Mês: janeiro 2019

Monografia (Pediatria-HMIB/2019): Análise do conhecimento do Pediatra sobre o diagnóstico de câncer infantil em um Pronto-Socorro

Monografia (Pediatria-HMIB/2019): Análise do conhecimento do Pediatra sobre o diagnóstico de câncer infantil em um Pronto-Socorro

Pedro Paulo Pereira Caixeta.

Os pediatras que responderam à pesquisa apresentam boa proficiência quanto à suspeita de um caso de câncer infanto-juvenil, mas também deixou espaço para que mais ações voltadas à educação continuada sejam implementadas no hospital, principalmente relacionadas ao manejo inicial de uma suspeita de câncer, corroborando a premissa de que a criação de protocolos clínicos institucionais ajuda na condução de casos suspeitos de câncer infanto-juvenil, diminuindo o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico, aumentando as chances de melhor prognóstico. O questionário aplicado não foi isento de erros ou vieses, mas conseguiu identificar janelas de conhecimento que precisam de maior atenção.

Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Monografia (Pediatria-HMIB/2019):Perfil epidemiológico das vítimas de afogamento internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB, de 2008 a 2017

Lorena Borges Queiroz.

O afogamento é uma das principais causas de acidentes na infância, constituindo-se em um importante e grave problema de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico das crianças vítimas de afogamento atendidas pela Unidade de Terapia
Intensiva de um Hospital público no Distrito Federal – Brasil. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir de prontuários clínicos, que avaliou o período de 2008 a 2017. 62,5% das vítimas eram do sexo masculino e a idade média dos pacientes é de 3,96 ± 3,82 anos. O tempo médio de internação total é de 27,8 ± 40 dias e de 14,9 ± 22,9 dias para internações na UTI. Os dias com maior registro de ocorrência foram o sábado (29,1%) e o domingo (29,1%). O local mais comum para a ocorrência do acidente foi o domicílio da vítima (70%), sendo a piscina a estrutura física mais comumente envolvida (66,7%). O tempo médio de submersão foi 5,6 ± 3,6 minutos e o tempo médio para o primeiro atendimento foi 8,5 ± 5,5 minutos. A primeira assistência prestada às vítimas foi feita principalmente pelos familiares (68,7%). O tipo de transporte mais utilizado foi o terrestre (75%). A complicação mais frequente foi a parada cardiorrespiratória (11 pacientes). Um percentual de 29,2% dos pacientes foi a óbito e 25% evoluiu com sequelas neurológicas. O conhecimento desses dados pode fornecer subsídios para a melhoria do atendimento às crianças vítimas de afogamento, além de fomentar estratégias para redução desse agravo.

FELIZ 2019!!!

FELIZ 2019!!!

Prezados colegas que nos tem acompanhado ao longo de muitos anos, no alvorecer do primeiro dia de 2019, do fundo do meu coração, na mais verdade pétrea,  FELIZ 2019! Que as nossas escolhas nos tragam Felicidade (é o que importa!) e que os nossos caminhos sejam sempre iluminados pela presença do Ser maior, Deus.   Ao longo dos 40 anos de Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Espírito Santo, 38 anos foram dedicados ao Ensino, sendo 20 anos na Preceptoria da Residência em Pediatria e 18 anos como Professor (13 anos na Escola Superior de Ciências da Saúde-ESCS e 5 anos na Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília). Ter estado aos sábados com todos vocês foi um privilégio e uma experiência incrível, além de um magistral aprendizado. No entanto, vamos continuar, agora somente pela minha pagina www.paulomargotto.com.br (quando o tempo permitir passe por lá!).

Abração a todos, de Brasília, com o lembrete: descubram a beleza do compartilhamento do conhecimento (quando quiser compartilhar é só nos enviar e com certeza muitos colegas agradecerão!). Como diz Albert Einstein: Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer e mais ainda, em 2019, na nossa página a 4ª Edição do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco e a 2ª Edição do Livro Neurossonografia Neonatal, além da já preparação da 3ª Edição de Neurossonografia Neonatal para  2023, com novas abordagens como Coluna e melhor entendimento da anatomia da Circulação Cerebral.

