Ventilação não invasiva: uma atualização (Non-invasive ventilation: An Update)
Peter Davis. The Royal Women’s Hospital. Melbourne. Australia
11o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro, 20-23 de junho de 2018
Peter Davis. The Royal Women’s Hospital. Melbourne. Australia
11o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro, 20-23 de junho de 2018
Marcela Soares Silva Ferreira.
Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília/SS/DF, 4a Edição, 2018, em Preparação.
A Cânula Nasal de Alto Fluxo (CNAF ou CAF) é um tipo de suporte não invasivo que vem tendo seu uso difundido em Neonatologia há cerca de uma década. É um dispositivo que oferta gás aquecido e umidificado,com fluxo constante e em alta velocidade, através de pequenas cânulas. Os mecanismos através dos quais o uso dessa terapia afeta o sistema respiratório e altera a troca de gases ainda não estão totalmente esclarecidos, mas estudos apontam para os seguintes fatores: -Lavagem do espaço morto nasofaríngeo, facilitando a eliminação de CO2 e melhora da oxigenação; – Diminuição do trabalho respiratório através da combinação do fluxo ofertado com o fluxo inspiratório, o que diminui consideravelmente a resistência inspiratória; -Aquecimento e umidificação adequados dos gases, melhorando a condução e a conformidade pulmonarem comparação com o gás seco e refrigerado; – Pressão de distensão positiva gerada a partir dofluxo alto na nasofaringe, proporcionando recrutamento pulmonar. Além disso, a CNAFtem tido boa aceitação nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais por ser de uso fácil, mais suave, diminuir drasticamente a incidência de lesão nasal, ser bem tolerada pelos pacientes, ter boa aceitação entre os pais e profissionais e parecer ser uma boa alternativa para a pressão positiva nasal contínua nas vias aéreas (CPAPn).
Barreto GMS, Balbo SL, Rover MS et al. J Human Growth Dev 208;28(1):18-26.
Crescimento e marcadores bioquímicos de recém- nascidos … – USP www.journals.usp.br/jhgd/article/download/138687/138681. Artigo Integral!
Apresentação:Letícia Rodrigues de Moraes. Coordenação: Miza Vidigal
Com o avanço tecnológico e científico, muitos recém-nascidos extremamente prematuros estão sobrevivendo, após passarem longo tempo na UTI Neonatal e sujeitas a várias complicações da própria prematuridade e dos procedimentos e manipulações a que são submetidas. Entre as complicações estão as que afetam o crescimento, um processo contínuo resultante da interação de fatores genéticos, hormonais, ambientais e nutricionais. As alterações no crescimento pós-natal podem levar ao retardo de crescimento e a problemas crônicos na infância, adolescência e vida adulta (obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, Diabetes Melittus tipo 2 e dislipidemia, cujo conjunto se resume em Síndrome Metabólica (SM), sendo a resistência á insulina, a base para todas essas alterações.Esse quadro corrobora com a atual compreensão de que as doenças na fase adulta podem ser de origem fetal (a desnutrição intrauterina e o baixo peso ao nascer associados a alterações no crescimento pós-natal são os predisponentes). Em um período de 1 ano e meio (2015-2016) os presentes autores avaliaram de forma prospectiva o perfil metabólico de recém-nascidos prematuros após alta da UTI no primeiro ano de idade corrigida. Os autores relataram que as concentrações plasmáticas de triglicerídeos e colesterol foram significativamente diferentes (p<0,0001) com aumento gradativo nesse período, enquanto que a insulinemia reduziu no mesmo período de avaliação (p=0,024).A glicemia manteve-se estável neste período. A dinâmica do crescimento do recém-nascido prematuro é de aceleração máxima entre as 36-40 semanas de idade pós concepcionais, apresentando o maior catch-up, ou seja, maior velocidade de crescimento entre 24 a 36 meses, quando atingem percentis de normalidade nas curvas de referência. Os autores também relataram uma desaceleração do crescimento do perímero cefálico (PC), entre o primeiro e terceiro mês após a alta hospitalar com recuperação lenta até o