Categoria: Distúrbios Neurológicos

Fatores de Risco para Hemorragia Intraventricular (HIV) em Recém-Nascidos a Termo Asfixiados Tratados com Hipotermia.

Fatores de Risco para Hemorragia Intraventricular (HIV) em Recém-Nascidos a Termo Asfixiados Tratados com Hipotermia.

Risk factors for intraventricular hemorrhage in term asphyxiated newborns treated with hypothermia.Al Yazidi G, Srour M, Wintermark P.Pediatr Neurol. 2014 Jun;50(6):630-5. doi: 10.1016/j.pediatrneurol.2014.01.054. Epub 2014 Feb 10.PMID: 24731482 Review.

Apresentação: Camila Luz, R5 de Neonatologia do HMIB/SES/DF; Luísa Fischer, R4 DE Neonatologia do HMIB/SES/DF.

Coordenação: Nathália Bardal e Paulo R. Margotto.

Recém-nascidos asfixiados podem encontrar complicações como função cardíaca deprimida, hipotensão, hipertensão pulmonar persistente, hipocapnia ou hipercapnia, insuficiência multiorgânica e coagulopatia e trombocitopenia, que os colocam em risco aumentado de sangramento (incluindo HIV). Hipotermia terapêutica e reaquecimento também podem ter colocado o paciente em risco de HIV ao causar flutuações do fluxo sanguíneo cerebral. A redução da temperatura corporal diminui o fluxo sanguíneo cerebral (FSC).0 reaquecimento traz o FSC de volta ao intervalo normal . O processo de reaquecimento tipicamente causa vasodilatação periférica, o que aumenta o volume sanguíneo intravascular e muitas vezes leva à hipotensão. A hemorragia intraventricular parece se desenvolver muita mais durante a última parte do tratamento de hipotermia ou durante o reaquecimento. Assim, os esforços devem ser direcionados no sentido de manter a estabilidade hemodinâmica nesses pacientes, sobretudo  durante a fase de reaquecimento.

HOJE (21/9/2024) COMEMORAMOS 6 MIL PUBLICAÇÕES: AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS EXPOSTAS À INFECÇÃO POR SARS-COV-2 DURANTE O PERÍODO FETAL

HOJE (21/9/2024) COMEMORAMOS 6 MIL PUBLICAÇÕES: AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS EXPOSTAS À INFECÇÃO POR SARS-COV-2 DURANTE O PERÍODO FETAL

Felipe Motta.

Tese  apresentada como requisito parcial para a obtenção  do título  de Doutor em Ciências Médicas pelo Programa de Pós-0graduação em Ciências Médicas  da Universidade de Brasília. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Anderson de Souza Munhoz Soares. Banca Examinadora: Prof. Dr. Pedro Sudbrack Oliveira, Profa. Dra. Marta David Rocha de Moura, Prof. Dr. Paulo R. Margotto.

Pessoalmente, Felipe  Motta, agradeço por ter participado na sua Banca de Doutorado, pelo conhecimento que tive sobre o desenvolvimento neuropsicomotor nas crianças exposta à COVID-19 no período fetal  e pelo belo GESTO do COMPARTILHAMENTO com os colegas ! COM esse estudo passamos hoje mais de 6000 Publicações na página neonatal www.paulomargotto.com.br  aos 20 anos!

Duzentos e sessenta e sete crianças foram avaliadas aos 6 e 12  meses, a maioria nascida a termo e com peso ao nascimento adequado para a idade gestacional. Nesse cenário, atrasos no desenvolvimento foram observados em 26% das crianças em pelo menos um domínio. O DOMÍNIO DA LINGUAGEM (motor para os demais domínios) foi particularmente afetado, com prejuízos observados em crianças expostas ao SARS-CoV-2 mais próximas do momento do parto, assim como aquelas que tiveram sintomas graves durante a gravidez devido à exposição ao vírus. Filhos de mães com menor grau de instrução – mães que não possuíam diploma universitário – também apresentaram pior desempenho na avaliação com escala de desenvolvimento neuropsicomotor. Esses achados foram estatisticamente significativos (p < 0,05). O diagnóstico de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor foi mais comum no grupo exposto ao vírus, com resultado estatisticamente significativo especialmente no grupo exposto no 3º trimestre da gestação. Imagens de ressonância magnética mostraram alteração de espessura na área cerebral responsável pela linguagem. Faz-se importante o acompanhamento contínuo e a intervenção precoce em crianças expostas ao SARS-CoV-2 durante a gestação, para diagnosticar e diminuir os possíveis impactos no desenvolvimento a longo prazo, especialmente em habilidades de linguagem, que são fundamentais para o desenvolvimento infantil e posterior vida adulta. Essas descobertas abrem um espectro de possibilidades de pesquisa sobre os efeitos na saúde fetal e infantil. A descrição das consequências da infecção no acompanhamento de longo prazo fornece uma melhor compreensão da doença e sua influência no sistema nervoso central.

