Categoria: Dor Neonatal

APRESENTAÇÃO: SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO

APRESENTAÇÃO: SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO

Paulo R. Margotto, Marta David Rocha de Moura, Fabiano Cunha Gonçalves, Joseleide de Castro, Priscila Guimarães.

A intubação é um procedimento potencialmente doloroso, estressante e é associado com efeitos fisiológicos adversos, devendo sempre ser precedido de analgesia  nas INTUBAÇÕES ELETIVAS (obstrução do tubo, piora do desconforto respiratório, extubação acidental, ou antes, de um procedimento cirúrgico), pois muito desses bebês já tem acesso venoso. É inapropriada e inaceitável   a intubação de neonato em estado de vigília (a dor é intensa!). Há na literatura um “coquetel” de diferentes drogas usadas na intubação desses bebês (fentanil, remifentanil, ketamina, propofol, Midazolam, rocurônio, dexmedetomedina, atropina (vagolítico), isoladas ou em combinação, com grande diferença entre os Centros, razão pela qual, na busca de uma padronização da SRI para a nossa Unidade, realizamos essa revisão discutida com toda a Equipe na elaboração de um Protocolo (breve disponível em www.paulomargotto.com.br). Na administração minimamente invasiva do surfactante propomos medidas não farmacológicas (o uso de analgesia pode comprometer o impulso respiratório do bebê, que é crucial para o sucesso do uso dessa técnica; dado que a depressão respiratória é uma indicação para a ventilação mecânica, o uso de analgesia pode parecer contraproducente). As alternativas não farmacológicas, como enfaixar, sucção não nutritiva e uso de sacarose, podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação com outras intervenções para aliviar a dor leve a moderada e diminuir o sofrimento neonatal durante a LISA. Essas técnicas são seguras e eficazes, e não apresentam os mesmos riscos que os medicamentos.

DIRETO AO PONTO- Respostas a questionamentos: SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO

DIRETO AO PONTO- Respostas a questionamentos: SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO

Paulo R. Margotto, Marta David Rocha de Moura, Fabiano C unha Gonçalves , Joseleide de Castro e Priscila Guimarães

A intubação é um procedimento potencialmente doloroso, estressante e é associado com efeitos fisiológicos adversos, devendo sempre ser precedido de analgesia  nas INTUBAÇÕES ELETIVAS (obstrução do tubo, piora do desconforto respiratório, extubação acidental, ou antes, de um procedimento cirúrgico), pois muito desses bebês já tem acesso venoso. É inapropriada e inaceitável   a intubação de neonato em estado de vigília (a dor é intensa!). Há na literatura um “coquetel” de diferentes drogas usadas na intubação desses bebês (fentanil, remifentanil, ketamina, propofol, Midazolam, rocurônio, dexmedetomedina, atropina (vagolítico), isoladas ou em combinação, com grande diferença entre os Centros, razão pela qual, na busca de uma padronização da SRI para a nossa Unidade, realizamos essa revisão que será discutida com toda a Equipe na elaboração de um Protocolo (breve disponível em www.paulomargotto.com.br). Na administração minimamente invasiva do surfactante propomos medidas não farmacológicas (o uso de analgesia pode comprometer o impulso respiratório do bebê, que é crucial para o sucesso do uso dessa técnica; dado que a depressão respiratória é uma indicação para a ventilação mecânica, o uso de analgesia pode parecer contraproducente). As alternativas não farmacológicas, como enfaixar, sucção não nutritiva e uso de sacarose, podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação com outras intervenções para aliviar a dor leve a moderada e diminuir o sofrimento neonatal durante a LISA. Essas técnicas são seguras e eficazes, e não apresentam os mesmos riscos que os medicamentos.

Delirium na UTIN

Delirium na UTIN

Delirium in the NICU.Tarrell A, Giles L, Smith B, Traube C, Watt K.J Perinatol. 2024 Feb;44(2):157-163. doi: 10.1038/s41372-023-01767-5. Epub 2023 Sep 8.PMID: 37684547 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto

Entre os recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), estima-se que cerca de 22% sofram de delirium (Na UTI Pediátrica, 20-40%). Nenhuma ferramenta de rastreamento ou diagnóstico foi validada especificamente em uma população de UTIN. O manejo deve incorporar uma abordagem de equipe, com foco na minimização dos fatores de risco modificáveis, maximização de cuidados de suporte robustos e otimização do tratamento não farmacológico. Benzodiazepínicos e opioides, comumente utilizados em ambientes de UTI, não devem ser considerados como tratamento para delirium, pois são conhecidos fatores de risco para delirium.

