Categoria: Distúrbios Neurológicos

Resultados do neurodesenvolvimento em bebês com encefalopatia neonatal recebendo hidrocortisona durante hipotermia terapêutica: acompanhamento do estudo CORTISoL estendido

Resultados do neurodesenvolvimento em bebês com encefalopatia neonatal recebendo hidrocortisona durante hipotermia terapêutica: acompanhamento do estudo CORTISoL estendido

Neurodevelopmental outcome in infants with neonatal encephalopathy receiving hydrocortisone during therapeutic hypothermia: follow-up of the extended-CORTISoL trial. Kovacs K, Szakmar E, Dobi M, Varga Z, Meder U, Szabo AJ, McNamara PJ, Szabo M, Jermendy A.J Perinatol. 2025 Sep 22. doi: 10.1038/s41372-025-02428-5. Online ahead of print.PMID: 40983658.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Este estudo de acompanhamento do ensaio CORTISoL investigou o impacto da hidrocortisona (HC) em 55 bebês ≥36 semanas com encefalopatia neonatal (EN) e hipotensão durante hipotermia. Randomizados para HC (0,5 mg/kg/6h) ou placebo + dopamina, os bebês foram avaliados aos 2 anos via Bayley-II. Morte ou comprometimento grave ocorreu em 40% no grupo HC vs. 18% no placebo (p=0,13). A dose cumulativa de HC associou-se a pior resultado cognitivo (aumento de 16% nas chances por 1 mg/kg; IC95% 1,01–1,37; p=0,04), independente da gravidade da EN. que a dose cumulativa de HC associou-se   adversos  resultados cognitivos. Ensaios maiores são necessários para esclarecer efeitos de longo prazo.

 

Eixo intestino-pulmão-cérebro: detalhes que mudam o prognóstico

Eixo intestino-pulmão-cérebro: detalhes que mudam o prognóstico

Palestra apresentada pelo Dr. Mauricio Magalhães no XXXII Encontro Internacional de Neonatologia do Hospital Santa Casa de São Paulo, 16-17/6/2025.

Realizado por Paulo R. Margotto

A Palestra destaca a comunicação bidirecional e complexa entre intestino, pulmão e cérebro em neonatos, que é crucial para o sistema imunológico, maturação de órgãos e bem-estar, mediada por vias neurais, hormonais e imunológicas. O desenvolvimento da microbiota intestinal é um evento chave na vida neonatal, influenciado por bactérias maternas, tipo de parto e, principalmente, pela alimentação (leite materno ou fórmula). A disbiose (desequilíbrio da microbiota) tem graves consequências, como displasia broncopulmonar (DBP) e enterocolite necrosante (ECN) em prematuros, e impacta negativamente o neurodesenvolvimento, associando-se a sepse neonatal, déficits cognitivos e comportamentais, ansiedade, depressão e Transtornos do Espectro Autista (TEA). A falta de nutrição enteral precoce pode levar a um “intestino permeável”, que induz inflamação sistêmica afetando todos os órgãos, incluindo o cérebro. Metabólitos produzidos pela microbiota, como ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e metabólitos do triptofano, influenciam positivamente o desenvolvimento e a função cerebral. O leite materno (da própria mãe) é o padrão ouro da nutrição, rico em IgA, bactérias probióticas e oligossacarídeos (HMOs), que reduzem a incidência de ECN, sepse, retinopatia da prematuridade (ROP) e DBP, além de promoverem maior volume cerebral e melhor conectividade. A colostroterapia (0,2 ml a cada 3 horas) é uma prática importante, estimulando bifidobactérias e fortalecendo a barreira intestinal. O leite humano doado pasteurizado (DHM) é a melhor alternativa ao leite da própria mãe, pois favorece um microbioma intestinal mais semelhante ao leite materno do que a fórmula, apesar de algumas perdas no processo de pasteurização. O uso de antibióticos em neonatos, mesmo necessário para prevenir sepse, pode ser prejudicial à microbiota, alterando sua diversidade e impactando o neurodesenvolvimento. Estudos mostraram que o uso de antibióticos por mais de 5 dias em prematuros extremos aumenta a incidência de ECN e mortalidade. Pesquisas com camundongos indicam que a exposição precoce à penicilina altera substancialmente a microbiota intestinal e a expressão gênica em áreas cerebrais cruciais para o neurodesenvolvimento, com efeitos de longo prazo no microbioma. A cafeína, usada para apneia da prematuridade, melhora o prognóstico pulmonar e influencia positivamente o neurodesenvolvimento. O rápido crescimento cerebral requer alta demanda nutricional, sendo o DHA e ARA importantes para a inteligência e redução de ROP.

