Mês: julho 2019

ARTIGO 5116! Discussão Clínica: Fototerapia e lesão oxidativa e câncer; Imunoglobulina endovenosa; Stress oxidativo e seus efeitos pulmonares e gastrintestinais; Leite materno e o desenvolvimento cerebral aos 7 anos de idade; Ferramentas diagnóstico no distúrbio hemodinâmico neonatal

ARTIGO 5116! Discussão Clínica: Fototerapia e lesão oxidativa e câncer; Imunoglobulina endovenosa; Stress oxidativo e seus efeitos pulmonares e gastrintestinais; Leite materno e o desenvolvimento cerebral aos 7 anos de idade; Ferramentas diagnóstico no distúrbio hemodinâmico neonatal

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Antibióticos no período neonatal e prematuridade estão associados a um aumento do risco de distúrbios gastrointestinais funcionais no primeiro ano de vida

Antibióticos no período neonatal e prematuridade estão associados a um aumento do risco de distúrbios gastrointestinais funcionais no primeiro ano de vida

Neonatal Antibiotics and Prematurity Are Associated with an Increased Risk of Functional Gastrointestinal Disorders in the First Year of Life.Salvatore S, Baldassarre ME, Di Mauro A, Laforgia N, Tafuri S, Bianchi FP, Dattoli E, Morando L, Pensabene L, Meneghin F, Dilillo D, Mancini V, Talarico V, Tandoi F, Zuccotti G, Agosti M. J Pediatr. 2019 Jun 11. pii: S0022-3476(19)30544-X. doi: 10.1016/j.jpeds.2019.04.061. [Epub ahead of print]. Itália. PMID: 31201028. Similar articles.

Distúrbios gastrointestinais funcionais no primeiro ano de vida – functional gastrointestinal disorders-FGIDs  incluem regurgitação, síndrome de ruminação infantil, síndrome de vômito ciclístico, cólica infantil, diarreia funcional, disquesia infantil [evacuação dolorosa ou difícil] e constipação funcional; numa coorte de 934 bebês que completaram o estudo até 1 ano de idade, análise multivariada identificou, pela primeira vez que a prematuridade e o uso de antibiótico como fatores de risco significativamente associados à pelo menos uma FGID (parto prematuro e uso neonatal de antibióticos nos primeiros meses de vida estão associados a um aumento da incidência de FGIDs, particularmente cólica infantil e regurgitação; nascimento por cesariana e padrão alimentar em 1 mês de vida constituíram fatores para a disquesia infantil e diarréia funcional); conhecer esses fatores é importante para o desenvolvimento de intervenções na primeira infância para diminuir os FGIDs mais tarde na vida; o uso precoce de antibióticos tem sido associado aumento do risco de alergia e doença inflamatória do intestino em RN geneticamente predispostos; confirmando esses resultados, deveria ser considerada uma estratégia equilibrada para a redução do uso desnecessário de antibióticos neonatais e promover homeostase intestinal em recém-nascidos de risco considerado; o período perinatal compreende um período crítico durante o qual ocorre a maturação dos mecanismos complexos que regulam o eixo cérebro-intestino-microbiota.

A leucocitose está associada à retinopatia da prematuridade nas crianças prematuras extremas

A leucocitose está associada à retinopatia da prematuridade nas crianças prematuras extremas

Leucocytosis is associated with retinopathy of prematurity in extremely preterm infants.Lundgren P, Klevebro S, Brodin P, Smith LEH, Hallberg B, Hellström A. Acta Paediatr. 2019 Jul;108(7):1357-1358. doi: 10.1111/apa.14798. Epub 2019 Apr 12. No abstract available. PMID: 30920014. Similar articles. Suécia.

Realizado por Paulo R. Margotto. Hospital Materno Infantil de Brasília, SES/DF. Maternidade Brasília. pmargotto@gmail.com.

Notavelmente, a leucocitose persistiu como um fator de risco de maior impacto quando a análise de regressão logística foi ajustada para a idade gestacional [que indica imaturidade] e ajustada para a Proteína C reativa [que pode indicar infecção e inflamação): 18,3% versos 9,3% sem leucocitose-P<0.001;  assim a leucocitose ≥30 mil pode ser usado como um potencial preditor]

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Cisto no Corno Frontal (Coarctação do Corno Frontal)

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Cisto no Corno Frontal (Coarctação do Corno Frontal)

Paulo R. Margotto.

Segundo Epelman M et al devemos ter cuidado quanto à exata localização dos cistos na área do corno frontal. Os cistos conatais localizam-se em ou diretamente abaixo dos ângulos superolaterais dos cornos frontais ou do corpo dos ventrículos laterais e são principalmente anteriores ao forame de Monro. Coarctação dos ventrículos não deve ser confundida com cisto da matriz germinal ou leucomalácia periventricular cística (LPV). Para diferenciar essas entidades da coarctação, é essencial observar atentamente a posição da imagem cística em relação ao ângulo externo do ventrículo. Um diagnóstico de cisto germinolítico deve ser considerado quando a lesão está localizada abaixo do ângulo do ventrículo externo e a LPV deve ser considerada quando está acima. Na coarctação do ventrículo lateral, a imagem cística falsa é vista no ângulo externo

Discussão Clínica: Uso de dexmedetomidina; Qual é a glicemia Normal? Valores da gasometria durante a hipotermia terapêutica; Índice de Resistência na hipotermia terapêutica; Protocolo para o uso da cânula de alto fluxo

