Categoria: Enfermagem Neonatal

O Efeito da Administração de Colostro Orofaríngeo nos Resultados Clínicos de Bebês Prematuros: Uma Metanálise

O Efeito da Administração de Colostro Orofaríngeo nos Resultados Clínicos de Bebês Prematuros: Uma Metanálise

The effect of oropharyngeal colostrum administration on the clinical outcomes of premature infants: A meta-analysis. Fu ZY, Huang C, Lei L, Chen LC, Wei LJ, Zhou J, Tao M, Quan MT, Huang Y.Int J Nurs Stud. 2023 Aug;144:104527. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2023.104527. Epub 2023 May 19.PMID: 37295286.Review. Artigo Gratis!

Realizado por Paulo R. Margotto.

A administração de colostro orofaríngeo pode reduzir a incidência de enterocolite necrosante, sepse tardia, intolerância alimentar e mortalidade, encurtar o tempo para alimentação enteral completa e levar a uma recuperação mais rápida do peso ao nascer em bebês prematuros. A frequência apropriada de administração de colostro orofaríngeo pode ser a cada 4 horas e a duração ideal pode ser de 8 a 10 dias. Portanto, recomenda-se que a equipe médica clínica implemente a administração de colostro orofaríngeo para bebês prematuros com base nas evidências existentes.

Associações entre amamentação e mortes infantis pós-perinatal nos Estados Unidos

Associações entre amamentação e mortes infantis pós-perinatal nos Estados Unidos

Associations Between Breastfeeding and Postperinatal Infant Deaths in the U.S.Ware JL, Li R, Chen A, Nelson JM, Kmet JM, Parks SE, Morrow AL, Chen J, Perrine CG.Am J Prev Med. 2023 May 21:S0749-3797(23)00239-8. doi: 10.1016/j.amepre.2023.05.015. Online ahead of print.PMID: 37220859.

Realizado por Paulo R. Margotto

Este estudo de uma grande coorte de aproximadamente 10 milhões de bebês nascidos nos Estados Unidos (EUA) durante 2016–2018 encontrou uma forte associação entre o início da amamentação e a redução da mortalidade infantil pós-perinatal em todas as 7 regiões geográficas e na maioria dos estados individuais. A promoção e o apoio ao aleitamento materno podem ser uma estratégia para reduzir a mortalidade infantil nos EUA.

TEMAS LIVRES (1o Congresso Internacional de Neonatologia do DF, 30/11 a 1/12/2022):BUNDLE PARA CONTROLE TÉRMICO DURANTE O TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS

TEMAS LIVRES (1o Congresso Internacional de Neonatologia do DF, 30/11 a 1/12/2022):BUNDLE PARA CONTROLE TÉRMICO DURANTE O TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS

Autores: Flavia da Veiga Ued, Maria Paula Custódio Silva, Ana Carolina Alves Galli, Mariana Torreglosa Ruiz, Luciana Mara Monti Fonseca, Divanice Contim

TEMAS LIVRES (1o Congresso Internacional de Neonatologia do DF, 30/11 a 1/12/2022):Suporte individualizado às mães de recém-nascidos prematuros que ainda não podem ser amamentados.

TEMAS LIVRES (1o Congresso Internacional de Neonatologia do DF, 30/11 a 1/12/2022):Suporte individualizado às mães de recém-nascidos prematuros que ainda não podem ser amamentados.

Gabrielle Sauini – Fonoaudióloga e Coordenadora científico-acadêmica da ONG Prematuridade.com
. Adriana Nunes dos Santos – Chefe de Enfermagem do CEJAM, São Paulo – SP
. Aline Carla Hennemann – Enfermeira e Vice-diretora da ONG Prematuridade.com

A alimentação com fórmula no início da vida está associada a alterações na microbiota intestinal infantil e a um aumento da carga de resistência a antibióticos

A alimentação com fórmula no início da vida está associada a alterações na microbiota intestinal infantil e a um aumento da carga de resistência a antibióticos

Earlylife formula feeding is associated with infant gut microbiota alterations and an increased antibiotic resistance load.Pärnänen KMM, Hultman J, Markkanen M, Satokari R, Rautava S, Lamendella R, Wright J, McLimans CJ, Kelleher SL, Virta MP.Am J Clin Nutr. 2022 Feb 9;115(2):407-421. doi: 10.1093/ajcn/nqab353.PMID: 34677583 Free PMC article. Artigo Livre!