Manejo de recém-nascidos em risco de síndrome de abstinência neonatal (NAS)/síndrome de abstinência de opioides neonatais (NOWS): atualizações e melhores práticas emergentes Livre

Manejo de recém-nascidos em risco de síndrome de abstinência neonatal (NAS)/síndrome de abstinência de opioides neonatais (NOWS): atualizações e melhores práticas emergentes Livre

Managing newborns at risk for neonatal abstinence syndrome (NAS)/neonatal opioid withdrawal syndrome (NOWS): Updates and emerging best practices. Michael Narvey, MD , Danica Hamilton, RN MN MBA , Vanessa Paquette,BSc(Pharm) ACPR PharmD. Paediatrics & Child Health, pxaf013, https://doi.org/10.1093/pch/pxaf013

Managing newborns at risk for neonatal abstinence syndrome …

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

A Síndrome de Abstinência Neonatal (NAS) ou Síndrome de Abstinência de Opioides Neonatais (NOWS) é uma condição que afeta recém-nascidos expostos a substâncias, especialmente opioides, durante a gestação. A incidência de NAS tem aumentado significativamente, com o Canadá relatando um aumento de 3,5 para 6,3 por 1.000 nascidos vivos de 2010 a 2020. Os sintomas da NAS/NOWS podem afetar múltiplos sistemas do recém-nascido, incluindo o nervoso central, gastrointestinal, respiratório e musculoesquelético, e sua apresentação varia conforme a substância, frequência e dose de uso. Bebês prematuros tendem a ter menor risco e sintomas menos aparentes. A avaliação dos recém-nascidos em risco é crucial. Ferramentas como a pontuação de Finnegan são amplamente utilizadas, mas o modelo “Eat Sleep Console” (ESC) é uma alternativa emergente e baseada em evidências, focada na capacidade do recém-nascido de comer, dormir e ser consolado, e tem demonstrado diminuir o tempo de internação e a necessidade de tratamento farmacológico. O manejo inicial é primariamente de suporte não farmacológico, incluindo cuidados pele a pele, ambiente tranquilo, amamentação direta ou com leite humano e alojamento conjunto. A manutenção da díade mãe/pai-bebê no alojamento conjunto é fundamental, associada a menores internações em UTIN e menor necessidade de farmacoterapia. Se os sintomas persistirem ou forem graves, a intervenção farmacológica pode ser necessária. Opioides como morfina e metadona são os medicamentos de primeira linha mais comuns, e sedativos não opioides como fenobarbital e clonidina podem ser adicionados como adjuvantes. É crucial não administrar naloxona em recém-nascidos com NAS/NOWS, pois pode exacerbar a síndrome de abstinência. A acupuntura tem sido proposta como intervenção, mas as evidências atuais são limitadas e insuficientes para apoiar seu uso rotineiro. O planejamento da alta e a continuidade do cuidado na comunidade são essenciais, podendo incluir o desmame da medicação em casa, o que tem ostrado benefícios como menor tempo de internação e menos visitas de retorno ao hospital.

SETEMBRO VERDE- PAIS E PEDIATRAS JUNTOS PARA PREVENIR A ASFIXIA PERINATAL

SETEMBRO VERDE- PAIS E PEDIATRAS JUNTOS PARA PREVENIR A ASFIXIA PERINATAL

Live com  Susan Niermeyer (EUA) ocorrida no dia 4/9/2025 com a Coordenação de Gabriel Variane (SP).

Realizado por Paulo R.Margotto.

