Categoria: Distúrbios Renais

APRESENTAÇÃO: Sobrecarga de fluidos neonatais- ignorância não é mais uma benção!

APRESENTAÇÃO: Sobrecarga de fluidos neonatais- ignorância não é mais uma benção!

Neonatal fluid overload-ignorance is no longer bliss.Weaver LJ, Travers CP, Ambalavanan N, Askenazi D.Pediatr Nephrol. 2023 Jan;38(1):47-60. doi: 10.1007/s00467-022-05514-4. Epub 2022 Mar 29.PMID: 35348902 Review.

Apresentação:  Lucas do Carmo R5 NEO e  Camila Luz R4 NEO. Coordenação: Marta David R. de Moura e Paulo R. Margotto.

Interessantíssimo artigo de revisão! O acúmulo excessivo de líquido pode resultar em edema intersticial e disfunção de múltiplos órgãos.  Nas últimas décadas, o impacto prejudicial da sobrecarga de fluidos foi ainda mais importante nas populações adulta e pediátrica.  Evidências crescentes destacam a importância de monitorar, prevenir, controlar e tratar adequadamente a sobrecarga de fluidos. Isso se torna difícil pela própria fisiopatologia das doenças e da fisiologia única do recém nascido, além das rápidas mudanças pós-natais em vários sistemas.

Sobrecarga de fluidos neonatais – a ignorância não é mais uma felicidade

Sobrecarga de fluidos neonatais – a ignorância não é mais uma felicidade

Neonatal fluid overload-ignorance is no longer bliss. Weaver LJ, Travers CP, Ambalavanan N, Askenazi D.Pediatr Nephrol. 2023 Jan;38(1):47-60. doi: 10.1007/s00467-022-05514-4. Epub 2022 Mar 29.PMID: 35348902 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Uma maior conscientização dos médicos sobre o impacto da sobrecarga de líquidos ajudará a melhorar o reconhecimento e a implementação de terapias destinadas a reduzir o acúmulo de líquidos. O manejo precoce e direcionado da sobrecarga de fluidos pode ajudar os profissionais a melhorar os resultados. Além disso, o KST com máquinas que possuem volume extracorpóreo menor agora pode ser usado para prevenir ou tratar o excesso de líquidos em bebês que não respondem à terapia médica. São necessários estudos básicos, translacionais e clínicos para colmatar as lacunas de conhecimento restantes e melhorar a nossa atual compreensão limitada da sobrecarga de fluidos neonatais.

Indicações e Enfoque Atual na Terapia de Suporte Renal do Recém-Nascido com Lesão Renal Aguda e Sobrecarga Hídrica

Indicações e Enfoque Atual na Terapia de Suporte Renal do Recém-Nascido com Lesão Renal Aguda e Sobrecarga Hídrica

Palestra administrada pelo David J Askenazi (EUA) no III Encontro Internacional de Neonatologia realizado em Gramado (RS), entre os dias 13 e 15 de abril de 2023, sob Coordenação dos Drs. Renato S. Procianoy e Rita Silveira.

