Mês: fevereiro 2020

Monografia Pediatria (HMIB) 2020: Análise do conhecimento do Pediatra em um Pronto Socorro de Brasília-DF sobre o uso de drogas vasoativas no tratamento do choque séptico na Emergência de Pediatria

Monografia Pediatria (HMIB) 2020: Análise do conhecimento do Pediatra em um Pronto Socorro de Brasília-DF sobre o uso de drogas vasoativas no tratamento do choque séptico na Emergência de Pediatria

Thaynne Almeida Diniz, Luana Kratka de Souza

Monografia-UTI Pediátrica (HMIB)-2020:Falhas de extubação na UTI Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Monografia-UTI Pediátrica (HMIB)-2020:Falhas de extubação na UTI Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Gabriela Santos da Silva.

RESUMO

Falhas de extubação são complicações relativamente comuns em uma UTI Pediátrica, com incidência relatada na literatura variando de 4 a 14% de todas as extubações eletivas, e podem levar a maior morbidade, principalmente relacionada a um aumento no tempo de internação. Fatores de risco já descritos por outros trabalhos incluem estridor pós extubação, fraqueza muscular e tempo de ventilação mecânica. Este trabalho analisou uma amostra de 125 pacientes submetidos a extubação eletiva em um período de 6 meses, com o objetivo de determinar a incidência deste evento na unidade estudada, e descrever os fatores relacionados à falha, por meio de comparação entre os pacientes que tiveram ou não extubação bem sucedida. Tanto a presença de neuropatia prévia quanto escore de Westley elevado tiveram correlação significativa com a ocorrência de falha de extubação.

Os principais fatores de risco identificados nesta amostra foram a presença de estridor pós extubação, avaliado por meio do escore de Westley,e a presença  de doença neurológica prévia. Mais estudos são necessários para avaliar formas de prevenir esta complicação.

 

 

Monografia Pediatria-2020 (HMIB):Manifestações neurológicas em acidemia glutárica tipo 1 e o impacto de uma triagem neonatal ampliada no diagnóstico e tratamento precoces

Monografia Pediatria-2020 (HMIB):Manifestações neurológicas em acidemia glutárica tipo 1 e o impacto de uma triagem neonatal ampliada no diagnóstico e tratamento precoces

Alda Maria Farias Souza Borges, Natalia Spínola Costa da Cunha, Romina Soledad Heredia Garcia Silva

Neurossonografia Neonatal – compartilhando imagens: Importância do Índice de Resistência (IR) na Síndrome Hipóxico-Isquêmica

Neurossonografia Neonatal – compartilhando imagens: Importância do Índice de Resistência (IR) na Síndrome Hipóxico-Isquêmica

Paulo R. Margotto.

Recém-Nascido (RN) do dia 27/1/2020, 40 sem6 dias, Apgar de 1,4 e 7, peso ao nascer de 2810g, Pequeno para a idade gestacional, circular de cordão, parto normal, trabalho de parto prolongado. Desenvolveu crise convulsiva no primeiro dia de vida. Submetido à hipotermia terapêutica.

O primeiro ultrassom (US)  transfontanelar  foi realizado  no primeiro dia de vida  em hipotermia terapêutica, sendo evidenciado Índice de Resistência (IR) de 0,54 (baixo).

O segundo US transfontanelar realizado aos 7 dias de vida mostrou IR de 0,47 (muito baixo), quando solicitamos a realização de ressonância magnética(RM).

