Categoria: Distúrbios Neurológicos

Publicação No 6.063! ASSOCIAÇÃO ENTRE SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO DE 5 MINUTOS E MORTE NEONATAL E HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDOS EXTREMAMENTE PREMATUROS

Publicação No 6.063! ASSOCIAÇÃO ENTRE SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO DE 5 MINUTOS E MORTE NEONATAL E HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDOS EXTREMAMENTE PREMATUROS

Association between 5minute oxygen saturation and neonatal death and intraventricular hemorrhage among extremely preterm infants. Jiang S, Cui X, Katheria A, Finer NN, Bennett MV, Profit J, Lee HC.J Perinatol. 2024 Dec 11. doi: 10.1038/s41372-024-02194-w. Online ahead of print.PMID: 39663396

Realizado por Paulo R. Margotto.

O desfecho composto de morte e/ou hemorragia intraventricular (HIV) nos RN <28 semanas foi de 2,01, IC 95% 1,27, 3,18 nos RN com SatO2 ao 5 min <80%. Após ajuste para idade gestacional, pontuação de Apgar de 1 min e local, uma SpO2 baixa de 5 min foi independentemente associada a riscos aumentados do resultado composto (RR ajustado 1,65, IC de 95% 1,03–2,63), morte precoce (RR ajustado 3,08, IC de 95% 1,02–9,32) e HIV grave (RR ajustado 2,32, 1,07–4,99). Quando a SpO2 de 5 min foi menor ou igual a 85%, cada aumento de 10% na SpO2 de 5 min correspondeu a uma redução de 5,1% na probabilidade prevista de morte e/ou HIV grave. Neste estudo de coorte multicêntrico de bebês extremamente prematuros, quase metade não atingiu a meta recomendada de SpO2 de 5 min de 80%. Por que? Todos os hospitais participantes em nosso estudo teriam adotado a estratégia de oxigênio inicial baixo recomendada pelas Diretrizes atuais. No entanto, uma grande metanálise recente encontrou risco reduzido de mortalidade em bebês ressuscitados com alto oxigênio inicial em comparação com aqueles com baixo oxigênio inicial, desafiando a prática atual (leia estudo completo de Sotiropoulos JX et al  nos complementos!), sugerindo titulação conservadora de FiO2 e suprimento de oxigênio potencialmente insuficiente para bebês inicialmente hipóxicos, INDICANDO UMA NECESSIDADE POTENCIAL DE MUDANÇA NAS PRÁTICAS DE RESSUSCITAÇÃO  (no a prematuros extremos). A recomendação atual de meta de SpO2 de 5 min é baseada na faixa “normal” observada em bebês saudáveis ​​a termo. No entanto, a meta ideal pode ser aquela que leva aos melhores resultados em vez de simplesmente espelhar dados “normativos”. O estudo apoia a recomendação atual de uma meta de SpO2 de 5 min de ≥80% para bebês extremamente prematuros, pois não atingir esse limite está associado a riscos significativamente maiores de morte precoce e HIV grave.

Suplementação oral de sódio no crescimento e hipertensão arterial em prematuros: um estudo de coorte observacional

Suplementação oral de sódio no crescimento e hipertensão arterial em prematuros: um estudo de coorte observacional

Oral sodium supplementation on growth and hypertension in preterm infants: an observational cohort study.Petersen RY, Clermont D, Williams HL, Buchanan P, Hillman NH.J Perinatol. 2024 Oct;44(10):1515-1522. doi: 10.1038/s41372-024-02088-x. Epub 2024 Aug 5.PMID: 39103473. Estados Unidos.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Estudos mostraram que um balanço negativo de sódio é prejudicial para o crescimento e o neurodesenvolvimento. Neste estudo de coorte retrospectivo de bebês prematuros nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional, a suplementação enteral de sódio foi associada a melhor ganho de peso, melhor crescimento do perímetro cefálico, melhora dos níveis séricos de sódio sem aumento de hipernatremia ou hipertensão. Não houve correlação entre os níveis de sódio na urina e os níveis séricos ou com o crescimento, e eles podem ter uso limitado em neonatos com néfrons imaturos. Em prematuros com baixo ganho de peso, a adição de suplementação enteral de sódio pode melhorar o sódio corporal geral e o crescimento sem riscos aparentes no período neonatal. Segundo Segar JL (nos complementos),  pensar no sódio como um nutriente.