sexto mês deidade corrigida, um fator preocupante. Elevadas concentrações de triglicerídeos em nascidos prematuros aumentam o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares no futuro, assim, deve se investir em ações que promovam nutrição adequada a essas crianças desde seu nascimento para minimizar os riscos de doenças crônicas futuras. Faz-se necessário o incentivo ao aleitamento materno que é um fator protetor contra a SM. No acompanhamento destes bebê prematuros faz-se necessário a avaliação do perfil lipídico, uma vez que são candidatos a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. O retardo do crescimento extrauterino (RCEU) nesses bebês prematuros é uma realidade.Nos links trouxemos relevantes informações a respeito da importância do conhecimento da Programação Nutricional do feto e recém-nascido (a importância do início precoce de adequadas ofertas de aminoácidos e lipídeos já na primeira prescrição da nutrição parenteral, assim como o início precoce da nutrição enteral e não ter medo de avançar (é essa que faz o intestino crescer!). Ter em mente que tratamos “fetos fora do útero” Boher).Segundo Cooke R, todos os neonatologistas sabem nutrir o prematuro (e todos fazem de forma diferente!) e o resultado é que quase 100% deixam a UTI com retardo do crescimento. A falta de nutrição em uma etapa crítica do desenvolvimento pode limitar o tamanho do cérebro, número de células, defeitos estruturais e complicações mais tardias que envolvem o desenvolvimento cognitivo (aprendizado, memória,), segundo Willian Ray. Uma das atribuições mais importantes do médico neonatologista é o gerenciamento nutricional individualizado no cuidado do recém-nascido. A nutrição precoce em bebês prematuros pode ser segura, eficaz e pode prevenir morbidade. O crescimento é importante, mas também precisamos considerar o neurodesenvolvimento a longo prazo e outras consequências.
Josef Neu. 11o Simpósio Internacional do Rio de Janeiro, 20-23 de junho de 2018
Atualmente , os prematuros extremos estão sobrevivendo mais surfactante, técnicas ventilatórias, etc), mas estamos atrasados nossa capacidade de alimentá-los e parte do problema está em nós mesmos e não nos bebês. ´Há alguns dogmas que desenvolvemos na última técnica, como o atraso na oferta de aminoácidos e lipídios com aumentos muito graduais.Usamos muitas desculpas, sem base em evidências, para segurar a alimentação enteral, pois temos medo da nutrição enteral. ´Temos medo de iniciar precocemente lipídeos devido a: hiperbilirrubinemia, sepse, hipertensão pulmonar, doença pulmonar, doença hepática, trombocitopenia, risco de aumento dos triglicerídeos.
É a nutrição enteral que faz o intestino crescer!Em nutrição parenteral total sem nutrição enteral o intestino não cresce, além de aumentar a permeabilidade intestinal (aumenta o risco de infecção pelo aumento de translocação de bactérias) e de não aumentar os hormônios gastrintestinais. O crescimento é importante, mas também precisamos considerar o neurodesenvolvimento a longo prazo e outras consequências
Autora: Aline Damares de Castro Cardoso . Coordenação: Paulo R. Margotto e Joseleide de Castro
Nesta coorte de 163 RN pré-termos entre 25 semanas e 32 semanas e 6 dias, a hemorragia intraventricular (todos os graus) ocorreu em 15,30%. Os fatores associados estatisticamente significativos estudo foram: o peso menor que 1000g, a presença de doença da membrana hialina, o uso da ventilação mecânica acima de 2 dias e o uso de surfactante pulmonar exógeno.
Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira
Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital Materno Infantil de Ensino/SES/DF, 2018, em Preparação.
Consequências da restrição do crescimento extrauterino
Fatores nutricionais que operam no início da vida exercem fortes efeitos sobre a fisiologia e o metabolismo na vida adulta. Existem dois mecanismos básicos para o surgimento de alterações transitórias ou permanentes, inclusive possíveis desfechos indesejados relacionados à desnutrição precoce:
Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF