Mês: janeiro 2019

Coleta de sangue na mãozinha! Por quê?

Coleta de sangue na mãozinha! Por quê?

Paulo R. Margotto.

Segundo Anand há 3 estudos evidenciando que os bebês têm um limiar mais alta de dor nas extremidades superiores em comparação com as extremidades inferiores, porque as fibras inibitórias descendentes alcançaram a porção cervical da coluna dorsal e ainda tem que crescer para a porção lombar. Assim, existem diferentes  níveis de dor (muito mais dor será produzida nas extremidades inferiores que nos braços e mãos).

Monografia (Pediatria-HMIB-2019): Acidentes por animais peçonhentos: perfil epidemiológico e evolução dos pacientes pediátricos do Hospital Materno Infantil de Brasília

Monografia (Pediatria-HMIB-2019): Acidentes por animais peçonhentos: perfil epidemiológico e evolução dos pacientes pediátricos do Hospital Materno Infantil de Brasília

Tabatha Gonçalves Andrade Castelo Branco Gomes

RESUMO

Objetivo: analisar o perfil epidemiológico, o tratamento e a evolução dos pacientes de 0-14 anos vítimas de acidente por animais peçonhentos atendidos no Hospital Materno Infantil de Brasília, no período de 2012-2016.Métodos: estudo transversal, descritivo, retrospectivo, com dados primários do hospital obtidos através de análise das fichas de notificação/investigação de acidentes por animais peçonhentos da Secretaria de Estado de Saúde. Resultados: foram 38 casos registrados na unidade no período, com predomínio do escorpionismo (29/38), seguido pelo ofidismo (6/38); maioria crianças 1-9 anos, com picadas em membros; poucos acidentes em zona rural (9/38) e o tempo decorrido até a assistência médica foi inferior a 3h em cerca de 60% dos atendimentos; 27 casos classificados como leves, nove moderados e dois graves, 21/38 não receberam soroterapia específica; dois casos apresentaram complicações; nenhum óbito registrado. Conclusão: crianças 1-9 anos, sem distinção entre os sexos, são as principais vítimas; o escorpião foi isoladamente o principal agente e predominaram os acidentes leves; apesar das complicações, o desfecho final foi favorável em 100% dos casos analisados. Estes acidentes potencialmente são preveníveis com orientação e conscientização da população.

Monografia (Pediatria – HMIB-2019):A PREVALÊNCIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS EM UM CENTRO EDUCACIONAL PRIVADO EM BRASÍLIA-DF – IDENTIFICANDO A SAZONALIDADE

Monografia (Pediatria – HMIB-2019):A PREVALÊNCIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS EM UM CENTRO EDUCACIONAL PRIVADO EM BRASÍLIA-DF – IDENTIFICANDO A SAZONALIDADE

Juliane Machado Marchese

INTRODUÇÃO:  É crescente o número de crianças que recebem cuidado fora do domicílio e de forma coletiva. Isso se deve a inserção, cada vez maior, da mulher no mercado de trabalho. Desde 1940 admite-se maior frequência de doenças transmissíveis em crianças que recebem esse tipo de assistência.

OBJETIVO: Identificar a incidência de doenças infecciosas em criança de um centro educacional privado do Distrito Federal. Além disso comparar a incidência das infecções em crianças que frequentam o berçário das que frequentam a educação infantil e avaliar a morbimortalidade dessas infecções.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, no qual foram coletados dados, dos livros de registro da enfermagem do serviço de pediatria do local, tais como: quadro infeccioso, uso de medicação e necessidade de internação. Foram incluídas todas as crianças matriculadas no centro educacional no período de janeiro de 2013 a julho de 2018.

RESULTADOS:  No presente estudo foram identificadas 3968 infecções distribuídas em trinta e quatro etiologias.  Dessas infecções 86% foram de origem viral. As infecções mais prevalentes em ambas a faixas etárias foram: febre sem sinais localizatórios, gastroenterite, infecção de vias aéreas superiores e conjuntivite viral. No presente estudo as crianças menores de 2 anos, tiveram um risco duas vezes maior de adquirir infecções virais do que as maiores de 2 anos. Já em relação a doenças bacterianas esse risco foi de 1,44.

CONCLUSÃO: A maioria dos estudos indicam que o risco relativo de adquirir infecções é maior nas crianças que frequentam creche, porém o significado real desse risco não deve justificar a não colocação das crianças nessas instituições. Isso pois, como foi evidenciado neste estudo, a maioria são infecções benignas e de origem viral. Portanto, deve-se buscar uma instituição com infraestrutura adequada e que adote medidas para prevenção e controle das doenças transmissíveis.

