MANEJO DE CATETERES E INFECÇÃO
Lílian dos Santos R. Sadeck (SP)
Lílian dos Santos R. Sadeck (SP)
Autores:
Aline Sena – Fisioterapeuta; Denise Amorim – Neonatologista;
Edivaldo Sales – Cirurgião Pediátrico; Fernanda Lira – Neonatologista;
Márcia Baptista – Pediatra (PB)
R M McAdams, V T Winter, D C McCurnin and J Coalson.
Journal of Perinatology (2009) 29, 685–692.
Apresentação: Juliane Feitosa, Marcelo Reis e Pollianna Oliveira.
Cecília Guimarães Villela, Milena Zamian Danilow
Andrew M. Davey, Carol L. Wagner, Chistopher Cox P , and James W. Kendig
J Pediatr 1994;124:795-9
Resumido pela Dra. Albaneide Formiga, Intensivista da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul e Hospital Unimed de Brasília
Maurícia Cammarota
Capítulo de autoria das Dras. Maya Caetano P. Almeida/ Cláudia Janaína S. Cruz
da 4a Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco (em preparação)
A partir da melhora dos cuidados da atenção ao recém-nascido, do desenvolvimento de métodos diagnósticos e da definição de critérios, tem-se diagnosticado cada vez maishipertensão arterial sistêmica (HAS) em recém-nascidos. No entanto, a HAS neonatal ainda tem sido subdiagnosticada tanto em países desenvolvidos quanto nos paísesem desenvolvimento conforme demonstrado por vários estudos.
Mesmo entre pacientes com fatores de risco para hipertensão, como os recém-nascidos com anormalidade cardiovascular ou renal, aqueles que realizaram cateterismo umbilical ou portadores de displasia broncopulmonar, a pressão arterial não é aferida rotineiramente em muitas unidades de atendimento neonatal.A incidência de HAS neonatal é desconhecida. Acredita-se que somente 1 a 2% dos neonatos são avaliados em relação a pressão arterial.Além disso, relata-se que, na maioria das vezes, afere-se a pressão arterial nesses pacientespara diagnosticar hipotensão ao invés de detectar hipertensão.
Os seguintes fatoressão identificados como limitadores tanto da aferição da pressão arterial quanto da interpretação dos valores encontrados nessa população de pacientes: a seleção da braçadeira de tamanho apropriado, a dificuldade de interpretação dos valores encontrados em função de fatores que podem interferir nesses resultados como o paciente estar choroso ou agitado, a variação dos valores de acordo com peso e idade gestacional e a limitação da ausculta dos sons de Korotkoff em função da baixa frequência e amplitude do pulso nesses pacientes.
Considera-se hipertenso o paciente que apresente pressão arterial persistentemente acima do P95, de modo que podem ser necessárias várias aferições para confirmação.
Idade pós-concepção | P50 | P95 | P99 | |
26 semanas |
PAS | 55 | 72 | 77 |
PAD | 30 | 50 | 56 | |
PAM | 38 | 57 | 63 | |
28 semanas | PAS | 60 | 75 | 80 |
PAD | 38 | 50 | 54 | |
PAM | 45 | 58 | 63 | |
30 semanas |
PAS | 65 | 80 | 85 |
PAD | 40 | 55 | 60 | |
PAM | 48 | 63 | 68 | |
32 semanas |
PAS | 68 | 83 | 88 |
PAD | 40 | 55 | 60 | |
PAM | 49 | 64 | 69 | |
34 semanas |
PAS | 70 | 85 | 90 |
PAD | 40 | 55 | 60 | |
PAM | 50 | 65 | 70 | |
36 semanas | PAS | 72 | 87 | 92 |
PAD | 50 | 65 | 70 | |
PAM | 57 | 72 | 77 | |
38 semanas |
PAS | 77 | 92 | 97 |
PAD | 50 | 65 | 70 | |
PAM | 59 | 74 | 79 | |
40 semanas |
PAS | 80 | 95 | 100 |
PAD | 50 | 65 | 70 | |
PAM | 60 | 75 | 80 | |
42 semanas |
PAS | 85 | 98 | 102 |
PAD | 50 | 65 | 70 | |
PAM | 62 | 76 | 81 | |
44 semanas |
PAS | 88 | 105 | 110 |
PAD | 50 | 68 | 73 | |
PAM | 63 | 80 | 85 |
PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PAM: pressão arterial média.