Categoria: Monografias-2018

Monografia-Pediatria(HMIB-2018):Cetoacidose diabética: diagnóstico e abordagem em Pronto Socorro Infantil

Monografia-Pediatria(HMIB-2018):Cetoacidose diabética: diagnóstico e abordagem em Pronto Socorro Infantil

Milena Pires

A CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) é uma complicação aguda grave e potencialmente fatal da DIABETES MELITUS (DM), que representa o resultado final das anormalidades metabólicas decorrente de uma deficiência ou ineficácia absoluta de insulina com ativação dos hormônios contrarreguladores e consequente quadro metabólico complicado.

PILARES DO TRATAMENTO

—Estabilização do paciente (ABCD);—Reidratação efetiva (em velocidade segura);—Interrupção da formação de ácidos (insulinoterapia);—Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos;—Monitorização de complicações

Monografia (Pediatria/HMIB/2019): Perfil epidemiológico da higiene do sono em lactentes acompanhados em ambulatório de crescimento e desenvolvimento

Monografia (Pediatria/HMIB/2019): Perfil epidemiológico da higiene do sono em lactentes acompanhados em ambulatório de crescimento e desenvolvimento

Ma Mikaela C. Z. Santarém.

Objetivos: O sono é um componente complexo e muito importante na vida de todos, principalmente na das crianças. Mais precisamente na primeira infância, deve ser conduzido de forma correta com o objetivo de serem criados bons hábitos de higiene do sono, os quais irão refletir no comportamento e desenvolvimento das crianças e no dia a dia da família. Visto a importância desse assunto, será avaliado o perfil epidemiológico da higiene do sono nos pacientes acompanhados no ambulatório de crescimento e desenvolvimento. Métodos: Selecionado uma população de crianças acompanhadas no ambulatório de crescimento e desenvolvimento do centro de saúde número 5, localizado no Lago sul-Brasília, com idade entre 29 dias e 24 meses e aplicado questionário adaptado para avaliação de diversos aspectos relacionados ao sono. Resultados: Observou-se que não houve nenhuma relação estatística entre as diversas variáveis sobre higiene do sono e ambiente de
dormir com o despertar freqüente durante a noite. Na associação entre despertar freqüente com a qualidade do sono, houve associação
estatística entre o sexo, onde observou-se que o sexo feminino tende a ter uma melhor ou boa qualidade de sono. Houve relação também da presença de roncos com o sexo masculino. Conclusões: Os resultados obtidos na amostra estudada mostram que embora a maioria dos lactentes possuísse uma rotina pré-sono, grande parte ainda apresentou despertares freqüentes, acordaram para mamar ou dormiram menos que o recomendado. 

Monografia (UTI Pediátrica/HMIB/2018): Perfil epidemiológico e clínico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital do Distrito Federal

Monografia (UTI Pediátrica/HMIB/2018): Perfil epidemiológico e clínico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital do Distrito Federal

Cíntia Costa Pereira e Silva.