Eletroencefalografia de amplitude integrada mostrou alterações na atividade cerebral em gêmeos monocoriônicos com síndrome de transfusão feto-fetal

Eletroencefalografia de amplitude integrada mostrou alterações na atividade cerebral em gêmeos monocoriônicos com síndrome de transfusão feto-fetal

Amplitudeintegrated electroencephalography showed alterations in cerebral activity in monochorionic twins with twin-to-twin transfusion syndrome. Schreiner C, Staudt A, Neubauer V, Kiechl-Kohlendorfer U, Griesmaier E.Acta Paediatr. 2024 Dec 9. doi: 10.1111/apa.17532. Online ahead of print.PMID: 39652525. Artigo Gratis! Áustria.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O estudo mostrou que prematuros MONOCORIÔNICOS COM SÍNDROME DE TRANSFUSÃO FETO-FETAL apresentaram pontuações de maturação total de aEEG mais baixas nas primeiras semanas de vida, podendo indicar um distúrbio de perfusão cerebral além de maior incidência de hemorragia intraventricular (18,2% x-versus 1,8%),  em comparação com gêmeos monocoriônicos sem STTT nascidos entre 2010 e 2022. Isso pode ser um sinal precoce de distúrbios no desenvolvimento cerebral (tem sido  uma taxa maior de lesão cerebral em gêmeos monocoriônicos com transfusão feto-fetal , incluindo ventriculomegalia, hemorragia intraventricular, lesão isquêmica e atrofia cerebral. Nos complementos: o neurodesenvolvimento dos bebês monocoriônicos deve ser monitorizado especialmente após a alta para garantir que as famílias recebam apoio e intervenção adequados para otimizar o melhor potencial de resultados.

Impacto agudo da dilatação ventricular pós-hemorrágica na oxigenação cerebral em recém-nascidos prematuros com hemorragia intraventricular (HIV).

Impacto agudo da dilatação ventricular pós-hemorrágica na oxigenação cerebral em recém-nascidos prematuros com hemorragia intraventricular (HIV).

Acute impact of posthemorrhagic ventricular dilatation on cerebral oxygenation in preterm infants with intraventricular haemorrhage.Steiner M, Elis J, Giordano V, Kienast P, Ciglar L, Langs G, Vignolle GA, Olischar M, Berger A, Goeral K.Acta Paediatr. 2024 Dec;113(12):2573-2581. doi: 10.1111/apa.17375. Epub 2024 Aug 8.PMID: 39115973.ARTIGO GRÁTIS! Áustria

Realizado por Paulo R. Margotto

O desenvolvimento da dilatação ventricular pós-hemorrágica (PHVD) está fortemente associado a comprometimento grave do neurodesenvolvimento, pois leva a um aumento na pressão intracraniana e lesão por radicais livres induzida por inflamação, causando danos principalmente à substância branca cerebral. Em neonatos prematuros com HIV ocorre uma diminuição prolongada da saturação regional de oxigênio (rScO 2) e um aumento na extração fracionada de oxigênio do tecido cerebral (cFTOE) que pode peristir até 7 dias! Esse estudo mostra que a implementação precoce da drenagem do líquido cefalorraquidiano por meio de punções lombares repetidas não apenas atinge uma redução preliminar na pressão intracraniana e melhora da oxigenação cerebral, mas também pode ajudar a adiar a necessidade de intervenções neurocirúrgicas mais invasivas. Além disso, nossos resultados sugerem que o NIRS é uma ferramenta potencial para auxiliar na tomada de decisão clínica no tratamento de pacientes com PHVD progressiva. Marcadores como rScO 2 baixo e/ou um aumento no cFTOE podem indicar a necessidade de descompressão ventricular.

 

ULTRASSOM CEREBRAL DOPPLER NA ENCEFALOPATIA HIPÓXICOISQUÊMICA (EHI): ESTADO DA ARTE

ULTRASSOM CEREBRAL DOPPLER NA ENCEFALOPATIA HIPÓXICOISQUÊMICA (EHI): ESTADO DA ARTE

Apresentado por Paulo R. Margotto no 1º Congresso Internacional de neonatologia do Distrito Federal, 28-29 de novembro, 2024.

Para um diagnóstico preciso da EHI neonatal  a neuroimagem é o tratamento padrão para confirmar o diagnóstico (  (às vezes pode ser uma malformação cerebral), determinar o momento, a natureza e  a extensão da lesão e confirmar o prognóstico ((para um plano de acompanhamento na dependência. A Ressonância Magnética cerebral (RM) é o  padrão ouro para imagens de bebês com EHI (no entanto, após a hipotermia terapêutica (HT) com  RM normal, 43% com resultados adversos!). o Ultrassom (US) é uma  poderosa ferramenta alternativa à RM, quando não disponível ou quando  o bebê não está estável o  suficiente para ser transportado.  Considerado modalidade de neuroimagem de primeira linha para estudar o cérebro neonatal. Às vezes é a única ferramenta disponível na imensa maioria das Unidade Neonatais do país para avaliar o cérebro dos recém-nascidos. De preferência, que o US seja realizado pelo neonatologista, sempre ciente da história clinica. A importância do Índice de Resistência é devido ser o distúrbio hemodinâmico cerebral o principal fator do mecanismo fisiopatológico da EHI neonatal.

