Mês: dezembro 2019

Avaliação da Enfermagem da Hipertensão Intra-abdominal e Síndrome Compartimento Abdominal no recém-nascido

Avaliação da Enfermagem da Hipertensão Intra-abdominal e Síndrome Compartimento Abdominal no recém-nascido

Nursing Assessment of Intra-abdominal Hypertension and Abdominal Compartment Syndrome in the Neonate.Reitsma J, Schumacher B.Adv Neonatal Care. 2018 Feb;18(1):7-13. doi: 10.1097/ANC.0000000000000466. Review.PMID: 29373344.Similar articles.

Apresentação:Tatiane M Barcelos – R3 Neonatologia- HMIB/SES/DF
Coordenação: Carlos Zaconeta

Tanto hipertensão intra-abdominal  quanto síndrome compartimental abdominal ( acontecem em pacientes criticamente doentes.

Enfermagem ocupa posição crucial para avaliar fatores de risco, reconhecer sinais sutis e atuar como advogado a favor de intervenção.

As consequências da hipertensão intra-abdominal  e da síndrome compartimental  não reconhecidas podem ser desastrosas.

Sistema de monitorização de pressão intravesical pode ser a tendência para controle da pressão intra-abdominal em paciente criticamente doentes.

Enfermagem deve ser treinada sobre indicações, sinais e sintomas, e consequências de dessas duas condições.

Relação entre o tempo de clampeamento do cordão umbilical e incidência de Icterícia Neonatal e níveis de hematócrito em recém-nascidos a termo saudáveis

Relação entre o tempo de clampeamento do cordão umbilical e incidência de Icterícia Neonatal e níveis de hematócrito em recém-nascidos a termo saudáveis

Relationship between umbilical cord clamping time and incidence of Neonatal Jaundice and
hematocrit levels in healthy term newborns.Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo, São Paulo, v. 64, n,2, p. 88-92, mai./ago. 2019.https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.2.088disponível em: Relação entre o tempo de clampeamento do cordão umbilical …

Apresentação:Apresentação: Taynara  Leonel Bueno; Coordenação: Miza Vidigal

Não há associação significativa desse procedimento com hiperbilirrubinemia neonatal, sendo inclusive demonstrada vantagem do atraso do clampeamento do cordão umbilical em aloimunização pelos globos vermelhos, com aumento de hemoglobina ao nascer, maior atraso antes da primeira transfusão neonatal e uma diminuição de exsanguineotransfusão sem mais complicações neonatais devido à hiperbilirrubinemia (nos complementos)

Discussão Clínica: Resfriamento dos recém-nascidos que não preenchem os critérios de resfriamento: resultados a curto e longo prazo; Relato de 4 casos de doença metabólica óssea (DMO) da prematuridade; Hérnia diafragmática Congênita (HDC): onde e qual é a evidência; Hérnia diafragmática congênita, ainda um desafio (hipertensão pulmonar

Discussão Clínica: Resfriamento dos recém-nascidos que não preenchem os critérios de resfriamento: resultados a curto e longo prazo; Relato de 4 casos de doença metabólica óssea (DMO) da prematuridade; Hérnia diafragmática Congênita (HDC): onde e qual é a evidência; Hérnia diafragmática congênita, ainda um desafio (hipertensão pulmonar

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Púrpura Fulminans Neonatal – IMAGENS!

Púrpura Fulminans Neonatal – IMAGENS!

Paulo R. Margotto.

A púrpura fulminans (PF) neonatal consiste nas manifestações clínicas da deficiência da Proteína C (congênita ou adquirida), uma proteína da coagulação dependente da Vitamina K. A sua deficiência, causa um desequilíbrio entre os fatores pró e anticoagulação (ela inibe os fatores Va e VIIIa, dois fatores  importantes  na geração da trombina e por conseguinte de fibrina), resultando   em um EXCESSO DE COAGULAÇÃO, que causa trombose e subsequentemente, os sintomas  (púrpura fulminans, coagulação intravascular disseminada e trombose venosa e arterial). A atividade da Proteína C é aprimorada pela  proteína S. Portanto, a deficiência de proteína C ou S predispõe a diminuição da capacidade de reduzir a geração de trombina e um estado de  hipercoagulabilidade. Assim, a púrpura fulminans neonatal é um distúrbio trombofílico raro que se apresenta poucas horas após o nascimento e causa infarto hemorrágico rapidamente progressivo de pele no cenário de coagulação intravascular disseminada. As lesões de pele inicialmente aparecem em vermelho escuro e depois se tornam preto-púrpura e endurecidas. Elas podem ser confundidas inicialmente como hematomas, mas depois se tornam necróticas e gangrenadas, o que pode resultar em perda de extremidades. O nosso caso apresentou nível e Proteína C de 3% (normal: 70-140%) e lesão cerebral (hemorragia parenquimatosa), com óbito aos 19 dias de vida. A forma adquirida da deficiência da Proteína C se deve à sepse ou aumento do consumo (por exemplo, trombose venosa aguda, anticorpos antifosfolípides, circulação extracorpórea) ou diminuição da síntese (por exemplo, disfunção hepática grave, galactosemia, doença congênita grave doença cardíaca, terapia com warfarina). E importante saber que a warfarina é um inibidor da Vitamina K e pode piorar a situação!No diagnóstico, além da história familiar, os exames laboratoriais podem mostrar aumento de d-dímero, tempos de coagulação alargados, plaquetopenia, hipofibrinogenemia e proteína C indetectável. Púrpura Fulminans é uma EMERGÊNCIA HEMATOLÓGICA, sendo obrigatório o reconhecimento e o início precoce do tratamento para evitar complicações. O diagnóstico precoce e o pronto gerenciamento são cruciais para evitar complicações e melhorar a morbidade e a mortalidade, razões pelas quais trouxemos várias imagens da púrpura fulminans neonatal (vale a pena conferir). O tratamento imediato é a transfusão de plasma fresco congelado para substituir pró-coagulantes e anticoagulantes que foram consumidos (o principal objetivo da transfusão de plasma fresco congelado é substituir a proteína C e a proteína S que estão severamente deficientes). No caso de deficiência congênita de proteína C, plasma fresco até estar disponível o concentrado de proteína C (CEPROTIN); Não existe concentrado de Proteína S. Torna-se necessário ampliar o conhecimento sobre tal condição raramente diagnosticada, visando melhorar a assistência dessas famílias e ampliar o acesso às terapias de reposição.