Introdução: A Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é a principal causa de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em lactentes, constituindo   a maior causa de hospitalização no primeiro ano de vida. Quadros graves são mais frequentes nos menores de 6 meses, prematuros e portadores de comorbidades. São estes considerados grupo de risco, com maior incidência de hospitalização e necessidade de internação em unidade de terapia intensiva. Objetivos: Descrever o perfil clínico-epidemiológico e o tratamento instituído nos casos de BVA confirmados por painel viral em lactentes, em uma unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP). Métodos: Estudo descritivo. Coleta de dados indireta através do livro de registro da UTIP, banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e prontuários eletrônicos. Resultados: No período entre janeiro de 2013 a junho de 2017, 22% das admissões na UTIP foram casos de SRAG em menores de 2 anos. Entre os 69 casos selecionados de BVA, 62% eram do sexo masculino, a mediana de idade foi 4 meses e 81% dos pacientes eram
portadores de fator de risco para evolução desfavorável. O principal agente etiológico identificado foi o vírus sincicial respiratório (VSR) em 81% dos casos, seguido por influenza A em 11%. O período de maior incidência de infecção por VSR foi entre os meses de março e junho e por influenza entre fevereiro e junho. Foi necessária ventilação mecânica (VM) em 90% dos pacientes, 68% receberam diuréticos, 62% foram submetidos a restrição hídrica. Em54%dos pacientes foi utilizado broncodilatador, em 36% corticoide sistêmico,
em 58% fosfato de oseltamivir e em 43% bloqueador neuromuscular (BNM). Em 91%da amostra foram utilizados antibióticos (ATB), com mediana de tratamento de 9 dias. O resultado do painel viral influenciou na suspensão da antibioticoterapia em apenas 11% dos
casos. A mediana do tempo de internação hospitalar foi de 13 dias e de permanência na UTIP de 5 dias. Foi identificado alto índice de complicações entre os pacientes. Conclusão: O percentual de pesquisa viral entre os casos suspeitos de SRAG vem aumentando ao longo dos anos. A sazonalidade do VSR apresentou alteração nos últimos 2 anos. Corticóides e broncodilatadores são frequentemente utilizados apesar de não recomendados pela literatura. Na maioria dos casos o oseltamivir é utilizado sem necessidade. A demora para resultado do painel viral e a carência de recursos laboratoriais resultam na utilização indiscriminada de antimicrobianos nos casos de BVA. O tempo de
internação hospitalar foi prolongado e foi identificado alto índice de complicações entre os pacientes. Estes achados podem estar associados a baixa idade da amostra e taxa elevada de necessidade de ventilação mecânica e de fatores de risco associados. A utilização de testes
rápidos para VSR e processamento em tempo hábil de PCR multiplex para vírus respiratórios diminuiria consideravelmente o uso indiscriminado de ATB e antiviral nos pacientes.

Monografia (Alergia e Imunologia/HMIB/2018):Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no ambulatório de reação a drogas do Hospital Regional da Asa Norte-HRAN, Brasília DF

Monografia (Alergia e Imunologia/HMIB/2018):Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no ambulatório de reação a drogas do Hospital Regional da Asa Norte-HRAN, Brasília DF

Danúbia Michetti Silva.

Introdução: As reações de hipersensibilidade compreendem todas as reações relacionadas ao uso de um determinado medicamento. Afetam cerca de 7% da população em geral, podem ser alérgicas ou não alérgicas e são classificadas em imediatas e tardias. As manifestações podem envolver qualquer órgão ou sistema. O diagnóstico é feito através da história clínica, testes cutâneos e testes de provocação. O objetivo do trabalho foi identificar os medicamentos envolvidos nas reações de hipersensibilidade de pacientes atendidos no ambulatório de reação a drogas do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), bem como suas características. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo fundamentado na análise das respostas ao questionário recomendado pelo European Network for Drug Allergy (ENDA) e dos testes realizados nos pacientes atendidos no ambulatório de reação a drogas do HRAN no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.Os dados coletados foram analisados estatisticamente e comparados com a literatura. Resultados: Foram analisados 80 questionários, sendo a maioria dos pacientes do sexo feminino (68,75%). As reações imediatas foram observadas em 65% dos casos. As drogas suspeitas mais prevalentes foram os anti-inflamatórios, seguido dos antibióticos. Foram realizados 178 testes objetivando o diagnóstico e a definição de uma opção terapêutica. Conclusão: As reações adversas a medicamentos além de prejudicarem a saúde dos pacientes, também podem resultar em atrasos no tratamento, investigações desnecessárias ou mesmo desfechos fatais. Por isso, o reconhecimento dessas reações, seu quadro clínico e manejo se mostram de extrema importância.

