Categoria: Urgências Cirúrgicas

Diagnóstico pré-natal da obstrução gastrintestinal

Diagnóstico pré-natal da obstrução gastrintestinal

Prenatal diagnosis and outcome of fetal gastrointestinal obstruction.Lau PE, Cruz S, Cassady CI, Mehollin-Ray AR, Ruano R, Keswani S, Lee TC, Olutoye OO, Cass DL.J Pediatr Surg. 2017 May;52(5):722-725. doi: 10.1016/j.jpedsurg.2017.01.028. Epub 2017 Jan 29.PMID: 28216077Similar articles.

Apresentação:Gustavo Borela Valente R4 Neonatologia HMIB

Coordenação: Marta David Rocha de Moura.

Nos últimos anos, há evidências crescentes de que a ressonância magnética fetal (RM) pode ser útil no diagnóstico de anormalidades gastrointestinais fetais. Nesse estudo todos os pacientes que receberam ressonância magnética foram inicialmente selecionados com ultrassom (a adição de a ressonância magnética fetal proporcionou uma capacidade aprimorada para avaliar a localização da obstrução e aumenta a acurácia diagnóstico que chega a 84,4%). Outro achado relevante desse estudo foi a taxa de anomalias anatômicas associadas entre os grupos. No presente estudo, pareceria quanto mais distal a obstrução, maior a probabilidade de anomalias associadas. No caso de obstrução anorretal, 90% dos fetos apresentavam anomalias associadas. É importante que os médicos avaliem a ânus cuidadosamente no período neonatal e no momento de outras operações. Portanto, a ultrassonografia fetal e a ressonância magnética podem ser ferramentas precisas no diagnóstico pré-natal de obstruções gastrointestinais fetais.

Anomalias anorretais

Anomalias anorretais

Ana Paula Amaral (Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4a Edição, 2020, no Prelo.

Anomalias anorretais incluem um vasto espectro de doenças que ocorrem em recém-nascidos e afetam o ânus e o reto, bem como os tratos urinário e genital. Os defeitos variam desde os mais simples, facilmente corrigíveis e com prognóstico funcional excelente, até aqueles muito complexos, de difícil manejo, geralmente com outras malformações associadas e prognóstico funcional ruim.

O diagnóstico precoce preciso, bem como decisões terapêuticas adequadas, são cruciais para evitar consequências sérias e sequelas. É difícil acreditar que, ainda hoje, pacientes nascidos com ânus imperfurado são liberados para casa como “bebês normais” e é a mãe que faz o diagnóstico. Nunca é demais reforçar a importância de uma avaliação anorretal bem feita no primeiro exame físico de um neonato. Não é aceitável que um recém-nascido com ânus imperfurado sofra uma perfuração intestinal e suas complicações, chegando até ao óbito, devido a falta de diagnóstico precoce.

Avaliação da Enfermagem da Hipertensão Intra-abdominal e Síndrome Compartimento Abdominal no recém-nascido

Avaliação da Enfermagem da Hipertensão Intra-abdominal e Síndrome Compartimento Abdominal no recém-nascido

Nursing Assessment of Intra-abdominal Hypertension and Abdominal Compartment Syndrome in the Neonate.Reitsma J, Schumacher B.Adv Neonatal Care. 2018 Feb;18(1):7-13. doi: 10.1097/ANC.0000000000000466. Review.PMID: 29373344.Similar articles.

Apresentação:Tatiane M Barcelos – R3 Neonatologia- HMIB/SES/DF
Coordenação: Carlos Zaconeta

Tanto hipertensão intra-abdominal  quanto síndrome compartimental abdominal ( acontecem em pacientes criticamente doentes.

Enfermagem ocupa posição crucial para avaliar fatores de risco, reconhecer sinais sutis e atuar como advogado a favor de intervenção.

As consequências da hipertensão intra-abdominal  e da síndrome compartimental  não reconhecidas podem ser desastrosas.

Sistema de monitorização de pressão intravesical pode ser a tendência para controle da pressão intra-abdominal em paciente criticamente doentes.

Enfermagem deve ser treinada sobre indicações, sinais e sintomas, e consequências de dessas duas condições.

Conferência de consenso da ERNICA sobre o Manejo de pacientes com atresia esofágica e fístula traqueoesofágica: diagnóstico, manejo pré-operatório, operatório e pós-operatório

Conferência de consenso da ERNICA sobre o Manejo de pacientes com atresia esofágica e fístula traqueoesofágica: diagnóstico, manejo pré-operatório, operatório e pós-operatório

ERNICA Consensus Conference on the Management of Patients with Esophageal Atresia and Tracheoesophageal Fistula: Diagnostics, Preoperative, Operative, and Postoperative Management.Dingemann C, Eaton S, Aksnes G, Bagolan P, Cross KM, Decoppi P, Fruithof J, Gamba P, Husby S, Koivusalo A, Rasmussen L, Sfeir R, Slater G, Svensson JF, Van der Zee DC, Wessel LM, Widenmann-Grolig A, Wijnen R, Ure BM.Eur J Pediatr Surg. 2019 Jul 2. doi: 10.1055/s-0039-1693116. [Epub ahead of print].PMID: 31266084.Similar articles.Dinamarca.

Apresentação: Daniela Megumi – R4 Neonatologia HMIB. Coordenação: Carlos A. Zaconeta.