Desenvolvimento a longo prazo do pré-termo de baixo peso ao nascer com Canal Arterial Patente

Desenvolvimento a longo prazo do pré-termo de baixo peso ao nascer com Canal Arterial Patente

Long-Term Neurodevelopment of Low-BirthweightPreterm Infants with Patent Ductus Arteriosus.Collins RT 2nd, Lyle RE, Rettiganti M, Gossett JM, Robbins JM, Casey PH.J Pediatr. 2018 Dec;203:170-176.e1. doi: 10.1016/j.jpeds.2018.08.004. Epub 2018 Sep 26.PMID: 30268404.Similar articles, USA.

 

Apresentação: Maria Eduarda Canellas de Castro. RESIDENTE DO 1º ANO DE NEONATOLOGIA HMIB/SES/DF.Coordenação: Joseleide de Castro/ Paulo R. Margotto

Os autores não encontraram  diferenças significativas nos testes de desenvolvimento de alto nível aos 3 anos, 8 anos ou 18 anos em prematuros com baixo peso ao nascer com persistência do canal arterial (PCA), independentemente do método de tratamento de desenvolvimento, em comparação com bebês sem  PCA, embora um padrão de escores mais baixos tenha sido observado em vários domínios naqueles com PCA. Embora a presença da PCA em prematuros moderados não pareça ter um impacto marcante nos resultados do neurodesenvolvimento, a falta de um grande número de sujeitos no grupo com PCA deixa o presente estudo sem poder para desenhar conclusão definitiva.

Em meio a esse cenário clínico incerto, o Comitê de Feto e Recém-Nascido da Academia Americana de Pediatria recentemente se baseou nos resultados de vários estudos controlados randomizados e estudos de Centro Único para concluir que “tratamento de rotina para induzir o fechamento do canal, seja medicamente ou cirurgicamente, nas primeiras duas semanas após o nascimento não melhora os resultados em longo prazo.”

 

Discussão Clínica: Diuréticos nos pré-termos extremos; Uso de furosemida e fratura óssea em crianças com cardiopatia congênita; Epinefrina versus dopamina no choque séptico neonatal; Hemorragia Intraventricular no Recém-nascido a Termo; Fatores de risco para hemorragia intraventricular em recém-nascidos asfixiados a termo tratados com hipotermia

Discussão Clínica: Diuréticos nos pré-termos extremos; Uso de furosemida e fratura óssea em crianças com cardiopatia congênita; Epinefrina versus dopamina no choque séptico neonatal; Hemorragia Intraventricular no Recém-nascido a Termo; Fatores de risco para hemorragia intraventricular em recém-nascidos asfixiados a termo tratados com hipotermia

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Discussão Clínica: Apneia da prematuridade (efeito da anemia); Canal arterial pérvio; Antibiótico em prematuro de “causa desconhecida”; Onfalocele gigante (tratamento conservador); Prematuro tardio

Discussão Clínica: Apneia da prematuridade (efeito da anemia); Canal arterial pérvio; Antibiótico em prematuro de “causa desconhecida”; Onfalocele gigante (tratamento conservador); Prematuro tardio

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Monografia Pediatria (HMIB, 2019):Avaliação do teste do coraçãozinho realizado em recém-nascidos do Alojamento Conjunto no Hospital Materno Infantil de Brasília de janeiro de 2015 a julho de 2018

Monografia Pediatria (HMIB, 2019):Avaliação do teste do coraçãozinho realizado em recém-nascidos do Alojamento Conjunto no Hospital Materno Infantil de Brasília de janeiro de 2015 a julho de 2018

Ana Barbara Maroja de Queiroz.

As malformações cardiovasculares são as mais prevalentes em recém-nascidos (RN). A prevalência de cardiopatias congênitas (CC) no Brasil cresceu nos últimos anos, sendo de 9:1000 nascidos vivos em 2010. Atualmente é utilizado o teste de oximetria de pulso ou teste do coraçãozinho para a melhora no diagnóstico precoce das CC. Objetivo: Analisar os dados sobre o teste do teste do coraçãozinho realizado no Alojamento Conjunto do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) como teste de triagem para diagnóstico de cardiopatias congênitas críticas (CCC) no período de janeiro de 2015 a julho de 2018. Metodologia: Realizada pesquisa do tipo observacional, quantitativa e transversal por meio da análise dos dados dos resultados do teste do coraçãozinho realizados no HMIB e pesquisa em prontuário eletrônico dos pacientes que tiveram o teste alterado. Resultados: Foram realizados 10.053 testes no período proposto, destes 42 foram alterados. Destes 42 prontuários selecionados, 15 (35,7%) apresentaram exames normais após repetição do teste do coraçãozinho e/ou realização do ecocardiograma; 11 (26,2%) apresentaram achados de cardiopatia no exame de ecocardiograma; 13 (31%) não obtiveram confirmação de cardiopatia por falta de repetição do teste do coraçãozinho ou por não realização do ecocardiograma; 3 (7,1%) não foram encontrados. Desses 42, o teste foi repetido em apenas em 11 deles. Foram realizados ecocardiogramas em 19 pacientes, sendo encontrados achados de cardiopatias em 11. Cardiopatia congênita crítica foi observada em apenas 1, correspondendo a Anomalia de Ebstein, sendo os demais achados de cardiopatias acianóticas ou pulmonares. Conclusão: Neste estudo foi possível evidenciar que o teste do coraçãozinho contribuiu tanto para diagnóstico de CCC, quanto para realização de outros diagnósticos de CC; bem como da necessidade do correto seguimento do protocolo preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria como forma de diminuir o risco de liberação de RN portadores de CCC não diagnósticados e não conduzidos adequadamente, além de diminuir custos de internações prolongadas para aguardar a realização de ecocardiogramas desnecessários.

