Mês: março 2019

A pressão positiva contínua nas vias aéreas nasal pode ser usada como suporte respiratório para lactentes com síndrome de aspiração meconial?

A pressão positiva contínua nas vias aéreas nasal pode ser usada como suporte respiratório para lactentes com síndrome de aspiração meconial?

Can nasal continuous positive airway pressure be used as primary respiratory support for infants with meconium aspiration syndrome?Montgomery KA, Rose RS.J Perinatol. 2019 Feb;39(2):339-341. doi: 10.1038/s41372-018-0256-y. Epub 2018 Oct 19. No abstract available.PMID:30341405.Similar articles.

Manuscript citation: Pandita A, Murki S, Oleti TP, Tandur B, Kiran S, Narkhede S, et al. Effect of Nasal Continuous Positive Airway Pressure on Infants With Meconium Aspiration Syndrome: A Randomized Clinical Trial. JAMA Pediatr. 2018;172(2):161-5. PMID: 29204652.

Realizado por Paulo R. Margotto

Iniciar precocemente CPAPnasal em vez de oxigênio no Hood em neonatos com desconforto respiratório devido à Síndrome de Aspiração Meconial (SAM) diminui o risco de ventilação mecânica subsequente nos primeiros 7 dias de vida. Para a cada 5 recém-nascidos com desconforto respiratório devido a síndrome de aspiração meconial com o uso precoce de CPAPnasal, 1 criança será protegida de ventilação mecânica subseqüente.

Segundo o Dr. Guilherme Sant´Anna, no Facebook-Neonatologia Brasil:“Meu grande mestre Dr JT Wung – da Columbia em NYC – me ensinou faz uns anos que o melhor tratamento para RNs com síndrome de aspiração meconial é colocar em bubble CPAP e esperar … não importa o quanto de oxigênio… deixa a criança controlar e se ajeitar …. ele me mostrou vários casos que ele tinha tratado e me disse que nem recordava a última vez que havia intubado um neném com SAM. Como bom aluno resolvi que ia fazer o mesmo !!! Tomei coragem e no meu primeiro caso o neném chegou com o time de transporte em CPAP e FiO2 de 100% com SpO2 em torno de 90-92%. Confesso que fiquei taquicárdico em não intubar e fazer surfactante, mas acreditei no Wung e falei para deixar ele quieto em CPAP por algumas horas para ver… todo material de intubação e surfactante preparados ali do lado … em 12 horas o neném estava em 25% de FiO2 !!!! Levou umas 3 horas pra começar a baixar as necessidades … passei a noite do lado dele … mas não tenho como descrever minha felicidade ao ver a evolução e saber que tinha evitado intubação e todas as complicações e dificuldades que são ventilar um mecônio. Desde então nunca mais precisei intubar. Essa noite estava de plantão e de novo !!! Pós-termo com mecônio … Tremendo desconforto respiratório, coloquei em bubble CPAP de 7 e esperei … FiO2 subiu até 75% nas primeiras 3 horas… super taquippneico e com esforço significativo …. pensei que ia acabar com minha estatística …. de repente começou a estabilizar e baixar aos poucos … de manhã estava em FiO2 de 35% !!!! Wung é um gênio !!!!!”. Inclusive mostra o Rx inicial e 9 horas após.

UTI Pediátrica (HMIB/SES/DF): Pré-oxigenação nasal de alto fluxo para intubação endotraqueal em paciente grave: ensaio clínico randomizado

UTI Pediátrica (HMIB/SES/DF): Pré-oxigenação nasal de alto fluxo para intubação endotraqueal em paciente grave: ensaio clínico randomizado

Nasal high-flow preoxygenation for endotracheal intubation in the critically ill patient: a randomized clinical trial.Guitton C, Ehrmann S, Volteau C, Colin G, Maamar A, Jean-Michel V, Mahe PJ, Landais M, Brule N, Bretonnière C, Zambon O, Vourc’h M.Intensive Care Med. 2019 Jan 21. doi: 10.1007/s00134-019-05529-w. [Epub ahead of print]PMID: 30666367.Similar articles.

Apresentação: Thaybar Leobel Bruno.

Coordenação: Alexandre Serafim.