 

Mudança nos Volumes e Localização da Lesão da Substância Branca (WMI) do Prematuro ao Longo de Um Período de 15 Anos

Mudança nos Volumes e Localização da Lesão da Substância Branca (WMI) do Prematuro ao Longo de Um Período de 15 Anos

Change in Volumes and Location of Preterm White Matter Injury over a Period of 15 Years.Selvanathan T, Guo T, Ufkes S, Chau V, Branson HM, Synnes AR, Ly LG, Kelly E, Grunau RE, Miller SP.J Pediatr. 2024 Sep;272:114090. doi: 10.1016/j.jpeds.2024.114090. Epub 2024 May 15.PMID: 38754774 Artigo Gratis!

Realizado por Paulo R. Margotto

Houve uma diminuição nos volumes da WMI em 2 coortes de bebês muito prematuros (2006 a 2012 e 2014 a 2019)  abrangendo um período de 15 anos (34% versos 27%), bem como uma mudança de distribuição central para distribuição predominante mais posterior,  podendo refletir a diminuição da imaturidade cerebral no momento da lesão. As chances de WMI na coorte 2 foram significativamente menores do que na coorte 1 (OR = 0,6, IC de 95% [0,4, 0,9], P  = 0,02. bem como uma mudança de distribuição central para distribuição predominante mais posterior. Isso pode estar potencialmente relacionado a mudanças nas práticas de cuidados clínicos, pois houve uma diminuição na prevalência de fatores de risco para WMI, como hipotensão e infecções ao longo do tempo, incluindo menos ventilação mecânica.

 

Neuromonitoramento em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal — Uma Necessidade Importante para Cuidados Neuroprotetores Individualizados

Neuromonitoramento em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal — Uma Necessidade Importante para Cuidados Neuroprotetores Individualizados

Neuromonitoring in neonatal intensive care units-an important need towards individualized neuroprotective care.Schettler KF.Eur J Pediatr. 2024 Sep;183(9):3647-3653. doi: 10.1007/s00431-024-05642-z. Epub 2024 Jun 11.PMID: 38858228.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Esta revisão fornece uma visão geral sobre o neuromonitoramento em neonatologia e analisa mais de perto as duas ferramentas atualmente mais comuns para o neuromonitoramento, o EEG de amplitude integrada (aEEG) e a espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS).Uma das nossas ferramentas de neuromonitoramento mais comumente usadas nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal é o ultrassom. O uso do aEEG para identificar e verificar convulsões é altamente valioso, pois há uma alta dissociação entre as convulsões clínicas e eletrofisiológicas observadas. Em apenas cerca de 70% das convulsões observadas clinicamente, um correlato eletrofisiológico pode ser encontrado.Por outro lado, muitas vezes é possível provar convulsões eletrofisiologicamente sem descobri-las clinicamente. É possível demonstrar convulsões eletrofisiológicas em andamento, mesmo que os sintomas clínicos cessem após a administração de medicamentos antiepiléticos. Seja qual for o futuro do neuromonitoramento, o autor tem a profunda convicção de que o uso multimodal seletivo e individualizado de técnicas de neuromonitoramento, como aEEG e NIRS, permitirá aos cuidadores um melhor atendimento individualizado com alto potencial de melhores resultados.

