Categoria: Distúrbios Respiratórios

Recepção na UTI Neonatal do Prematuro Extremo ao chegar na UTI Neonatal

Recepção na UTI Neonatal do Prematuro Extremo ao chegar na UTI Neonatal

Carlos Alberto Moreno Zaconeta.

Além de manter a normotermia, a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) nasal é a melhor evidência disponível para dar ao recém-nascido prematuro, especialmente os menores de 28 semanas, a melhor chance de sobreviver livre de displasia broncopulmonar.  CPAP deve ser oferecido imediatamente após o nascimento e mantido como terapêutica ventilatória preferencial.

Administração de Surfactante Menos Invasiva na Sala de Parto: Uma Iniciativa de Melhoria de Qualidade

Administração de Surfactante Menos Invasiva na Sala de Parto: Uma Iniciativa de Melhoria de Qualidade


Less
 invasive surfactant administration in the delivery room: A quality improvement initiative.
Burris JR, Germain BF, Chess PR, Powers EA, Gillis R, Lewis HG, Tulloch J, Day CL, Dylag AM.J Perinatol. 2025 Jul 10. doi: 10.1038/s41372-025-02350-w. Online ahead of print.PMID: 40640548.

Apresentação: Leticia Perci. Coordenação: Paulo R. Margotto.

A DBP (displasia broncopulmonar) é uma condição complexa que contribui significativamente para a morbidade e mortalidade em bebês prematuros. Houve um aumento de 22,8% para 38% no número de bebês que nunca necessitaram de intubação. Este aumento alcançou mais de 60% de aumento na taxa de bebês que nunca necessitaram de intubação. A taxa de sucesso do procedimento LISA foi de 98,9% (187 de 189 procedimentos) sem a necessidade de abortar e converter para intubação durante o procedimento. Eventos adversos cardiorrespiratórios (bradicardia persistente e/ou dessaturações) ocorreram em 3,1% dos procedimentos LISA. Sem Aumento de Doses Repetidas de Surfactante: A abordagem da LISA na sala de parto permite que a maioria do surfactante seja administrada nos primeiros 10 minutos após o nascimento, o que é consistente com evidências de que o surfactante precoce é vantajoso. Na sua implementação Foi criado um protocolo LISA e apresentada em uma conferência multidisciplinar, envolvendo neonatologistas, fellows, APPs (advanced practice providers), terapeutas respiratórios (RT) e enfermeiros. Portanto, a implementação da LISA na sala de parto, como parte de uma iniciativa de melhoria da qualidade, provou ser uma estratégia segura e eficaz para o manejo do SDR em prematuros, contribuindo para a redução de intervenções invasivas e melhorando significativamente os resultados respiratórios e a incidência de DBP.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Principais problemas respiratórios que afetam recém-nascidos prematuros

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Principais problemas respiratórios que afetam recém-nascidos prematuros

Renato Procianoy.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Com a tecnologia e a queda da mortalidade, o foco mudou para a diminuição da morbidade e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes; a qualidade de vida que a criança terá após a alta é o principal objetivo do cuidado neonatal.

Dexametasona pós-natal para bebês em ventilação crônica não invasiva com pressão positiva.

Dexametasona pós-natal para bebês em ventilação crônica não invasiva com pressão positiva.

Postnatal dexamethasone for infants on chronic noninvasive positive pressure ventilation. Tiwari P, Radford J, Norberg M, Cuna A.J Perinatol. 2025 Jul 2. doi: 10.1038/s41372-025-02344-8. Online ahead of print.PMID: 40604320 No abstract available.

Realizado por Paulo R. Margotto

Esse estudo retrospectivo (12 anos) que avalia o uso de dexametasona (DEX) em bebês prematuros (<32 semanas de gestação) em ventilação não invasiva (VNI) crônica, definida como necessidade de VNI além de 34 semanas de idade gestacional pós-menstrual (IGPM). Foram incluídos 56 bebês  prematuros tratados com DEX em baixa dose (0,72–0,89 mg/kg, 7–10 dias) com Idade gestacional média ao iniciar DEX de 37,2 ± 5,1 semanas de idade gestacional pós-menstrual. O uso de DEX em bebês prematuros em VNI crônica foi associado à redução das necessidades de oxigênio e ventilação, com desmame bem-sucedido em 42% dos casos. Estudos futuros são necessários para determinar segurança, eficácia, momento ideal e seleção de pacientes.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Inovações no Cuidado Respiratório do Prematuro Internado