Eletroencefalograma aos 7 dias de vida: atividade elétrica cerebral acentuadamente desorganizada de muita baixa voltagem

Ressonância magnética aos 15 dias de vidainjúria hipóxico-isquêmica grave em neonato a termo

Eletroencefalograma aos 25 dias de vida: assimetria da atividade elétrica com menor amplitude dos ritmos localizados no hemisfério cerebral esquerdo que pode estar relacionado à lesão estrutural

Com 22 dias de vida:  dilatação biventricular + hiperecogenicidade  nos núcleos da base e cistos porencefálicos em formação  na substância branca

US transfontanelar aos 29 dias de vida: dilatação biventricular +leucomalácia periventricular multicística + hiperecogenicidade nos núcleos da base

Cuidados paliativos para prematuros extremos com idade gestacional menor que o limite de viabilidade: reflexão bioética sobre a prática em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Cuidados paliativos para prematuros extremos com idade gestacional menor que o limite de viabilidade: reflexão bioética sobre a prática em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Marília Aires de Oliveira

Tese de Dissertação:  UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOÉTICA, 2020.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília, como parte dos requisitos para a obtenção do  do Título de Mestre em Bioética. Orientadora: Profa. Dra. Eliane Maria Fleury Seidl.

O desenvolvimento técnico-científico na área de saúde melhorou a qualidade do atendimento ao recém-nascido prematuro. Entretanto, para aqueles nascidos com o arcabouço orgânico muito imaturo, a possibilidade de sobrevida é ínfima e a presença de sequelas futuras é grande. Para eles a implementação dos cuidados paliativos (CP) é fundamental, porém suas características específicas dificultam manejos mais basilares, como controle de dor e nutrição. Neste contexto, a busca por ferramentas multidisciplinares, como as da bioética, que possibilitem a reflexão sobre o cuidado habitualmente oferecido é muito importante. O objetivo geral deste trabalho foi analisar, sob os referenciais da bioética de Intervenção, de Proteção e da Declaração Universal sobre Bioética de Direitos Humanos (DUBDH), os CPs oferecidos a bebês nascidos com idade gestacional (IG) inferior ao limite de viabilidade, em um hospital da rede pública do Distrito Federal, a partir de levantamento de dados secundários obtidos de prontuários (Estudo 1) e da percepção de profissionais de saúde que atuam na área (Estudo 2). No Estudo 1 foi feito levantamento das informações sobre 25 neonatos nascidos entre 01 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018, com IG entre 20 semanas e 23 semanas e 6 dias. Foram descritas características como peso, IG, tempo de sobrevivência e cuidados recebidos até o óbito, evidenciando-se a pouca clareza dos registros encontrados. No Estudo 2 foram feitas entrevistas semiestruturadas com nove
profissionais de saúde, sendo aplicada análise quantitativa e qualitativa. Dos resultados obtidos, destaca-se que no prontuário dos neonatos estavam omitidas informações sobre o pré-natal em 56% dos casos e sobre a descrição dos cuidados ofertados em 32%. O peso dos recém-nascidos variou entre 115g e 725g, e 16% receberam manobras de reanimação cardiopulmonar. O tempo de vida oscilou de 5 a 21715 minutos, com mediana de 100 minutos, sendo que nenhum paciente sobreviveu. Sobre os cuidados ofertados até o óbito, 24% receberam alguma forma de oxigenioterapia e 12% suporte intensivo em leito de UTI. Não houve nenhuma anotação em prontuário eletrônico sobre atendimento espiritual e o psicológico só foi registrado em 12% dos casos. Nas entrevistas realizadas observou-se que 44% dos profissionais sabiam qual era a IG considerada limite de viabilidade no serviço em questão, e 66% afirmaram que é ofertado oxigenioterapia para os prematuros extremos inviáveis. Na análise de conteúdo emergiram quatro eixos temáticos principais: cuidados paliativos, sofrimento dos profissionais de saúde, dificuldades de comunicação e demandas dos profissionais. O preenchimento inadequado dos prontuários, com a consequente falta de informação, a não implantação do preconizado pelos CPs e o irregular apoio psicológico e espiritual para a família ferem os princípios da autonomia, da beneficência e da não maleficência. Estando em condição de vulnerabilidade acrescida, é necessário que o
prematuro e sua família sejam protegidos e tenham seus direitos garantidos. As recomendações da DUBDH contribuem para assegurar um cuidado humanizado e ético, beneficiando o paciente e sua família. Conclui-se que a implantação plena dos CPs para o prematuro com IG menor que o limite de viabilidade é adequada e firmemente embasada pela bioética, porém há necessidade de que seus conceitos sejam mais divulgados, debatidos e aprendidos pelas equipes de saúde e pela comunidade a fim de propiciarem benefício mútuo.