Fototerapia Neonatal e Risco de Epilepsia – Um Estudo Populacional Dinamarquês

Fototerapia Neonatal e Risco de Epilepsia – Um Estudo Populacional Dinamarquês

Neonatal phototherapy and risk of epilepsy-A Danish population based study. Sun Y, Dreier JW, Wu C, Petersen JP, Henriksen TB, Christensen J, Maimburg RD.Eur J Pediatr. doi: 10.1007/s00431-024-05681-6. Epub 2024 Jul 6.PMID: 38970702 Artigo Gratuito!

Realizado por Paulo R. Margotto

Estudos anteriores sugeriram um risco aumentado de convulsões ou epilepsia em crianças submetidas à fototerapia neonatal, mas determinar a causalidade entre hiperbilirrubinemia, fototerapia neonatal e epilepsia continua sendo um desafio. Na população total desse estudo (n  = 65.365), 958 (1,5%) crianças ≥semanas receberam tratamento de fototerapia neonatal no período neonatal e foram acompanhadas por  período médio de acompanhamento de 7,2 anos (até 15 anos). O HR (HAZARD RATIO: RAZÃO DE RISCO) ajustado para epilepsia em crianças com fototerapia neonatal em comparação com crianças sem fototerapia neonatal foi de 1,26 (IC 95%: 0,54–2,97) no modelo multivariável (observem que no intervalo de confiança contém a unidade e, portanto, SEM significância estatística!). Assim este estudo mostrou que crianças que passaram por fototerapia neonatal NÃO tiveram um risco aumentado de epilepsia em comparação com crianças sem fototerapia neonatal na população em geral. No entanto, mais estudos são necessários! Notavelmente, nosso estudo ocorreu em um ambiente onde a fototerapia neonatal foi mantida em um nível razoavelmente baixo (1,6% das crianças nascidas com 35 semanas de gestação e posteriormente foram registradas com fototerapia neonatal). No entanto evitar o tratamento excessivo com fototerapia neonatal pode ser recomendado para reduzir os custos com saúde e potenciais efeitos adversos, sem aumentar as taxas de kernicterus. Nos complementos, o risco de cânceres e enterocolite necrosante com a fototerapia! Interessante, adotando as novas recomendações da Academia Americana de Pediatria (2022) para fototerapia e exsanguineotransfusão, estudos demonstraram diminuição do kernicterus, além de diminuição do uso  da fototerapia.  Todo cuidado com a fototerapia excessiva e prolongada nos prematuros extremos!

 

Níveis de lactato no sangue durante hipotermia terapêutica e resultado do neurodesenvolvimento ou morte aos 18-24 meses de idade em neonatos com encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada e grave

Níveis de lactato no sangue durante hipotermia terapêutica e resultado do neurodesenvolvimento ou morte aos 18-24 meses de idade em neonatos com encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada e grave

Blood Lactate Levels during Therapeutic Hypothermia and Neurodevelopmental   Outcome or Death at 1824 Months of Age in Neonates with Moderate and Severe HypoxicIschemic EncephalopathyBoerger W, Mozun R, Frey B, Liamlahi R, Grass B, Brotschi B.Neonatology. 2024 Jun 7:1-10. doi: 10.1159/000538879. Online ahead of print.PMID: 38852586. Suíça.Artigo Grátis!

Realizado por Paulo R. Margotto.

A maioria dos neonatos cujo lactato sanguíneo diminuiu ≤ 2 mmol/L nas primeiras 96 horas de vida teve um resultado do neurodesenvolvimento  favorável aos 18–24 meses de idade. Isso sugere que o lactato sanguíneo pode desempenhar um papel importante em modelos de predição que avaliam o resultado do neurodesenvolvimento a longo prazo após encefalopatia hipóxico-isquêmica e tem a vantagem de ser um parâmetro não caro que está prontamente disponível à beira do leito e pode ser medido de forma fácil e frequente. O lactato sanguíneo é um biomarcador geralmente disponível à beira do leito em UTINs, fácil e rápido de medir. A hiperlactatemia foi definida como um valor de lactato >2 mmol/L. Neste estudo, dois terços dos neonatos com EHI moderada ou grave tiveram um resultado do neurodesenvolvimento l favorável aos 18–24 meses de idade.  Esses neonatos apresentaram níveis iniciais e máximos de lactato sanguíneo mais baixo durante a HT do que neonatos com resultado desfavorável. A hiperlactatemia ASSOCIOU-SE a uma maior incidência de convulsões eletrográficas e correlacionada com a gravidade da encefalopatia (também demonstrada na era pré-HT. Tem sido demonstrado que lactato cerebral seria elevado em regiões de lesão cerebral com   uma forte correlação entre lactato sérico e lactato cerebral nos gânglios da base, tálamo e região da substância cinzenta em neonatos com dano cerebral moderado a grave.

