FALTA DE ALIMENTAÇÃO ENTERAL ASSOCIADA À MORTALIDADE NA PREMATURIDADE E ENTEROCOLITE NECROSANTE (ECN)

FALTA DE ALIMENTAÇÃO ENTERAL ASSOCIADA À MORTALIDADE NA PREMATURIDADE E ENTEROCOLITE NECROSANTE (ECN)

Lack of Enteral Feeding Associated with Mortality in Prematurity and Necrotizing Enterocolitis. Jeziorczak PM, Frenette RS, Aprahamian CJ.J Surg Res. 2022 Feb;270:266-270. doi: 10.1016/j.jss.2021.09.028. Epub 2021 Oct 26.PMID: 34715538.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O objetivo principal deste estudo é avaliar o impacto da alimentação enteral na sobrevivência de neonatos prematuros entre 22-29 semanas e ECN. Houve um AUMENTO significativo na taxa de ECN para o grupo incapaz de obter alimentação enteral em comparação com aqueles capazes de obter alimentação enteral (nenhum um único paciente que conseguiu receber alimentação enteral morreu!). A diferença na taxa de infecção bacteriana é de 40,5%, enquanto a diferença na taxa cirúrgica é de 29,4%, sendo os neonatos incapazes de receber alimentação enteral mais altos em ambas as categorias. Existe uma associação significativa entre alimentação enteral e NEC, sobrevivência e taxas de infecção em neonatos prematuros. Estas descobertas apoiam a importância da imunidade intestinal e da microbiota na ECN.Nos complementos, segundo Josep Neu: alimentação trófica precoce não aumenta o risco de ECN ou mortalidade. Então:iniciar a alimentação trófica o mais rápido possível.No entanto, a nutrição parenteral associa-se a maior probabilidade de ECN (devido ao aumento da permeabilidade intestinal  facilitando  a translocação de bactérias devido ao malfuncionamento das junções de oclusões e da maior permeabilidade do trato gastrointestinal!!!). É a nutrição enteral que  faz o intestino crescer. Assim, não devemos ficar parados no 20ml/kg//dia por 5-10 dias. Uma progressão mais rápida da alimentação reduz o uso de nutrição parenteral, reduz o número de dias com acesso central permanente e reduz o tempo para atingir a nutrição enteral completa.  Portanto  o avanço mais rápido da alimentação tem sido  seguro tanto em bebês de baixo peso quanto de muito baixo peso.