Categoria: Enfermagem Neonatal

Posicionamento: Promovendo a flexão e Evitando a extensão

Posicionamento: Promovendo a flexão e Evitando a extensão

Coughlin M, Lohman Mb, Gibbins S. Newborn & Infant Nursing Reviews 2010; 10; 104-106

 Reliability and Effectiveness of an Infant Positioning Assessment Tool …

Realizado por Paulo R. Margotto

DOI: https://doi.org/10.1053/j.nainr.2010.03.003

Durante os cuidados de rotina, deve ser ressaltada a necessidade de que as  crianças prematuras sejam contidas e posicionados em flexão, como uma manobra de proteção, a fim de reduzir a atividade motora excessiva.

Promover a flexão e evitar a extensão; manter a posição da cabeça na linha média por 72 horas para o RN de muito baixo peso (colocar o queixo no ombro pode abstrair fluxo sanguíneo da circulação cerebral, contribuindo com a EHI, além de ser desconfortável).

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Ludmylla de Oliviera Beleza, Laiane Medeiros Ribeiro, Rayanne Augusta Parente Paula, Laíse Escalianti Del Alamo Guarda, Gessica Borges Vieira, Kassandra Silva Falcão Costa.

Objetivo: analisar o perfil de coorte dos recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em Ambulatório de Seguimento Multidisciplinar, com destaque ao tipo de alimentação e ao ganho ponderal, após a alta hospitalar. Método: coorte retrospectiva, população composta por recém‑nascidos de risco atendidos em período de 4 anos, dados procedentes de prontuário e relatório de atendimento, posteriormente exportados para o Programa R. As variáveis de desfecho foram: número da consulta com o enfermeiro, tipo de alimentação, ganho diário de peso e principais orientações. Houve a realização de estatística descritiva, distribuição de frequências e aplicação dos testes Mann-Whitney, Qui-Quadrado, Correlação de Spearman, Análise de Variância e Tukey, sendo significativo p<0,05. Resultados: foram analisados 882 atendimentos com 629 bebês e famílias. As frequências do aleitamento materno exclusivo e do ganho ponderal foram
aumentando com o passar das consultas. Os bebês que necessitaram de mais consultas e com menor ganho ponderal foram os com menores idade gestacional (p=0,001) e peso de nascimento (p=0,000), maior tempo de internação (p<0,005) e que possuíam diagnósticos relacionados à prematuridade extrema (p<0,05), dentre outros. Conclusão: verificou-se a importância do acompanhamento ambulatorial de recém-nascidos de risco pelo enfermeiro, especialmente na promoção do aleitamento materno e do crescimento saudável.

Coleta de sangue na mãozinha! Por quê?

Coleta de sangue na mãozinha! Por quê?

Paulo R. Margotto.

Segundo Anand há 3 estudos evidenciando que os bebês têm um limiar mais alta de dor nas extremidades superiores em comparação com as extremidades inferiores, porque as fibras inibitórias descendentes alcançaram a porção cervical da coluna dorsal e ainda tem que crescer para a porção lombar. Assim, existem diferentes  níveis de dor (muito mais dor será produzida nas extremidades inferiores que nos braços e mãos).

Manejo da dor nos recém-nascidos

Manejo da dor nos recém-nascidos

Pain management in newborns.Hall RW, Anand KJ.Clin Perinatol. 2014 Dec;41(4):895-924. doi: 10.1016/j.clp.2014.08.010. Epub 2014 Oct 7. Review.PMID:25459780.Free PMC Article.Similar articles. Artigo Livre.

Apresentação Deyse Costa, R4 de Neonatologia (HMIB/SES/DF). Coordenação : Doutora Miza Vidigal

A prática atual exige que a equipe médica e de enfermagem faça uma avaliação global da dor em neonatos ou aplique métodos validados de pontuação de dor antes de tomar as ações apropriadas para melhorar a dor ou o desconforto do recém-nascido. A adoção de um método objetivo de avaliação da dor aumenta muito a qualidade do tratamento da dor em UTINs, evitando a dor não tratada ou a analgesia excessiva. Talvez o método mais eficaz para eliminar a dor neonatal seja reduzir o número de procedimentos realizados. As UTINs e os Berçários de recém-nascidos devem desenvolver políticas que limitem o manuseio e os procedimentos invasivos, sem comprometer o cuidado dos bebês. O uso de terapias não farmacológicas (são seguras e eficazes) é frequentemente recomendado como o primeiro passo no tratamento da dor neonatal. Nos RN ventilados não se recomenda o uso profilático  rotineiro de opióides (fentanil) em infusões contínuas, principalmente em RN entre 24-26 semanas e com hipotensão prévia. Nos complementos (links) discutimos o uso de Ketamina na Neonatologia (o seu uso deve ser evitado; por atuar como antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato [NMDA]) durante o período fetal tardio ou neonatal precoce pode iniciar uma ampla neurodegeneração apoptótica no cérebro);uso da Dexmedetomidina (mostrou-se eficaz na sedação de prematuro e a RN a termo sem efeitos adversos); Síndrome de abstinência:o uso de metadona associou-se independentemente a um menor tempo de internação (redução de 15 a 20%); UTI Neonatal : barulhenta, dolorosa e estressante (Segundo Lawhon, temos apenas um único cérebro durante toda a vida; todas as experiências são importantes; O crescimento cerebral depende de experiência.; a experiência do bebe cujo cérebro está  se desenvolvimento na UTI será afetado pela qualidade do atendimento e do cuidado, do  manuseio que fazemos). Devemos considerar a UTI Neonatal como uma Sala de Intenso Desenvolvimento Cerebral (o cérebro pode ser particularmente vulnerável a excitação e superestimulação induzida pela dor que podem resultar em danos neuronais durante um período em que as redes neurais são conexões altamente imaturas). Encerro citando Linda Hatfield, 2014: Experiências dolorosas são capazes de reescrever o cérebro do adulto