 

 

Uso de Octreotide na hipoglicemia resistente (hiperinsulinismo congênito)

Uso de Octreotide na hipoglicemia resistente (hiperinsulinismo congênito)

Paulo R. Margotto.

Caso ClínicoRecém-nascido (RN) do dia 28/12/2019, 29sem 2 dias, parto normal, peso de 1180g, com fenótipo de Síndrome de Beckwith-Wiedemann. Apresenta persistência do úraco. Hipoglicemia severa com 2 horas de vida. Houve necessidade do uso de hidrocortisona aos 9 dias de vida, devido à TIG de 9,5mg/kg/min. Com 10 dias de vida, houve necessidade de glucacon, usando apenas uma dose por falta da medicação. Com 11 dias de vida, glicemia de 40 mg% e TIG de 12mg/kg/min, sendo usado octreotride (1,7µ/kg//dose de 6/6 horas subcutâneo: 6,8µ/kg/dia). Chegou a TIG de 14m/kg/min no dia seguinte, possibilitando a redução para 13 e 12mg/kg /min. Ainda em uso de octreotide agora por via endovenosa, completando um mês. A Genética indicou o exame MLPA (técnica para detectar deleções e duplicações nos genes. A MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) detecta alterações de falta (deleção) ou excesso (duplicação) de material cromossômico. Ela não detecta mutações, que são vistas no exame de sequenciamento direto dos genes).Ultrassom (US) craniano aos 2 dias mostrando hiperecogenicidade periventricular e com 25 dias de vida, leucomalácia periventricular multicística.

A partir desse Caso Clínico, fizemos contato com o Dr. Willian Ray Jr, f (Scientific Director: Perinatal Research Center University of Colorado School of Medicine,USA), um dos maiores estudiosos do Metabolismo da Glicose no mundo e por sua indicação, a Dra. Diva De León-Crutchlow, um das maiores estudiosas do hiperinsulinismo (HI) congênito nos Estados Unidos (Chief, Division of Endocrinology and Diabetes The Children’s Hospital of Philadelphia, USA), que responderam aos nossos questionamentos e indicaram-nos relevantes estudos, além de orientação de dose do octreotride. Agradeço à Dra. Maria Eduarda Canellas pelas informações do prontuário enviadas a mim, aqui em João Pessoa pelos vários WhatsApp. Buscamos entender melhor o HI congênito, a importância da detecção das duas formas (focal e difusa) para o gerenciamento clínico, os testes genéticos para o diagnóstico (a Dra. Diva De León indicou o Dr. Raphael Liberatore, da Universidade de São Paulo por ter a capacidade de realizar testes genéticos; isso seria útil para descobrir se o bebê tem uma forma cirurgicamente curável da doença (hiperinsulinismo focal do KATP), o uso do octreotride quando não há resposta ao diazóxido (único medicamento aprovado pela Food and Drug Administration [FDA]), as complicações do octreotride (com ênfase na enterocolite necrosante), assim como dose

Neurossonografia Neonatal-compartilhando imagens: Hiperecogenicidade periventricular – Leucomalácia periventricular multicística

Neurossonografia Neonatal-compartilhando imagens: Hiperecogenicidade periventricular – Leucomalácia periventricular multicística

Paulo R. Margotto.

Caso Clinico: RN pré-termo (28 sem), peso ao nascer de 1430g,  1 dose de betametasona, cesariana por Apresentação Pélvica, necessitou de reanimação com intubação endotraqueal; recebeu um dose de surfactante com FiO2 de 60%  e Saturação de O2 de 75%. Ultrassons  cranianos  realizados com 9 dias de vida (intensa hiperecogenicidade periventricular-setas), aos 16 dias e 31 dias de vida (dilatação biventricular e leucomalácia periventricular multicística-setas).