Neurossonografia Neuronal: Hemorragia Talâmica / Infecção por Kocuria kristinae/ Trombo na Veia cava
Paulo R. Margotto.
Descrevemos dois casos de Hemorragia Talâmica em um caso de Sepse Neonatal e outro, Trombo na veia veia cava.
Paulo R. Margotto.
Descrevemos dois casos de Hemorragia Talâmica em um caso de Sepse Neonatal e outro, Trombo na veia veia cava.
The human milk component myo–inositol promotes neuronal connectivity. Paquette AF, Carbone BE, Vogel S, Israel E, Maria SD, Patil NP, Sah S, Chowdhury D, Kondratiuk I, Labhart B, Morrow AL, Phillips SC, Kuang C, Hondmann D, Pandey N, Biederer T.Proc Natl Acad Sci U S A. 2023 Jul 25;120(30):e2221413120. doi: 10.1073/pnas.2221413120. Epub 2023 Jul 11.PMID: 37433002. Artigo Livre!
Realizado por Paulo R. Margotto.
Este estudo revela benefícios substanciais do componente do leite humano mio-inositol para o desenvolvimento de sinapses entre espécies, inclusive em neurônios humanos (o mio-inositol promove a conectividade neuronal e pode orientar as recomendações dietéticas em todas as fases da vida. O mio-inositol promove a conectividade neuronal e pode orientar as recomendações dietéticas em todas as fases da vida. Esse componente é mais proeminente durante os estágios iniciais da lactação, quando as conexões neuronais se formam rapidamente no cérebro infantil.
Antiseizure medication at discharge in infants with hypoxic–ischaemic encephalopathy: an observational study.Sewell EK, Shankaran S, McDonald SA, Hamrick S, Wusthoff CJ, Adams-Chapman I, Chalak LF, Davis AS, Van Meurs K, Das A, Maitre N, Laptook A, Patel RM; National Institute of Child Health and Human Development Neonatal Research Network.
Correspondência para Dra. Elizabeth K Sewell, Pediatria, Escola de Medicina da Universidade Emory, Atlanta, GA 30306, EUA; elizabeth.sewell@emory.edu
Apresentação: Luciana Melara (UTI Pediatria do HMIB/SES/DF). Andre (UTI Pediátrica do Hospital Paranoá/SES/DF). Coordenação: Marta David Rocha de Moura e Paulo R. Margotto.
Entre os bebês com EHI tratados com hipotermia com convulsões clínicas ou eletrográficas, a alta anticonvulsivante (13 A 100% DOS Centros) foi associada a um maior risco de morte pós-alta ou incapacidade moderada a grave. Morte ou incapacidade moderada ou grave ocorreu em 44% dos bebês com anticonvulsivante na alta, em comparação com 28% daqueles que tiveram alta sem anticonvulsivante (OR ajustado [aOR] 2,14; IC 95% 1,13 a 4,05)
Neonatal seizures. Treat! But when, with what and for how long? Hunt RW. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2023. PMID: 37527943 No abstract available.
Realizado por Paulo R. Margotto
Claramente, o uso de ASMs após a alta hospitalar requer uma forte justificativa. O caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos também é longo e desafiador, mas existem recomendações recentes para o fenobarbital como terapia de primeira linha, em parte porque faltam evidências de algo mais seguro e eficaz. Sewell et al 1 concluem que ‘são necessários mais estudos sobre a eficácia e os efeitos a longo prazo do tratamento de ASM’… eles são absolutamente. No tratamento das convulsões neonatais, temos que continuar nos esforçando para melhorar.
Antiseizure medication at discharge in infants with hypoxic–ischaemic encephalopathy: an observational study. Sewell EK, Shankaran S, McDonald SA, Hamrick S, Wusthoff CJ, Adams-Chapman I, Chalak LF, Davis AS, Van Meurs K, Das A, Maitre N, Laptook A, Patel RM; National Institute of Child Health and Human Development Neonatal Research Network.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2023 Jul;108(4):421-428. doi: 10.1136/archdischild-2022-324612. Epub 2023 Feb 2.PMID: 36732048.