Diagnóstico e manejo da púrpura fulminans neonatal

Diagnóstico e manejo da púrpura fulminans neonatal

Diagnosis and management of neonatal purpura fulminans. Price VE, Ledingham DL, Krümpel A, Chan AK.Semin Fetal Neonatal Med. 2011 Dec;16(6):318-22. doi: 10.1016/j.siny.2011.07.009. Epub 2011 Aug 11. Review.PMID: 21839696. Similar articles.

Apresentação:Tatiana Santos Rodrigues. Médica Residente  de Medicina Intensiva Pediátrica do HMIB/SES/DF.Coordenação: Nathalia Bardal.

  • Púrpura fulminans, etiologia congênita ou adquirida, é altamente ameaçadora a vida. Felizmente, é rara.
  • Reconhecimento precoce é essencial, terapia de reposição criteriosa pode reduzir morbidade e mortalidade;

E necessário ampliar o conhecimento sobre tal condição raramente diagnosticada, visando melhorar a assistência dessas famílias e ampliar o acesso às terapias de reposição

Púrpura fulminans adquirida versos congênita: Relato de caso e revisão da literatura

Púrpura fulminans adquirida versos congênita: Relato de caso e revisão da literatura

Acquired Versus Congenital Neonatal Purpura Fulminans: A Case Report and Literature Review.Findley T, Patel M, Chapman J, Brown D, Duncan AF.J Pediatr Hematol Oncol. 2018 Nov;40(8):625-627. doi: 10.1097/MPH.0000000000001150. Review.PMID: 29683961. Similar articles.Houston, Estados Unidos.

Realizado por Paulo R. Margotto.

A púrpura fulminans neonatal é um distúrbio com risco de vida causado por deficiências congênitas ou adquiridas da proteína C (PC) ou S (PS). A PF apresenta-se como manifestação cutânea de disseminação coagulação intravascular. Descrevemos um caso de PF em um recém-nascido com isquemia da perna esquerda e níveis indetectáveis da PC logo após o nascimento. Apesar da terapia de anticoagulação e do concentrado de PC, foi necessária a amputação do pé esquerdo. Teste genético de PROC para a deficiência da PC foi normal.

Púrpura fulminans neonatal, um distúrbio genético raro devido a deficiência da Proteína C: relato de caso

Púrpura fulminans neonatal, um distúrbio genético raro devido a deficiência da Proteína C: relato de caso

Neonatal Purpura Fulminans, a rare genetic disorder due to protein C deficiency: A case report.Irfan Kazi SG, Siddiqui E, Habib I, Tabassum S, Afzal B, Khan IQ. J Pak Med Assoc. 2018 Mar;68(3):463-465. PMID: 2954088.  Free Article. Similar articles. Artigo Livre! Karachi, Paquistão.

Realizado por Paulo R. Margotto

A Púrpura Fulminans neonatal é um distúrbio raro e fatal associado à hemorragia perivascular e coagulação intravascular disseminada. O reconhecimento clínico precoce, a investigação oportuna e o tratamento são de extrema importância. Um menino de 6 dias foi levado à Emergência com úlceras negras em todo o corpo. Inicialmente, eles estavam sobre os pés e no couro cabeludo, mas depois apareceram no abdômen. No exame, a criança era vitalmente estável, levemente ictérica e apresentava múltiplas lesões bolhosas grandes e eritematosas enegrecidas no couro cabeludo, abdome inferior, períneo, costas e solas dos pés. Reflexos neonatais e exame sistêmico eram normais. As investigações laboratoriais mostraram níveis normais de CBC, PT / APTT e proteína S, enquanto os níveis da proteína C e antitrombina III estavam baixos. A Púrpura Fulminans neonatal é uma condição com risco de vida e a triagem familiar também é obrigatória para o reconhecimento precoce da doença nos irmãos.