Severa retinopatia da prematuridade prediz atraso na maturação da substância branca e deficiente neurodesenvolvimento

Severa retinopatia da prematuridade prediz atraso na maturação da substância branca e deficiente neurodesenvolvimento

Severe retinopathy of prematurity predicts delayed white matter maturation and poorer neurodevelopment.Glass TJA, Chau V, Gardiner J, Foong J, Vinall J, Zwicker JG, Grunau RE, Synnes A, Poskitt KJ, Miller SP.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2017 Nov;102(6):F532-F537. doi: 10.1136/archdischild-2016-312533. Epub 2017 May 23.PMID: 28536205.Similar articles.

Apresentação: Mariana Giani, Marina Tani, Martha Isabella, Bruna Serpa, Gabriela Daltro,   Débora Moura. Coordenação: Paulo R. Margotto.

O estudo compreendeu 98 recém-nascidos (RN) avaliados para retinopatia da prematuridade ROP) entre 24-28 semanas de gestação, sendo estudados através da tratografia (ressonância avançada) com o objetivo de estudar o desenvolvimento microestrutural do cérebro (a mediana da realização da primeira ressonância magnética [RM] foi  com 32, 4 sem e a segunda, com 39,8 sem). O neurodesenvolvimento foi avaliado com 18 meses de idade  corrigida. Desses 98 RN, 19 RN necessitaram de tratamento para a ROP grave (19%). Usando a análise de regressão,  regiões de substância branca com menor FA (anisotropia  fracional: análise quantitativa usada para demonstrar a densidade e mielinização das fibras que compõe a substância branca do cérebro; quanto maior FA: maior maturação da substância branca)  na ROP severa incluiu as radiações ópticas, membro posterior da cápsula interna e cápsula externa em exames com 34 a 37 semanas e 42 semanas ou mais de idade gestacional. Na substância branca posterior e radiações ópticas, houve uma relação com ROP severa nos eixos radial e axial de difusão. Quanto ao neurodesenvolvimento, em um modelo multivariado, a relação entre ROP grave e os escores motor e cognitivos permaneceu significativa ao ajustar para idade gestacional ao nascimento e lesão da substância branca grave e / ou hemorragia intraventricular. No entanto, nenhum lactente cumpriu as diretrizes para deficiência visual grave. Thompson DK et al (2014)  demonstraram aos 7 anos de idade atraso na microestrutura de radiação óptica em crianças com história de ROP grave em comparação com aqueles com ROP mais leve. Concluindo, esse estudo mostrou que as crianças com ROP grave que requer terapia de fotocoagulação a laser estão associadas com maturação tardia na associação motora e visual, além de menor funcionamento cognitivo aos 18 meses de idade corrigida, independente de lesão cerebral grave e idade gestacional ao nascimento. Nos complementos, dois estudos de 2018, um (Voskuil-Kerkhof ESM et al) demonstrando que a ROP grave associa-se a menores volumes cerebelares e de tronco cerebral e com menor quociente de desenvolvimento e outro (Sveinsdóttir K et al) demonstrando que a ROP, independente do estágio, associa-se a um volume cerebelar inferior e menor quantidade de substância branca não mielinizada na idade equivalente a termo, além de  comprometimento do desenvolvimento cognitivo e motor aos 2 anos de idade corrigida. Esses achados também levantam a possibilidade de caminhos comuns essenciais para o desenvolvimento da retina e do cérebro.  Portanto, estratégias destinadas a prevenir qualquer estágio da ROP também podem ter efeitos neuroprotetores no cérebro em desenvolvimento. Assim, o acompanhamento desses bebês com ROP  até a infância é necessário para avaliar as consequências a longo prazo desses achados