Categoria: Artigos

Desordens Funcionais Gastrointestinais da Infância/Neonatos/Crianças pequenas

Desordens Funcionais Gastrointestinais da Infância/Neonatos/Crianças pequenas

Yanna Gadelha

A decisão de procurar o médico não acontece somente pelos sintomas da criança, mas também pelos medos dos pais. Assim, o médico não só precisa de dar o diagnóstico, mas também reconhecer o impacto dos sintomas nas emoções familiares. O manejo vai depender do assegurar com os pais uma aliança terapêutica.

  • Regurgitação em lactentes
  • Síndrome da ruminação dos lactentes
  • Síndrome dos vômitos cíclicos
  • Cólicas do lactente
  • Diarréia funcional
  • Disquesia do lactente
  • Constipação funcional
Um novo Icterômetro para Triagem de hiperbilirrubinemia em Cenários de baixo recurso

Um novo Icterômetro para Triagem de hiperbilirrubinemia em Cenários de baixo recurso

A Novel Icterometer for Hyperbilirubinemia Screening in Low-Resource Settings.Lee AC, Folger LV, Rahman M, Ahmed S, Bably NN, Schaeffer L, Whelan R, Panchal P, Rahman S, Roy AD, Baqui AH.Pediatrics. 2019 May;143(5). pii: e20182039. doi: 10.1542/peds.2018-2039. Epub 2019 Apr 5.PMID:30952779.Similar article.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Os autores frisam que nas  áreas com poucos recursos, a disponibilidade e custo da medição da bilirrubina sérica são obstáculos importantes para identificar recém-nascidos que necessitam encaminhamento e / ou fototerapia para o manejo da icterícia neonatal. A Bili-régua aborda várias limitações do icterômetro original de Gosset e tem excelente validade para identificar os diferentes limiares de hiperbilirrubinemia. A Bili-régua pode capacitar trabalhadores de saúde para mais rapidamente e com precisão identificar os bebês com hiperbilirubinemia e fornecer-lhes encaminhamento antecipado e / ou oportuno tratamento com fototerapia. Isto é o primeiro passo necessário para ajudar a reduzir mortalidade e morbidade relacionada hiperbilirrubinemia nas comunidades mais carentes.

 

POSTER: Defeitos na parede abdominal: um estudo de coorte retrospectivo

POSTER: Defeitos na parede abdominal: um estudo de coorte retrospectivo

Vítor de Castro Cabral, Thatiane G.G. Pereira, Marta David R. de Moura, Sandra Lúcia A de C. Lins. VI Encontro de Neonatologia- IV Simpósio Interdisciplinar de Atenção ao Prematuro, Gramado, 11 a 13 de abril de 2019.

A gastrosquise é a malformação de parede mais freqüente de desfecho grave, com elevado tempo de internação, necessidade de maior tempo para início de NPT e dieta enteral, além de elevada morbidade. O acometimento por sepse tardia se mostrou mais freqüente nos pacientes com gastrosquise, com um risco cerca de seis vezes maior que na onfalocele (OR=6,IC95%=1,9–18,5). Apesar de ocorrido mais óbitos em RN com onfalocele, essa diferença não foi estatisticamente significativa, essa condição se deve a Uma associação maior da onfalocele com outras malformações.

 

Discussão Clínica: Limite de viabilidade (Sessão de Anatomia Clínica); Útero artifical; Fungemia por Rhodotorula mucilaginosa; Citomegalovírus pelo leite materno nos pré-termo extremos

Discussão Clínica: Limite de viabilidade (Sessão de Anatomia Clínica); Útero artifical; Fungemia por Rhodotorula mucilaginosa; Citomegalovírus pelo leite materno nos pré-termo extremos

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Ludmylla de Oliviera Beleza, Laiane Medeiros Ribeiro, Rayanne Augusta Parente Paula, Laíse Escalianti Del Alamo Guarda, Gessica Borges Vieira, Kassandra Silva Falcão Costa.