GERENCIAMENTO DO USO DE ANTIBIÓTICOS NA UTI NEONATAL

GERENCIAMENTO DO USO DE ANTIBIÓTICOS NA UTI NEONATAL

Lisa Saiman (EUA). 22º Simpósio Internacional de Neonatologia do Santa Joana, São Paulo, 11-14 de setembro de 2019. Realizado por Paulo R. Margotto.

Desde os anos 80 ocorre aumento das taxas de resistências, segundo dados provenientes do Center for  Disease Control (CDC) dos Estados Unidos. Há 15 anos, a Sociedade de Doenças Infecciosas (IDSA) publicou: micróbios ruins sem medicamentos, tentando mostrar o conceito de resistência aos antimicrobianos, agora uma crise de saúde pública verdadeira. A Organização Mundial de Saúde em 2014 publicou relatório dizendo que “O problema é tão sério que ameaça a realização da medicina moderna. A era do pós-antibiótico em que infecções comuns e pequenas podem matar; não sendo uma fantasia apocalíptica, isso pode ser uma verdade no século 21. Enquanto antibióticos salvam vidas, pode haver consequências adversas. A resistência aos antibióticos é um problema muito caro associado com custos de saúde muito altos. Entre os efeitos adversos: enterocolite necrosante, candidemia e aumento da mortalidade; há uma taxa maior de nefrotoxicidade e ototoxicidade e consequências sobre o microbioma; a curto prazo há um impacto na nutrição, na imunidade e risco de infecção e a logo prazo, risco aumentado de distúrbios do espectro autismo, alergia, asma, obesidade ansiedade e depressão. As estratégias baseadas em evidências demonstraram que o gerenciamento antimicrobiano melhora o uso apropriado de antibióticos. É uma prioridade internacional. A primeira é a EDUCAÇÃO. Educando os nossos colegas que fazem a prescrição, mostrando que é importante usar o antibiótico com cuidado. Outra estratégia: restrição do uso, através do formulário. O Neonatologista precisa ter permissão de usar uma cefalosporina de terceira geração ou vancomicina ou carbapenêmico. O processo que temos para a aprovação no nosso Hospital é que o Infectologista treinado em Gerenciamento de Antimicrobianos ou Farmacêutico Clínico dê a aprovação. A pré-aprovação limita o uso de antibióticos de amplo espectro e também reduz os custos e isso sem eventos adversos para os pacientes. O outro é auditoria prospectiva e feedback: é uma estratégia que dá muito trabalho. O nosso farmacêutico clínico ou médico fica interagindo diretamente com quem está prescrevendo o antibiótico para melhor o uso do antimicrobiano. Outras estratégias foi o desenvolvimento de  diretrizes clínicas, com base em evidência. O gerenciamento de antibiótico esta se tornando medida regulatória de qualidade. A Acreditação Hospitalar busca as evidências dessas coletas de dados. Primeiro, o antibiótico só pode ser usado mediante indicação. Isso melhora a transição do cuidado de uma equipe para outra e facilita a revisão em tempo real do uso do antibiótico. Rever o uso do antibiótico após de 72 horas: para refletir a razão de ter prescrito o antibiótico e se você deve continuar, modificar ou interromper. Outra estratégia: revisão de todos os resultados dos exames de sangue, com uma meta de garantir terapia otimizada ou  descontinuar a terapia se não for mais necessária.Com o uso dessas estratégias, houve melhora na prescrição adequada do antimicrobiano adequado, houve diminuição do uso de antimicrobiano de 22-36%, aumentou cura clínica, reduziu a resistência, reduziu desfechos adversos, como por exemplo, toxicidade, redução significativa dos gastos farmacêuticos e o mais importante, nenhum estudo relatou prejuízos com os programas de gerenciamento de antibióticos. A maior parte do uso de antibióticos na UTI Neonatal é EMPÍRICA (95% das culturas são estéreis! E apesar disso, continuam co antibiótico por mais 5 dias!). O uso de antibiótico variou de forma geral em 40 vezes entre as UTI Neonatais (algumas UTI só tinham 2,4% de uso de antibióticos e outras, 97%!). Não havia diferenças de gravidade das doenças entre os Centros! O uso do antibiótico refletiu mais práticas locais dos Serviços (alguns líderes de opiniões em algumas UTIs que decidiam as terapias). Concluindo dizendo que espera tê-los convencido de que vocês precisam obter a aprovação de todas as partes interessadas desde o princípio, fazer uma revisão das práticas com base na evidência, mas é preciso desenvolver Diretrizes locais, coletar dados e provê feedback. Lembre que a variabilidade de condutas pode estar ao nosso favor (DISCUTAM E CHEGUEM A UM CONSENSO). Se vocês conseguirem pensar em uma atividade de gerenciamento de antimicrobianos que é viável de ser implementada na sua UTI, continuem pensando nessa possibilidade. É muito interessante!