Realizado por Paulo R. Margotto.

Já é do nosso conhecimento que o uso de antibióticos tem um papel bem estabelecido na formação do resistoma dos bebês e que  o número e a extensão dos tratamentos com antibióticos na infância afetam a abundância dos genes de resistência a antibióticos. No entanto, há conhecimento limitado sobre outros fatores que afetam a carga de resistência aos antibióticos do intestino infantil e entre esses, a alimentação com fórmulas no início da vida, que foi o objetivo desse estudo. O presente estudo  foi desenhado para eliminar o efeito do uso de antibióticos Foram coletados dados metagenômicos de amostras fecais transversais colhidas na idade de 7 a 36 dias de 46 bebês nascidos prematuros entre 27 e 37 semanas de gestação (21 lactentes foram alimentados com fórmula infantil comercial (Neosure), 20 foram alimentados com leite materno com fortificante de leite humano (Similac) e 5 foram alimentados apenas com leite humano (mãe ou doadora). Os bebês alimentados com qualquer fórmula tiveram abundâncias de genes de resistência a antibióticos significativamente aumento de 70%!) em relação aos bebês alimentados apenas com leite materno ou alimentados com leite suplementado com fortificante. Nesse contexto  não foram observadas  diferenças entre bebês alimentados com fortificante em comparação com bebês alimentados apenas com leite materno.  Além disso, não houve diferenças entre fortificantes derivados de leite humano ou derivados de leite bovino. Assim, esses resultados sugerem que, nos casos em que os bebês precisam de nutrição suplementar, a adição de fortificante ao leite humano pode ter menos impacto no potencial de resistência a antibióticos do que a mudança para a fórmula. Enterobacteriaceae (abrigam vários genes de resistência aos antibióticos, incluindo genes SHV que codificam o fenótipo betalactamase de espectro estendido [ESBL] em Klebsiella) foram mais abundantes em bebês alimentados com qualquer fórmula (3 vezes mais) do que em bebês alimentados com leite humano. Em conclusão, esses dados sugerem que uma dieta contendo apenas leite humano nos primeiros meses de vida reduz a carga de genes resistência aos antibióticos ao modular a comunidade microbiana para favorecer bactérias não portadoras de genes de resistência aos antibióticos.

A amamentação está associada a um risco cardiovascular materno reduzido: revisão sistemática e metanálise envolvendo dados de 8 estudos e 1.192.700 mulheres paridas

A amamentação está associada a um risco cardiovascular materno reduzido: revisão sistemática e metanálise envolvendo dados de 8 estudos e 1.192.700 mulheres paridas

Breastfeeding Is Associated With a Reduced Maternal Cardiovascular Risk: Systematic Review and Meta-Analysis Involving Data From 8 Studies and 1 192 700 Parous Women. Tschiderer L, Seekircher L, Kunutsor SK, Peters SAE, O’Keeffe LM, Willeit P.J Am Heart Assoc. 2022 Jan 18;11(2):e022746. doi: 10.1161/JAHA.121.022746. Epub 2022 Jan 11.PMID: 35014854 Free article. Artigo Livre!

Realizado por Paulo R. Margotto

A amamentação tem sido fortemente associada à redução do risco materno de câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2. Na presente revisão sistemática e metanálise  de 8 estudos e > 1 milhão de mulheres paridas, as autores relataram que as mulheres que amamentaram, e relação as que nunca amamentaram , tiveram um menor risco de doença futura cardiovascular, doença cardíaca coronariana, acidente vascular cerebral e doença cardiovascular fatal. Houve uma redução progressiva do risco cardiovascular com a duração da amamentação de até 12 meses.