Correspondência para Dra. Elizabeth K Sewell, Pediatria, Escola de Medicina da Universidade Emory, Atlanta, GA 30306, EUA; elizabeth.sewell@emory.edu
Realizado por Paulo R. Margotto
Sérgio Henrique Veiga
Dexmedetomidine: An Alternative to Pain Treatment in Neonatology. Mantecón-Fernández L, Lareu-Vidal S, González-López C, Solís-Sánchez G, Suárez-Rodríguez M.Children (Basel). 2023 Feb 25;10(3):454. doi: 10.3390/children10030454.PMID: 36980013. Review. Artigo Livre! Espanha, Canadá.
Realizado por Paulo R. Margotto
O manejo da dor neonatal continua sendo um desafio para neonatologistas e pesquisadores. sensação de dor é teoricamente possível em 24 semanas de gestação e se associa à perda neuronal, problemas no neurodesenvolvimento e crescimento. A avaliação precisa da dor é vital para garantir a eficácia ideal da terapia de controle da dor nesses recém-nascidos que sentiram dor durante a internação na UTIN (uso de opioide sem dor é prejudicial) Entre os opioide, temos o fentanil e morfina e não opioides (benzodiazepínicos como o midazolam que atua como sedativo e tem pouco efeito analgésico; paracetamol , principalmente no pós-operatório com efeito igual a morfina). Entre os novos tratamentos, temos a dexmedetomedine, pela sua eficácia e perfil de segurança. É um agonista seletivo do alfa -2 (produz ansiólise, sedação e analgesia sem causar depressão respiratória). Tem efeito analgésico é moderado e potencializa o efeito dos opioides quando usados em associação. Tem-se mostrado seguro e tão eficaz quanto o fentanil em bebês prematuros quando administrado em infusão intravenosa contínua. Outro benefício potencial amplamente estudado é a neuroproteção, o que torna esse tratamento uma opção ideal para o paciente neonatal, especialmente os prematuros, que são os mais vulneráveis aos efeitos neurodesenvolvimentais das moléculas tradicionalmente utilizadas na sedoanalgesia. quando administrado por via intravenosa, o tratamento com dexmedetomidina parece ser uma alternativa eficaz e segura para o tratamento da dor e sedação no paciente neonatal. Faltam estudo a longo prazo desses bebês que usaram a dexmedetomidine. Usando >96 horas, considerar a transição com a clonidina.
Neurodevelopmental outcomes of very preterm infants born following early foetal growth restriction with absent end-diastolic umbilical flow. Della Gatta AN, Aceti A, Spinedi SF, Martini S, Corvaglia L, Sansavini A, Zuccarini M, Lenzi J, Seidenari A, Dionisi C, Pilu G, Simonazzi G.Eur J Pediatr. 2023 Jul 25. doi: 10.1007/s00431-023-05104-y. Online ahead of print.PMID: 37490110.
Realizado por Paulo R. Margotto
Os bebês com restrição do crescimento fetal associado a ausência de fluxo diastólico detectado de 32 semanas apresentam maior risco de óbitos e complicações perinatais, além de deficiente neurodesenvolvimento. Interessante que as características do Doppler provaram ser um preditor independente do domínio de desempenho em 12 meses de idade corrigida. Esses bebês devem s ser monitorados cuidadosamente durante o período neonatal e na primeira infância
Palestra proferida pelo David J Askenazi (EUA) no III Encontro Internacional de Neonatologia realizado em Gramado (RS), entre os dias 13 e 15 de abril de 2023. Coordenação Geral: Drs. Renato Procianoy e Rita Silveira (RS).
Realizado por Paulo R. Margotto.
