Mês: março 2021

Integrando o ultrassom cardíaco focado na avaliação de choque séptico pediátrico

Integrando o ultrassom cardíaco focado na avaliação de choque séptico pediátrico

Integrating Focused Cardiac Ultrasound Into Pediatric Septic Shock Assessment.Arnoldi S, Glau CL, Walker SB, Himebauch AS, Parikh DS, Udeh SC, Weiss SL, Fitzgerald JC, Nishisaki A, Conlon TW.Pediatr Crit Care Med. 2021 Mar 1;22(3):262-274. doi: 10.1097/PCC.0000000000002658.PMID: 33657611.

Apresentação: Antônio Batista de Freitas Neto. Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim.

A incorporação da ultrassonografia cardíaca funcional (UCF) na prática clínica mudou a avaliação hemodinâmica do clínico em 67% dos pacientes com suspeita de choque séptico.

Um algoritmo de ultrassonografia cardíaca funcional  desenvolvido para caracterizar a hemodinâmica demonstrou concordância substancial com a caracterização hemodinâmica do clínico pós-UCF, com disfunção miocárdica e fisiologia obstrutiva tendo concordância perfeita e quase perfeita, respectivamente.

O manejo clínico frequentemente alinhado com a caracterização hemodinâmica do algoritmo, e os pacientes com desalinhamento tiveram uma taxa maior de curso complicado, embora não atingindo significância estatística.

Estudos futuros são necessários para avaliar o benefício clínico da incorporação do ultrassom na avaliação e tratamento da sepse pediátrica e choque.

Livro: Assistência ao Recém – Nascido de Risco, 4a Edição

Livro: Assistência ao Recém – Nascido de Risco, 4a Edição

Paulo R. Margotto.

Tão logo foi publicada a 3ª Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, em outubro de 2012, começamos a construir a 4ª Edição ao longo de seis anos (são 111 capítulos, 91 autores e   4096 referências!).

Ao longo desses 40 anos sempre acreditamos que as Unidades devem ter suas Normas implantadas após discussão com a Equipe, sobretudo em ambiente onde há Programa de Residência Médica para evitar um brain storm de condutas, no qual o grande prejudicado será inevitavelmente o paciente associado à impossibilidade da avaliação do que fazemos.

Com esse livro na nossa Unidade, procuramos “descobrir os erros e não a verdade” (Karl Popper), pois essa é mutável e à luz das evidências, corrigí-los diuturnamente para uma melhor assistência a esses indefesos que desabrocham para a vida pelas nossas mãos.

OBTENHA O LIVRO INTEGRAL COPIANDO O SEGUINTE LINK:

https://drive.google.com/file/d/15ebHDHqCud0rl7GwFmnPp-CfxbG1Ncyd/view?usp=sharing

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): ASSÉDIO MORAL E RESIDÊNCIA MÉDICA: REFLEXÕES SOBRE UM ASPECTO NÃO DITO DO APRENDER MÉDICO

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): ASSÉDIO MORAL E RESIDÊNCIA MÉDICA: REFLEXÕES SOBRE UM ASPECTO NÃO DITO DO APRENDER MÉDICO

Autora: Gabriela Rabelo Cunha. Orientador: Dr. Andersen Othon Rocha Fernandes, MsC.  Coorientadora: Adriana de Rezende Dias, MsC.

Abusos e maus-tratos são comuns no campo da medicina, especialmente em grupos mais susceptíveis, como os estudantes e profissionais em formação. Trata-se de um estudo multicêntrico, prospectivo, randomizado em que foram aplicados questionários a médicos residentes atuantes no Distrito Federal contendo perguntas que avaliam a percepção destes acerca da presença de abuso, assédio ou discriminação em diversos aspectos, além de perguntas que avaliam o impacto destes atos na vivência dos residentes. Teve o objetivo de avaliar a ocorrência de abuso, assédio e discriminação com os médicos residentes e investigar quem são os praticantes desses atos, além de verificar como estas práticas podem impactar a percepção do aprendizado e o cuidado com o paciente. Foi encontrada uma alta prevalência destas práticas nocivas, provenientes especialmente dos médicos staffs e preceptores dos programas, com repercussões negativas na vida profissional e pessoal dos médicos residentes e no cuidado com os pacientes.

