Mês: março 2021

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF):Perfil das crianças hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital Sentinela do Distrito Federal de 2017 a 2019

Fernanda Carolina Moreira Rocha. Orientador:  Dr. Felipe Teixeira de Mello Freitas.

Na pediatria, o VSR é o principal agente etiológico em crianças menores de 1 ano de idade com quadros respiratórios, o pico de infecção acontece entre janeiro e junho e está associado a alta morbidade nesse grupo. É comum que esses quadros evoluam de forma benigna, mas alguns terão complicações e necessitarão de suporte intensivo. No Brasil, o Ministério da Saúde criou, em 2000, a vigilância de vírus respiratórios nas Unidades Sentinelas para avaliar a demanda de atendimentos relacionados a esses agentes, e o HMIB faz parte dessa rede e contribui para esse levantamento de dados da vigilância epidemiológica. Diante da importância social e epidemiológica das infecções pelo VSR, é necessário compreender suas diferentes ondas epidêmicas e estabelecer medidas que promovam a prevenção e o tratamento de infecções por este agente. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo baseado na revisão de prontuários dos pacientes internados na UTIP do HMIB com SRAG entre 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019. Foram incluídos todos os pacientes com painel viral positivo para VSR, posteriormente os prontuários foram revistos em busca de informações complementares. De 2017 a 2019, 955 pacientes foram internados no HMIB por queixas respiratórias, destes 228 (24%) foram transferidos à UTIP. Foram coletados painéis virais de 209 crianças e 157 (75%) tiveram resultado positivo, dentre os quais o VSR foi detectado em 88 (56%). Seu pico de incidência foi entre janeiro e junho, os lactentes (46%) foram os mais afetados e 38% foram prematuros ao nascimento. A taxa de óbito foi de 7% durante o período estudado. Apesar de o VSR ser o agente que mais infecta a população pediátrica e por isso estar associado a uma alta morbidade, há poucos estudos sobre seu perfil clínico e socioeconômico. Em nosso estudo observamos congruência com os achados da literatura, os lactentes foram os mais afetados, o pico de sazonalidade ocorreu no verão e outono. Além disso, a taxa de óbito baixa foi próxima do encontrado em outros estudos. Esse levantamento de dados é importante para a gestão e acompanhamento da qualidade assistencial. Já é bem estabelecido o impacto da infecção pelo VSR na população pediátrica, suas repercussões clínicas e suas implicações sócio-econômicas a médio e longo prazo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. A vigilância das infecções respiratórias virais cresce cada vez mais e o desenvolvimento de novas terapêuticas especialmente profiláticas deve ser o foco de ação das instituições 

Instalação e Manutenção de Pressão Positiva das Vias Aérea Nasal (NCPAP) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a Sala de Reanimação (McGill, Canadá)

Instalação e Manutenção de Pressão Positiva das Vias Aérea Nasal (NCPAP) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a Sala de Reanimação (McGill, Canadá)

Guilherme Sant´Anna (McGill,Canadá)

           INDICAÇÕES PARA DESCONTINUAR NCPAP

 O principal determinante na decisão de implementar a estratégia de desmame é o status do paciente em tratamento.

  1. Bebês prematuros precisam estar em ar ambiente, não mostrando evidências de aumento do esforço respiratório, ter um bom ganho de peso sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores ao desmame. Além disso, taxas mais baixas de displasia broncopulmonar (DBP) foram documentadas quando NCPAP é deixado no local até que os prematuros estejam próximos de 32 semanas de idade gestacional pós-menstrual e em ar ambiente.
  2. Para os bebês prematuros que têm DBP e precisam de CPAP com bolha até 34-36 semanas de gestação, modo alternativo, como alto fluxo, precisa ser entretido para que a alimentação com mamadeira possa ser iniciada. Mesmo que os bebês em CPAP podem ser alimentados com mamadeira com sucesso, sem risco de aspiração.
  3. O método ideal de desmame de uma criança do CPAP permanece incerto. Poucas sugestões incluem
  • Desmame a FiO2 para 0,21 antes do desmame de CPAP (para reduzir o risco de exposição ao oxigênio em bebês prematuros.
  • Não é necessário diminuir as pressões abaixo de 5 cmH2O antes da remoção. Se a pressão for acima de 5 cmH2O, o nível precisa ser desmamado para 5 cmH2O antes do desmame.
  • Nos casos de ruptura do septo nasal, tente outros tipos de interface.
  • Não é necessário ligar ou desligar o CPAP, pois isso foi associado à piora dos resultados. Tentar desmamar o CPAP assim que o bebê for considerado pronto, dada a resolução do processo patológico inicial e a tolerância do bebê fora de CPAP durante o atendimento. O bebê permanecerá sem CPAP, a menos que retrações significativas, apneia, bradicardia e aumento da necessidade de oxigênio sejam observados. CPAP deve permanecer no leito por 24 horas até que o teste seja considerado bem-sucedido

 

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam em um bebê prematuro. Um Relato de Caso

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam em um bebê prematuro. Um Relato de Caso

Successful Treatment of Pandrugresistant Klebsiella pneumoniae Infection With Ceftazidimeavibactam in a Preterm Infant: A Case Report.Coskun Y, Atici S.Pediatr Infect Dis J. 2020 Sep;39(9):854-856. doi: 10.1097/INF.0000000000002807.PMID: 32804464. İstanbul, Turkey. E-mail: coskunyesim@yahoo.com. Realizado por Paulo R. Margotto.