Discussão Clínica: Uso de dexmedetomidina; Qual é a glicemia Normal? Valores da gasometria durante a hipotermia terapêutica; Índice de Resistência na hipotermia terapêutica; Protocolo para o uso da cânula de alto fluxo

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Desordens Funcionais Gastrointestinais da Infância/Neonatos/Crianças pequenas

Desordens Funcionais Gastrointestinais da Infância/Neonatos/Crianças pequenas

Yanna Gadelha

A decisão de procurar o médico não acontece somente pelos sintomas da criança, mas também pelos medos dos pais. Assim, o médico não só precisa de dar o diagnóstico, mas também reconhecer o impacto dos sintomas nas emoções familiares. O manejo vai depender do assegurar com os pais uma aliança terapêutica.

  • Regurgitação em lactentes
  • Síndrome da ruminação dos lactentes
  • Síndrome dos vômitos cíclicos
  • Cólicas do lactente
  • Diarréia funcional
  • Disquesia do lactente
  • Constipação funcional
CASO CLÍNICO: Toxoplasmose Congênita em Mãe Imune

CASO CLÍNICO: Toxoplasmose Congênita em Mãe Imune

Naima Hamidah (HRAN/SES/DF), Paulo R. Margotto (HMIB/SES/DF/Maternidade Brasília).

Chama atenção que segundo o Protocolo de Toxoplasmose Congênita do Ministério da Saúde (BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Guia para os profissionais de Saúde. Cuidados Gerais. vol 1, Brasília, 2011, p. 195), as gestantes classificadas como imunes, não continuarāo a ser investigadas durante o pré-natal nem receberāo tratamento, pois, classicamente, a toxoplasmose nāo é transmitida ao concepto por gestantes imunes. Nesse, a sorologia para Toxoplasmose no 1º Trimestre mostrou IgG (10,14/ml) + IgM neg, sendo considerada mãe imune; ultrassom morfológico com 23 semanas foi considerado normal e 1 dia antes do nascimento “holoprosencefalia”.  A sorologia do bebê para Toxoplasmose, aos 4 dias de vida  mostrou: IgM positiva    (IgM 26,46) e IgG de 1031,7/ml). Tanto a ecografia como a tomografia mostraram grave destruição cerebral; estudo francês de Valdès V et al explicam a infecção toxoplásmica em um ambiente imunocompetente: (a) maciça re-infestação parasitária em particular após encontros repetidos com gatos ou após ingestões de carne mal cozida; (b) re-infestação com uma cepa particularmente virulenta; (c)  uma recontaminação por uma estirpe parasitária diferente; (d) infecção fetal de focos parasitários uterinos. A Dra. Liu Campelo Porto descreveu 7  casos de Toxoplasmose congênita e mães imune e enfoca a necessidade de rever os protocolos de acompanhamento das gestantes imunes à Toxoplasmose. Especificamente para esse caso não descarta a possibilidade IgM falso negativa no 1º trimestre e para isso seria necessário quantificar o IgG da gestante. Dra. Lícia Moreira (Bahia) também não descarta a possibilidade de exame falso negativo ou a gestante se infectou logo após essa sorologia e contaminou o feto, além da possibilidade de infecção por outra cepa.

Preditores de sepse neonatal precoce ou morte entre recém-nascidos com <32 semanas de gestação

Preditores de sepse neonatal precoce ou morte entre recém-nascidos com <32 semanas de gestação

Predictors of early-onset neonatal sepsis or death among newborns born at <32 weeks of gestation.Palatnik A*1Liu LY2 Lee A3 Yee LM.3 Perinatol. 2019 Jul;39(7):949-955. Doi:10.1038/s41372-019-0395-9. Epub 2019 May 14.PMID: 31089257. Similar articles

Realizado por Paulo R. Margotto.

Os autores desenvolveram um modelo preditivo para sepse neonatal precoce [<3 dias] ou morte entre bebês nascidos entre 23 a 31 sem 6 dias de gestação, sendo evidenciado, após análise multivariada, os fatores que permaneceram independentemente associados à sepse ou morte neonatal foram idade gestacional mais precoce no momento do parto [especificamente <28 semanas], febre intraparto, presença de coloração meconial líquido amniótico e menor peso ao nascer.

Toxoplasmose congênita por reinfecção materna durante a gravidez

Toxoplasmose congênita por reinfecção materna durante a gravidez

[Congenital toxoplasmosis due to maternal reinfection during pregnancy].Valdès V, Legagneur H, Watrin V, Paris L, Hascoët JM.Arch Pediatr. 2011 Jul;18(7):761-3.doi:10.1016/j.arcped.2011.04.011. Epub 2011 May 19. French.PMID: 21600743.Similar articles.

Realizado por Paulo R. Margotto

A ocorrência de uma toxoplasmose congênita em um recém-nascido cuja mãe foi imunizada contra a toxoplasmose bem antes da gravidez é excepcional. Várias hipóteses são possíveis para explicar a infecção toxoplásmica em um ambiente imunocompetente:

 

– uma maciça re-infestação parasitária em particular após encontros repetidos com gatos [6] ou após ingestões de carne mal cozida ;

-re-infestação com uma cepa particularmente virulenta;

– uma recontaminação por uma estirpe parasitária diferente;

– infecção fetal de focos parasitários uterinos.