Buscando a Nutrição Ideal dos Recém-Nascidos Prematuros: Estratégias Para Melhorar os Resultados a Curto e Longo Prazo
Palestra administrada por Mandy Belfort no IX Encontro Internacional de Neonatologia, Gramado, RS, 3-5 de abril de 2025.
Realizado por Paulo R. Margotto
Bebês muito prematuros (<1500 g) têm alta vulnerabilidade nutricional devido à perda de nutrientes do terceiro trimestre, imaturidade digestiva e doenças críticas. O leite materno fortificado é ideal, reduzindo o risco de enterocolite necrosante (15-20% a cada 10% adicional na dieta) e promovendo melhor neurodesenvolvimento (maior QI, menos TDAH). Leite de doadora também é protetor. Sem fortificação, o leite humano não supre necessidades de proteína, cálcio e outros nutrientes. Fortificação do leite humano pode ser: Padrão (dose fixa para bebês <1500-1800 g,), Ajustável (adapta proteína/gordura conforme crescimento:o conteúdo proteico do leite biologicamente muda ao longo do tempo. Os prematuros tem 2.2/g/dL de proteína e depois cai para <1 g/dL na semana 10 – 12. Então, talvez o leite que o bebê receba de sua mãe na semana 2 é bem diferente em conteúdo proteico do que o leite que receberá uns dois, uns meses depois. Não levamos isso em conta quando fazemos a fortificação) e Direcionada ( personaliza com análise diária do leite, mas ainda não é rotineira devido a custos e complexidade. Os impactos são: Crescimento: melhora do peso, comprimento e crescimento cefálico. Estudos recentes com fortificação universal nos EUA mostram crescimento semelhante entre leite humano fortificado e fórmula. Neurodesenvolvimento: está associado a melhor volume cerebral, mielinização e organização microestrutural, além de menor risco de comprometimento motor aos 3 anos. Componentes como DHA, lactoferrina e mio-inositol são cruciais).