Realizado por Paulo R. Margotto

O manejo de lactentes que necessitam de diálise de manutenção representa um desafio significativo para os nefrologistas pediátricos. No final da década de 1990, apenas 50% dos nefrologistas pediátricos recomendavam o início da terapia renal substitutiva (em lactentes com doença renal terminal).  Desde então, essa atitude foi um pouco alterada por relatos indicando resultados favoráveis ​​no crescimento, desenvolvimento e transplante renal em lactentes em terapia de diálise, com tratamento médico e nutricional cuidadosos. As causas mais comuns de insuficiência renal foram anomalias congênitas do rim e do trato urinário, seguidas por rins císticos, dos quais 80% doença renal policística autossômica recessiva  e o restante doença renal cística medular, necrose cortical  e doença vascular renal (9-3,4%). A sobrevida ao s5 anos é de 76,6%A diálise peritoneal (DP) de manutenção representa a modalidade de diálise preferida em lactentes.  As vantagens sobre a hemodiálise (HD) incluem preservação potencialmente melhor da função renal residual, menos restrições dietéticas, evita  colocação de acesso vascular central e a opção de realizar diálise em casa, embora isso exija esforço intenso da família. a sobrevida do paciente e o acesso ao transplante renal  pareceram semelhantes para lactentes iniciando terapia de diálise em DP ou HD, sugerindo que a HD pode representar uma modalidade de diálise alternativa segura e eficaz em lactentes com insuficiência renal crônica.  Cuidado com velhos dados no desvio de paradigma! Muitos pais  são informados  de que seus fetos com anomalias renais tem 0% de chance de sobrevivência a longo prazo, com sugestão de término da gravidez. Assim   a muitos  bebês com  anomalias renais  não é dada a chance. Muitos bebês Não recebem ótimo cuidado e suporte. Indicações para a diálise: acidose, -distúrbios eletrolíticos, intoxicação com  droga que pode ser dializada, sobrecarga de fluidos (retenção de água), uremia. O acúmulo de liquido é ruim, constituindo razão porque muitos pacientes neonatais e pediátricos recebem Terapia de Suporte Renal. Devemos iniciar a Terapia de Suporte Renal quando há um comprometimento impeditivo resultante da inabilidade do rim fazer o seu trabalho. Segundo Einstein: A pessoa inteligente resolve o problema e a pessoa sábia evita o problema. A Diálise peritoneal é mais barata, fácil, causa maior extravasamento. É muito mais problemática, mas se você não tem condições de realizar  extracorpórea a opção correta é a diálise peritoneal. A extracorpórea é mais cara, precisa de maior treinamento, o controle é muito rígido a cada hora, o risco de infecção é muito mais baixo, não há fluido no abdômen que pode comprometer a função pulmonar e se você não tiver habilidade com  Diálise Peritoneal, USE A EXTRACROPÓREA. Entre os benefícios da hemodiálise: não precisa usar anticoagulante, pode ajustar a concentração de dextrose para mudar o gradiente de dextrose (1,5%, 2.5% e 4,25%)   que nos permite colocar mais  líquido  ao longo do tempo. Agora há uma máquina chamada CARPEDIEM especificamente concebida para os prematuros de baixo peso (associada cm maior sobrevida). Esses novos dispositivos já estão disponíveis, não talvez no seu Hospital, mas quem sabe em 1 aos ou 5 anos! Nós e outros estamos mostrando que a Terapia de Substituição Renal  é segura e efetiva. Não há mais acidentes com o uso dessas máquinas.

 

MANEJO DO RECÉM-NASCIDO COM LESÃO AGUDA RENAL E SOBRECARGA HÍDRICA

MANEJO DO RECÉM-NASCIDO COM LESÃO AGUDA RENAL E SOBRECARGA HÍDRICA

Palestra proferida pelo David J Askenazi (EUA) no III Encontro Internacional de Neonatologia realizado em Gramado (RS), entre os dias 13 e 15 de abril de 2023.

Realizado por Paulo R. Margotto

Temos que avaliar o risco e identificar os fatores de riscos para LRA e sobrecarga hídrica. Os dois maiores fatores de risco para LRA neonatal são  o parto prematuro e baixo peso ao nascer. Ambos os fatores aumentam o risco de LRA por meio de um caminho comum: nefrogênese prejudicada e dotação reduzida de néfrons, o que leva ao comprometimento da função tubular renal (com desrregulação e desidratação associadas ao equilíbrio de fluidos e eletrólitos) e baixa taxa de filtração glomerular (GFR). Outros fatores de risco comuns de LRA incluem desidratação em neonatos com alta perda insensível de água, certa combinações de medicamentos como vancomicina e piperacilina-tazobactam e neonatos com choque por hiperplasia adrenal ou cardiopatia congênita. Acreditamos que a identificação de eventos de alto risco, com avaliação periódica para LRA durante esses eventos, pode melhorar os resultados.Assim, nesses pacientes dever ser obtida a creatinina sérica (SCr) e monitorada a produção de urina. O uso do programa Nephrotoxic Injury Negated by Just-in-time Action- Lesão Nefrotóxica Negada por Ação na Hora Certa ( NINJA) foi eficaz na redução das taxas de LRA em neonatos na UTIN, com uma  alta taxa de vigilância de SCr nos pacientes com medicações nefrotóxicas. A avaliação da resposta está no débito urinário (DU) E SCr. Quando à creatinina não está caindo, talvez esteja ocorrendo algo  e pode ser um alerta. A mensagem que deixo é: procure lesão renal aguda, procures padrões e  tendências. Use o Balanço Hídrico como um sinal vital! À medida que avançamos na resposta dos pacientes que recebem líquidos, realizamos esse mnemônico “CAN-UP-LOTS” (Causa, albumina, medicações nefrotóxicas, acido úrico, ultrafiltração, perfusão Lasix stress test, débito urinário, total de ingesta de fluido e esteroide). Recomendamos, quando possível  o uso da SCr e o DU (identifica pacientes com maior risco de morbidade e mortalidade). Na Reabilitação, é preciso saber que esses bebês que  saem da UTI neonatal  têm risco de lesão renal crônica, principalmente os prematuros extremos e os pequenos para a idade gestacional. Esses bebês, precisam de monitoração da pressão arterial, função renal  e da proteinúria. Quando os rins não funcionam você se torna a máquina de homeostase. SE ENVOLVA NA SUA UTI, talvez você não possa mudar tudo o que está acontecendo  quanto ao manejo renal, mas tente encontrar 2-3 daqueles 5 R´s que mencionei e tente melhorar a Assistência  aos  seus pacientes.

Abordagens para avaliação do equilíbrio hídrico e manejo da sobrecarga hídrica em neonatos entre neonatologistas: uma pesquisa Neonatal Kidney Collaborative

Abordagens para avaliação do equilíbrio hídrico e manejo da sobrecarga hídrica em neonatos entre neonatologistas: uma pesquisa Neonatal Kidney Collaborative

Approaches to evaluation of fluid balance and management of fluid overload in neonates among neonatologists: a Neonatal Kidney Collaborative survey.Gordon L, Grossmann KR, Guillet R, Steflik H, Harer MW, Askenazi DJ, Menon S, Selewski DT, Starr MC.J Perinatol. 2023 Jul 22. doi: 10.1038/s41372-023-01738-w. Online ahead of print.PMID: 37481631 No abstract available.

Realizado por Paul R. Margotto.

A sobrecarga hídrica, definida como balanço hídrico patológico positivo, é comum em recém-nascidos gravemente doentes e contribui para resultados ruins, incluindo internação prolongada e displasia broncopulmonar. No entanto, mais de um quarto (31%) não discute o equilíbrio hídrico diariamente. Mais da metade (53%) não tem uma definição padronizada de sobrecarga de fluidos. A terapia diurética era comum, com furosemida intravenosa intermitente mais usada na sobrecarga hídrica aguda (97%). Apesar dos numerosos estudos sobre seus efeitos prejudiciais, há falta de consenso sobre o monitoramento, avaliação, diagnóstico e manejo da sobrecarga de fluidos em neonatos

 

Lesão Renal Aguda Neonatal em 2023 – o que sabemos, o que precisamos aprender?

Lesão Renal Aguda Neonatal em 2023 – o que sabemos, o que precisamos aprender?

Palestra proferida pelo David J Askenazi (EUA) no III Encontro Internacional de Neonatologia realizado em Gramado (RS), entre os dias 13 e 15 de abril de 2023. Coordenação Geral: Drs. Renato Procianoy e Rita Silveira (RS).

