Mortalidade hospitalar e tempo de internação em lactentes que necessitam de traqueostomia com displasia broncopulmonar E Displasia broncopulmonar: tendência temporal de 2010 a 2019 na Rede Brasileira de Pesquisa Neonatal

Mortalidade hospitalar e tempo de internação em lactentes que necessitam de traqueostomia com displasia broncopulmonar E Displasia broncopulmonar: tendência temporal de 2010 a 2019 na Rede Brasileira de Pesquisa Neonatal


-In hospital mortality and length of hospital stay in infants requiring tracheostomy     with bronchopulmonary dysplasia.
Zhu R, Xu Y, Qin Y, Xu J, Wang R, Wu S, Cheng Y, Luo X, Tai Y, Chen C, He J, Wang S, Wu C.J Perinatol. 2023 Dec 8. doi: 10.1038/s41372-023-01840-z. Online ahead of print.PMID: 38066226

Bronchopulmonary dysplasiatemporal trend from 2010 to 2019 in the Brazilian Network on Neonatal Research. Stolz C, Costa-Nobre DT, Sanudo A et al.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2023 Nov 27:fetalneonatal-2023-325826. doi: 10.1136/archdischild-2023-325826. Online ahead of print.

Realizado por Paulo R. Margotto.

-O estudo  de Zhu R et al mostrou que no grupo da traqueostomia houve maior mortalidade hospitalar (OR:2,98 com IC a 5% de -3,95)) e tempo de permanência prolongado (diferença absoluta (IC 95%): 97,0 (85,6-108,4).

-Quanto à DBP no Brasil: Estudo da Rede de Pesquisas Neonatais Brasileira mostrou que dos 11.128 bebês incluídos, a DBP nos sobreviventes ocorreu em 22% e DBP ou morte em 45%. Ser do sexo masculino, pequeno para a idade gestacional, apresentar síndrome do desconforto respiratório, vazamentos de ar, necessitar de maior tempo de ventilação mecânica, apresentar persistência do canal arterial tratado e sepse tardia foram associados ao aumento na chance de DBP. Para o desfecho DBP ou óbito, sangramento materno, gestação múltipla, Apgar <7 no 5º minuto, sepse tardia, enterocolite necrosante e hemorragia intraventricular foram acrescentados às variáveis ​​relatadas acima como aumentando a chance do desfecho.

Em uma grande coorte de bebês nascidos em Centros universitários de um país de renda média a partir de 2010 até 2019, a frequência de DBP em bebês prematuros  que sobreviveram pelo menos 36 semanas de idade gestacional pós-menstrual foi constante ao longo do tempo e a frequência de DBP em 36 semanas a gestação ou a morte hospitalar diminuíram, em em média, 1,05% a cada ano.