Dor neonatal e redução do cuidado materno: estressores precoces que interagem para impactar o desenvolvimento cerebral e comportamental

Dor neonatal e redução do cuidado materno: estressores precoces que interagem para impactar o desenvolvimento cerebral e comportamental

Neonatal pain and reduced maternal care: Early-life stressors interacting to impact brain and behavioral development.Mooney-Leber SM, Brummelte S.Neuroscience. 2017 Feb 7;342:21-36. doi: 10.1016/j.neuroscience.2016.05.001. Epub 2016 May 7. Review.PMID: 27167085.Similar articles.

Apresentação: Lara Ramos Pereira (R4 em Neonatologia do HMIB/SES/DF).

Coordenação: Miza Vidigal.

As  maturações da maturação cerebral observadas em prematuros em múltiplas fases de desenvolvimento podem se manifestar como deficiências cognitivas e alterações comportamentais (ansiedade / depressão) visto em prematuros mais tarde na vida. Além da própria prematuridade, estressores na UTI Neonatal podem alterar a maturação cerebral nesses recém-nascidos (RN), como dor neonatal, diminuição do cuidado materno, alteração de estimulação luminosa, ventilação mecânica, procedimentos de enfermagem e tratamentos médicos. Curiosamente, estudos animais anteriores mostraram o cuidado materno como um potencial papel modulatório de estresse da dor neonatal. Ambas as dor neonatal e redução dos cuidados maternos promovem uma exarcebação  da ativação do eixo HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-ADRENAL (HHA), podendo inclusive reprogramá-lo com alterações na secreção de glicocorticoide e ACTH! Um maior número de procedimentos dolorosos foram associados com redução de maturação da massa branca e cinzenta em prematuros comparados com RN a termo em idade gestacional equivalente. Um maior número de estressores, incluindo procedimentos dolorosos, foi associado com diminuição da largura do lobo frontal e parietal do cérebro, medidas de difusão alteradas e conectividade funcional nos lobos temporais, e anormalidades no comportamento motor  e neurocomportamentais no exame de recém-nascidos prematuros. E também: a dor neonatal se associou ao comprometimento do desenvolvimento do trato corticoespinhal dos pré-termo e diminuição do perímetro cefálico, diminuição da espessura cortical nos lobos parietal e frontal, assim como nos volumes cerebelares e também  alterações na ritmicidade cortical! E mais: a dor neonatal pode levar a morte de neurônios jovens (mecanismo: especula-se que a alta estimulação de neurônios fisiologicamente imaturos pode levar a hipe restimulação e dano excitotóxico). Uma maneira de aumentar o cuidado materno na UTIN é a Posição Canguru que funciona como um analgésico não farmacológico para os neonatos e está relacionado a resultados positivos que vão desde desenvolvimento cerebral típico a um melhor desenvolvimento cognitivo. Adolescentes ex-prematuros que receberam Cuidado Canguru apresentaram menor latência de potencial evocado motor, e tempo de transferência inter-hemisféricos mais rápidos durante a estimulação magnética transcraniana, sugerindo longa duração de melhorias da conectividade do cérebro após o Canguru. Portanto A PRESENÇA MATERNA E O TOQUE SÃO BENÉFICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS PREMATUROS. Devemos sempre propiciar e sermos facilitadores desta interação!

A experiência de amamentação em crianças com hérnia diafragmática congênita ou atresia de esôfago

A experiência de amamentação em crianças com hérnia diafragmática congênita ou atresia de esôfago

The experience of breastfeeding infants affected by congenital diaphragmatic hernia or esophageal atresia.Salvatori G, Foligno S, Massoud M, Piersigilli F, Bagolan P, Dotta A.Ital J Pediatr. 2018 Jul 3;44(1):75. doi: 10.1186/s13052-018-0509-6.PMID: 29970173.Free PMC Article.Similar articles. Artigo Livre!

Apresentação: Letícia Rodrigues de Moraes,R4 em Neonatologia do HMIB/SES/DF. Coordenação: Carlos Alberto Zaconeta.

A porcentagem de aleitamento materno exclusivo e complementar para crianças operadas para  atresia de esôfago (EA) e  hérnia diafragmática congênita (CDH) é baixa tanto durante a internação quanto após a alta hospitalar.  Estas taxas permanecem baixas após três meses de vida. Crianças com EA são amamentadas em menor frequência em comparação com aqueles com CDH.As principais barreiras à amamentação provavelmente estão relacionadas à cirurgia e ao curso perioperatório. Esse estudo mostra que é necessário melhorar as taxas de amamentação em recém-nascidos submetidos a cirurgia para CDH e EA já durante a hospitalização.

  • Um benefício adicional poderia ser alcançado, acompanhando também a expansão da “iniciativa hospital amigo da criança, dez passos” criado pela OMS para as UTINs [11, 12, 21], onde os bebês são hospitalizados após a cirurgia.
  • Aconselhamento pré-natal adequado, uma sala dedicada para ordenha da mama, método canguru, treinamento de enfermeiros e médicos e supervisão de consultores de lactação com certificação internacional  deveriam ser considerados padrões para os hospitais. Os autores também acreditam que seria útil apoiar a amamentação após a alta, seja com visitas clínicas e por meio de chamadas telefônicas.