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

É comentado o estudo AWAKEN (Assessment, Worldwide, Acute, Kidney, Epidemiology Neonates – Avaliação Mundial da Epidemiologia da Lesão Renal Aguda em Neonatos): Trata-se de um estudo multicêntrico retrospectivo envolvendo 24 UTIs Neonatais de nível 2-4, que compõem o Neonatal Kidney Collaborative (NKC), envolvendo 4 países com 2022   bebês estudados.A incidência de LRA foi em torno de 30%, com importante impacto na idade gestacional e mortalidade de 9,7% (  4,6 vezes mais em relação aos que não apresentaram LRA) prolongamento da internação hospitalar ( em torno de 9 dias a  mais). Usando dados da coorte do estudo PENUT(Preterm Erythropoietin Neuroprotection Trial), os bebês<28 semanas aos 2 anos, 18% dos RN tiverem doença renal crônica, 36% tiveram albuminúria, 22% tiveram elevada pressão sistólica e 44% elevada pressão diastólica. Outros relataram que 65% dos bebes com LRA apresentaram disfunção renal aos 5 meses. É recomendado que pacientes com história de LRA tenham uma avaliação de DRC três meses após o evento de LRA. A prematuridade e baixo peso ao nascer impactaram na lesão renal aguda quando inclusive nas idades de  50-60-80 anos de idade (baixo peso ao nascer é um fator de risco para toda a vida para doença renal crônica-eles têm número inferior de néfrons). A sobrecarga hídrica é a razão pela qual muitos pacientes neonatais e pediátricos recebem Terapia de Suporte Renal. O balanço hídrico positivo tem sido associado a desfechos ruins (4,95 vezes maior de mortalidade).Interessante: a creatinina sérica não é uma medida de lesão e sim de função. Pode ter um paciente com uma lesão renal e não ter mudança na função e ao contrário também, mudança na função renal sem lesão. Então os biomarcadores vão nos permitir fazer o diagnóstico de LRA de forma melhor. Quanto às xantinas: a adenosina atua como metabólito que causa vasoconstricção no rim após hipoxia causando queda na filtração glomerular e fator de filtração. As metilxantinas o são antagonistas não específicos do receptor de adenosina. Os bebês que receberam cafeína foram menos propensos a desenvolver LRA em estágio 2 ou 3 (odds ratio ajustado, 0,20; IC 95%, 0,12-0,34). Na Encefalopatia hipóxico isquêmica, a teofilina reduziu a LRA em 60% (RR: 0.40 (0,30-0,54), estudo feito sem hipotermia terapêutica (HT). Devemos usar xantina nesses bebês em HT? Ainda faltam estudos. Quanto a Enterocolite necrosante (ECN): A severa LRA ocorreu em 32,6% (66/202) após o diagnóstico de ECN e em 58% (61/104) da ECN com diagnóstico cirúrgico. A avaliação do débito urinário é importante para pacientes com ECN. Sem ela, 11% daqueles com LRA grave teriam sido diagnosticados erroneamente usando apenas creatinina sérica. Nos complementos, o maior risco de hemorragia intraventricular grave nos bebês com LRA

Injúria Renal Aguda (Caso Clínico):A possibilidade do uso da TEOFILINA na prevenção da injúria renal nos bebês com encefalopatia hipóxico-isquêmica e A associação ente IRA e hemorragia intraventricular

Injúria Renal Aguda (Caso Clínico):A possibilidade do uso da TEOFILINA na prevenção da injúria renal nos bebês com encefalopatia hipóxico-isquêmica e A associação ente IRA e hemorragia intraventricular

Flávia Moura – R4 na Residência de Neonatologia. Coordenação:. Miriam Leal

Doença Renal Crônica em Neonatos: Etiologias, Manejo e Resultados

Doença Renal Crônica em Neonatos: Etiologias, Manejo e Resultados

Chronic kidney disease in the neonateetiologies, management, and outcomes.Misurac J.Semin Fetal Neonatal Med. 2017 Apr;22(2):98-103. doi: 10.1016/j.siny.2016.09.003. PMID: 27733241 Review.

Apresentação: Jamille Coutinho Alves (R4 Neonatologia)/HMIB/SES/DF

Coordenação: Miriam Leal

‣A doença renal crônica neonatal (DRC) ocorre com uma incidência estimada de 1 em 10.000 nascidos vivos, enquanto a incidência de doença renal em estágio terminal neonatal (ESRD) é de cerca de 7,1 por milhão da população relacionada à idade. As etiologias mais frequentes são hipoplasia / displasia renal, válvulas uretrais posteriores e outras anomalias congênitas do rim e do trato urinário. Outras etiologias incluem doença renal policística, necrose cortical e trombose vascular renal. O manejo da DRC se concentra principalmente na substituição das funções renais, como eritropoietina, 1,25-hidroxilação da vitamina D, homeostase / excreção de eletrólitos e, na ESRD, remoção de resíduos. Nutrição e monitoramento do crescimento são de extrema importância, com a maioria dos bebês com ESRD necessitando de tubo de gastrostomia para nutrição. Os resultados dos neonatos (<31 dias) que iniciaram a diálise continuam a melhorar, com grandes estudos de coorte mostrando taxas de sobrevida em 2e3 anos de 79 e 81%. Como em outras disciplinas neonatais, a idade gestacional e os limites de tamanho para a oferta de diálise continua a diminuir.