É comentado o estudo AWAKEN (Assessment, Worldwide, Acute, Kidney, Epidemiology Neonates – Avaliação Mundial da Epidemiologia da Lesão Renal Aguda em Neonatos): Trata-se de um estudo multicêntrico retrospectivo envolvendo 24 UTIs Neonatais de nível 2-4, que compõem o Neonatal Kidney Collaborative (NKC), envolvendo 4 países com 2022 bebês estudados.A incidência de LRA foi em torno de 30%, com importante impacto na idade gestacional e mortalidade de 9,7% ( 4,6 vezes mais em relação aos que não apresentaram LRA) prolongamento da internação hospitalar ( em torno de 9 dias a mais). Usando dados da coorte do estudo PENUT(Preterm Erythropoietin Neuroprotection Trial), os bebês<28 semanas aos 2 anos, 18% dos RN tiverem doença renal crônica, 36% tiveram albuminúria, 22% tiveram elevada pressão sistólica e 44% elevada pressão diastólica. Outros relataram que 65% dos bebes com LRA apresentaram disfunção renal aos 5 meses. É recomendado que pacientes com história de LRA tenham uma avaliação de DRC três meses após o evento de LRA. A prematuridade e baixo peso ao nascer impactaram na lesão renal aguda quando inclusive nas idades de 50-60-80 anos de idade (baixo peso ao nascer é um fator de risco para toda a vida para doença renal crônica-eles têm número inferior de néfrons). A sobrecarga hídrica é a razão pela qual muitos pacientes neonatais e pediátricos recebem Terapia de Suporte Renal. O balanço hídrico positivo tem sido associado a desfechos ruins (4,95 vezes maior de mortalidade).Interessante: a creatinina sérica não é uma medida de lesão e sim de função. Pode ter um paciente com uma lesão renal e não ter mudança na função e ao contrário também, mudança na função renal sem lesão. Então os biomarcadores vão nos permitir fazer o diagnóstico de LRA de forma melhor. Quanto às xantinas: a adenosina atua como metabólito que causa vasoconstricção no rim após hipoxia causando queda na filtração glomerular e fator de filtração. As metilxantinas o são antagonistas não específicos do receptor de adenosina. Os bebês que receberam cafeína foram menos propensos a desenvolver LRA em estágio 2 ou 3 (odds ratio ajustado, 0,20; IC 95%, 0,12-0,34). Na Encefalopatia hipóxico isquêmica, a teofilina reduziu a LRA em 60% (RR: 0.40 (0,30-0,54), estudo feito sem hipotermia terapêutica (HT). Devemos usar xantina nesses bebês em HT? Ainda faltam estudos. Quanto a Enterocolite necrosante (ECN): A severa LRA ocorreu em 32,6% (66/202) após o diagnóstico de ECN e em 58% (61/104) da ECN com diagnóstico cirúrgico. A avaliação do débito urinário é importante para pacientes com ECN. Sem ela, 11% daqueles com LRA grave teriam sido diagnosticados erroneamente usando apenas creatinina sérica. Nos complementos, o maior risco de hemorragia intraventricular grave nos bebês com LRA
Brain Injury in Infants Evaluated for, But Not Treated with, Therapeutic Hypothermia. Thiim KR, Garvey AA, Singh E, Walsh B, Inder TE, El-Dib M.J Pediatr. 2023 Feb;253:304-309. doi: 10.1016/j.jpeds.2022.09.027. Epub 2022 Sep 27.PMID: 36179889 . Artigo Livre! Estados Unidos.
Realizado por Paulo R. Margotto
O uso de hipotermia terapêutica na encefalopatia neonatal leve tem sido mais controverso, no entanto há evidências crescentes de que esses bebês correm risco de lesão cerebral e resultados adversos do neurodesenvolvimento. Este estudo examinou os resultados da ressonância magnética de 39 bebês que foram avaliados e não resfriados usando critérios que incluem encefalopatia leve (12 lactentes (31%) tiveram uma ressonância magnética anormal e 5 (13%) tiveram achados sugestivos de lesão cerebral aguda. Nenhum dos bebês teve envolvimento da substância cinzenta nuclear profunda. No entanto, 2 crianças apresentaram lesão significativa da substância branca nas regiões occipitoparietal (a incapacidade de detectar essa lesão cerebral focal posterior destaca as limitações do exame clínico e do aEEG na detecção dessas lesões). Nos complementos (vale a pena consultar!), boa discussão sobre esses bebês. Segundo Chalak existe uma necessidade urgente de entender e elucidar melhor o enigma chamado “encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) leve”.