A partir do relato de uma família mostrou que a experiência da família é um testemunho do impacto devastador da asfixia perinatal e da importância crucial de intervenções rápidas e eficazes por profissionais de saúde treinados para salvar vidas e mitigar sequelas. Os principais pontos de sua fala foi a definição da asfixia perinatal, suas causas, o perfil dos pacientes afetados e mais importantes,                          como prevení-la. A asfixia é responsável por cerca de um quarto a metade de todos os óbitos de recém-nascidos nos primeiros dias de vida, afetando toda a família e a sociedade. Há necessidade de melhoria contínua das habilidades e educação dos profissionais de saúde. Ela fez um chamado à ação para que todos — pais, pediatras e demais profissionais se informem, eduquem, escutem, identifiquem riscos, e trabalhem juntos para reconhecer, responder e reverter a asfixia perinatal, garantindo um bom resultado para os bebês

 

 

 

Encefalopatia Neonatal (EN)-controvérsias e atualização

Encefalopatia Neonatal (EN)-controvérsias e atualização

Palestra administrada pela Dra. Nikki Robertson (Reino Unido), no IX Encontro Internacional de Neonatologia, Gramado, 3-5 de abril de 2025.

Realizado por Paulo R. Margotto.

A EN é uma função neurológica alterada em neonatos, frequentemente associada à encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), mas também a infecções, AVC, e outras causas. Em países de alta renda, a hipotermia terapêutica (HT) é o padrão-ouro, reduzindo desfechos adversos em 45%. Ela age na neuroproteção ao reduzir inflamação, morte celular, taxa metabólica e radicais livres, promovendo o reparo endógeno. A lesão cerebral é um processo de três fases (primária, secundária e terciária), com a hipotermia atuando na fase secundária.    Em países de baixa e média renda, como Uganda e Sudeste Asiático, estudos sugerem que a hipotermia pode não ser benéfica, devido a fatores como infecção e inflamação.  Para neonatos prematuros (33-35 semanas), a hipotermia não mostrou reduzir mortalidade ou deficiência e pode até aumentar esses riscos, levando à suspensão da prática no Reino Unido para essa faixa etária. Para a EN leve, há controvérsia. Embora estudos iniciais a excluíssem, metanálises recentes indicam que até 25% dos bebês com EN leve podem ter desfechos adversos. No entanto, a tendência de benefício da hipotermia não é forte o suficiente para guiar a terapia, e a lesão em casos leves pode ter ocorrido muito antes do nascimento, tornando o resfriamento ineficaz.Estudos no Brasil mostraram que 62% dos centros usam hipotermia terapêutica. A telemedicina com neuromonitorização remota por eletroencefalograma (EEG) se mostrou eficaz na detecção e tratamento de crises em bebês com EN, garantindo protocolos consistentes e treinamento. Durante a hipotermia, é crucial prevenir lesões secundárias otimizando a ressuscitação, evitando hipertermia (especialmente no reaquecimento) e tratando convulsões. A manutenção de temperatura ótima é vital, e a disglicemia (flutuação de glicose) está associada a piores desfechos.   Melatonina: Um potente antioxidante e antiinflamatório, que em estudos pré-clínicos demonstrou reduzir a lesão cerebral. Um estudo de fase I (ACUMEN) está para começar no Reino Unido para testar uma formulação intravenosa em neonatos com EHI.   O Pós-condicionamento Isquêmico Remoto (RIPostC) é uma  técnica não invasiva de isquemia e reperfusão em um membro que ativa vias protetoras endógenas. Estudos em leitões e um estudo recente em 32 neonatos confirmaram sua segurança e viabilidade como terapia adjuvante.     Entre os biomarcadores, a espectroscopia por ressonância magnética (MRS), com a razão lactato/N-acetil aspartato (NAA), é um biomarcador crucial para monitorar a lesão cerebral e predizer desfechos. Em suma, a apresentação enfatiza a necessidade de adaptar as terapias neuroprotetoras, utilizando biomarcadores e novas abordagens diagnósticas e terapêuticas para otimizar os desfechos na encefalopatia neonatal.

