Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Lorena Borges Queiroz.

O afogamento é uma das principais causas de acidentes na infância, constituindo-se em um importante e grave problema de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico das crianças vítimas de afogamento atendidas pela Unidade de Terapia
Intensiva de um Hospital público no Distrito Federal – Brasil. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir de prontuários clínicos, que avaliou o período de 2008 a 2017. 62,5% das vítimas eram do sexo masculino e a idade média dos pacientes é de 3,96 ± 3,82 anos. O tempo médio de internação total é de 27,8 ± 40 dias e de 14,9 ± 22,9 dias para internações na UTI. Os dias com maior registro de ocorrência foram o sábado (29,1%) e o domingo (29,1%). O local mais comum para a ocorrência do acidente foi o domicílio da vítima (70%), sendo a piscina a estrutura física mais comumente envolvida (66,7%). O tempo médio de submersão foi 5,6 ± 3,6 minutos e o tempo médio para o primeiro atendimento foi 8,5 ± 5,5 minutos. A primeira assistência prestada às vítimas foi feita principalmente pelos familiares (68,7%). O tipo de transporte mais utilizado foi o terrestre (75%). A complicação mais frequente foi a parada cardiorrespiratória (11 pacientes). Um percentual de 29,2% dos pacientes foi a óbito e 25% evoluiu com sequelas neurológicas. O conhecimento desses dados pode fornecer subsídios para a melhoria do atendimento às crianças vítimas de afogamento, além de fomentar estratégias para redução desse agravo.