Estratégias ideais de ventilação mecânica: podemos evitar ou reduzir lesões pulmonares?

Estratégias ideais de ventilação mecânica: podemos evitar ou reduzir lesões pulmonares?

Optimal Strategies of Mechanical Ventilation: Can We Avoid or Reduce Lung Injury?van Kaam AH.Neonatology. 2024 Jun 13:1-6. doi: 10.1159/000539346. Online ahead of print.PMID: 38870922 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto

A duração da ventilação mecânica deve ser reduzida o máximo possível e, durante a ventilação mecânica, uma estratégia de proteção pulmonar deve ser adotada. Essa estratégia de proteção pulmonar deve otimizar o volume pulmonar resolvendo atelectasia e evitar a distensão excessiva causada por altos volumes correntes. A ventilação controlada por volume e ventilação com garantia de volume, assim como a ventilação de alta frequência resultam em algum grau de proteção pulmonar, pelo menos em bebês prematuros com membrana hialina.

Contato Pele a Pele Precoce e Risco de Hemorragia Intraventricular e Sepse em Recém-Nascidos Prematuros

Contato Pele a Pele Precoce e Risco de Hemorragia Intraventricular e Sepse em Recém-Nascidos Prematuros

Early skintoskin contact and the risk of intraventricular haemorrhage and sepsis in preterm infants.Johansson MW, Lilliesköld S, Jonas W, Thernström Blomqvist Y, Skiöld B, Linnér A.Acta Paediatr. 2024 Aug;113(8):1796-1802. doi: 10.1111/apa.17302. Epub 2024 May 27.PMID: 38803030.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Quando iniciado imediatamente, ou o mais rápido possível após o nascimento, o cuidado mãe canguru (CMC) é uma das intervenções mais eficazes para prevenir a morte em bebês prematuros e de baixo peso ao nascer (BPN). A recomendação atual da OMS é iniciar o CMC imediatamente após o nascimento para todos os recém-nascidos com respiração espontânea. Duas áreas de preocupação clínica que podem limitar a implementação do contato pele a pele (CPP) precoce em bebês prematuros <31 semanas e 6 dias e <28 semanas são os riscos de hemorragia intraventricular (HIV) e sepse. O estudo incluiu 2514 bebês foram incluídos. Destes, 1005 eram <31 sem 6 dias  e 1509 <28 sem. A exposição foi definida como CPP no dia 0 e/ou 1 após o nascimento em comparação com nenhum CPP no dia 0 e/ou 1.Descobrimos que os riscos de HIV ou Sepse não aumentaram quando bebês quando foram expostos ao CPP com um dos pais durante este período. O risco de HIV foi menor especialmente nos RN <28 semanas! A proporção de bebês <28 semanas com sepse foi menor no grupo que foi exposto ao CPP precoce (pode ser que eles sejam colonizados por bactérias parentais protetoras em vez de bactérias hospitalares mais patogênicas). OU SEJA: No cenário atual, o risco de HIV ou sepse não aumenta quando um bebê extremamente ou muito prematuro é exposto ao CPP precoce.  Esse resultado se soma ao corpo de conhecimento que indica que o CPP precoce é seguro para bebês prematuros.