 

Administração Precoce de Cafeína e Resultados do Neurodesenvolvimento em Bebês Prematuros

Administração Precoce de Cafeína e Resultados do Neurodesenvolvimento em Bebês Prematuros

Early Caffeine Administration and Neurodevelopmental Outcomes in Preterm Infants. 

Abhay Lodha, Rebecca Entz, Anne Synnes, Dianne Creighton, Kamran Yusuf, AnieLapointe, Junmin Yang, Prakesh S. Shah, on behalf of the investigators of the Canadian Neonatal Network (CNN) and the Canadian Neonatal Follow-up Network (CNFUN). Pediatrics Jan 2019, 143 (1) e20181348; DOI: 10.1542/peds.2018-1348.

Preterm neonates who received caffeine (within 2 days of birth) had lower odds of sNDI at 18 to 24 months’ CA.

Realizado por Paulo R. Margotto.

N os bebês <29 semanas de idade gestacional, a terapia precoce com cafeína (≤ 2 dias) foi associada com chances reduzidas de significante deficiência no neurodesenvolvimento e melhor função cognitiva aos 18 até 24 meses de idade corrigida, quando comparado com terapia tardia com cafeína (>2dias). Embora as estimativas foram benéficas em 2 estratégias analíticas, ambas revelaram efeitos benéficos em diferentes domínios. Avaliar a eficácia e segurança da cafeína precoce através de um estudo randomizado controlado será necessário.

FALHA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS DEVIDO À COARCTAÇÃO DA AORTA: MANUSEIO E EVOLUÇÃO DE CINCO RECÉM-NASCIDOS

FALHA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS DEVIDO À COARCTAÇÃO DA AORTA: MANUSEIO E EVOLUÇÃO DE CINCO RECÉM-NASCIDOS

Multiorgan failure due to coarctation of the aorta: management and outcome of five neonates.Tokel K, Varan B, Saygili A, Tarcan A, Gurakan B, Mercan S. Pediatr Emerg Care. 2002 Aug;18(4):E8-10.PMID: 12187148.Similar articles

Realizado por Paulo R. Margotto

A coarctação da aorta que se manifesta no período neonatal apresenta desafios tanto para o neonatologista como o cardiologista pediátrico. Este diagnóstico deve ser considerado para todos os recém-nascidos que apresentam com acidose, insuficiência  cardíaca congestiva,  deficiente  perfusão ou choque, falência de múltiplos órgãos e condição que se assemelha a sepse, apesar pressão sanguínea normal e fortes pulsos femorais. Correção imediata da acidose, balanço hídrico, diátese hemorrágica e intervenção precoce para eliminar a obstrução podem salvar a vida do paciente. A condição clínica da criança com coarctação no momento do exame inicial é um determinante importante de morbidade e mortalidade; assim,o diagnóstico precoce é essencial

Discussão Clínica: Alimentação enteral como um adjunto à hipotermia nos neonatos com encefalopatia hipóxico-isquêmica; Menos é Mais: Moderna Neonatologia; Caso Clínico: Magacólon Congênito; -Complacência respiratória nos recém-nascidos prematuros tardios (34-34 semanas e 6 dias) após terapia com esteróide pré-natal; Ordenha de cordão umbilical para recém-nascidos deprimidos ao nascer: um estudo randomizado de viabilidade

Discussão Clínica: Alimentação enteral como um adjunto à hipotermia nos neonatos com encefalopatia hipóxico-isquêmica; Menos é Mais: Moderna Neonatologia; Caso Clínico: Magacólon Congênito; -Complacência respiratória nos recém-nascidos prematuros tardios (34-34 semanas e 6 dias) após terapia com esteróide pré-natal; Ordenha de cordão umbilical para recém-nascidos deprimidos ao nascer: um estudo randomizado de viabilidade

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF