Categoria: Recém-Nascido de Baixo Peso

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Atuação da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais e Dados relacionados à Mortalidade Neonatal no Brasil

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):Atuação da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais e Dados relacionados à Mortalidade Neonatal no Brasil

Ruth Guinsburg.

Realizado por Paulo R. Margotto

 

A principal causa de mortalidade (analisando mais de 3.500 óbitos) são as infecções nas Unidades, o que reforça a necessidade de qualificação do cuidado, equipes treinadas e infraestrutura adequada.

Em termos de viabilidade (sobrevida de 50% ou mais), o Brasil atinge esse patamar perto de 26 semanas de gestação, o que representa um atraso de três a quatro semanas em relação a países desenvolvidos como o Japão (três semanas de atraso equivalem a 20 anos de progresso).

Não basta que os bebês sobrevivam; busca-se que vivam com pleno potencial de integração na sociedade. Atinge-se 50% de sobrevivência sem marcadores de problemas sérios (como doença broncopulmonar grave, hemorragia grave, leucomalácia ou retinopatia grave) próximo das 28 semanas, indicando que há muito trabalho a ser feito.

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025): Gestão de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal)

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025): Gestão de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal)

Desirée Volkmer.

Realizador por Paulo R. Margotto.

A gestão eficaz na UTI Neonatal é um ciclo contínuo de planejamento, execução, monitoramento, aprimoramento e muito envolvimento, buscando o melhor desfecho para nossos bebês, os menores pacientes do mundo

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):A Luta Contra o Vírus Sincicial Respiratório

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025):A Luta Contra o Vírus Sincicial Respiratório

Lilian Sadeck.ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025)

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

É  discutida a importância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente durante a sazonalidade de outono-inverno, que na região norte do Brasil vai de fevereiro a julho e nas demais regiões de março a julho.

Apesar dos avanços, é crucial incentivar as gestantes a receberem as vacinas, não apenas a do VSR, mas todas as outras. Há uma preocupação, pois dados mostram que apenas 11% das gestantes estão preocupadas em tomar vacinas, e os obstetras também precisam reforçar essa importância.

A vacinação da gestante protege não só a mãe, mas também o filho, representando uma “economia” ao proteger múltiplas pessoas com uma única vacina.

 

Reduzindo o risco de morte súbita e inesperada de bebês: a hipótese da cafeína

Reduzindo o risco de morte súbita e inesperada de bebês: a hipótese da cafeína

Reducing the risk of sudden unexpected infant death: the caffeine hypothesis. Hegyi T, Ostfeld BM.J Perinatol. 2025 Jun 10. doi: 10.1038/s41372-025-02333-x. Online ahead of print.PMID: 40494910 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto.

 

A Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), parte da Morte Súbita Inesperada Infantil (MSII), é a principal causa de morte em bebês de 1 a 12 meses nos EUA, com 1.529 casos em 2022 (41% das MSII). Definida como morte inexplicada após autópsia e investigação, a SMSI está associada à hipóxia intermitente (HI), que compromete a regulação cardiorrespiratória e a autorressuscitação. Fatores de risco incluem prematuridade, tabagismo materno, sono em decúbito ventral, infecções respiratórias e exposição pré-natal à nicotina. Este estudo propõe que a cafeína, um estimulante respiratório e antagonista do receptor de adenosina, pode reduzir o risco de SMSI.

Mortalidade por todas as causas e resultados relacionados à infecção do Tratamento Canguru iniciado no hospital versus Tratamento Neonatal Convencional para bebês de baixo peso ao nascer: uma revisão sistemática e metanálise

Mortalidade por todas as causas e resultados relacionados à infecção do Tratamento Canguru iniciado no hospital versus Tratamento Neonatal Convencional para bebês de baixo peso ao nascer: uma revisão sistemática e metanálise

All-cause mortality and infectionrelated outcomes of hospitalinitiated kangaroo care versus conventional neonatal care for low-birthweight infants: a systematic review and meta-analysis. Minotti C, Jost K, Aghlmandi S, Schlaeppi C, Sieswerda E, van Werkhoven CH, Schulzke SM, Bielicki JA.Lancet Child Adolesc Health. 2025 May 26:S2352-4642(25)00130-0. doi: 10.1016/S2352-4642(25)00130-0. Online ahead of print.PMID: 40441171.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados publicados entre 2013 e 2025, incluindo 30 relatos de 29 ensaios com 17.513 bebês de baixo peso, comparando Método Canguru com cuidados convencionais mostrou redução significativa  da mortalidade, sepse, infecção invasiva, mortalidade por sepse/infecção invasiva, hipotermia e apneia.  Deve ser integrado às práticas de prevenção e controle de infecções neonatais globalmente, conforme recomendações da OMS. Os benefícios incluem  menor exposição a patógenos hospitalares, promoção do aleitamento materno e possível transferência de microbioma protetor via contato pele a pele. Interessante: o Método Canguru associou-se a uma maior descolonização das narinas de bebês prematuros por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Staphylococcus epidermidis (MRSE). Nenhum dos estudos relatou o risco de aquisição de colonização bacteriana (resistente).

 

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025): Principais aspecto do seguimento do prematuro

ONG DA PREMATURIDADE 10 ANOS! COORDENAÇÃO GERAL: Denise Suguitani: 1o ENCONTRO NACIONAL DA PREMATURIDADE (São Paulo, 15/6/2025): Principais aspecto do seguimento do prematuro

Rita Silveira (RS)

Realizado por Paulo R. Margotto

Seguimento não é puericultura, mas sim uma extensão do cuidado neonatal que já começa no preparo para a alta!

Prematuros extremos: o manejo que faz toda a diferença

Prematuros extremos: o manejo que faz toda a diferença

Profa. Walusa Assad Gonçalves Ferri. Live ocorrida no dia 10 de junho de 2025, sob a Coordenação da Dr. Marta David Rocha e Moura

Realizado por Paulo R. Margotto.

O manejo de prematuros extremos exige abordagem multidisciplinar, com foco na prevenção da falência energética, monitoramento hemodinâmico preciso, suporte para infecções suaves e nutrição otimizada. A ecocardiografia funcional e biomarcadores são ferramentas essenciais para personalizar o tratamento, enquanto a prevenção de lesões oxidativas e complicações neurológicas, como a leucomalácia, é fundamental para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida.

NOVIDADES E ATUALIZAÇÕES NAS INFECÇÕES FÚNGICAS EM RECÉM-NASCIDO

NOVIDADES E ATUALIZAÇÕES NAS INFECÇÕES FÚNGICAS EM RECÉM-NASCIDO

Palestra Proferida pelo Dr. Paolo Manzoni (Itália) no IX Encontro Internacional de Neonatologia ocorrido em Gramado (3 a 5/4/2025).

Realizado por Paulo R. Margotto.

