Avaliação de três modos ventilatórios não invasivos após extubação no tratamento de prematuros com síndrome do desconforto respiratório grave

Avaliação de três modos ventilatórios não invasivos após extubação no tratamento de prematuros com síndrome do desconforto respiratório grave

Evaluation of three noninvasive ventilation modes after extubation in the treatment of preterm infants with severe respiratory distress syndrome. Yuan G, Liu H, Wu Z, Chen X.J Perinatol. 2022 Sep;42(9):1238-1243. doi: 10.1038/s41372-022-01461-y. Epub 2022 Aug 11.PMID: 35953535 Clinical Trial.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O suporte respiratório não invasivo oportuno após a extubação da ventilação mecânica pode reduzir a morbidade e melhorar o prognóstico de prematuros. Várias modalidades de suporte respiratório não invasivo estão disponíveis para o tratamento da SDR neonatal: CPAP nasal (NCPAP); Ventilação com pressão positiva nasal sincronizada: IPPB (entre nós, conhecido como VNI-Ventilação Não Invasiva) e a ventilação oscilatória não invasiva de alta frequência: NHFO. Esse estudo avaliou a eficácia e segurança de três modos diferentes de suportes ventilatórios pós-extubação, a partir de 240 bebês com SDR grave, divididos em dois grupos com base na idade gestacional (32 semanas) como limiar: os menores de 32 semanas ou os maiores de 32 semanas. Comparadas às abordagens NCPAP, NIPPV e NHFO têm mais vantagens, como menor tempo de oxigenoterapia total e tempo de ventilação não invasiva do ventilador, menor incidência de complicações (apneia, displasia broncopulmonar-DBP, retinopatia da prematuridade-ROP, vazamento de ar, distensão abdominal) e menor duração e custo de hospitalização nos bebês <32 semanas de idade gestacional ao nascer. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa nos resultados do tratamento e complicações entre os três grupos de bebês com idade gestacional de 32-36 + 6 semanas. A incidência de hemorragia intraventricular no grupo NHFO foi maior do que nos outros grupos, devendo monitorar dinamicamente o valor de dióxido de carbono. Na nossa Unidade extubamos para CPAP nasal em selo d´agua com FiO2 de 50%, pressão de 7 cmH2O, aumentando até 8-9 cmH2O se necessário; se falha, NIPPV sincronizada (Nasal Intermittent positive pressure ventilation*  sincronizada), conhecida entre nós como VNI (ventilação não invasiva, “CPAP nasal ciclado”) nos parâmetros: PEEP: 5-6cmH2O; PI: 2 cmH2O a mais da que estava na VMC (espera-se que na pronga exista uma queda de ± 2cmH2O entre a pressão oferecida e a que chega ao pulmão),  TI: 0,4 seg; FR: 20-25 ipm; Fluxo: 8-10 L/min; FiO2: a mesma que estava na ventilação mecânica convencional).