A ERNICA [European Reference Network on Rare Inherited and Congenital Anomalies]  é uma das 24 redes europeias de referência co-financiadas da União Européia [Programa Saúde] e envolve equipes de 20 hospitais europeus de 10 estados-membros;o objetivo desta primeira Conferência da ERNICA era estabelecer consenso sobre os aspectos relevantes em relação ao tratamento de crianças com atresia esofágica e fístula traqueoesofágica com base em opiniões de especialistas referentes às evidências mais recentes da literatura atual; a atresia de esôfago não é mais um mero problema cirúrgico neonatal, mas requer ao longo da vida atenção de forma individualizada; a Conferência abordou pontos do pré-operatório, operatório e pós-operatório; entre os acordos de 100%, no pré-operatório destacamos o uso rotineiro do tubo de replogle, se necessária ventilação assistida, priorizar a ventilação mecânica;uso rotineiro de antibióticos no perioperatório; no  operatório, a entrada no quarto espaço intercostal é a recomendação abordagem para toracotomia convencional, fístula traqueoesofágica deve preferencialmente ser fechada por sutura transfixante e no pós-operatório, a ventilação e o relaxamento pós-operatórios não devem ser rotineiros e deve ser reservado para pacientes selecionados, como aqueles com anastomose por tensão, alimentação oral pode ser iniciada rotineiramente após 24 horas pós-operatório

ATRESIA DE ESÔFAGO

ATRESIA DE ESÔFAGO

Fábio Augusto Albanez Souza.

Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4a Edição, Brasília,  2021

A atresia de esôfago é uma malformação congênita em que há uma descontinuidade, ou alteração, na luz do esôfago. Os cotos, proximal e distal, do esôfago podem terminar em fundo cego ou formarem uma fístula para a traqueia.

O primeiro relato desta malformação foi feito em 1670 por William Durston, que descreveu um coto esofágico em fundo cego de um gêmeo toracópago. Sendo que a primeira correção cirúrgica, em um só tempo, bem sucedida ocorreu em 1941 por Cameron Haight e Harry Towsley. No Brasil a primeira sobrevida após correção cirúrgica em um só tempo ocorreu em 1953 por Carvalho Pinto. Hoje a sobrevida na maioria dos serviços de cirurgia pediátrica chega a 60-90% dos casos.

É a malformação mais comum do esôfago acometendo entre 1:2500 a 1:4000 nascidos vivos, sendo que 35% são prematuros. Havendo um discreto predomínio no gênero masculino em relação ao feminino.

A patogênese e a origem embriológica ainda não são completamente compreendidas. Muitas teorias foram formuladas sendo que uma hipótese amplamente aceita sugere um defeito na septação lateral do intestino anterior, a partir da quarta semana de gestação.

A decisão de extubar e retirar da ventilação mecânica deve ser analisada considerando muitos fatores: prematuridade, peso ao nascimento, duração da cirurgia, tensão da anastomose, controle álgico. A decisão deve ser tomada em conjunto entre os cirurgiões e neonatologistas.

 

Quilotórax Congênito: Novas Perspectivas e Tendências

Quilotórax Congênito: Novas Perspectivas e Tendências

Congenital chylothorax: current perspectives and trends. Mohan Bagur, Krishnamurthy1, Atul Malhotra.

PDF] Congenital chylothorax: current perspectives and trends … Published 11 December 2017 Volume 2017:7 Pages 53—63. DOI: https://doi.org/10.2147/RRN.S128703

Apresentação: Marcos Vinícius/ Coorenaçao: Carlos Alberto Zaconeta.

Na falha do octreotide, o sildenafil pode ter benefício, inicialmente descrito nos casos quando foi usado no tratamento da hipertensão pulmonar associada à  linfangiectasia pulmonar, em que o uso de octreotide foi ineficaz. Um mecanismo pelo qual o sildenafil pode facilitar a resolução de quilotórax congênito e malformações linfáticas envolve a geração de novos vasos linfáticos. O crescimento e a função dos vasos linfáticos são regulados pelo monofosfato cíclico de guanosina (cGMP), que medeia a proliferação de células endoteliais linfáticas, a migração e a formação de tubos. O sildenafil previne a degradação do cGMP pela inibição seletiva da fosfodiesterase-5 e pode, assim, facilitar o crescimento e / ou remodelamento dos vasos linfáticos, permitindo a resolução da obstrução linfática e do quilotórax.

POSTER:Enterocolite necrosante e Síndrome Hipertensiva na Gestação: estudo de coorte retrospectiva

POSTER:Enterocolite necrosante e Síndrome Hipertensiva na Gestação: estudo de coorte retrospectiva

Marta David Rocha de Moura, Paulo Roberto Margott0, Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira, Maia Rita Carvalho Garbi Novaes. VI Encontro de Neonatologia- IV Simpósio Interdisciplinar de Atenção ao Prematuro, Gramado, 11 a 13 de abril de 2019.

Concluímos que a enterocolite necrosante  em neonatos prematuros é um desfecho grave e caro, estando  relacionado ao maior tempo de internação, maiores custos, aumento do tempo de suporte ventilatório (ventilação mecânica e CPAP nasal) e aumento do risco de retinopatia da prematuridade.Os RN mais prematuros e com menor peso são os maiores acometidos.