados a esses agentes, e o HMIB faz parte dessa rede e contribui para esse levantamento de dados da vigilância epidemiológica. Diante da importância social e epidemiológica das infecções pelo VSR, é necessário compreender suas diferentes ondas epidêmicas e estabelecer medidas que promovam a prevenção e o tratamento de infecções por este agente. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo baseado na revisão de prontuários dos pacientes internados na UTIP do HMIB com SRAG entre 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019. Foram incluídos todos os pacientes com painel viral positivo para VSR, posteriormente os prontuários foram revistos em busca de informações complementares. De 2017 a 2019, 955 pacientes foram internados no HMIB por queixas respiratórias, destes 228 (24%) foram transferidos à UTIP. Foram coletados painéis virais de 209 crianças e 157 (75%) tiveram resultado positivo, dentre os quais o VSR foi detectado em 88 (56%). Seu pico de incidência foi entre janeiro e junho, os lactentes (46%) foram os mais afetados e 38% foram prematuros ao nascimento. A taxa de óbito foi de 7% durante o período estudado. Apesar de o VSR ser o agente que mais infecta a população pediátrica e por isso estar associado a uma alta morbidade, há poucos estudos sobre seu perfil clínico e socioeconômico. Em nosso estudo observamos congruência com os achados da literatura, os lactentes foram os mais afetados, o pico de sazonalidade ocorreu no verão e outono. Além disso, a taxa de óbito baixa foi próxima do encontrado em outros estudos. Esse levantamento de dados é importante para a gestão e acompanhamento da qualidade assistencial. Já é bem estabelecido o impacto da infecção pelo VSR na população pediátrica, suas repercussões clínicas e suas implicações sócio-econômicas a médio e longo prazo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. A vigilância das infecções respiratórias virais cresce cada vez mais e o desenvolvimento de novas terapêuticas especialmente profiláticas deve ser o foco de ação das instituições 

Instalação e Manutenção de Pressão Positiva das Vias Aérea Nasal (NCPAP) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a Sala de Reanimação (McGill, Canadá)

Instalação e Manutenção de Pressão Positiva das Vias Aérea Nasal (NCPAP) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a Sala de Reanimação (McGill, Canadá)

Guilherme Sant´Anna (McGill,Canadá)

           INDICAÇÕES PARA DESCONTINUAR NCPAP

 O principal determinante na decisão de implementar a estratégia de desmame é o status do paciente em tratamento.

  1. Bebês prematuros precisam estar em ar ambiente, não mostrando evidências de aumento do esforço respiratório, ter um bom ganho de peso sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores ao desmame. Além disso, taxas mais baixas de displasia broncopulmonar (DBP) foram documentadas quando NCPAP é deixado no local até que os prematuros estejam próximos de 32 semanas de idade gestacional pós-menstrual e em ar ambiente.
  2. Para os bebês prematuros que têm DBP e precisam de CPAP com bolha até 34-36 semanas de gestação, modo alternativo, como alto fluxo, precisa ser entretido para que a alimentação com mamadeira possa ser iniciada. Mesmo que os bebês em CPAP podem ser alimentados com mamadeira com sucesso, sem risco de aspiração.
  3. O método ideal de desmame de uma criança do CPAP permanece incerto. Poucas sugestões incluem
  • Desmame a FiO2 para 0,21 antes do desmame de CPAP (para reduzir o risco de exposição ao oxigênio em bebês prematuros.
  • Não é necessário diminuir as pressões abaixo de 5 cmH2O antes da remoção. Se a pressão for acima de 5 cmH2O, o nível precisa ser desmamado para 5 cmH2O antes do desmame.
  • Nos casos de ruptura do septo nasal, tente outros tipos de interface.
  • Não é necessário ligar ou desligar o CPAP, pois isso foi associado à piora dos resultados. Tentar desmamar o CPAP assim que o bebê for considerado pronto, dada a resolução do processo patológico inicial e a tolerância do bebê fora de CPAP durante o atendimento. O bebê permanecerá sem CPAP, a menos que retrações significativas, apneia, bradicardia e aumento da necessidade de oxigênio sejam observados. CPAP deve permanecer no leito por 24 horas até que o teste seja considerado bem-sucedido

 

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam em um bebê prematuro. Um Relato de Caso

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam em um bebê prematuro. Um Relato de Caso

Successful Treatment of Pandrugresistant Klebsiella pneumoniae Infection With Ceftazidimeavibactam in a Preterm Infant: A Case Report.Coskun Y, Atici S.Pediatr Infect Dis J. 2020 Sep;39(9):854-856. doi: 10.1097/INF.0000000000002807.PMID: 32804464. İstanbul, Turkey. E-mail: coskunyesim@yahoo.com. Realizado por Paulo R. Margotto.