Biomarcadores e previsão de resultados na Encefalopatia Neonatal

Biomarcadores e previsão de resultados na Encefalopatia Neonatal

Palestra administrada pela Dra. Nikk Robertson (Reino Unido), no IX Encontro Internacional de Neonatologia, Gramado, 3-5 de abril de 2025.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O objetivo dos biomarcadores na encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) inclui identificar bebês elegíveis para terapias neuroprotetoras, auxiliar no prognóstico, aconselhamento e otimização da terapia. A ressonância magnética (RM) é fundamental na EHI. O melhor momento para a RM com imagem ponderada em difusão (DWI) é entre 4 a 6 dias de vida, não sendo recomendado durante o resfriamento, a menos que seja para redirecionar a assistência. Os corpos mamilares (MB- mammillary body) são estruturas pequenas (requerem cortes de 2 mm ou menos na RM) importantes para a memória e podem ser um marcador precoce de problemas cognitivos e de memória em idade escolar. Estudo mostrou corpos mamilares anormais em 40% dos bebês com EHI, independentemente da gravidade da lesão, indicando sua vulnerabilidade à hipóxia. Espectroscopia por Ressonância Magnética (MRS): Oferece uma janela bioquímica contínua do cérebro, com foco em lactato (marcador de falha oxidativa) e NAA (marcador de densidade neuronal). O sinal anormal da MB está presente em um número substancial de bebês, apesar de serem submetidos a tratamento de hipotermia, o que poderia, pelo menos em parte, explicar por que bebês com histórico de encefalopatia neonatal apresentam déficits cognitivos e de memória na idade escolar, apesar de terem sido submetidos a tratamento terapêutico de hipotermia.

Uso do Levetiracetam endovenoso (EV) no controle da Convulsão Neonatal: por quê, quando e como?

Uso do Levetiracetam endovenoso (EV) no controle da Convulsão Neonatal: por quê, quando e como?

Paula Girotto (SP).XXXII Encontro Internacional de Neonatologia da Santa Casa de São Paulo, 16-17 de maio de 2025.

Realizado por Paulo R. Margotto.

As crises neonatais são muito prevalentes, ocorrendo em 35% dos pacientes com encefalopatia hipóxico-isquêmica e até 55% nos acidentes vasculares isquêmicos. A maioria dessas crises, especialmente em eventos hipóxico-isquêmicos, são subclínicas ou eletrográficas, exigindo monitorização para detecção.  O manejo adequado e a intervenção rápida e eficaz são cruciais para reduzir sequelas neurológicas e proteger o desenvolvimento cerebral. Administrar a medicação dentro da primeira hora da identificação da crise resulta em melhor controle nas 24 horas seguintes.  Atrasos (entre 1 e 2 horas, ou mais de 2 horas) levam a um aumento da carga de crises (“seizure burden”) nas próximas 24 horas, prejudicando a neuroproteção. O levetiracetam tem se mostrado     superioridade em relação à fenitoína na neonatologia ainda seja questionada por falta de estudos robustos, apesar de serem comparáveis na faixa etária pediátrica.  Sua rapidez intrínseca, bom perfil de efeitos colaterais, baixa toxicidade e mínimas interações medicamentosas o tornam uma excelente opção de segunda linha, especialmente para pacientes instáveis. Doses: Ataque: 40 mg/kg, com uma segunda dose de 20 mg/kg após 15 minutos se não houver controle da crise. Há uma tendência atual de uso de doses mais altas: 60 mg/kg, repetidas com 60 mg/kg, com perfil de segurança aceitável, mas aguardam resultados mais robustos. Dose de Manutenção: Varia de 40 a 60 mg/kg/dia, podendo chegar a 80 mg/kg/dia, dividida em três doses diárias.

Implementação de uma estratégia de intervenção precoce para dilatação ventricular pós-hemorrágica (PHVD) em bebês prematuros.

Implementação de uma estratégia de intervenção precoce para dilatação ventricular pós-hemorrágica (PHVD) em bebês prematuros.

Implementation of an early intervention strategy for post hemorrhagic ventricular dilatation in preterm infants.

