Detecção Precoce da Paralisia Cerebral. É Possível ?
Palestra administrada pela Dra. Andrea Duncan, no IX Encontro Internacional de Neonatologia, Gramado, 3-5 de abril de 2025
Realizado por Paulo R. Margotto.
Andrea Duncan destaca a importância do diagnóstico precoce da paralisia cerebral (PC), a disfunção física mais comum na infância, causada por lesões cerebrais não progressivas. Afeta domínios motores, sensoriais, cognitivos e comportamentais, com comorbidades como dor crônica (75%), epilepsia (35%) e deficiência intelectual (49%). A PC é estática na causa, mas dinâmica na expressão. É essencial para aproveitar a neuroplasticidade (0-3 anos), iniciar intervenções, prevenir complicações e apoiar a saúde mental dos pais. Pode ser feito antes dos 6 meses. A média nos EUA é 19-24 meses, prejudicial devido à abordagem “esperar para ver”. Antes de 5 meses, usam-se Ressonância Magnética (MRI), Avaliação de Movimentos Gerais (GMA) com 97% sensibilidade e Exame Neurológico de Hammersmith (HINE). Após 5 meses, inclui avaliação funcional motora. A Combinação é mais precisa. Sinais Clínicos: dificuldade de deglutição, mãos fechadas, incapacidade de sentar aos 9-12 meses, assimetrias. Comunicação com Pais: Começar perguntando se já ouviram falar de PC e o que pensam, para entender suas expectativas e medos. Sinais sugerem risco, não precisam esperar, ajuda está disponível, não estão sozinhos, há muito a ser feito. O que NÃO dizer: “Vamos esperar para ver”, “Cedo demais”, “Não se preocupe” ou usar terminologia médica vaga. Explicar claramente o que é e o que não é PC, focar em pontos fortes e progresso, reconhecer que é um espectro. Encaminhar para intervenção precoce (fisioterapia, TO), coordenar alimentação, sono, e trabalho social. Realizar consultas estruturadas e, se possível, obter RM e exame genético (se não houver histórico clínico claro). O atraso no diagnóstico pode ser por desconhecimento dos profissionais, desconforto em dar o diagnóstico ou falha em identificar sinais precoces sutis. Em locais com poucos recursos, os pais são os primeiros professores e devem ser capacitados a apoiar o desenvolvimento da criança com os recursos disponíveis. Mensagem Final: Diagnóstico precoce da PC, com ferramentas como GMA, HINE e MRI, melhora desfechos, aproveita a plasticidade cerebral e apoia famílias, sendo viável com diretrizes baseadas em evidências.
Administração de Surfactante Menos Invasiva na Sala de Parto: Uma Iniciativa de Melhoria de Qualidade
Less invasive surfactant administration in the delivery room: A quality improvement initiative. Burris JR, Germain BF, Chess PR, Powers EA, Gillis R, Lewis HG, Tulloch J, Day CL, Dylag AM.J Perinatol. 2025 Jul 10. doi: 10.1038/s41372-025-02350-w. Online ahead of print.PMID: 40640548.
Apresentação: Leticia Perci. Coordenação: Paulo R. Margotto.
A DBP (displasia broncopulmonar) é uma condição complexa que contribui significativamente para a morbidade e mortalidade em bebês prematuros. Houve um aumento de 22,8% para 38% no número de bebês que nunca necessitaram de intubação. Este aumento alcançou mais de 60% de aumento na taxa de bebês que nunca necessitaram de intubação. A taxa de sucesso do procedimento LISA foi de 98,9% (187 de 189 procedimentos) sem a necessidade de abortar e converter para intubação durante o procedimento. Eventos adversos cardiorrespiratórios (bradicardia persistente e/ou dessaturações) ocorreram em 3,1% dos procedimentos LISA. Sem Aumento de Doses Repetidas de Surfactante: A abordagem da LISA na sala de parto permite que a maioria do surfactante seja administrada nos primeiros 10 minutos após o nascimento, o que é consistente com evidências de que o surfactante precoce é vantajoso. Na sua implementação Foi criado um protocolo LISA e apresentada em uma conferência multidisciplinar, envolvendo neonatologistas, fellows, APPs (advanced practice providers), terapeutas respiratórios (RT) e enfermeiros. Portanto, a implementação da LISA na sala de parto, como parte de uma iniciativa de melhoria da qualidade, provou ser uma estratégia segura e eficaz para o manejo do SDR em prematuros, contribuindo para a redução de intervenções invasivas e melhorando significativamente os resultados respiratórios e a incidência de DBP.
ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Reanimação Neonatal no Brasil.Desafios e Avanços
Maria Fernanda Almeida.
Realizado por Paulo R. Margotto.
Os “minutos de ouro” são críticos para a sobrevivência e qualidade de vida dos recém-nascidos. O Programa de Reanimação Neonatal, em parceria com SBP, Fiocruz e Ministério da Saúde, promove treinamento e Diretrizes para reduzir mortalidade e morbidade, enfrentando desafios regionais.
ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025): Nutrição e Desenvolvimento do Prematuro Pós-Alta
Viviane Matos.
Realizado por Paulo R. Margotto
O acompanhamento pós-alta deve ser holístico, promovendo crescimento e desenvolvimento sem deficiências nutricionais, com foco no aleitamento materno, introdução alimentar adequada e suplementação estratégica, sempre considerando o contexto familiar e as particularidades do prematuro.
ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Acesso a cuidados maternos e neonatais de qualidade: diminuindo disparidades regionais e étnicos-raciais
Sônia Isoyama Venâncio.
Realizado por Paulo R. Margotto.
Políticas públicas, como a Rede Aline, e abordagens locais visam reduzir disparidades e melhorar o acesso a cuidados maternos e neonatais, com foco na equidade e na qualidade do atendimento.
ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):O papel da amamentação e as estratégias para a sua continuidade
Marcus Renato de Carvalho.
Realizado por Paulo R. Margotto
O sucesso da amamentação em prematuros depende de uma abordagem interdisciplinar, com suporte contínuo à lactante e manejo educacional, garantindo os benefícios imunológicos e nutricionais do leite humano. O envolvimento da família é crucial!
ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Alimentação de Prematuros: Desafios e Prontidão
Patrícia Junqueira.
Realizado por Paulo R. Margotto.
“Será que sabemos o que significa na essência um bebê ser totalmente funcional nas suas habilidades para ser alimentado/comer?”A alimentação de prematuros deve ser holística, respeitando o desenvolvimento global, experiências do bebê e contexto familiar, promovendo um aprendizado alimentar saudável, prazeroso e sem estresse
Primeiro estudo piloto de fototerapia vestível para hiperbilirrubinemia neonatal.
First in–human pilot study of wearable phototherapy for neonatal hyperbilirubinaemia. Spaan J, Been JV, Wallé Y, Reiss IKM, Wagenaar JHL, Hulzebos CV, van der Geest BAM.Eur J Pediatr. 2025 Jun 9;184(7):407. doi: 10.1007/s00431-025-06239-w.PMID: 40488806.
Realizado por Paulo R. Margotto.
Esse é o primeiro estudo piloto em humanos sobre a fototerapia vestível Jauni (Bilihome BV) para hiperbilirrubinemia neonatal c om 12 bebês. 83%(10/12) concluíram a fototerapia em 48h, com redução mediana de 0,105 mg%/he duração mediana de 23h. Dois neonatos passaram para fototerapia convencional devido a aumento de TSB, sem nenhuma evento adverso grave. Pais e profissionais relataram maior mobilidade, autonomia parental e facilidade na amamentação. Portanto, A fototerapia vestível Jauni é eficaz e segura para a maioria dos neonatos (quase) a termo com hiperbilirrubinemia, promovendo mobilidade e autonomia. Estudos maiores são necessários para validar e otimizar seu uso, especialmente em ambiente domiciliar.
Hipoalbuminemia, Kernicterus e Relação bilirrubina/albumina
Hypoalbuminemia, kernicterus, and the bilirubin/albumin ratio. Stavis RL, Gerdes JS.J Perinatol. 2025 Jul 23. doi: 10.1038/s41372-025-02363-5. Online ahead of print.PMID: 40702157 No abstract available.
Realizado por Paulo R. Margotto.
Embora a utilidade da B/A não seja suportada para o manejo de bebês com níveis de albumina normais, relatos de casos e análises gráficas apoiam a atenção à B/A quando o nível de albumina é inferior a ~2,0–2,5 g/dL (“kernicterus com baixa albumina”). Até que as medições da bilirrubina livre se tornem rotineiras, o manejo ativo da B/A em bebês com hipoalbuminemia significativa pode mitigar o impacto neurotóxico da hiperbilirrubinemia, por levar a um reconhecimento antecipado e tratamento preventivo,