Manejo de recém-nascidos em risco de síndrome de abstinência neonatal (NAS)/síndrome de abstinência de opioides neonatais (NOWS): atualizações e melhores práticas emergentes Livre

Manejo de recém-nascidos em risco de síndrome de abstinência neonatal (NAS)/síndrome de abstinência de opioides neonatais (NOWS): atualizações e melhores práticas emergentes Livre

Managing newborns at risk for neonatal abstinence syndrome (NAS)/neonatal opioid withdrawal syndrome (NOWS): Updates and emerging best practices. Michael Narvey, MD , Danica Hamilton, RN MN MBA , Vanessa Paquette,BSc(Pharm) ACPR PharmD. Paediatrics & Child Health, pxaf013, https://doi.org/10.1093/pch/pxaf013

Managing newborns at risk for neonatal abstinence syndrome …

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

A Síndrome de Abstinência Neonatal (NAS) ou Síndrome de Abstinência de Opioides Neonatais (NOWS) é uma condição que afeta recém-nascidos expostos a substâncias, especialmente opioides, durante a gestação. A incidência de NAS tem aumentado significativamente, com o Canadá relatando um aumento de 3,5 para 6,3 por 1.000 nascidos vivos de 2010 a 2020. Os sintomas da NAS/NOWS podem afetar múltiplos sistemas do recém-nascido, incluindo o nervoso central, gastrointestinal, respiratório e musculoesquelético, e sua apresentação varia conforme a substância, frequência e dose de uso. Bebês prematuros tendem a ter menor risco e sintomas menos aparentes. A avaliação dos recém-nascidos em risco é crucial. Ferramentas como a pontuação de Finnegan são amplamente utilizadas, mas o modelo “Eat Sleep Console” (ESC) é uma alternativa emergente e baseada em evidências, focada na capacidade do recém-nascido de comer, dormir e ser consolado, e tem demonstrado diminuir o tempo de internação e a necessidade de tratamento farmacológico. O manejo inicial é primariamente de suporte não farmacológico, incluindo cuidados pele a pele, ambiente tranquilo, amamentação direta ou com leite humano e alojamento conjunto. A manutenção da díade mãe/pai-bebê no alojamento conjunto é fundamental, associada a menores internações em UTIN e menor necessidade de farmacoterapia. Se os sintomas persistirem ou forem graves, a intervenção farmacológica pode ser necessária. Opioides como morfina e metadona são os medicamentos de primeira linha mais comuns, e sedativos não opioides como fenobarbital e clonidina podem ser adicionados como adjuvantes. É crucial não administrar naloxona em recém-nascidos com NAS/NOWS, pois pode exacerbar a síndrome de abstinência. A acupuntura tem sido proposta como intervenção, mas as evidências atuais são limitadas e insuficientes para apoiar seu uso rotineiro. O planejamento da alta e a continuidade do cuidado na comunidade são essenciais, podendo incluir o desmame da medicação em casa, o que tem ostrado benefícios como menor tempo de internação e menos visitas de retorno ao hospital.