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Inovações no Cuidado Respiratório do Prematuro Internado

Guilherme Sant´Anna (Canadá)

Realizado por Paulo R., Margotto.

o cuidado respiratório é fundamental para o sucesso no tratamento de prematuros cada vez mais extremos. É essencial ter em mente que “quanto mais simples, melhor”. Se houver a necessidade de complicar ou sofisticar, deve-se saber exatamente como e por que dessa intervenção

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):A Luta Contra o Vírus Sincicial Respiratório

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):A Luta Contra o Vírus Sincicial Respiratório

Lilian Sadeck.ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025)

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

É  discutida a importância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente durante a sazonalidade de outono-inverno, que na região norte do Brasil vai de fevereiro a julho e nas demais regiões de março a julho.

Apesar dos avanços, é crucial incentivar as gestantes a receberem as vacinas, não apenas a do VSR, mas todas as outras. Há uma preocupação, pois dados mostram que apenas 11% das gestantes estão preocupadas em tomar vacinas, e os obstetras também precisam reforçar essa importância.

A vacinação da gestante protege não só a mãe, mas também o filho, representando uma “economia” ao proteger múltiplas pessoas com uma única vacina.

 

Oxigenação cerebral durante a transição e sinais de eletroencefalografia integrada à amplitude: um estudo auxiliar ao ensaio COSGOD-III

Oxigenação cerebral durante a transição e sinais de eletroencefalografia integrada à amplitude: um estudo auxiliar ao ensaio COSGOD-III


Cerebral
 Oxygenation During Transition and AmplitudeIntegrated Electroencephalography Signals: An Ancillary Study to the COSGOD-III Trial.
Schreiner C, Goeral K, Hammerl M, Klebermass-Schrehof K, Avian A, Neubauer V, Kiechl-Kohlendorfer U, Pfurtscheller D, Griesmaier E, Pichler G.Acta Paediatr. 2025 Jun 27. doi: 10.1111/apa.70190. Online ahead of print.PMID: 40576369.

Realizado por Paulo R. Margotto.

O estudo auxiliar ao ensaio COSGOD III investigou o impacto da administração de oxigênio guiada por espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) na atividade eletrocortical, avaliada por eletroencefalografia de amplitude integrada (aEEG), em recém-nascidos prematuros (<32 semanas) durante a transição fetal-neonatal (147 recém-nascidos prematuros (idade gestacional média de 28,1 semanas, peso médio de 1.020 g) de três Centros com 70 no grupo NIRS e 77 no grupo controle (usou apenas saturação periférica de O2). A aministração de oxigênio guiada por NIRS durante a transição imediata melhora a atividade eletrocortical (maiores escores de aEEG, padrões mais maduros e ciclos sono-vigília mais desenvolvidos), assim como  menor taxa de sepse (p=0,005) e retinopatia de prematuridade grau ≥2 (p=0,030), mas maior enterocolite necrosante (p<0,001) no grupo NIRS. Sobrevivência sem lesão cerebral foi 6,5% maior no grupo NIRS (p=0,058). Estudos futuros devem avaliar se esses benefícios se traduzem em melhores desfechos neurodesenvolvimentais a longo prazo.

Reduzindo o risco de morte súbita e inesperada de bebês: a hipótese da cafeína

Reduzindo o risco de morte súbita e inesperada de bebês: a hipótese da cafeína

Reducing the risk of sudden unexpected infant death: the caffeine hypothesis. Hegyi T, Ostfeld BM.J Perinatol. 2025 Jun 10. doi: 10.1038/s41372-025-02333-x. Online ahead of print.PMID: 40494910 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

A Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), parte da Morte Súbita Inesperada Infantil (MSII), é a principal causa de morte em bebês de 1 a 12 meses nos EUA, com 1.529 casos em 2022 (41% das MSII). Definida como morte inexplicada após autópsia e investigação, a SMSI está associada à hipóxia intermitente (HI), que compromete a regulação cardiorrespiratória e a autorressuscitação. Fatores de risco incluem prematuridade, tabagismo materno, sono em decúbito ventral, infecções respiratórias e exposição pré-natal à nicotina. Este estudo propõe que a cafeína, um estimulante respiratório e antagonista do receptor de adenosina, pode reduzir o risco de SMSI.

NIPPV vs CPAP: Lições de metanálises

NIPPV vs CPAP: Lições de metanálises

NIPPV vs CPAP: Lessons from meta-analyses.Deguise MO, Lemyre B.Semin Perinatol. 2025 Mar 6:152062. doi: 10.1016/j.semperi.2025.152062. Online ahead of print.PMID: 40055099 Artigo Gratis! Review. Canada.

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

O uso de ventilação mecânica está fortemente associado a piores desfechos respiratórios em 36 semanas de idade gestacional pos-menstrual. A NIPPV  é fornecida por meio de um ventilador, que pode gerar uma pressão inspiratória positiva semelhante à observada com a VMI. Quando fornecida por meio de um dispositivo (e não por meio de um ventilador), é chamada de pressão positiva nas vias aéreas de dois níveis (BiPAP). Os rótulos de NIPPV e BiPAP são frequentemente usados ​​erroneamente de forma intercambiável na prática e em pesquisas devido às semelhanças no fornecimento de respiração. Como Suporte Primário (pós-Nascimento), NIPPV foi superior ao uso de CPAP na redução da insuficiência respiratória, NA Displasia broncopulmonar, no entanto sem diferença na mortalidade, Na Pós Extubação: redução significativa no risco de reintubaçao e pneumotórax , no entanto sem diferenças na mortalidade e displasia broncopulmonar. NIPPV sincronizada parece mais eficaz na redução de insuficiência respiratória e DBP, mas sua utilização é limitada por equipamentos específicos. Portanto, NIPPV reduz significativamente a insuficiência respiratória em ambos os cenários (primário e pós-extubação) e a DBP como suporte primário, provavelmente devido à maior pressão média nas vias aéreas e estímulo respiratório. Pesquisas futuras devem focar em prematuros de maior risco, com populações bem definidas e pressões equivalentes para comparações mais robustas.

Mudanças Climáticas e o Impacto na Saúde Perinatal

Mudanças Climáticas e o Impacto na Saúde Perinatal

Palestra Apresentada por Clery B. Gallacci no XXXII Encontro Internacional de Neonatologia da Santa Casa de São Paulo 12-17/5/2025).   

Realizado por Paulo R.Margotto.

As mudanças climáticas estão alterando o perfil dos pacientes em UTIs neonatais, com impactos significativos na saúde perinatal. Dados da OMS e UNICEF (2020) indicam um óbito de gestante a cada 2 minutos e 2 milhões de mortes de recém-nascidos no primeiro mês de vida globalmente. A cada 1°C acima de 23,9°C, a mortalidade pode aumentar 22,4%. Projeções para 2030-2050 estimam 250.000 mortes adicionais por ano devido à crise climática. Secas, altas temperaturas, umidade (micropartículas PM2,5, ozônio) e outras substâncias nocivas aumentam a prematuridade em 5% por 1°C de aumento e 16% em ondas de calor, além de causarem restrição de crescimento intrauterino e pré-eclâmpsia. Poluentes comprometem a vascularização placentária, aumentam níveis pressóricos e causam inflamação, afetando a saúde materna e fetal. Tabaco, álcool e cigarros eletrônicos agravam esses efeitos. A exposição a substâncias no intraútero e no primeiro ano de vida causa alterações estruturais e funcionais nos pulmões, agravando condições em prematuros e aumentando casos de asma, alergias e enfisema em crianças mais velhas. Altas temperaturas (3-8 semanas de gestação) e substâncias prejudiciais causam estresse oxidativo, umidade e deposição de metais (ferro, cobre, carbono negro) nos tecidos fetais, levando a afilamento do córtex cerebral, comprometimento cognitivo, autismo e alterações metabólicas a longo prazo. Impacto no coração: Calor extremo está associado a danos de septo (risco relativo de 1,3 a 3,24 após exposições prolongadas) e malformações como coartação da aorta e transposição de grandes vasos, devido a interrupções na visão proteica e alterações epigenéticas. Calor extremo está associado a danos de septo (risco relativo de 1,3 a 3,24 após exposições prolongadas) e malformações como coarctação da aorta e transposição de grandes vasos, devido a interrupções na divisão proteica e alterações epigenéticas. Soluções: Reduzir poluição: usar carros elétricos, bicicletas, árvores plantares. Evite expor a incensos e lareiras durante a gravidez. Conscientização: levantar a bandeira sobre os climas, respaldados por evidências científicas. Preparação clínica: uso de ecocardiograma à beira-leito e manejo de malformações cardíacas. Ações individuais e coletivas são essenciais para mitigar esses efeitos e proteger gestantes e fetos.