Propofol para Intubação Endotraqueal em Neonatos: um estudo para determinação da dose

Propofol para Intubação Endotraqueal em Neonatos: um estudo para determinação da dose

Propofol for endotracheal intubation in neonates: a dosefinding trial.

de Kort EHM, Prins SA, Reiss IKM, Willemsen SP, Andriessen P, van Weissenbruch MM, Simons SHP.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2020 Sep;105(5):489-495. doi: 10.1136/archdischild-2019-318474. Epub 2020 Jan 13.PMID: 31932363 . Clinical Trial. Artigo Livre! Holanda.

Realizado por Paulo R. Margotto

 

Após a inclusão de 91 pacientes, o estudo foi encerrado prematuramente porque o desfecho primário só foi alcançado em  12 paciente (13% dos pacientes. Nenhuma dose ideal de propofol foi encontrada. Hipotensão arterial  induzida por propofol ocorreu em 59% dos pacientes (estado hemodinâmico do paciente deve ser cuidadosamente avaliado antes da administração de propofol). O uso do propofol na população neonatal deve ser realizada com muita cautela!

Uso de dexmedetomidina e opioides em bebês prematuros hospitalizados

Uso de dexmedetomidina e opioides em bebês prematuros hospitalizados

Use of Dexmedetomidine and Opioids in Hospitalized Preterm Infants.Curtis S, Kilpatrick R, Billimoria ZC, Zimmerman K, Tolia V, Clark R, Greenberg RG, Puia-Dumitrescu M.JAMA Netw Open. 2023 Nov 1;6(11):e2341033. doi:10.1001/jamanetworkopen.2023.41033.PMID: 37921767 Artigo Gratis!

Realizado por Paulo R. Margotto

A dexmedetomidina não é liberada pelo FDA (Food and Drug Administration) para uso em pacientes pediátricos e neonatais. O seu uso tem aumentando mundialmente usado como off- label (Dose efetiva média em torno de 0,3–0,7 mcg/kg/hora-dose máxima:  Dose máxima: 1,2 mcg/kg/h Desmame, principalmente após 96 horas de uso: 0,1 mcg/kg a cada 12 a 24 horas, conforme tolerado).

DIRETO AO PONTO: Uso de Dexmedetomidina/Delirium Neonatal e Ketamina na Neonatologia

DIRETO AO PONTO: Uso de Dexmedetomidina/Delirium Neonatal e Ketamina na Neonatologia

Paulo R. Margotto, Priscila Guimarães e Fabiano Cunha Gonçalves (13/12/2023)

Discussão ocorrida com a equipe neonatal do HMIB/SES/DF com a Implementação de dose da dexmedetomidina, medicação não aprovada pelo FDA para recém-nascidos, principalmente prematuros! (dose efetiva média em torno de 0,3–0,7 mcg/kg/hora-dose máxima:  Dose máxima: 1,2 mcg/kg/h e por via nasal, em nebulização, 1 a 1,5mcg/kg.Doses maiores associam-se a bradicardia e hipotensão arterial). Desmame, principalmente após 96 horas de uso: 0,1 mcg/kg a cada 12 a 24 horas, conforme tolerado. Em  casos de abstinência (taquicardia, hipertensão, tremor e agitação), excepcionalmente clonidina, após a Avaliação da Escala de Abstinência (escore>4 da pontuação de Lipsitz PJ). Não usamos a dexmedetomidina como neuroprotetora. Pensar em DELIRIUM em situações de  longo uso de sedoanalgesia apresentando períodos de agitação, choro, sudorese, taquicardia e irritabilidade intensa  e após análise pela Equipe , usar a Quetiapina. A Ketamina não deve ser usada no período neonatal, devido a danos neurais, além de hipertensão arterial, aumento da pressão intracraniana, aumento da resistência vascular pulmonar em bebês com hipertensão pulmonar persistente, aumento da quantidade de secreção brônquica e salivar e alucinações.

Irritabilidade Grave em Prematuro Grave: Um Caso de Delirium na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Irritabilidade Grave em Prematuro Grave: Um Caso de Delirium na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Severe irritability in a critically ill preterm infant: a case of delirium at the neonatal intensive care unit.Moraes LHA, Maropo VLB, I, Falcão MC, de Carvalho WB.Dement Neuropsychol. 2023 Apr 14;17:e20220046. doi: 10.1590/1980-5764-DN-2022-0046. eCollection 2023.PMID: 37223840. Artigo Gratis!

Realizado por Paulo R. Margotto

 

Na UTIN o delirium raramente é diagnosticado. Como os critérios diagnósticos sobrepõem entre delirium e síndrome de abstinência de opioides  (taquicardia, agitação psicomotora, tremores, choro excessivo e inconsolável e intolerância alimentar que não melhoram ), pensar em delirium. Apesar de poucos estudos farmacodinâmicos nessas faixas etárias, o uso de quetiapina parece seguro e eficaz na melhora e reversão dos sintomas de delirium (antagonista não seletivo dos receptores de dopamina e serotonina e tem aprovação da Food and Drug Administration [FDA] para o tratamento do transtorno bipolar pediátrico.