Objetivo: analisar o perfil de coorte dos recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em Ambulatório de Seguimento Multidisciplinar, com destaque ao tipo de alimentação e ao ganho ponderal, após a alta hospitalar. Método: coorte retrospectiva, população composta por recém‑nascidos de risco atendidos em período de 4 anos, dados procedentes de prontuário e relatório de atendimento, posteriormente exportados para o Programa R. As variáveis de desfecho foram: número da consulta com o enfermeiro, tipo de alimentação, ganho diário de peso e principais orientações. Houve a realização de estatística descritiva, distribuição de frequências e aplicação dos testes Mann-Whitney, Qui-Quadrado, Correlação de Spearman, Análise de Variância e Tukey, sendo significativo p<0,05. Resultados: foram analisados 882 atendimentos com 629 bebês e famílias. As frequências do aleitamento materno exclusivo e do ganho ponderal foram
aumentando com o passar das consultas. Os bebês que necessitaram de mais consultas e com menor ganho ponderal foram os com menores idade gestacional (p=0,001) e peso de nascimento (p=0,000), maior tempo de internação (p<0,005) e que possuíam diagnósticos relacionados à prematuridade extrema (p<0,05), dentre outros. Conclusão: verificou-se a importância do acompanhamento ambulatorial de recém-nascidos de risco pelo enfermeiro, especialmente na promoção do aleitamento materno e do crescimento saudável.

Enterocolite necrosante: uma atualização (Necrotizing Enterocolitis: An Update)

Enterocolite necrosante: uma atualização (Necrotizing Enterocolitis: An Update)

Josef Neu, M.D.Neonatal Biochemistry, Nutritional and Gastrointestinal Development Laboratory
University of Florida.

11o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro, 20-6 a 23-6-2018

De um Neonatologista anônimo: “Então eu dou alguns dias antibióticos para os meus pacientes prematuros, o que isso importa se eu mudar os micróbios no trato gastrintestinal desde que eu poderia estar salvando a vida do bebê por tratamento de sepse não diagnosticada precoce”. Revisão retrospectiva de 50.261 neonatos em 127 UTINs da Califórnia mostraram uma variação de 40 vezes a prática de prescrição de antibióticos com taxa semelhante de infecção e mortalidade. O que significa isso? Significa  que uma parcela considerável do uso de antibióticos não é clara; em algumas UTINs, os antibióticos são usados em excesso O uso de ampicilina + gentamicina por 48 horas aumenta significativamente  as Proteobactérias. Há diferenças na microbiota entre recém-nascidos expostos e cujas mães foram expostas ao antibiótico, com predomínio de Proteobactérias  (elas aumentam antes das exarcebações do intestino inflamatório, tem elevado teor de lipopolissacarídeos [LPS]; são fortes estimuladoras de TLR4; E.coli, Klebsiella e Pseudomonas são representantes) em relação aos recém-nascidos não expostos aos antibióticos e cujas mães também não o foram, com predomínio de Firmicutes (os lactobacilos são uma classe comum dos Firmicutes;  tem alto teor de lipoteicóico na parede celular, mas baixos teores de LPS; tem excelente capacidade de produção de energia; produza butirato em grandes quantidades [ o butirato é um importante combustível para os colonócitos e importante para manutenção das oclusões de junções: se estas se romperem há a translocação bacteriana com produção de sepse tardia!]). Após o 4o-5o dia de uso de antibiótico (empírico), a enterocolite necrosante aumenta exponencialmente!O leite materno contem 105-6 bactérias/ml! Estas são destruídas pelo processo de pasteurização. Assim, mesmo a mãe tendo pequena quantidade de leite, ao misturar com o pasteurizado pode haver expansão de uma grande parte do microbioma após 4-8 horas. Buscamos os  inimigos e somos nós mesmos os inimigos! (além do uso, muitas vezes desnecessário do  antibiótico, ouso de bloqueador H2 aumenta as Proteobactérias). A nutrição enteral não causa enterocolite necrosante (ECN). No entanto, a nutrição parenteral associa-se a maior probabilidade de ECN. Grande estudo recente não demonstrou efeito do probiótico (1315 RN). O probiótico não tem diminuído a ECN nos RN<1000g! Precisamos de mais estudos esclarecedores.