A associação entre a duração da amamentação e os resultados da asma infantil

A associação entre a duração da amamentação e os resultados da asma infantil

The association between duration of breastfeeding and childhood asthma outcomes. Keadrea Wilson,  Tebeb Gebretsadik , Margaret A Adgent Christine LoftusCatherine KarrPaul E Moore Sheela SathyanarayanaNora ByingtonEmily Barrett Nicole Bush Ruby Nguyen Terry J HartmanKaja Z LeWinn Alexis Calvert W Alex Mason Kecia N Carroll . Ann Allergy Asthma Immunol . 2022 May 9;S1081-1206(22)00400-8.  doi: 10.1016/j.anai.2022.04.034. Online ahead of print. Artigo Livre!.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Foram estudadas 2.021 díades mãe-filho. As mulheres relataram a duração de qualquer aleitamento materno exclusivo e desfechos de asma infantil durante o acompanhamento na idade da criança de 4 a 6 anos. O estudo, racialmente diverso, mostrou que a duração mais longa do aleitamento materno exclusivo foi associada à diminuição significativa da chance de asma infantil. Nos complementos, o papel do leite materno no cérebro!

 

Colostroterapia-2020 (É necessário aguardar 48 hs de vida para iniciar?)

Colostroterapia-2020 (É necessário aguardar 48 hs de vida para iniciar?)

Apresentação: Luciana Trindade (R3 de Neonatologia/HMIB/SES/DF. Coordenação: Carlos Alberto Zaconeta.

“É necessário aguardar 48 horas de vida para iniciar o procedimento? No caso de pacientes estáveis, é possível iniciar antes deste tempo? “

  • Geralmente 48h em nossa Unidade por dois motivos: 1) a maioria dos estudos inicia com este tempo de vida, o que nos garante segurança em nosso procedimento; 2) as mães estão mais presentes após 48h de vida do RN (antes, geralmente, estão muito debilitadas para ir à Unidade e/ou fazer a ordenha) e com uma quantidade de colostro adequada.
  • Só encontramos um estudo em que se inicia a colostroterapia com 24h de vida do RN (Álvarez EM, Cabanillas MVJ, Caballero MP, López LS, Kajarabille N, Castro JD, et al.Efectos de la administración de calostro orofaríngeo en recién nacidos prematuros sobre los niveles de inmunoglobulina A. Nutr Hosp, v.33: 233-238, 2015).

 

  • Não vemos  problema de iniciar neste período de 24h de vida, considerando-se este estudo supracitado, inclusive estamos fazendo.
  • Porém, antes de 24h de vida do RN não existem evidências que garantam aplicabilidade, benefícios e/ou segurança para instituição da colostroterapia. Assim, não acredito ser aconselhável iniciar este procedimento antes de 24h de vida.
Cuidados de Enfermagem ao Recém-Nascido na Síndrome da Abstinência Neonatal

Cuidados de Enfermagem ao Recém-Nascido na Síndrome da Abstinência Neonatal

Bruna Maria de Paula Lima, Camila Silva Ferreira, Emanuella Luíza dos Santos Moreira, Luíza Aparecida Silva, Vitor Diniz Custódio.

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso Técnico em Enfermagem da Etec. Dr. Júlio Cardoso, orientado pela professora Nilma Aparecida da Silva, como requisito parcial para obtenção do título Técnico em Enfermagem. Franca, SP.

“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”
FLORENCE NIGHTINGALE

Resumo

Abordamos neste trabalho diversos artigos relacionados a Síndrome da Abstinência Neonatal (SAN), de vários autores diferentes como em especial os do Dr. Paulo R. Margotto, que nos ampliou a visão de como este problema é comum e tão pouco pautado. Entende-se por abstinência o conjunto de sinais e sintomas que surgem após a interrupção abrupta do uso de determinadas substancias que o nosso organismo está recebendo regularmente. Esta síndrome é infelizmente presente em muitas famílias e muitas vezes não é diagnosticada, dificultando assim seu cuidado especifico e a solução para o problema. Deve ser ressaltado também os fatores perinatais como por exemplo a falta do pré-natal dessa gestante usuária de droga, e muitas vezes o descaso dela em relação à gestação, que pode vir a gerar futuros problemas que poderiam ser evitados caso houvesse um acompanhamento mais próximo. Pretendemos trazer à tona todos os sintomas que a SAN apresenta, e ressaltar algumas
características mais importantes como a irritabilidade, o choro excessivo, dificuldade de mamar, e as más formações congênitas que algumas drogas causam. Ressaltar a síndrome alcoólica fetal causada pelo uso do álcool que pode trazer consigo também alterações físicas, e
a síndrome de prune belly causada pelo uso da cocaína. Além disso exemplificaremos os cuidados de enfermagem cabíveis ao tratamento, sendo este
farmacológico ou não, e a conduta a ser seguida com o RN e com a família.