Monografia (Pediatria-HMIB/2019): Análise do conhecimento do Pediatra sobre o diagnóstico de câncer infantil em um Pronto-Socorro

Monografia (Pediatria-HMIB/2019): Análise do conhecimento do Pediatra sobre o diagnóstico de câncer infantil em um Pronto-Socorro

Pedro Paulo Pereira Caixeta.

Os pediatras que responderam à pesquisa apresentam boa proficiência quanto à suspeita de um caso de câncer infanto-juvenil, mas também deixou espaço para que mais ações voltadas à educação continuada sejam implementadas no hospital, principalmente relacionadas ao manejo inicial de uma suspeita de câncer, corroborando a premissa de que a criação de protocolos clínicos institucionais ajuda na condução de casos suspeitos de câncer infanto-juvenil, diminuindo o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico, aumentando as chances de melhor prognóstico. O questionário aplicado não foi isento de erros ou vieses, mas conseguiu identificar janelas de conhecimento que precisam de maior atenção.

Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Lorena Borges Queiroz.

O afogamento é uma das principais causas de acidentes na infância, constituindo-se em um importante e grave problema de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico das crianças vítimas de afogamento atendidas pela Unidade de Terapia
Intensiva de um Hospital público no Distrito Federal – Brasil. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir de prontuários clínicos, que avaliou o período de 2008 a 2017. 62,5% das vítimas eram do sexo masculino e a idade média dos pacientes é de 3,96 ± 3,82 anos. O tempo médio de internação total é de 27,8 ± 40 dias e de 14,9 ± 22,9 dias para internações na UTI. Os dias com maior registro de ocorrência foram o sábado (29,1%) e o domingo (29,1%). O local mais comum para a ocorrência do acidente foi o domicílio da vítima (70%), sendo a piscina a estrutura física mais comumente envolvida (66,7%). O tempo médio de submersão foi 5,6 ± 3,6 minutos e o tempo médio para o primeiro atendimento foi 8,5 ± 5,5 minutos. A primeira assistência prestada às vítimas foi feita principalmente pelos familiares (68,7%). O tipo de transporte mais utilizado foi o terrestre (75%). A complicação mais frequente foi a parada cardiorrespiratória (11 pacientes). Um percentual de 29,2% dos pacientes foi a óbito e 25% evoluiu com sequelas neurológicas. O conhecimento desses dados pode fornecer subsídios para a melhoria do atendimento às crianças vítimas de afogamento, além de fomentar estratégias para redução desse agravo.

Monografia-HMIB/2018 (Pediatria):Rotina para diagnóstico e tratamento de meningite e meningoencefalite na Emergência Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Monografia-HMIB/2018 (Pediatria):Rotina para diagnóstico e tratamento de meningite e meningoencefalite na Emergência Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Amanda Dias Cardoso Viana.

A meningite e as meningoencefalites são infecções agudas do sistema nervoso central que requerem diagnóstico e tratamento imediato, por seu potencial de gravidade.Por isso torna-se imprescindível elaborar uma rotina de atendimento na emergência pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (uma das referências do Distrito federal. Os agentes etiológicos variam de acordo com a faixa etária. Geralmente crianças menores de um ano apresentam manifestações clínicas inespecíficas e os maiores sintomas clássicos:alteração neurológica, convulsões, vômitos, sinais de irritação meníngea.

O principal método diagnóstico é através da punção lombar, para a análise do líquido cefaloraquidiano (CSF), que deve ser avaliado quanto a bioquímica, bacterioscopia e celularidade colhido cultura (padrão ouro). Nos casos de suspeita de agentes virais pode-se solicitar PCR(reação em cadeia de polimerase) do líquor para auxílio diagnóstico.

Após a suspeita clínica de meningite, deve-se iniciar antibioticoterapia precoce (na primeira hora). O fármaco escolhido de acordo com a faixa etária pediátrica e deve ultrapassar a barreira hematoencefálica, sendo de primeira escolha as cefalosporinas de terceira geração. A corticoterapia com dexametasona está indicada em meningites causadas pelos agentes etiológicos pneumococo e haemophilus. A quimioprofilaxia é indicada para contactantes íntimos do portador da doença e deve ser realizada com rifampicina como 1a escolha.

