Monografia Pediatria (HMIB, 2019):Avaliação do teste do coraçãozinho realizado em recém-nascidos do Alojamento Conjunto no Hospital Materno Infantil de Brasília de janeiro de 2015 a julho de 2018

Monografia Pediatria (HMIB, 2019):Avaliação do teste do coraçãozinho realizado em recém-nascidos do Alojamento Conjunto no Hospital Materno Infantil de Brasília de janeiro de 2015 a julho de 2018

Ana Barbara Maroja de Queiroz.

As malformações cardiovasculares são as mais prevalentes em recém-nascidos (RN). A prevalência de cardiopatias congênitas (CC) no Brasil cresceu nos últimos anos, sendo de 9:1000 nascidos vivos em 2010. Atualmente é utilizado o teste de oximetria de pulso ou teste do coraçãozinho para a melhora no diagnóstico precoce das CC. Objetivo: Analisar os dados sobre o teste do teste do coraçãozinho realizado no Alojamento Conjunto do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) como teste de triagem para diagnóstico de cardiopatias congênitas críticas (CCC) no período de janeiro de 2015 a julho de 2018. Metodologia: Realizada pesquisa do tipo observacional, quantitativa e transversal por meio da análise dos dados dos resultados do teste do coraçãozinho realizados no HMIB e pesquisa em prontuário eletrônico dos pacientes que tiveram o teste alterado. Resultados: Foram realizados 10.053 testes no período proposto, destes 42 foram alterados. Destes 42 prontuários selecionados, 15 (35,7%) apresentaram exames normais após repetição do teste do coraçãozinho e/ou realização do ecocardiograma; 11 (26,2%) apresentaram achados de cardiopatia no exame de ecocardiograma; 13 (31%) não obtiveram confirmação de cardiopatia por falta de repetição do teste do coraçãozinho ou por não realização do ecocardiograma; 3 (7,1%) não foram encontrados. Desses 42, o teste foi repetido em apenas em 11 deles. Foram realizados ecocardiogramas em 19 pacientes, sendo encontrados achados de cardiopatias em 11. Cardiopatia congênita crítica foi observada em apenas 1, correspondendo a Anomalia de Ebstein, sendo os demais achados de cardiopatias acianóticas ou pulmonares. Conclusão: Neste estudo foi possível evidenciar que o teste do coraçãozinho contribuiu tanto para diagnóstico de CCC, quanto para realização de outros diagnósticos de CC; bem como da necessidade do correto seguimento do protocolo preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria como forma de diminuir o risco de liberação de RN portadores de CCC não diagnósticados e não conduzidos adequadamente, além de diminuir custos de internações prolongadas para aguardar a realização de ecocardiogramas desnecessários.