Wilson D, Breitbart S, DiFonzo L, Kelly E, Diambomba Y, Kajal D, Raghuram K, Wong S, Ng E, Church P, Asztalos E, Glanc P, Cizmeci M, Pais R, Traubici J, Leijser LM., Miller SP, Kulkarni AV, Ly LG.J Perinatol. 2025 Jul 25. doi: 10.1038/s41372-025-02371-5. Online ahead of print.PMID: 4071573.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Um protocolo de intervenção precoce foi implementado em três UTINs em Toronto, Canadá. Bebês com hemorragia intraventricular grave (grau III ou superior) foram monitorados por ultrassonografias cranianas (cUS) para medir o índice ventricular (VI) e a largura do corno anterior (AHW). Dos 100 bebês, 70 sobreviveram, com 46% apresentando resolução espontânea da PHVD. Dos 38 que necessitaram de intervenção, 60% resolveram com punções lombares, 16% com dispositivo de acesso ventricular e 24% com derivação ventrículo-peritoneal. A intervenção precoce para PHVD foi viável e associada a melhores desfechos neurodesenvolvimentais em comparação com a abordagem tardia. A intervenção precoce para PHVD foi viável e associada a melhores desfechos neurodesenvolvimentais em comparação com a abordagem tardia.

Espectro de Kernicterus

Espectro de Kernicterus

Kernicterus on the Spectrum. Kasirer Y, Kaplan M, Hammerman C.Neoreviews. 2023 Jun 1;24(6):e329-e342. doi: 10.1542/neo.24-6-e329.PMID: 37258501 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O kernicterus é a sequela tóxica da hiperbilirrubinemia neonatal extrema, onde o excesso de bilirrubina livre não conjugada (UCB) atravessa a barreira hematoencefálica, causando danos irreversíveis e seletivos a células cerebrais vulneráveis, como os gânglios da base, o cerebelo e o sistema auditivo. A bilirrubina livre (Bf) é a principal responsável pelo dano, embora o manejo clínico se baseie nos níveis de bilirrubina sérica total (TSB). Para clarificar a terminologia confusa e sobreposta usada historicamente, o artigo propõe o conceito de Transtorno do Espectro de Kernicterus (KSD). O KSD abrange a neurotoxicidade por bilirrubina como um contínuo, usando modificadores para especificar subtipos e graus de gravidade (ex: predominantemente auditivo ou motor, agudo ou crônico, grave ou leve) motor deficiente e movimentos anormais, perturbação do processamento auditivo. O artigo traz  Um sistema de pontuação numérica, a pontuação disfunção neurológica induzida por bilirrubina foi desenvolvida para quantificar a extensão a sua extensão. A pontuação consiste em uma escala de 9 pontos que avalia o estado mental, o tônus muscular e os padrões de choro.

Momento para a admissão escolar de crianças com deficiências

Momento para a admissão escolar de crianças com deficiências

Andrea Duncan (EUA).Palestra administrada pela Dra. Andrea Duncan, no IX Encontro Internacional de Neonatologia, Gramado, 3-5 de abril de 2025.

Realizado por Paulo R. Margotto

Nessa Palestra é abordada   a prontidão escolar para crianças com deficiências, com ênfase em prematuros, destacando sua importância para desfechos sociais, econômicos e de saúde, e a necessidade de intervenções precoces iniciadas na UTI neonatal (UTIN). A prontidão escolar é crucial para o sucesso de crianças com deficiências, reduzindo desigualdades precocemente e promovendo melhores resultados sociais, econômicos e de saúde .Intervenções na UTIN podem influenciar a prontidão, promovendo identificação precoce e sistemas educacionais inclusivos. A educação começa em casa e na comunidade, com experiências precoces moldando o desenvolvimento cerebral. A prontidão escolar para crianças com deficiências exige uma abordagem holística, iniciada na UTIN, envolvendo famílias, escolas e comunidades. Intervenções precoces, avaliações multidimensionais e ambientes inclusivos são essenciais para reduzir desigualdades e promover sucesso educacional. Profissionais de saúde têm papel crucial em monitoramento, educação parental e advocacia por políticas de apoio.