Palavras chave: Abuso, assédio, discriminação, médico residente, residência médica, bullying

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): ASSÉDIO MORAL E RESIDÊNCIA MÉDICA: REFLEXÕES SOBRE UM ASPECTO NÃO DITO DO APRENDER MÉDICO

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): ASSÉDIO MORAL E RESIDÊNCIA MÉDICA: REFLEXÕES SOBRE UM ASPECTO NÃO DITO DO APRENDER MÉDICO

Autora: Gabriela Rabelo Cunha. Orientador: Dr. Andersen Othon Rocha Fernandes, MsC.  Coorientadora: Adriana de Rezende Dias, MsC.

Abusos e maus-tratos são comuns no campo da medicina, especialmente em grupos mais susceptíveis, como os estudantes e profissionais em formação. Trata-se de um estudo multicêntrico, prospectivo, randomizado em que foram aplicados questionários a médicos residentes atuantes no Distrito Federal contendo perguntas que avaliam a percepção destes acerca da presença de abuso, assédio ou discriminação em diversos aspectos, além de perguntas que avaliam o impacto destes atos na vivência dos residentes. Teve o objetivo de avaliar a ocorrência de abuso, assédio e discriminação com os médicos residentes e investigar quem são os praticantes desses atos, além de verificar como estas práticas podem impactar a percepção do aprendizado e o cuidado com o paciente. Foi encontrada uma alta prevalência destas práticas nocivas, provenientes especialmente dos médicos staffs e preceptores dos programas, com repercussões negativas na vida profissional e pessoal dos médicos residentes e no cuidado com os pacientes.

Palavras chave: Abuso, assédio, discriminação, médico residente, residência médica, bullying

Marcos da Neonatologia de Brasília: LANÇAMENTO DO LIVRO ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 4ª Edição, 2021 (24/3/2021-17h)

Marcos da Neonatologia de Brasília: LANÇAMENTO DO LIVRO ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 4ª Edição, 2021 (24/3/2021-17h)

Marta David Rocha de Moura (Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde-ESCS) e Sandra Lins 9Chefe da Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF e UTI Neonatal do Hospital Santa Lúcia).

Temos um encontro marcado dia 24 de março, quarta – feira! às 17h! 

 

Faremos uma live com o Dr. Paulo Margotto para o LANÇAMENTO DO LIVRO: ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 4ª Edição, 2021,aqui no Perfil do IPN no Instagram: https://instagram.com/ipnprm?igshid=15nl51raew07i

Dr. Paulo Margotto é um exemplo de profissional e sua dedicação ao compartilhamento do ensino em Neonatologia fez nascer este Instituto, que leva o seu nome.

Além disso, faremos um debate sobre a história da Neonatologia em Brasília e contaremos com a participação da Dra. Marta Rocha e da Dra. Sandra Lins.

Os seguidores que estiverem presentes na live ganharão o livro do Dr. Paulo GRATUITAMENTE em PDF.

Não perca essa oportunidade! Esperamos vocês !

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Como Descontinuar a Pressão Positiva Contínua Nasal (NCPAP) nas Vias Aéreas

