Mês: junho 2024

Ingestão Real de Eletrólitos durante a Primeira Semana de Vida e Morbidade em Bebês com Muito Baixo Peso ao Nascer

Ingestão Real de Eletrólitos durante a Primeira Semana de Vida e Morbidade em Bebês com Muito Baixo Peso ao Nascer

Actual electrolyte intake during the first week of life and morbidity in very-low-birthweight infants. Mäkelä PM, Immeli L, Leskinen M, Rinta-Koski OP, Sund R, Andersson S, Luukkainen P.Acta Paediatr. 2024 May 28. doi: 10.1111/apa.17298. Online ahead of print.PMID: 38807279.

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

A ingestão de sódio em prematuros extremos excedeu significativamente as recomendações durante a primeira semana de vida, com os flushes salinos (lavagem de cateteres) constituindo uma fonte considerável de ingestão de sódio. A alta ingestão de sódio foi associada à perda de peso pós-natal precoce insuficiente e ao aumento da morbidade. Os bebês do grupo de 23 a 26 semanas apresentaram maior ingestão de sódio e menor ingestão de potássio durante a primeira semana pós-natal em comparação com os outros dois grupos (os expansores de volume constituíram uma fonte considerável de ingestão de sódio nesse grupo). A maior ingestão cumulativa de sódio nos primeiros dias de vida foi associada a riscos significativamente aumentados de persistência do canal arterial (PCA) tratados cirurgicamente, hemorragia intraventricular (HIV) e displasia broncopulmonar (DBP). A partir do dia 2, a nutrição parenteral foi responsável pela maior fonte única de ingestão de sódio em todos os grupos de estudo (32,3% no dia 2 teve hipernatremia). Também nesse grupo, a partir do 3º dia, houve aumento da ingesta de potássio com maior prevalência de hipercalemia.

A Influência da Corioamnionite no Impulso Respiratório e na Respiração Espontânea de Prematuros ao Nascer: uma Revisão Narrativa

A Influência da Corioamnionite no Impulso Respiratório e na Respiração Espontânea de Prematuros ao Nascer: uma Revisão Narrativa

The influence of chorioamnionitis on respiratory drive and spontaneous breathing of premature infants at birth: a narrative review. Panneflek TJR, Kuypers KLAM, Polglase GR, Derleth DP, Dekker J, Hooper SB, van den Akker T, Pas ABT.Eur J Pediatr.     20 24Jun;183(6):2539-2547. doi: 10.1007/s00431-024-05508-4. Epub 2024 Apr 1.PMID: 38558311 Artigo    Gratis!Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

A respiração espontânea adequada é, portanto, fundamental para uma ventilação não invasiva eficaz. Bebês prematuros afetados por qualquer tipo de corioamnionite necessitam de reanimação com mais frequência e mais extensivamente ao nascer (esses bebês apresentaram redução do esforço respiratório e da oxigenação). Tal fato ocorre devido a elevada concentração de inibidores da respiração, como adenosina, prostaglandina E2 (PGE2) mediada pela inflamação. Os médicos devem estar cientes de que os bebês prematuros afetados por corioamnionite podem, portanto, necessitar de reanimação com mais frequência e mais extensivamente ao nascer. Como os bebês prematuros já têm dificuldade em respirar espontânea e eficazmente ao nascer, estimular e apoiar a respiração espontânea nestes bebês com uma gestão ótima da oxigenação e possíveis agentes farmacêuticos (como cafeína, um antagonista não seletivo do receptor de adenosina ) pode reduzir a necessidade de ventilação invasiva.

Descolamento Prematuro da Placenta e Risco de Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos de Muito Baixo Peso: Banco de Dados Nacional de Pacientes Internados nos Estados Unidos

Descolamento Prematuro da Placenta e Risco de Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos de Muito Baixo Peso: Banco de Dados Nacional de Pacientes Internados nos Estados Unidos

Placental abruption and risk for intraventricular hemorrhage in very low birth weight infants: the United States national inpatient database. Farghaly MAA, Aziz HF, Puthuraya S, Abdalla A, Aly H, Mohamed MA.J Perinatol. 2024 May 29. doi: 10.1038/s41372-024-02017-y. Online ahead of print.PMID: 38811756.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Nessa coorte de 113.445 bebês de muito baixo peso, a hemorragia intraventricular (HIV) ocorreu em 18,7% nos bebês nascidos de mães com descolamento prematuro de placenta (DPP) versus 14,7% nos bebês nascidos de mães sem DPP.O OR ajustado (aOR) após o controle das variáveis ​​de confusão acima é de 1,25 (IC95%: 1,13–1,38), p  < 0,001.A HIV grave ocorreu em 6,4% dos bebês nascidos de mães com descolamento prematuro da placenta versus 4,0% naqueles sem histórico de descolamento prematuro da placenta, OR ajustado 1,53 (IC 95%: 1,30–1,78), p < 0,001 . O DPP provavelmente prejudica o fluxo sanguíneo fetal / perfusão útero-placentária, levando à hipovolemia fetal, hipóxia e acidemia. Todos esses eventos poderiam ser, da mesma forma, fatores de risco para HIV.