Anormalidades ultrassonográficas intracranianas e mortalidade em prematuros com e sem restrição de crescimento fetal estratificado por resultados do estudo Doppler fetal

Anormalidades ultrassonográficas intracranianas e mortalidade em prematuros com e sem restrição de crescimento fetal estratificado por resultados do estudo Doppler fetal

Intracranial ultrasound abnormalities and mortality in preterm infants with and without fetal growth restriction stratified by fetal Doppler study results.Kim F, Bateman DA, Goldshtrom N, Sheen JJ, Garey D.J Perinatol. 2023 Jan 30. doi: 10.1038/s41372-023-01621-8. Online ahead of print.PMID: 36717608.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Em um modelo de regressão logística, restrição do crescimento fetal (RCF) com Dopplers anormal foi associado a mais de três vezes mais chances de morte, hemorragia intraventricular  grave ou leucomalácia periventricular (OR 3,2, IC 95% 1,54,6,49; p < 0,001) assim como  incidência significativamente maior de displasia broncopulmonar (p<0.01). Estudos avaliaram o uso de um novo marcador ultrassonográfico emergente, conhecido como razão cerebroplacentária (CPR), que é calculada como uma razão entre o índice de pulsatilidade (PI) da artéria cerebral anterior e índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical (AU) e representa o grau de redistribuição cerebral no paciente em um estado hipoxêmico . Uma CPR ANORMAL tem sido associada a velocidade de crescimento fetal prejudicada e resultados perinatais adversos, incluindo morbidades neonatais, e pode fornecer mais informações sobre o risco de lesão intracraniana em fetos afetados que têm pouco ou muito efeito poupador cerebral. Estudo sobre alterações do fluxo sanguíneo em artéria umbilical na síndrome hipertensiva gestacional realizado pela Marta David R. de Moura e cl mostrou, no grupo com alterações maior risco de mortalidade (1,6; IC95% 1,2 – 2,2), maior tempo de ventilação mecânica, mais restrição do crescimento intrauterino e   maior dependência de O2 aos 28 dias de vida.