Como Descontinuar a Pressão Positiva Contínua Nasal (NCPAP) nas Vias Aéreas

Discontinuing Nasal Continuous Positive Airway Pressure in Infants 32 Weeks gestational Age: A Randomized Control Trial. Kakkilaya V, Tang A, Wagner S, Ridpath J, Ibrahim J, Brown LS, Rosenfeld CR.J Pediatr. 2021 Mar;230:93-99.e3. doi: 10.1016/j.jpeds.2020.10.045. Epub 2020 Oct 28.PMID: 33127365. Estados Unidos.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Apesar de seu amplo uso (base do suporte respiratório no nascimento prematuro, na pós-extubação, na apneia do prematuro) o método ideal para descontinuar a terapia com NCPAP em bebês nascido prematuramente permanece obscuro. Quatro métodos principais de descontinuação de NCPAP foram estudados, incluindo a interrupção repentina de um nível predeterminado, ciclo de tempo gradual, desmame gradual da pressão e desmame de NCPAP para cânula nasal de alto fluxo. Recente estudo de  Kakkilaya V et al (março de 2021). Os autores inscreveram 226 recém-nascidos entre setembro de 2014 e fevereiro de 2018, sendo 116 foram aleatoriamente designados para o grupo controle (NCPAP interrompida em 5 cm H2O) e 110 para o grupo de desmame (diminuída progressivamente a cada 24h para um valor de 3 cm H2O). O resultado primário, número total de dias em NCPAP, não foi diferente entre os dois grupos de tratamento. Da mesma forma, não houve diferenças em nenhum dos desfechos secundários (duração do oxigênio suplementar, tempo de internação ou número de dias de cuidados intensivos. O grupo de controle teve quase duas vezes mais probabilidade de falhar na primeira tentativa de parar NCPAP (P = 0,01) e quatro vezes mais chance de ter falhado ≥2 tentativas de parar NCPAP (P <0,01), principalmente entre os bebês de 23-27 semanas. Esses autores concluem que o desmame gradual da pressão facilita a cessação bem-sucedida de NCPAP em bebês nascidos prematuramente sem prolongar a duração da terapia. Outros estudos mostraram que redução para cânula nasal acelera o processo de desmame, mas está associada a uma maior duração da administração de oxigênio e o desmame intervalado (CPAP “on” e CPAP “off” não apresenta benefícios e provavelmente não deve ser aplicado em bebês prematuros. Estudo de 2019 de Lam R et al, analisando a capacidade funcional residual (CFR) no grupo de bebês estáveis em NCPAP estendida por duas semanas versos descontinuação de NCPAP, no grupo de NCPAP estendida, foi significativamente maior. A tensão mecânica de CPAP aplicada aos pulmões de animais jovens pode estimular o crescimento pulmonar e ter outros efeitos moleculares benéficos, havendo sugestão QUE CPAP PODE ESTIMULAR A ANGIOGÊNESE. A prática de maior tempo no uso de NCPAP é defendida pelo Columbia University Medical Center, onde o uso de CPAP inicial foi defendido. Todos os pacientes desse estudo preencheram os critérios de estabilidade predefinidos em aproximadamente 32 semanas de idade, e apenas 1 dos 26 (3,8%) atribuídos ao grupo NCPAP estendida falhou nesses critérios, sendo necessária a reaplicação de NCPAP. Como fazemos na Unidade de Neonatologia do HMIB: bebê com pulmão normal, não mostrando evidências de aumento do trabalho respiratório, tem um bom ganho de peso, sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores, FiO2 de 21%, pressão de 5 cm H20 (não fazemos diminuição gradativa da pressão), suspendemos CPAP em torno de 32 semanas de idade pós-menstrual. O objetivo da manutenção por um tempo maior advém do efeito angiogênico da manutenção de CPAP como demonstrado pelos estudos. Se a pressão estiver em 6 ou 7 cm H20,  faz-se a redução  à  medida que vai ocorrendo a estabilização. De acordo com a tolerância, em FiO2 de 21% e pressão de 5cm H2O às 32 semanas de idade pós-menstrual, retira-se a pressão positiva continua nasal das vias aéreas.

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF):Persistência do Canal Arterial em Prematuros Extremos: A realidade de uma Unidade Neonatal Terciária

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF):Persistência do Canal Arterial em Prematuros Extremos: A realidade de uma Unidade Neonatal Terciária

Autora: Tatiane Martins Barcelos.

Orientadora: Prof.a Dra Marta David Rocha Moura.

◦Na amostra estudada (281 recém-nascidos com idade gestacional <32 semanas)  a prevalência de canal arterial hemodinamicamente significativo (CAHS) foi de 14%

◦Houve correlação significativa de aumento de displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular e leucomalácea naqueles com CAHS.

◦Porém não se observou diferença estatística significativa na mortalidade entre os recém-nascidos tratados farmacologicamente e os que tiveram tratamento expectante/conservador.

A tendência atual é de manejo mais conservador para persistência do canal arterial

Tratar aqueles hemodinamicamente significativos tem sido a decisão mais aceita pela literatura

◦Incertezas quanto aos critérios diagnósticos, de indicação terapêutica e da terapia de primeira escolha, somados a falta de evidências de prejuízos no desfecho tardio (óbito e neurodesenvolvimento), pedem estudos adicionais.

Resultados em idade escolar após hemorragia intraventricular em bebês nascidos extremamente prematuros

Resultados em idade escolar após hemorragia intraventricular em bebês nascidos extremamente prematuros


School
age outcomes following intraventricular haemorrhage in infants born extremely preterm.

Hollebrandse NL, Spittle AJ, Burnett AC, Anderson PJ, Roberts G, Doyle LW, Cheong JLY.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2021 Jan;106(1):4-8. doi: 10.1136/archdischild-2020-318989. Epub 2020 Jul 30.PMID: 32732377. Australia. 

Realizado por Paulo R. Margotto.

