Mês: maio 2021

DIRETO AO PONTO -Respostas a questionamentos: Uso de Fatores Estimulantes de Colônia em recém-nascidos neutropênicos de mães com pré-eclâmpsia e neutropênicos com sepse

DIRETO AO PONTO -Respostas a questionamentos: Uso de Fatores Estimulantes de Colônia em recém-nascidos neutropênicos de mães com pré-eclâmpsia e neutropênicos com sepse

Paulo . Margotto.

Na Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF não temos usado fatores estimuladores de colônia de granulócitos recombinante (G-CSF)  nos bebês de mães com pré-eclâmpsia que apresentam neutropenia e inclusive na sepse neonatal-

CONVITE: LANÇAMENTO DO LIVRO NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL, 2a EDIÇÃO, 2021 (13/52021 – ÀS 17 HORAS)

CONVITE: LANÇAMENTO DO LIVRO NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL, 2a EDIÇÃO, 2021 (13/52021 – ÀS 17 HORAS)

Marta David Rocha de Moura (Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde-ESCS) e Sandra Lins (Chefe da Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF e UTI Neonatal do Hospital Santa Lúcia).

Faremos uma live com o Dr. Paulo Margotto para o LANÇAMENTO DO LIVRO: NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL, 2a Edição, 2021,aqui no Perfil do IPN no Instagram: https://instagram.com/ipnprm?igshid=15nl51raew07i

Dr. Paulo Margotto é um exemplo de profissional e sua dedicação ao compartilhamento do ensino em Neonatologia fez nascer este Instituto, que leva o seu nome.

Além disso, faremos uma breve discussão da importância do neonatologista na realização das ultrassonografias cranianas na UTI Neonatal e contaremos com a participação da Dra. Marta Rocha,  Dra. Sandra Lins e Dr. Gabriel Variane (SP)

Os seguidores que estiverem presentes na live ganharão o livro do Dr. Paulo GRATUITAMENTE em PDF.

Não perca essa oportunidade! Esperamos vocês!

#InstitutoDePesquisasEmNeonatologia #PauloRobertoMargotto #IPN #Neonatologia #Neonatal #Medicina #Pesquisa #Estudo #Capacitação #Curso #UTIN

Para a aquisição do livro físico, entrar em contato com o Dr. Paulo R. Margotto pelo Whatsapp 61- 999868953

 Link:

https://drive.google.com/file/d/1TFKcSNe7-YKXuFKIZOAHgzhT1lhsFPAU/view?usp=sharing

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: Lesões ultrassonográficas na Infecção por Herpes simples

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: Lesões ultrassonográficas na Infecção por Herpes simples

Paulo R. Margotto.

Recém-nascido (RN) do dia 1/4/2021, cesariana (DPP e suspeita de corioamnionite), sem rotura prematura de membranas, 30 sem 1 dia, 1215g, Apgar 8/9, microcefalia. Não foi solicitado exame histológico da placenta. Ao nascer, lesões erosivas e bolhosas, com suspeita de epidermólise, mas não se confirmou, pois as lesões evoluíram para a melhora completa. A sorologia para toxoplasmose mostrou IgM positiva e iniciado o tratamento específico, fundo de olho evidenciou corrioretinite. A tomografia de crânio mostrou calcificações difusas e atrofia cerebral. As sorologias posteriormente repetidas excluíram toxoplasmose congênita. Assim, outras sorologias foram realizadas mostrando não reagentes para CMV, Zika vírus, Chikungua, Rubéola e Dengue. Aos 6 dias de vida apareceram lesões vesiculares na mão direita, similares a de herpes (foto) Aos 23 dias de vida a sorologia para Herpes 1 e 2 e tanto o RN quanto a mãe tiveram resultados reagentes (IgM e IgG). LCR (hemorrágico-1007 hemácias). Com isso, iniciado tratamento com Aciclovir aos 26 dias de vida. Quanto à lesão ocular, RN fez uso 7 dias de Prednisolona, evoluindo com sinais de coriorretinite cicatrizada. E para o olho com lesão de córnea, foi utilizado Vigamox por 7 dias, Regencel por 14 dias e Aciclovir por 5 dias. Segue em acompanhamento com a oftalmologia. No teste do pezinho evidenciou hipotireoidismo congênito e erro inato do metabolismo (em investigação, a pesquisa de ácidos orgânicos). O TSH foi repetido por duas vezes com valores altos e T4 livre baixo, sendo assim iniciado levotiroxina. Em uso de megavitaminas.

A maioria dos bebês prematuros com mudanças císticas no cérebro vistas no nascimento ou mais tarde, durante as primeiras semanas de vida, a conhecida leucomalácia periventricular é devido a um insulto cerebral isquêmico, mas a infecção intrauterina também deve ser considerada como uma possível causa. A possibilidade de um processo infeccioso estar presente em uma criança com encefalomalácia seria sustentada pelo achado de calcificação intracraniana e, no caso de infecção por Herpes Vírus Simples, pela presença de lesões cutâneas.

 

Infecções neonatais de pele em prematuros (Skin infections in preterm infants)

Infecções neonatais de pele em prematuros (Skin infections in preterm infants)

David Kaufman, US, University of  Virginia. VII Encontro Internacional de Neonatologia, 26-27 de março de 2021, online. Coordenação Geral: Drs. Rita Silveira e Renato Procianoy (RS).

Realizado por Paulo R. Margotto. Apesar das infecções neonatais de pele ocorrerem com muito frequência na UTI Neonatal (UTIN), infelizmente a literatura não reflete tão bem o grau com que vemos essas infecções. As celulite e dermatite são infecções invasivas que requerem tratamento. O diagnóstico precoce pode prevenir a disseminação para a corrente sanguínea. A cultura de pele e tratamento imediato são fundamentais. Culturas de pele facilitam a realização do diagnóstico correto, escolhendo o correto antimicrobiano e fazendo uma boa gestão de antibióticos. A pele tem um microbioma como o intestino e todas as partes da nossa anatomia humana têm esse microbioma. Os prematuros são mais susceptíveis às infecções de pele devido à menor quantidade de queratina na superfície da pele, facilitando assim a penetração dos micróbios e permitindo a entrada de água, além de um extrato córneo com menos camadas de células (3 a 4 versos 16 nos recém-nascidos a termo), além da baixa imunidade. Na infecção neonatal da pele, quando o rash estiver presente, o patógeno invadiu a pele e isso é uma infecção invasiva Assim, o rash cutâneo dever ser prontamente diagnosticado. O primeiro passo é fazer a cultura de pele e se possível, a biópsia ou raspagem (se indicada) e tratar imediatamente (terapia sistêmica) tal como na sepse nos prematuros. Com 24-48 horas após os resultados da cultura, avaliar o tratamento (5-7 dias para celulite, 14 dias para Candidíase cutânea congênita, 14-28 dias se severa infecção na pele e mofo. Quanto à candidíase cutânea: a Candida é um micróbio muito aderente ao endotélio, assim como as células epiteliais devido a um adesivo chamado INTI, além da produção de uma toxina chamada candidalysina, toxina peptídica citolítica que lesa membranas epiteliais e desencadeia uma resposta inflamatória. O Professor Kaufman apresenta 10 casos de infecção de pele interrogando diagnósticos, seguido por excelente discussão, além de trazer mais outros 4 casos, lembrando-nos  que nem todo rash é infecção (pode ser Epidermólise bolhosa) e com enfoque na candidíase cutânea congênita. Nos complementos trouxemos Gangrena venosa de extremidades inferiores e sepse por Staphylococcus aureus, Síndrome do lúpus eritematoso sistêmico neonatal: uma revisão abrangente, ectima gangrenoso, além de mais um caso nosso  de epidermólise bolhosa, onde discutimos os tipos simples, a juncional e a distrófica.