Embolia aérea vascular em neonatos: uma revisão da literatura

Embolia aérea vascular em neonatos: uma revisão da literatura

Vascular Air Embolism in Neonates: A Literature Review.Zhou Q, Lee SK.Am J Perinatol. 2025 Oct;42(14):1819-1824. doi: 10.1055/a-2508-2733. Epub 2024 Dec 27.PMID: 39730132  Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Esta revisão sistemática analisa 117 casos de embolia aérea vascular neonatal (rara e frequentemente fatal), com idade gestacional média de 30,4 semanas (23-40), peso ao nascer de 1.422 g (250-3.400 g) e ocorrência mediana aos 2 dias de vida. Predomina em prematuros (75,2%), do sexo masculino (62,7%), sob ventilação mecânica (90,5%) e com síndromes de vazamento de ar (52,9%), como enfisema intersticial pulmonar e pneumotórax. Causas principais: lesão pulmonar/ventilação (70%), procedimentos cirúrgicos (17,9%) e injeção IV acidental (8,5%). Apresentações: deterioração aguda (dessaturação, bradicardia, hipotensão), descoloração cutânea e redução de EtCO₂. Patogênese envolve barotrauma pulmonar ou introdução iatrogênica de ar, levando a oclusão vascular e isquemia. Mortalidade geral: 73,9%, maior em prematuros (81,8%) e menor em cirúrgicos (23,8%); sequelas neurológicas em 16,6% dos sobreviventes. Diagnóstico: alta suspeita, imagens (RX, US, TC). Prevenção: protocolos IV seguros, minimizar barotrauma; tratamento: suporte (reanimação cardiopulmonar, aspiração de ar, posição Trendelenburg, O₂ 100%). O prognóstico é  pobre, enfatizando prevenção.