 

Análise multivariada mostra que a pré-oxigenação com cânula nasal de alto fluxo esta associada a redução de quedas na dessaturação de oxigênio abaixo de 90% e diminuição de quatro vezes nas complicações relacionadas à intubação.

Discussão Clínica: Leite humano fresco para pré-termo extremo e citomegalovirose; Distúrbios hidreletrolíticos e asfixia na audição do recém-nascido; Etiologias da hiperbilirrubinemia indireta; Infecção fúngica no recém-nascido a termo

Discussão Clínica: Leite humano fresco para pré-termo extremo e citomegalovirose; Distúrbios hidreletrolíticos e asfixia na audição do recém-nascido; Etiologias da hiperbilirrubinemia indireta; Infecção fúngica no recém-nascido a termo

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Diurético e Displasia broncopulmonar (uma droga off label) Análise usando Grandes Bases de Dados

Diurético e Displasia broncopulmonar (uma droga off label) Análise usando Grandes Bases de Dados

Off-Label Drugs in Neonatology: Analyses Using Large Data Bases.Jobe AH. J Pediatr. 2019 Feb 26. pii: S0022-3476(19)30126-X. doi: 10.1016/j.jpeds.2019.01.038. [Epub ahead of print] No abstract available. PMID: 30824166. Similar articles.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Alan Jobe faz análise de um estudo  recente sobre o uso frequente, mas não aprovado, de furosemida para displasia broncopulmonar (BPD) que identificou que o uso prolongado pode diminuir a DBP, incluindo 37.000 bebês. Segundo Alan Jobe assim que o tamanho dos conjuntos de dados e o número de variáveis ​​aumentam, o potencial para significância estatística aumenta, mas relevância biológica é questionável. Claramente, não há consenso na comunidade neonatal sobre a eficácia ou segurança da furosemida para curto intervalo ou longo intervalo de uso e nenhuma boa informação sobre dose. Segundo Tin W, Wiswell T, de todas as terapias adjuntas no prematuro com DBP, a terapia diurética é uma das mais abusadas, sem evidência de benefícios substanciais

Nos complementos….

Quando há ampla variabilidade na prática clínica do uso de diurético na DBP e não existe um padrão verdadeiro é uma declaração sobre a falta de profundidade do nosso conhecimento nessa aplicação.

Antes do uso rotineiro de diuréticos sistêmicos na DBP recomendam-se estudos que demonstram efeitos a longo prazo, como sobrevivência, duração da oxigenação, dependência do ventilador e duração da internação, além do estudo das complicações (nefrocalcinose, persistência do canal arterial e alcalose metabólica).

Portanto:Á luz das evidências disponíveis, não há espaço para o seu uso na DBP, principalmente o uso de espironolactona como “poupadora de potássio” (ora se o néfron não responde à aldosterona, também não vai responder ao seu inibidor)

 

Homenagem da Equipe da Unidade Neonatal do HFA à Dra. Áurea Valença

Homenagem da Equipe da Unidade Neonatal do HFA à Dra. Áurea Valença

Marta David Rocha de Moura e Equipe Neonatal do Hospital das Forças Armadas (HFA)

  • No dia 15 de março de 2019, A Dra. Áurea Valença encerrou sua caminhada entre nós, deixando uma imensa lacuna, agora preenchida pela eterna Saudade de quem, como nunca, nos ensinou a exercer a Neonatologia: Ícone na Neonatologia de Brasília, uma das Pioneiras, Chefe da Neonatologia do Hospital das Forças Armadas desde 1976, o nosso reconhecimento pela CAPACIDADE DE LIDERANÇA com a sua Equipe, pela PONTUALIDADE, ASSIDUIDADE, ORGANIZAÇÃO, TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA e um ESMERADO RELACIONAMENTO COM OS PROFISSIONAIS na Unidade, além de ELEGÂNCIA e DEDICAÇÃO INCANSÁVEL NA AMAMENTAÇÃO
  • “Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas.
  • Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.

E isso não é coisa do outro mundo.

                                                  É o que dá sentido à vida.