Asfixia Perinatal e Hipotermia Terapêutica sob a Perspectiva Endocrinológica

Asfixia Perinatal e Hipotermia Terapêutica sob a Perspectiva Endocrinológica

Perinatal asphyxia and hypothermic treatment from the endocrine perspective. Improda N, Capalbo D, Poloniato A, Garbetta G, Dituri F, Penta L, Aversa T, Sessa L, Vierucci F, Cozzolino M, Vigone MC, Tronconi GM, Del Pistoia M, Lucaccioni L, Tuli G, Munarin J, Tessaris D, de Sanctis L, Salerno M.Front Endocrinol (Lausanne). 2023 Oct 20;14:1249700. doi: 10.3389/fendo.2023.1249700. eCollection 2023.PMID: 37929024 Artigo Gratis! Review.

Apresentação: Ana Luiza Espinoza. (R4 em Neonatologia do HMIB/SES/DF). Coordenação: Dr. Carlos Zaconeta

Anormalidades metabólicas no contexto de asfixia perinatal são importantes fatores modificáveis ​​que podem estar associados a um pior resultado. Portanto, os clínicos devem estar cientes da possível ocorrência de complicação endócrina, a fim de estabelecer protocolos de triagem apropriados e permitir o tratamento oportuno. Entre essas (nos complementos) a HIPOGLICEMIA e HIPERGLICEMIA. A HIPOGLICEMIA NEONATAL está associada a um risco duas vezes maior de morte ou comprometimento do neurodesenvolvimento na primeira infância (18 meses a 5,5 anos) e a HIPERGLICEMIA NEONATAL aumentou significativamente o risco de morte ou neuroincapacidade nos sete estudos com resultados relatados em 18 meses a 5,5 anos, apesar do uso da hipotermia.  A hiperglicemia foi associada ao aumento das chances de lesão  com predominância nos  gânglios da base ou lesão global (lactentes com encefalopatia neonatal submetidos à hipotermia terapêutica , a glicose máxima mais alta no primeiro dia de vida foi associada a alterações microestruturais nas imagens cerebrais).

Papel da UTI Neurológica para Proteger o Cérebro do Prematuro

Papel da UTI Neurológica para Proteger o Cérebro do Prematuro

Kathi Randall, da Stanford University, Estados Unidos,   por ocasião do NEOBRAIN BRASIL-2024 entre  8-9 março, São Paulo.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Abrir uma UTI Neurológica tem como objetivo melhorar os resultados neurológicos e de neurodesenvolvimento,trazer novas técnicas de monitoramento neurodiagnóstico e achados de pesquisas a beira leito, como resfriamento, aproveitando da expertise da medicina fetal, cuidado intensivo neonatal,  neurologia neonatal, neuroradiologia pediátrica, neurocirurgia pediátrica e seguimento de recém-nascidos de alto fisco focando no cuidado do cérebro. É muito  importante entender a linguagem do bebê. Apesar de toda a tecnologia (aEEG, cEEG, NIRS,) a arte do que fazemos ainda é essa interação que fazemos com o bebê, com a família, avaliando o bebê com as nossas habilidades. O fato de não falarem por um ano, eles têm um rico vocabulário de movimentos corporais, choros e respostas visuais que faze parte da complexa linguagem do comportamento do bebê. A imagem (ressonância magnética, ultrassom transfontanelar) importante para  o desfecho dos bebês, apresentando inclusive um neuroprognóstico (lesão da substância branca, hemorragia intraventricular da matriz germinativa e hemorragia cerebelar). Milhões de novos neurônios estão nascendo a cada dia na UTI Neonatal. Como então podemos nutrí-los. Pegamos o cérebro do cogumelo até a couve flor. Precisamos  fazer para nutrir e  crescer esse cérebro e incluem: adequada nutrição, adequado ambiente (significar o uso adequado do ar, luz, calor, limpeza, silêncio e administração da dieta).Não é só administrar medicamento! Muito disto envolve um sono protegido, uma otimização da nutrição, minimizando o estresse e dor, protegendo a pele,  técnicas de posição e manuseio e envolvimento da família. As fontes ambientais de estresse para bebês prematuros incluem a exposição ao ambiente barulhento, cheio de luz e movimentado da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), procedimentos médicos dolorosos, mas necessários, e a escassez de contato parental. O treinamento de sensibilidade para os pais na UTIN associou-se à melhoria do desenvolvimento microestrutural da substância branca cerebral em bebês prematuros.