Monografia-HMIB/2018 (Pediatria):Rotina para diagnóstico e tratamento de meningite e meningoencefalite na Emergência Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Monografia-HMIB/2018 (Pediatria):Rotina para diagnóstico e tratamento de meningite e meningoencefalite na Emergência Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília

Amanda Dias Cardoso Viana.

A meningite e as meningoencefalites são infecções agudas do sistema nervoso central que requerem diagnóstico e tratamento imediato, por seu potencial de gravidade.Por isso torna-se imprescindível elaborar uma rotina de atendimento na emergência pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (uma das referências do Distrito federal. Os agentes etiológicos variam de acordo com a faixa etária. Geralmente crianças menores de um ano apresentam manifestações clínicas inespecíficas e os maiores sintomas clássicos:alteração neurológica, convulsões, vômitos, sinais de irritação meníngea.

O principal método diagnóstico é através da punção lombar, para a análise do líquido cefaloraquidiano (CSF), que deve ser avaliado quanto a bioquímica, bacterioscopia e celularidade colhido cultura (padrão ouro). Nos casos de suspeita de agentes virais pode-se solicitar PCR(reação em cadeia de polimerase) do líquor para auxílio diagnóstico.

Após a suspeita clínica de meningite, deve-se iniciar antibioticoterapia precoce (na primeira hora). O fármaco escolhido de acordo com a faixa etária pediátrica e deve ultrapassar a barreira hematoencefálica, sendo de primeira escolha as cefalosporinas de terceira geração. A corticoterapia com dexametasona está indicada em meningites causadas pelos agentes etiológicos pneumococo e haemophilus. A quimioprofilaxia é indicada para contactantes íntimos do portador da doença e deve ser realizada com rifampicina como 1a escolha.