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam (CAZ-AVI) em um bebê prematuro (relato de caso). Esses autores turcos  identificaram  K. pneumoniae resistente a pandrogas como uma infecção do trato urinário nosocomial em um bebê prematuro de 25 dias que nasceu com 27 semanas de gestação. CAZ-AVI foi administrada na dose de 50mg /kg / dose a cada 8 horas devido à idade dos pacientes e a terapia foi concluída em 10 dias totalmente. No terceiro dia de terapia, a cultura de urina estava estéril e o paciente estava clinicamente estável. Como efeito adverso, foi detectado glicosúria que desapareceu após a suspensão do tratamento (poderia ser causada por comprometimento reversível das funções tubulares renais devido ao tratamento)

Malformações Pulmonares Congênitas (Congenital lung malformations)

Malformações Pulmonares Congênitas (Congenital lung malformations)

Andrade CF, Ferreira HP, Fischer GB.J Bras Pneumol. 2011 Mar-Apr;37(2):259-71. doi: 10.1590/s1806-37132011000200017.PMID: 21537663 Free article. Review. English, Portuguese. Artigo Livre!

Apresentação: Laura Pereira Nishioka. Coordenação: Diogo Pedroso. Revisão e Complementação: Paulo R. Margotto.

As malformações congênitas do pulmão são raras e variam muito na sua forma de apresentação clínica e gravidade, dependendo principalmente do grau de envolvimento pulmonar e de sua localização na cavidade torácica. Elas podem se manifestar em qualquer idade e podem ser fonte de importante morbidade e mortalidade em lactentes e crianças. Os indivíduos com malformações congênitas do pulmão podem apresentar sintomas respiratórios ao nascimento, enquanto outros podem permanecer assintomáticos por longos períodos. Atualmente, com o uso rotineiro da ultrassonografia pré-natal, vem ocorrendo um aumento no diagnóstico mais precoce dessas malformações. A manifestação clínica dessas malformações varia desde uma disfunção respiratória pós-natal imediata a um achado acidental na radiografia de tórax. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato oferecem a possibilidade de um desenvolvimento pulmonar absolutamente normal. Quando assintomáticos, a conduta para o tratamento dos pacientes com malformações pulmonares ainda é controversa, uma vez que o prognóstico dessas afecções é imprevisível. O manejo dessas lesões depende do tipo de malformação e de sintomas. Devido ao risco de complicação, a maioria dos autores sugere a ressecção da lesão no momento em que essa é identificada. A lobectomia é o procedimento de escolha, fornecendo excelentes resultados a longo prazo. Este artigo descreve as principais malformações pulmonares congênitas, seu diagnóstico e controvérsias quanto o tratamento.

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Autora: Laura Pereira Nishioka. Orientadora: Dra. Paula de Oliveira Abdo

Com o presente estudo foi possível concluir que o perfil clínico dos pacientes com LRA internados na UTIP HMIB, em 2017, foi caracterizado por pacientes do sexo masculino, com uma média de idade de 38 meses, que foram admitidos com LRA já estabelecida, sendo o quadro séptico o principal causador dessa lesão renal. Tendo o conhecimento desse perfil, podemos melhorar a qualidade da assistência a esses pacientes não só na UTI, como também nos setores que recebem os pacientes inicialmente. É necessário que os médicos dos prontos atendimentos e enfermarias pediátricas também tenham conhecimento dos critérios de LRA e sua classificação pelo KDIGO, para que iniciem precocemente medidas de controle e tratamento a fim de diminuir o número de pacientes admitidos na UTI já com LRA estabelecida.

A melhora do manejo da LRA com consequente impacto positivo no prognóstico desses pacientes é um desafio mundial. O atual estudo também evidenciou a necessidade de melhorar as taxas de detecção da LRA pela UTI para garantir intervenções precoces e efetivas. Seria interessante expandir o período de observação do atual trabalho e, com isso, ter uma maior amostra de casos para solidificar hipóteses e expandir análises tendo sempre em vista a melhoria da assistência intensiva a esse perfil de pacientes.