Os pacientes envolvidos foram recém-nascidos sobreviventes com <28 semanas de idade gestacional (n = 546) e recém-nascidos controles a termo (n = 679) de três eras distintas, a saber, aqueles nascidos em 1991-1992, 1997 e 2005. Nessa coorte, 27,7% das crianças que sobreviveram até a idade de 8 anos, 33,7% dos avaliados dos avaliados foram diagnosticados com HIV. Crianças com grau 1 ou 2 de HIV estavam em maior risco de desenvolvimento de paralisia cerebral do que aqueles sem HIV (OR 2,24, IC 95% 1,21 a 4,16) aos 8 anos de idade, achado esse já relatado por outros autores. Esse achado enfatiza a importância do acompanhamento de longo prazo e intervenção precoce nos prematuros extremos com HIV leve, bem como aconselhamento aos pais. E as possíveis causas: a) destruição da matriz germinativa, ocasionando deficiente desenvolvimento cortical (entre 10-24 semanas de gestação, a migração neuronal se completou, mas a matriz germinativa provê precursores gliais que se tornarão oligodendrócitos e astrócitos) b) prejuízo cerebelar semelhante a HIV grave, além de comprometimento microestrutural severo em regiões periventriculares, como evidenciado pelo estudo por tratografia.

 

DIRETO AO PONTO (respostas aos questionamentos): Uso de atropina na sequência rápida de intubação

DIRETO AO PONTO (respostas aos questionamentos): Uso de atropina na sequência rápida de intubação

Paulo R. Margotto.

      Neonatos durante a intubação frequentemente experimentam bradicardia, no entanto, raramente são afetados por arritmias ventriculares e morte como relatado em uma série de estudos. Assim, é improvável que o uso indiscriminado de atropina altere os resultados, exceto na redução da frequência de taquicardia sinusal.

Já as crianças mais velhas durante a intubação, a frequência de bradicardia é semelhante aos recém-nascidos, no entanto, ocorre maior frequência de distúrbios de condução e arritmias ventriculares, mortalidade na ordem de 0,5%. Assim a atropina tem efeito benéfico sobre a redução de arritmias ventriculares e distúrbios da condução com redução da mortalidade em UTI. O uso de atropina nas crianças >1 mês tem influência positiva nos resultados além da redução na frequência de bradicardia sinusal.

Por estas razões não temos usado mais atropina na sequência rápida de intubação

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

APRESENTAÇÃO:Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Fernanda Carolina Moreira Rocha. Orientador:  Dr. Felipe Teixeira de Mello Freitas.

Na pediatria, o VSR é o principal agente etiológico em crianças menores de 1 ano de idade com quadros respiratórios, o pico de infecção acontece entre janeiro e junho e está associado a alta morbidade nesse grupo. É comum que esses quadros evoluam de forma benigna, mas alguns terão complicações e necessitarão de suporte intensivo. No Brasil, o Ministério da Saúde criou, em 2000, a vigilância de vírus respiratórios nas Unidades Sentinelas para avaliar a demanda de atendimentos relacionados a esses agentes, e o HMIB faz parte dessa rede e contribui para esse levantamento de dados da vigilância epidemiológica. Diante da importância social e epidemiológica das infecções pelo VSR, é necessário compreender suas diferentes ondas epidêmicas e estabelecer medidas que promovam a prevenção e o tratamento de infecções por este agente. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo baseado na revisão de prontuários dos pacientes internados na UTIP do HMIB com SRAG entre 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019. Foram incluídos todos os pacientes com painel viral positivo para VSR, posteriormente os prontuários foram revistos em busca de informações complementares. De 2017 a 2019, 955 pacientes foram internados no HMIB por queixas respiratórias, destes 228 (24%) foram transferidos à UTIP. Foram coletados painéis virais de 209 crianças e 157 (75%) tiveram resultado positivo, dentre os quais o VSR foi detectado em 88 (56%). Seu pico de incidência foi entre janeiro e junho, os lactentes (46%) foram os mais afetados e 38% foram prematuros ao nascimento. A taxa de óbito foi de 7% durante o período estudado. Apesar de o VSR ser o agente que mais infecta a população pediátrica e por isso estar associado a uma alta morbidade, há poucos estudos sobre seu perfil clínico e socioeconômico. Em nosso estudo observamos congruência com os achados da literatura, os lactentes foram os mais afetados, o pico de sazonalidade ocorreu no verão e outono. Além disso, a taxa de óbito baixa foi próxima do encontrado em outros estudos. Esse levantamento de dados é importante para a gestão e acompanhamento da qualidade assistencial. Já é bem estabelecido o impacto da infecção pelo VSR na população pediátrica, suas repercussões clínicas e suas implicações sócio-econômicas a médio e longo prazo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. A vigilância das infecções respiratórias virais cresce cada vez mais e o desenvolvimento de novas terapêuticas especialmente profiláticas deve ser o foco de ação das instituições