APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

AUTORA: TATIANA SANTOS RODRIGUES. ORIENTADORA: ROBERTA CALHEIROS

Introdução: Handover se refere ao processo de transferência de informações sobre pacientes quando a responsabilidade sobre esses é transferida para uma nova
equipe. Acredita-se que o momento do
handover configure um ponto de falha na comunicação que pode pôr em risco a segurança do paciente e prejudicar a qualidade do atendimento1. As informações transmitidas são especialmente importantes para fornecer orientações antecipadas sobre eventos adversos que podem ocorrer no período noturno2. Objetivos: Descrever a transmissão de informação nos handovers entre médicos intensivistas pediátricos, a qualidade da comunicação e capacidade antecipatória de eventos adversos após a passagem de plantão no período noturno. Metodologia: Estudo prospectivo observacional, com aplicação de questionário em médicos intensivistas pediátricos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a cerca de diagnósticos e metas para os pacientes. O mesmo formulário foi respondido pelos médicos rotineiros do dia, considerado “padrão-ouro” para efeito de comparação com as respostas dos médicos da noite. Análise de prontuário foi realizada para avaliação dos eventos adversos que de fato ocorreram no período noturno. Resultados: O questionário foi respondido por 10 intensivistas (40% do quadro de plantonistas), aplicado em 13 handovers no período de maio de 2020 a janeiro de 2021. Foram relatados pelo dia 135 diagnósticos, dos quais 53,3% foram corretamente identificados pelos médicos noturnos. A concordância para objetivos no período da noite variou entre 30 e 39%. Quando um evento adverso aconteceu, o rotineiro foi capaz de antecipar o evento em 57,7% das vezes e o médico plantonista em 26,9%, configurando diferença estatística. Conclusão: Identificou-se grande perda de informações após o handover, menor em relação aos diagnósticos e maior em relação aos objetivos para o período noturno. O médico rotineiro é mais sensível na predição de eventos adversos. Treinamento e aprimoramento do handover pode contribuir para melhoria do atendimento e segurança dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Palavras-chave: handover, passagem de plantão, antecipação de eventos adversos,