 

 

Avaliação do tamanho ventricular e resultados neurocognitivos em crianças com fechamento pós-natal de mielomeningocele

Avaliação do tamanho ventricular e resultados neurocognitivos em crianças com fechamento pós-natal de mielomeningocele

Assessment of Ventricular Size and Neurocognitive Outcomes in Children with Postnatal Closure of Myelomeningocele.Lai GY, Pfeifle GB, Castillo H, Harvey J, Farless C, Davis T, Castillo J, Gupta N.J Pediatr. 2024 Nov;274:114167. doi: 10.1016/j.jpeds.2024.114167. Epub 2024 Jun 27.PMID: 38944186.

Apresentação: Paulo R. Margotto.

Em crianças com mielomeningocele, 70%-80% das que passam por fechamento cirúrgico pós-natal  e 40% dos pacientes que passam por fechamento cirúrgico pré-natal necessitam de um procedimento de desvio líquido cefalorraquidiano (LCR), geralmente uma derivação ventriculoperitoneal (VP), para tratar hidrocefalia . Devido às comorbidades associadas às complicações da derivação , muitos Centros adotaram abordagens mais conservadoras que aceitam tamanho ventricular maior e/ou colocação de uma derivação VP mais tarde na vida. A necessidade de derivação do LCRfoi associada a piores resultados neurocognitivos em estudos envolvendo pacientes com  e sem  mielomeningocele. Essas descobertas levaram a uma tendência ao longo dos anos de aceitar ventrículos maiores e colocação tardia de uma derivação VP em crianças com mielomeningocele. Análise secundária mais recente de uma coorte de crianças com mielomeningocele em idade escolar com hidrocefalia derivada tiveram piores resultados adaptativos e cognitivos em comparação com aqueles que não foram derivados. Nesse estudo pacientes que tiveram um  shunt VP  tiveram FOHR (razão do corno frontal-occipita)l maior em média do que aqueles que não tiveram um shunt ( P  < 0,001). No entanto, herniação cerebelar foi maior no grupo derivado (77% vs 23%; P  < 0,01). Na visão do experiente neurocirurgão Dr. Benicio usar o bom senso “aceitar um pouco de ventriculomegalia sim, mas não demais. Alguns neurocirurgiões aceitam índice ventricular de 0,5 até 0.6” No entanto, estudos maiores são necessários para explorar mais a fundo a relação entre tamanho do ventrículo, hidrocefalia e resultados do neurodesenvolvimento, incluindo inclusão de crianças com fechamento pré-natal.

Displasia broncopulmonar (DBP) grave afeta negativamente o crescimento cerebral em bebês prematuros

Displasia broncopulmonar (DBP) grave afeta negativamente o crescimento cerebral em bebês prematuros

Severe Bronchopulmonary Dysplasia Adversely Affects Brain Growth in Preterm Infants. Shimotsuma T, Tomotaki S, Akita M, Araki R, Tomotaki H, Iwanaga K, Kobayashi A, Saitoh A, Fushimi Y, Takita J, Kawai M.Neonatology. 2024 Apr 22:1-9. doi: 10.1159/000538527. Online ahead of print.PMID: 38648742. Japão.

Realizado por Paulo R.Margotto.

Neste estudo, os volumes cerebrais do cérebro total e da substância branca cerebral aos 18 meses de idade corrigida em crianças nascidas prematuras com DBP grave foram significativamente menores do que aqueles em crianças nascidas prematuras sem DBP grave. O grupo com DBP grave teve pontuações de quociente de desenvolvimento mais baixas (total, área postural-motora e área cognitivo-adaptativa) do que o grupo com DBP não grave. Em bebês prematuros, a lesão da substância branca e a hipomielinização podem ser causadas por hipóxia intermitente devido à DBP grave, o que pode levar a uma diminuição na neurogênese ou proliferação neuronal e desaceleração da velocidade de crescimento na substância branca.

Escroto azul como sinal de hemorragia adrenal neonatal

Escroto azul como sinal de hemorragia adrenal neonatal

Blue Scrotum as a Sign of Neonatal Adrenal Hemorrhage. Puzone S, Montaldo P.J Pediatr. 2024 Nov;274:114186. doi: 10.1016/j.jpeds.2024.114186. Epub 2024 Jul 8.PMID: 38986928 Artigo Grátis! No abstract available.

