Cuidado Paliativo: um desafio na abordagem do paciente terminal
Neulânio Francisco de Oliveira
Capítulo do livro Editado por Paulo R. Margotto, Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Brasília, 4a Edição, 2019, no prelo
A oferta de Cuidados Paliativos (CP) Pediátricos baseia-se em alguns princípios, adaptados dos princípios do CP em adultos e em oncologia pediátrica, conforme apresentado na tabela abaixo:
PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PEDIATRIA
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1. Os cuidados devem ser dirigidos à criança ou adolescente, orientados para a família e baseados na parceria |
2. Devem ser dirigidos para o alívio dos sintomas e para a melhora da qualidade de vida |
3. São elegíveis todas as crianças ou adolescentes que sofram de doenças crônicas, terminais ou que ameacem a sobrevida |
4. Devem ser individualizados, adequados à criança e/ou à sua família de forma integrada |
5. Ter uma proposta terapêutica curativa não se contrapõe à introdução de cuidados paliativos |
6. Os cuidados paliativos não se destinam a abreviar a etapa final de vida |
7. Facilitar o processo de comunicação entre a equipe e a família |
8. Podem ser coordenados em qualquer local (hospital, hospice, domicílio, etc) |
9. Devem ser consistentes com crenças e valores da criança ou adolescente e de seus familiares |
10. A abordagem por grupo intertidisciplinar é encorajada |
11. A participação dos pacientes e dos familiares nas tomadas de decisão é obrigatória |
12. A assistência ao paciente e à sua família deve estar disponível durante todo o tempo necessário, inclusive no período do luto |
13. Determinações expressas de “não ressuscitar “não são necessárias |
14. Não se faz necessário que a expectativa de sobrevida seja breve |