Categoria: Artigos

Perfuração intestinal espontânea (PIE) em bebês extremamente prematuros expostos à hidrocortisona em baixas doses precocemente

Perfuração intestinal espontânea (PIE) em bebês extremamente prematuros expostos à hidrocortisona em baixas doses precocemente

Spontaneous Intestinal Perforation in Extremely Premature Infants Exposed to Early Low-Dose Hydrocortisone. Cambonie G, Jouffrey A, Tessier B, Combes C, Polito A, Gavotto A.Acta Paediatr. 2025 Nov;114(11):2856-2863. doi: 10.1111/apa.70175. Epub 2025 Jun 11.PMID: 40497674. França.

Realizado por Paulo R. Margotto.

.A PIE é uma condição abdominal grave que afeta primariamente bebês extremamente prematuros (IG < 28 semanas e/ou peso < 1000g). A PIE é associada a um alto risco de mortalidade e comprometimento neurodesenvolvimento. Um estudo observacional avaliou a incidência de PIE em relação à administração de Hidrocortisona em Baixas Doses Precocemente (ELH), usada para prevenir a Displasia Broncopulmonar (DBP). Exposição à ELH Aumenta o Risco de PIE: A taxa de PIE foi significativamente maior no grupo exposto à ELH (8,1% vs. 2,9% no grupo não exposto). O tratamento concomitante precoce com ELH e ibuprofeno (usado para Persistência do Canal Arterial – PCA) esteve associado ao maior risco de PIE, com uma taxa de 11,8% nos bebês cotratados (vs. 3,8% nos não expostos ao cotratamento). A conclusão é que o co-tratamento precoce com ELH e ibuprofeno está associado a um risco aumentado de PIE em bebês nascidos com menos de 28 semanas. Isso reforça a necessidade de direcionamento preciso da terapia ELH, evitando o tratamento concomitante com anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno.Outros fatores associados a PIE: a pré-eclâmpsia materna é um fator de risco independente para PIE em recém-nascidos muito pré-termos, possivelmente devido à hipóxia fetal e isquemia intestinal.Fator Não Associado: o sulfato de magnésio pré-natal (usado para neuroprofilaxia) demonstrou, em metanálises recentes, não aumentar o risco de morbidades gastrointestinais, incluindo PIE, em bebês prematuros. Quanto a ECN após PIR em bebês de muito baixo peso: revisão retrospectiva de 18 anos de mais de 250 neonatos tratados cirurgicamente para PIE, os autores relataram  uma incidência de 11,2% de um episódio discreto de ECN após o tratamento inicial de PIE. A laparotomia, seja devido à falha de drenagem peritoneal ou laparotomia primária, pareceu estar associada ao aumento da incidência de ECN após PIE!

LIVE:Atualização em Neonatologia: Avanços em monitoramento e terapias-USO DA ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER CEREBRAL EM NEONATOLOGIA

LIVE:Atualização em Neonatologia: Avanços em monitoramento e terapias-USO DA ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER CEREBRAL EM NEONATOLOGIA

Margotto PR, Moura MDR. Uso  de ultrassonografia craniana com Doppler em Neonatologia. In.Sociedade Brasileira de Pediatria, Procianoy RS, Leone CR, organizadores.PRORN .Ciclo 21, 2024,p.87-139.

LINK PARA ACESSO DA AULA: https://www.youtube.com/watch?v=l9cDPlH-Dis&authuser=0

SETEMBRO VERDE- PAIS E PEDIATRAS JUNTOS PARA PREVENIR A ASFIXIA PERINATAL

SETEMBRO VERDE- PAIS E PEDIATRAS JUNTOS PARA PREVENIR A ASFIXIA PERINATAL

Live com  Susan Niermeyer (EUA) ocorrida no dia 4/9/2025 com a Coordenação de Gabriel Variane (SP).

Realizado por Paulo R.Margotto.

A partir do relato de uma família mostrou que a experiência da família é um testemunho do impacto devastador da asfixia perinatal e da importância crucial de intervenções rápidas e eficazes por profissionais de saúde treinados para salvar vidas e mitigar sequelas. Os principais pontos de sua fala foi a definição da asfixia perinatal, suas causas, o perfil dos pacientes afetados e mais importantes,                          como prevení-la. A asfixia é responsável por cerca de um quarto a metade de todos os óbitos de recém-nascidos nos primeiros dias de vida, afetando toda a família e a sociedade. Há necessidade de melhoria contínua das habilidades e educação dos profissionais de saúde. Ela fez um chamado à ação para que todos — pais, pediatras e demais profissionais se informem, eduquem, escutem, identifiquem riscos, e trabalhem juntos para reconhecer, responder e reverter a asfixia perinatal, garantindo um bom resultado para os bebês

 

 

 

Primeiro estudo piloto de fototerapia vestível para hiperbilirrubinemia neonatal.

Primeiro estudo piloto de fototerapia vestível para hiperbilirrubinemia neonatal.