                                  É o que faz com que ela não seja curta, nem longa demais,

                 MAS QUE SEJA INTENSA, VERDADEIRA, PURA…ENQUANTO DURAR (Cora Coralina)

Discussão Clínica: Epinefrina endovenosa ou traqueal na reanimação neonatal; Reação Leucemóide; Síndrome Hipóxico-isquêmica (aspectos ultrassonográficos) e Protocolo de Hipotermia Terapêutica; Hipertensão pulmonar: Entendendo o uso de drogas vasoativas – Importância da disfunção ventricular; PCA: controvérsias no tratamento; Meningoencefalite tuberculosa

Discussão Clínica: Epinefrina endovenosa ou traqueal na reanimação neonatal; Reação Leucemóide; Síndrome Hipóxico-isquêmica (aspectos ultrassonográficos) e Protocolo de Hipotermia Terapêutica; Hipertensão pulmonar: Entendendo o uso de drogas vasoativas – Importância da disfunção ventricular; PCA: controvérsias no tratamento; Meningoencefalite tuberculosa

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Editorial: Manejo antibiótico na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Lições Do Oxigênio

Editorial: Manejo antibiótico na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Lições Do Oxigênio


Antibiotic Stewardship in the Neonatal Intensive Care Unit: Lessons From Oxygen.
Cantey JBa, Hersh ALb. Pediatrics. 2019 Mar;143(3). pii: e20183902. doi: 10.1542/peds.2018-3902. No abstract available. PMID: 30819970. Similar articles.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Antibioticoterapia empírica prolongada (>3 dias) no recém-nascido não infectado associa-se significativamente a enterocolite necrosante, displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular, sepse tardia, leucomalácia periventricular, retinopatia da prematuridade. As taxas atuais de prescrição de antibióticos na UTI Neonatal são inaceitavelmente altas. Os profissionais devem obter culturas apropriadas e iniciar antibioticoterapia empírico por um período mínimo de 24 a 48 horas antes da sepse pode ser confiavelmente excluída. Esta é a abordagem na expressiva maioria das UTI Neonatais com a antibioticoterapia empírica, a maioria da qual é desnecessária. Segundo, muitos bebês com bom estado recebem antibioticoterapia empírica inicial. Intervenções que são projetadas para mudar fundamentalmente o comportamento do médico na forma de prescrever são necessárias para ajudar a orientar a segurança e a observação seletiva sem antibióticos para certas populações, como prematuros de baixo risco que nascem por cesariana por indicações maternas sem trabalho de parto ou bebês de boa aparência que são expostos a corioamnionite.

Duração da Terapia Antibiótica Empírica Inicial e Resultados em Bebês de Muito Baixo Peso ao Nascer

Duração da Terapia Antibiótica Empírica Inicial e Resultados em Bebês de Muito Baixo Peso ao Nascer

Duration of Initial Empirical Antibiotic Therapy and Outcomes in Very Low Birth Weight Infants. Ting JY, Roberts A, Sherlock R, Ojah C, Cieslak Z, Dunn M, Barrington K, Yoon EW, Shah PS; Canadian Neonatal Network Investigators. Pediatrics. 2019 Mar;143(3). pii: e20182286. doi: 10.1542/peds.2018-2286. PMID: 30819968. Similar articles.

Realizado por Paul R. Margotto.

A antibioticoterapia empírica prolongada (>3 dias) no recém-nascido não infectado associa-se significativamente a enterocolite necrosante, displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular, sepse tardia, leucomalácia periventricular, retinopatia da prematuridade. As taxas atuais de prescrição de antibióticos na UTI Neonatal são inaceitavelmente altas. Os profissionais devem obter culturas apropriadas e iniciar antibioticoterapia empírico por um período mínimo de 24 a 48 horas antes da sepse pode ser confiavelmente excluída. Esta é a abordagem na expressiva maioria das UTI Neonatais com a antibioticoterapia empírica, a maioria da qual é desnecessária. Segundo, muitos bebês com bom estado recebem antibioticoterapia empírica inicial. Intervenções que são projetadas para mudar fundamentalmente o comportamento do médico na forma de prescrever são necessárias para ajudar a orientar a segurança e a observação seletiva sem antibióticos para certas populações, como prematuros de baixo risco que nascem por cesariana por indicações maternas sem trabalho de parto ou bebês de boa aparência que são expostos a corioamnionite