Tratamento bem-sucedido de Infecção por Klebsiella pneumoniae resistente a Pandrogas por ceftazidima-avibactam (CAZ-AVI) em um bebê prematuro (relato de caso). Esses autores turcos  identificaram  K. pneumoniae resistente a pandrogas como uma infecção do trato urinário nosocomial em um bebê prematuro de 25 dias que nasceu com 27 semanas de gestação. CAZ-AVI foi administrada na dose de 50mg /kg / dose a cada 8 horas devido à idade dos pacientes e a terapia foi concluída em 10 dias totalmente. No terceiro dia de terapia, a cultura de urina estava estéril e o paciente estava clinicamente estável. Como efeito adverso, foi detectado glicosúria que desapareceu após a suspensão do tratamento (poderia ser causada por comprometimento reversível das funções tubulares renais devido ao tratamento)

Malformações Pulmonares Congênitas (Congenital lung malformations)

Malformações Pulmonares Congênitas (Congenital lung malformations)

Andrade CF, Ferreira HP, Fischer GB.J Bras Pneumol. 2011 Mar-Apr;37(2):259-71. doi: 10.1590/s1806-37132011000200017.PMID: 21537663 Free article. Review. English, Portuguese. Artigo Livre!

Apresentação: Laura Pereira Nishioka. Coordenação: Diogo Pedroso. Revisão e Complementação: Paulo R. Margotto.

As malformações congênitas do pulmão são raras e variam muito na sua forma de apresentação clínica e gravidade, dependendo principalmente do grau de envolvimento pulmonar e de sua localização na cavidade torácica. Elas podem se manifestar em qualquer idade e podem ser fonte de importante morbidade e mortalidade em lactentes e crianças. Os indivíduos com malformações congênitas do pulmão podem apresentar sintomas respiratórios ao nascimento, enquanto outros podem permanecer assintomáticos por longos períodos. Atualmente, com o uso rotineiro da ultrassonografia pré-natal, vem ocorrendo um aumento no diagnóstico mais precoce dessas malformações. A manifestação clínica dessas malformações varia desde uma disfunção respiratória pós-natal imediata a um achado acidental na radiografia de tórax. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato oferecem a possibilidade de um desenvolvimento pulmonar absolutamente normal. Quando assintomáticos, a conduta para o tratamento dos pacientes com malformações pulmonares ainda é controversa, uma vez que o prognóstico dessas afecções é imprevisível. O manejo dessas lesões depende do tipo de malformação e de sintomas. Devido ao risco de complicação, a maioria dos autores sugere a ressecção da lesão no momento em que essa é identificada. A lobectomia é o procedimento de escolha, fornecendo excelentes resultados a longo prazo. Este artigo descreve as principais malformações pulmonares congênitas, seu diagnóstico e controvérsias quanto o tratamento.

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Autora: Laura Pereira Nishioka. Orientadora: Dra. Paula de Oliveira Abdo

Com o presente estudo foi possível concluir que o perfil clínico dos pacientes com LRA internados na UTIP HMIB, em 2017, foi caracterizado por pacientes do sexo masculino, com uma média de idade de 38 meses, que foram admitidos com LRA já estabelecida, sendo o quadro séptico o principal causador dessa lesão renal. Tendo o conhecimento desse perfil, podemos melhorar a qualidade da assistência a esses pacientes não só na UTI, como também nos setores que recebem os pacientes inicialmente. É necessário que os médicos dos prontos atendimentos e enfermarias pediátricas também tenham conhecimento dos critérios de LRA e sua classificação pelo KDIGO, para que iniciem precocemente medidas de controle e tratamento a fim de diminuir o número de pacientes admitidos na UTI já com LRA estabelecida.

A melhora do manejo da LRA com consequente impacto positivo no prognóstico desses pacientes é um desafio mundial. O atual estudo também evidenciou a necessidade de melhorar as taxas de detecção da LRA pela UTI para garantir intervenções precoces e efetivas. Seria interessante expandir o período de observação do atual trabalho e, com isso, ter uma maior amostra de casos para solidificar hipóteses e expandir análises tendo sempre em vista a melhoria da assistência intensiva a esse perfil de pacientes.

 

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Autora:  Laura Pereira Nishioka.  Dra. Paula de Oliveira Abdo.

Com o presente estudo foi possível concluir que o perfil clínico dos pacientes com lesão renal aguda (LRA) internados na UTIP HMIB, em 2017, foi caracterizado por pacientes do sexo masculino, com uma média de idade de 38 meses, que foram admitidos com LRA já estabelecida, sendo o quadro séptico o principal causador dessa lesão renal. Tendo o conhecimento desse perfil, podemos melhorar a qualidade da assistência a esses pacientes não só na UTI, como também nos setores que recebem os pacientes inicialmente. É necessário que os médicos dos prontos atendimentos e enfermarias pediátricas também tenham conhecimento dos critérios de LRA e sua classificação pelo KDIGO, para que iniciem precocemente medidas de controle e tratamento a fim de diminuir o número de pacientes admitidos na UTI já com LRA estabelecida.

A melhora do manejo da LRA com consequente impacto positivo no prognóstico desses pacientes é um desafio mundial. O atual estudo também evidenciou a necessidade de melhorar as taxas de detecção da LRA pela UTI para garantir intervenções precoces e efetivas. Seria interessante expandir o período de observação do atual trabalho e, com isso, ter uma maior amostra de casos para solidificar hipóteses e expandir análises tendo sempre em vista a melhoria da assistência intensiva a esse perfil de pacientes.