First inhuman pilot study of wearable phototherapy for neonatal hyperbilirubinaemia. Spaan J, Been JV, Wallé Y, Reiss IKM, Wagenaar JHL, Hulzebos CV, van der Geest BAM.Eur J Pediatr. 2025 Jun 9;184(7):407. doi: 10.1007/s00431-025-06239-w.PMID: 40488806.

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

Esse é o primeiro estudo piloto em humanos sobre a fototerapia vestível Jauni (Bilihome BV) para hiperbilirrubinemia neonatal c om 12 bebês. 83%(10/12) concluíram a fototerapia em 48h, com redução mediana de 0,105 mg%/he duração mediana de 23h. Dois neonatos passaram para fototerapia convencional devido a aumento de TSB, sem nenhuma evento adverso grave. Pais e profissionais relataram maior mobilidade, autonomia parental e facilidade na amamentação. Portanto, A fototerapia vestível Jauni é eficaz e segura para a maioria dos neonatos (quase) a termo com hiperbilirrubinemia, promovendo mobilidade e autonomia. Estudos maiores são necessários para validar e otimizar seu uso, especialmente em ambiente domiciliar.

Melhorando os resultados dos desfechos de recém-nascidos de alto risco (especialmente prematuros extremos, com foco em neurodesenvolvimento, intervenções precoces e sistemas de acompanhamento)

Melhorando os resultados dos desfechos de recém-nascidos de alto risco (especialmente prematuros extremos, com foco em neurodesenvolvimento, intervenções precoces e sistemas de acompanhamento)

Palestra administrada por Andrea Duncan (EUA) no IX  Encontro Internacional de  Neonatologia, Gramado, RS, 3-5 de abril de 2025.

Realizado por Paulo R. .

Apesar da maior sobrevida, déficits a longo prazo persistem devido a lesões na substância branca. Além de NDI grave (paralisia cerebral, cegueira, surdez), déficits sutis (comportamentais, motores finos, cognitivos) afetam até 35% dos prematuros extremos aos 2 anos, impactando desempenho escolar e socioemocional.25-50% das mães de prematuros apresentam depressão pós-parto ou estresse pós-traumático, afetando o vínculo com o bebê. A parentalidade responsiva (“servir e retornar”) melhora cognição e regulação emocional, enquanto comportamentos intrusivos ou retraídos pioram os desfechos. A neuroplasticidade nos primeiros 2-3 anos permite intervenções eficazes. Programas como Método Canguru, NIDCAP, alimentação baseada em sinais e massagem materna promovem vínculo, regulação fisiológica e desenvolvimento cerebral. Acompanhamento Contínuo (“Follow-through”): Apenas 50% dos bebês elegíveis participam de clínicas de acompanhamento nos EUA, com perdas significativas na transição da alta. Um sistema integrado, com planejamento multidisciplinar e apoio comunitário, melhora adesão e equidade. Práticas na UTIN: Neuroproteção (prevenção de pneumotórax, posicionamento neutro), envolvimento parental (massagem, rounds diários) e programas como SENS (exposição sensorial estruturada) apoiam o desenvolvimento precoce. Determinantes Sociais: Insegurança alimentar e habitacional impacta desfechos. Triagem e suporte às famílias são essenciais. Inteligência Artificial e ressonância magnética auxiliam na detecção precoce de paralisia cerebral e avaliação da substância branca, respectivamente. Colocar sempre a Familia no Centro. Intervenções precoces, acompanhamento contínuo e sistemas integrados que priorizem a família são cruciais para maximizar o potencial de bebês de alto risco, aproveitando a neuroplasticidade e abordando fatores biomédicos e sociais.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Principais problemas respiratórios que afetam recém-nascidos prematuros

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Principais problemas respiratórios que afetam recém-nascidos prematuros

Renato Procianoy.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Com a tecnologia e a queda da mortalidade, o foco mudou para a diminuição da morbidade e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes; a qualidade de vida que a criança terá após a alta é o principal objetivo do cuidado neonatal.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Gravidez na adolescência e Políticas de Saúde Pública

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Gravidez na adolescência e Políticas de Saúde Pública

Denise Leite OCampos

Realizado por Paulo R. Margotto.

Em 2023, o Brasil registrou quase 12% de partos prematuros, totalizando cerca de 340.000 bebês prematuros, o que significa seis a cada 10 minutos; adolescentes entre 10 e 13 anos têm um risco 56% maior de parto prematuro em comparação com mulheres adultas.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Inovações no Cuidado Respiratório do Prematuro Internado

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Inovações no Cuidado Respiratório do Prematuro Internado

Guilherme Sant´Anna (Canadá)

Realizado por Paulo R., Margotto.

o cuidado respiratório é fundamental para o sucesso no tratamento de prematuros cada vez mais extremos. É essencial ter em mente que “quanto mais simples, melhor”. Se houver a necessidade de complicar ou sofisticar, deve-se saber exatamente como e por que dessa intervenção