Concentração Inicial de Oxigênio para Ressuscitação de Bebês Nascidos com Menos de 32 Semanas de Gestação-Uma Revisão Sistemática e Metanálise de Rede de dados de Participantes Individuais

Concentração Inicial de Oxigênio para Ressuscitação de Bebês Nascidos com Menos de 32 Semanas de Gestação-Uma Revisão Sistemática e Metanálise de Rede de dados de Participantes Individuais

Initial Oxygen Concentration for the Resuscitation of Infants Born at Less Than 32 Weeks‘ Gestation: A Systematic Review and Individual Participant Data Network Meta-Analysis. Sotiropoulos JX, Oei JL, Schmölzer GM, Libesman S, Hunter KE, Williams JG, Webster AC, Vento M, Kapadia V, Rabi Y, Dekker J, Vermeulen MJ, Sundaram V, Kumar P, Kaban RK, Rohsiswatmo R, Saugstad OD, Seidler AL. JAMA Pediatr. 2024 Aug 1;178(8):774-783. doi: 10.1001/jamapediatrics.2024.1848.PMID: 38913382. Austrália

Realizado por Paulo R. Margotto.

Através de uma metanálise (1003 pacientes em 12 estudos) combinando dados individuais dos participantes e metanálise de rede, com o objetivo de avaliar a eficácia relativa da FiO2 inicial na redução da mortalidade, morbidades graves e saturações de oxigênio (São 2, como recomendado para prematuros), em recém-nascidos PREMATUROS NASCIDOS COM MENOS DE 32 SEMANAS DE GESTAÇÃO, os autores do presente estudo  mostraram que FiO2 inicial alta (≥0,90 ) em comparação com baixa (≤0,30) para a ressuscitação na Sala de Parto desses bebês prematuros pode estar associada à mortalidade reduzida (certeza baixa) e que FiO2 alta em comparação com intermediária (0,5-0,65) possivelmente reduziu a mortalidade (certeza muito baixa). A saturação de oxigênio em 5 minutos foi maior no grupo de FiO2 inicial alta em comparação com a baixa. Explicações mecanicistas potenciais para respostas variadas à baixa FiO2 inicial em bebês a termo em comparação com bebês prematuros nascidos com menos de 32 semanas de gestação podem resultar de diferenças na resposta à hipóxia. Bebês prematuros têm sinalização hipóxica alterada, o que pode levar a um esforço respiratório ruim. Isso torna o modo mais comum de suporte respiratório na sala de parto, a ventilação não invasiva, menos eficaz para esses bebês.  A alta Fio 2 inicialmente pode aumentar a estabilidade e o esforço respiratório, aumentando assim a eficácia da ventilação não invasiva na sala de parto. Além disso, a alta Fio2 pode auxiliar na redução inicial da resistência vascular pulmonar e na transição para uma circulação pulmonar de baixa pressão ou superar a troca gasosa reduzida no pulmão prematuro. No entanto, esses autores   sugerem que mais evidências ainda são necessárias. Nos complementos, o estudo de Bowditch SP (2024), a alta FIO2 inicial teve maiores chances em comparação com a baixa FiO2 de atingir Saturação de O2  ≥ 80% em 5 minutos. Por quê? Esses bebês <26 semanas estão numa fase canalicular, a vasculatura pulmonar em bebês prematuros é menos sensível ao oxigênio e a hipóxia por troca gasosa inadequada pode então contribuir potencialmente para a depressão respiratória e menor ventilação. Enquanto os estudos prosseguem, Bowditch et al  sugerem  que os médicos podem, se concentrar na titulação dos níveis de oxigênio para atingir uma SpO2 mínima de 80% em 5 minutos após o nascimento nesses prematuros extremos,