 

Importância do Neonatologista na Neurossonografia na UTI Neonatal (3a Jornada Tocantinense de Pediatria, 20-21 de agosto de 2021)

Importância do Neonatologista na Neurossonografia na UTI Neonatal (3a Jornada Tocantinense de Pediatria, 20-21 de agosto de 2021)

Paulo R. Margotto

A beleza do US craniano vai além do exame, pois ao seu lado há quem espera de você um diálogo franco que possa manter a construção de um futuro programado desde a concepção para aquele bebê. Tudo é em tempo real!

  • O ultrassom é uma ferramenta útil de cabeceira de leito, segura e acessível.
  • Deve ser realizada de forma sequencial com interpretação em TEMPO REAL
  • Deve constituir um segundo estetoscópio no exame do prematuro, tal como o ecocárdio funcional na decisão inteligente do uso de drogas vasoativas
  • Muito me honra em poder participar na mudança desse paradigma na abordagem cerebral na UTI Neonatal
Usos Práticos da Espectroscopia Infravermelha Próximo (NIRS) na UTI Neonatal: A Experiência de Stanford

Usos Práticos da Espectroscopia Infravermelha Próximo (NIRS) na UTI Neonatal: A Experiência de Stanford

Krisa van Meurs (EUA).

Conferência ocorrida no dia  27/3/2021 por ocasião do VI Encontro Internacional e Neonatologia, sob Coordenação Geral dos Drs. Rita Silveira e Renato Procianoy (RS), 100% online.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O NIRS é uma monitorização da oxigenação tecidual regional contínua em tempo real não invasiva (dá a medida não invasiva da relação oxigenação e perfusão dos órgãos). É mais usada para cérebro (rScO2), rim (rSO2) e tecidos esplâncnicos.  Assim, com bases nessas informações, a zona segura é saturação cerebral entre 55 e 85% e a área de cautela, quando a saturação cerebral estiver está entre 45-55% e a zona de perigo, quando a saturação está <45%. Quais bebês podem se beneficiar da monitorização do NIRS: prematuros abaixo de 29 semanas de gestação, bebês com suspeita de PCA hemodinamicamente significativo, encefalopatia hipóxico-isquêmica, hemorragia intraventricular grau  III/IV, cardiopatia congênita complexa, hérnia diafragmática congênita, recém-nascidos criticamente doentes com instabilidade hemodinâmica (pré-ECMO ou ECMO), gastrosquise com silo em redução. Na hipocapnia, há baixa da rScO2 (vasoconstrição cerebral. Na persistência do canal arterial (PCA) hemodinamicamente significativa, baixa rScO2 e alta extração cerebral de oxigênio (devido a um escape ductal e isto altera a perfusão do cérebro e demais órgãos). Na encefalopatia hipóxico-isquêmica, a saturação cerebral alta e a extração cerebral de oxigênio baixa, reflexo da falha secundária de energia com redução do consumo de oxigênio pelo cérebro muito lesado. alta saturação de oxigênio cerebral por 24 horas associa-se desfecho do neurodesenvolvimento ruim. A saturação de oxigênio cerebral  acima de 90% nesse bebe com severa encefalopatia hipóxico-isquêmica é devida à diminuição da extração de oxigênio pelo cérebro severamente lesado. Valores baixos de saturação cerebral no NIRS pode estar relacionados a  excesso de sangue  venoso  na área da hemorragia  ou a diminuição da circulação. A correlação do EEG (anormal) com o NIRS pode ser útil.

NIRS é uma medida útil não invasiva de oxigenação e perfusão de órgãos  que dá informações importantes  sobre o equilíbrio  do aporte  e consumo de oxigênio. Nos complementos, os bebês prematuros com hipotensão tratados com altas doses de dopamina, aqueles nos quais  a saturação cerebral ficou  abaixo de 50% por mais de 10% do tempo, associou-se a um pior desfecho do neurodesenvolvimento e desses mesmos atores, saturação cerebral abaixo de 55% ou menor do que 1,5 desvio padrão nos prematuros estava associado com pior desfecho após 24 meses. Foi calculado que para cada 1% do tempo gasto abaixo do limiar houve um aumento de 2% na chance de resultado cognitivo adverso ou morte.