Realizado por Paulo R. Margotto

O exame físico logo após o nascimento DE UM RN DE PARTO foi normal, apesar do parto difícil. Dois dias após o nascimento, uma descoloração azulada e inchaço indolor do hemiscroto direito foram observados. Este achado (sinal de Bryant) sugeriu uma hemorragia adrenal neonatal, que foi posteriormente confirmada por ultrassonografia do abdômen. A hemorragia adrenal é tipicamente contida dentro da cápsula da glândula adrenal. No entanto, o sangue pode às vezes se espalhar para o retroperitônio ou para a cavidade peritoneal e causar descoloração azulada e inchaço do escroto.

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: LEUCOMALÁCIA MULTICÍSTICA NO CENTRO SEMI-OVAL

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: LEUCOMALÁCIA MULTICÍSTICA NO CENTRO SEMI-OVAL

Paulo R. Margotto.

Trata-se de um recém-nascido de 31 semanas, Apgar 8/9, 1970g ao nascer, evoluindo com desconforto respiratório ao nascimento e necessitando de CPAP na Sala de Parto. Apresentou pneumonia, PCA hemodinamicamente significativo, enterocolite necrosante, monitorização aEEG mostrou eventos epiléticos. O US mostrou hiperecogenicidade, principalmente na região frontal, evoluindo para leucomalácia no centro semi-oval. Segundo o Dr. Sérgio Veiga, neuropediatra, “os centros semi ovais, a direita e esquerda são as duas porções de substância branca dos hemisférios cerebrais que estão entre o córtex cerebral e os ventrículos laterais; é formado por fibras que ligam regiões corticais do mesmo hemisfério, outras que ligam áreas homólogas dos hemisférios opostos e áreas do córtex e de regiões subcorticais; quando se observa cistos nelas, a criança poderá ter uma variedade de sintomas motores, distúrbio de movimento e outros sensitivos bilaterais; geralmente resulta na paralisia cerebral mista, assimétricas, quadriparética de intensidade que depende da intensidade das lesões”.

Efeitos das proporções precoces de proteína enteral para parenteral no volume cerebral e no crescimento somático em recém-nascidos de muito baixo peso

Efeitos das proporções precoces de proteína enteral para parenteral no volume cerebral e no crescimento somático em recém-nascidos de muito baixo peso

Effects of Early Enteral to Parenteral Protein Ratios on Brain Volume and Somatic Growth in Very Low Birth Weight Infants. Henkel RD, Fu TT, Barnes-Davis ME, Sahay RD, Liu C, Hill CD, Ehrlich SR, Parikh NA.J Pediatr. 2024 Aug 22;275:114253. doi: 10.1016/j.jpeds.2024.114253. Online ahead of print.PMID: 39181317.

Realizado por Paulo R. Margotto.

A otimização da nutrição precoce surgiu como um fator potencialmente modificável nos esforços para minimizar o deficiente neurodesenvolvimento (NDI).O aumento da ingestão precoce de nutrientes está associado a um QI mais elevado na infância, melhores pontuações nas avaliações de desenvolvimento, e marcadores de ressonância magnética (RM) aprimorados do resultado do desenvolvimento cerebral, como a maturação da substância branca, maiores volumes totais de tecido cerebral e regional, e redução de lesões cerebrais. Pode ser que a proteína parenteral tenha menos efeitos benéficos no resultado do neurodesenvolvimento do que a proteína enteral em recém-nascidos prematuros de muito baixo peso ao nascer (MBPN; peso ao nascer <1500). Esse é um estudo retrospectivo de uma subcoorte de 269 bebês prematuros MBPN  O número médio de dias de nutrição parenteral total (NPT) foi de 14 dias. Uma relação E:P (Enteral : Parenteral) mais alta nos primeiros 28 dias após o nascimento foi associada a um maior volume total de tecido cerebral na ressonância magnética do cérebro na idade gestacional equivalente a termo. Uma relação E:P mais alta também foi associada à velocidade de ganho de peso melhorada. Otimizar a nutrição precoce é uma estratégia importante para minimizar o NDI em bebês prematuros de baixo peso ao nascer, com a ingestão precoce de proteínas apontada como particularmente importante para o crescimento e desenvolvimento do cérebro. A MAIOR DURAÇÃO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL também foi associada a MENOR VOLUME CEREBRAL TOTAL, VOLUME CEREBELAR E VOLUME DE SUBSTÂNCIA CINZENTA CORTICAL na ressonância magnética do cérebro na idade gestacional pós-menstrual. Aí está a importância de fornecer nutrição por via enteral e facilitar a transição mais precoce da nutrição parenteral. Esta pode ser uma estratégia importante para neonatologistas que visam reduzir o NDI em bebês prematuros de muito baixo peso.