Efeitos de curto e longo prazo da suplementação de Vitamina D em bebês prematuros: uma revisão sistemática e metanálise.
Short–term and long–term effects of vitamin D supplementation for preterm infants: a systematic review and meta-analysis.Shin SH, Kim HJ, Heo JS.J Perinatol. 2025 Oct 7. doi: 10.1038/s41372-025-02440-9. Online ahead of print.PMID: 41057557.
Realizado por Paulo R. Margotto
Metanálise com 21 ensaios clínicos randomizados (1.130 recém-nascidos prematuros < 37 semanas) comparando suplementação de vitamina D em dose alta (≥ 800 UI/dia) versus dose baixa (< 800 UI/dia).Quanto aos efeitos de curto prazo (até a alta ou 40 semanas pós-menstruais):dose alta elevou significativamente os níveis séricos de 25(OH)D, reduziu a prevalência de deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL), diminuiu hipomineralização óssea e níveis de PTH (parathormônio), melhorou velocidade de ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico, reduziu a mortalidade, Não houve diferença em Síndrome do desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, , DBP, sepse tardia ou tempo de internação. Excesso de vitamina D ocorreu apenas com doses de 1.000 UI/dia. Quanto aos efeitos a longo prazo: níveis séricos de 25(OH)D permaneceram mais altos no grupo de dose alta e sem benefícios adicionais em densidade mineral óssea, mortalidade ou neurodesenvolvimento. Portanto, a suplementação com 800–1.000 UI/dia é segura e mais eficaz que doses < 800 UI/dia para prevenir deficiência de vitamina D, melhorar a mineralização óssea e o crescimento linear em prematuros durante a internação, com níveis séricos mantidos elevados a longo prazo. Os achados reforçam as recomendações da ESPGHAN (800–1.000 UI/dia) para prematuros.