Monografia-HMIB/2018 (Infectologia Pediátrica):Tratamento de Leishmaniose Visceral em lactentes Experiência de Hospital secundário do Distrito Federal

Monografia-HMIB/2018 (Infectologia Pediátrica):Tratamento de Leishmaniose Visceral em lactentes Experiência de Hospital secundário do Distrito Federal

Bruno Feitosa Santos.

A Leishmaniose, doença parasitária que no Brasil é causada por Leishmania chagasi, tem importante impacto em termos de morbidade e mortalidade. A forma visceral pode levar o paciente a óbito, se não for corretamente diagnosticada e medicada, podendo apresentar recidiva até um ano após tratada. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda o uso de Anfotericina B lipossomal como primeira escolha para o tratamento em crianças menores de um ano pelo mau prognóstico para esta idade. Objetivo: Descrever a experiência do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) no tratamento de lactentes. Material e método: Série de 41 casos internados de outubro de 2009 a dezembro de 2017, incluídos todos os pacientes com até 2 anos de vida e excluídos os pacientes com imunodeficiências congênitas ou adquiridas. Dezenove casos concluíram tratamento com Antimoniato de Meglumina e 22, com Anfotericina B lipossomal. Conclusões: Na amostra, o Z-Escore de peso para idade não teve impacto prognóstico. Falha ao tratamento, recidiva ou óbito só ocorreram no grupo tratado com Anfotericina. Não houve efeitos adversos com uso do antimonial pentavalente, mesmo em doses mais elevadas ou duração mais prolongada de tratamento.

Monografia/HMIB-2018 (Endoscopia Ginecológica):Correlação entre clínica e histopatologia de pólipos endometriais em mulheres pós menopausa

Monografia/HMIB-2018 (Endoscopia Ginecológica):Correlação entre clínica e histopatologia de pólipos endometriais em mulheres pós menopausa

Sarah Liz Lages Machado.

INTRODUÇÃO:  O câncer de endométrio é a sexta neoplasia mais prevalente entre as mulheres no mundo. A estimativa, para o biênio 2017/2018, é de 6.600 casos novos dessa condição, com um risco estimado de 5,54 casos a cada 100 mil mulheres. Por ser um câncer com significativa prevalência no Brasil, este estudo pretende correlacionar a clínica com a histopatologia dos pólipos endometriais.

OBJETIVOS: Estimar a frequência de lesões malignas diagnosticadas por histeroscopias em pacientes menopausadas, relacionar a clínica com a histopatologia dos pólipos endometriais e determinar os fatores de risco para o câncer de endométrio e caracterizar o perfil das pacientes com pólipos endometriais malignos na pós-menopausa.

MÉTODOS: Estudo do tipo transversal, retrospectivo e descritivo, no serviço de Reprodução Humana (RH) do HMIB, onde são referenciadas pacientes com endométrio espessado à ultrassonografia e sangramento vaginal pós-menopausa. Revisou-se prontuários de 186 pacientes menopausadas que foram submetidas a histeroscopias no serviço, no período de janeiro de 2015 a julho de 2017. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, tipo de parto, tabagismo, uso de Terapia Hormonal, Índice de Massa Corpórea, espessura endometrial, sangramento vaginal, achados histeroscópicos, resultado histopatológico.

RESULTADOS: A média e a mediana das pacientes analisadas no trabalho foram de 63,3 anos (44 – 89) e 62 anos, respectivamente. A média de idade de mulheres que apresentaram probabilidade de desenvolver câncer de endométrio (lesões pré-malignas e malignas) foi de 64 anos. Pacientes nuligestas possuíam maior risco de desenvolver lesões pré-malignas e malignas. Quanto menor o número de partos normais, maior probabilidade de desenvolver câncer de endométrio. A maioria das mulheres avaliadas possuíam IMC superior a 30. A média da espessura endometrial foi de 11 mm em ambos os grupos (11,93 mm para lesões benignas e 11,83 mm para lesões malignas). Não foi encontrada associação significativa com a presença de lesões pré-malignas e malignas. Todas as pacientes com diagnóstico de câncer de endométrio no histopatológico apresentaram sangramento uterino anormal pós-menopausa. Mulheres tabagistas apresentaram maior percentual no grupo de lesões pré-malignas e malignas (28,57%). Paciente com  laudo descritivo do exame histeroscópico de características malignas não possuiu maior probabilidade de apresentar câncer de endométrio no laudo histopatológico (2,41%). Metade das pacientes não foram biopsiadas (50,54%).  Este acontecimento se deve ao fato de que durante a realização da histeroscopia não foram detectadas patologias suspeitas que justifiquem a realização de biópsia ou não foi possível realizar o procedimento (atrofia endometrial ou estenose de colo uterino).  No entanto, dentre as pacientes biopsiadas, observou-se lesões malignas em 6 delas (3,22%).

CONCLUSÃO: Concluir que a presença de lesões pré-malignas e malignas em pólipos endometriais varia de acordo com o subgrupo analisado, sendo mais frequente nas pacientes com idade ≥ 60 anos, com sangramento uterino anormal pós-menopausa, nuligestas, obesas e tabagistas. Com isso, uma abordagem efetiva e individualizada, capaz de diagnosticar o mais precocemente possível e assim encaminhar a paciente ao tratamento adequado é, portanto, o mais recomendável, considerando a associação da malignidade da lesão endometrial com fatores clínicos.

Monografia-HMIB-2018(Alergia e Imunologia):Anafilaxia: conhecimento médico sobre o diagnóstico e manejo clínico. Estudo com pediatras e residentes em pediatria de dois hospitais de Brasília – DF

Monografia-HMIB-2018(Alergia e Imunologia):Anafilaxia: conhecimento médico sobre o diagnóstico e manejo clínico. Estudo com pediatras e residentes em pediatria de dois hospitais de Brasília – DF

Haline Freitas Berbet.

 

Introdução: A anafilaxia é definida como uma reação sistêmica grave, de início rápido e que pode levar ao óbito, onde há comprometimento de um ou mais sistemas, associado ou não a envolvimento cutâneo. Sua verdadeira incidência ainda é desconhecida. O diagnóstico é eminentemente clínico, e segue os critérios da World Allergy Organization (WAO).O tratamento possui três pilares principais: administração rápida de adrenalina, decúbito dorsal com membros inferiores elevados e manutenção adequada da volemia. A droga de primeira escolha é a adrenalina intramuscular.

Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento médico de pediatras e residentes de pediatria dos principais serviços de emergência pediátrica do Distrito Federal (HMIB e HRT), bem como determinar as diferenças de respostas e erros em cada categoria.

Resultados: Foram avaliados 27 médicos assistentes e 36 residentes em pediatria. Praticamente todos os entrevistados desconhecem a anafilaxia induzida pelo exercício, cerca de 1/3 dos médicos erraram na forma de administração de adrenalina, uma parcela significativa dos médicos prescreveram adrenalina para tratamento de urticária, sem critérios para anafilaxia e apenas 6,4% dos entrevistados tinham conhecimento do glucagon como medicação de primeira escolha nos casos de pacientes em uso de betabloqueador. Poucos pediatras (30%) responderam que forneceriam receita de adrenalina autoinjetável.

Conclusão: Apesar dos esforços, ainda percebe-se que, em geral, os pediatras desconhecem o diagnóstico e manejo clínico correto da anafilaxia, fazendo-se necessário uma atualização das equipes.