Dados da ultima déca (1995-2019) na Espanha  mostram que a mortalidade global por Candida fica em torno de 20%. Portanto é um microrganismo que pode matar o prematuro, sendo então importante limitar a sua incidência de qualquer forma possível. Há que diz que temos a “regra de 90%” de infecção por Candida; 90% ocorrem nos prematuros extremos (menos que 1500g e/ou menos que 32 semanas de idade gestacional ao nascer), 90% são causadas por Candida spp (outros fungos são muito incomuns) e 90% são de aquisição nosocomial (infecções devido à transmissão vertical constituem a minoria dos casos). Há um risco de 4 vezes maior nos de infecção fúngica nos neonatos submetidos a procedimentos cirúrgicos. No entanto, o risco mais importante foi a presença de um CATETER VENOSO CENTRAL, pela formação do biofilme, podendo ser uma fonte de disseminação  de trombos sépticos  de Candida com alta probabilidade de desenvolvimento de uma infecção sistêmica (RR de 5,87-IC a 95% de 2.88-11.97 – p=0,001). Medicação que dever ser evitada são BLOQUEADORESS H2: cada dia adicional de bloqueadores H2 confere um aumento de 6,3% na chance do desenvolvimento de infecção fúngica ( OR de 1.063 (1.025-1,102 –P=0.01). Além disso neonatos submetidos a INSULTO HIPÓXICO tem a probabilidade maior de colonização intestinal e translocação para os linfonodos mesentéricos, com  maior probabilidade da disseminação sistêmica de infecção por Candida. Assim, o ambiente hipóxico dá a Candida uma capacidade maior de disseminação. A colonização e a criação do BIOFILME FÚNGICO é a chave para a progressão da infecção sistêmica nos prematuros, como olho (retina), rim (bola fúngica), SNC (meningite) fígado/baço e ossos (osteomielite). O biofilme fúngico protege as Candidas dos antifúngicos, pois poucos antifúngicos conseguem penetrar no biofilme. E o que vemos nesse gráfico a seguir: concentração de fármaco para entrar  no biofilme  de diferente antifúngicos e as doses necessárias para que o medicamento entrar no biofilme. O fluconazol não consegue penetrar no biofilme , ao passo que a anfotericina lipídica,  especialmente a micafungina e caspofungina  conseguem realmente penetrar no biofilme. Então vejam que  duas novas classes de agentes antifúngicos, as formulações lipídicas de Anfotericina B e as Equinocandinas (essas tem pouca toxicidade!), apresentam nova atividade contra biofilmes de Candida. A TROMBOCITOPENIA foi incluída como um dos principais critérios diagnósticos  para separar infecção fúngica da infecção bacteriana. A HIPERGLICEMIA é importante fator de risco ((risco de 3,37 com IC de 1,00-11,97 p= 0,05).  A demora mais de 48 para começar o tratamento a chance de mortalidade é três vezes maior comparado com o tratamento mais precoce. Nos preocupamos muito com RETINOPATIA (3,4 vezes mais- IC a 95% de 2,24-4,95) e ENDOFTALMITE, características mais associadas as infecções fúngicas do que as bacterianas. Tratamento ótimo: ATAQUE COM DUREZA! Devemos remover o cateter venoso central tão logo detectamos a candidemia nos neonatos (caso contrário o seu bebê vai morrer em poucos dias devido ao biofilme e esses não podem ser erradicados!). O FLUCONAZOL NÃO SERÁ USADO PARA O TRATAMENTO (não penetra no biofilme e NÃO pense em aumentar a sua dose!!!). As EQUINOCANDINAS são uma classe de antifúngicos que é ADEQUADA para o TRATAMENTO de  SEPSE FÚNGICA INVASIVA (são ativas contra os biofilmes RECENTES e ANTIGOS  de Candida albicans  (12 horas ou 5 dias).

Óxido Nítrico inalado nos prematuros<34 semanas. Quando usar (o que as evidências nos trazem)

Óxido Nítrico inalado nos prematuros<34 semanas. Quando usar (o que as evidências nos trazem)

Discussão Clínica na Unidade de Neonatologia  do Hospital Materno Infantil de Brasília

Paulo R. Margotto.

O uso  do iNO abaixo de 34 semanas, segundo A Academia Americana de Pediatria é um tratamento off – label, no entanto  o aumento do seu uso nos pré-termos, inclusive extremos tem aumentado no mundo, mesmo estudos recentes mostrando uma falha de eficácia COM INCLUSIVE AUMENTO DE MORTALIDADE .No entanto, algumas considerações tem sido levantadas a respeito do seu uso: RN 27 sem, peso ≥ 750g, ≤72 horas de vida (após os 3 dias de idade raramente respondem à terapia com óxido nítrico),  rotura prematura de membranas, oligohidrâmnio, hipertensão pulmonar precoce associada a insuficiência respiratória hipoxêmica (IRH). SEM IRH O iNO É INÚTIL! Avalie a resposta: avalie resposta (FiO2 após 4 horas): queda ≥0,2 na FiO2: responsível. O surfactante deve ser administrado antes do iNO se clinicamente indicado. Otimizar o suporte ventilatório e hemodinâmico. Contra-indicações: cardiopatia congênita com perfusão sistêmica dependente de ductos, disfunção ventricular esquerda grave, metemoglobinemia congênita grave, insuficiência respiratória crônica por doença parenquimatosa pulmonar sem hipertensão pulmonar e uso profilático para prevenir displasia broncopulmonar. Use por 3 a 5 dias. Responsível:  queda da FiO2 ≥0,2 após 4horas.

Efeito da posição materna sobre a oxigenação cerebral em prematuros durante o método canguru: um ensaio clínico randomizado e controlado

Efeito da posição materna sobre a oxigenação cerebral em prematuros durante o método canguru: um ensaio clínico randomizado e controlado

The effect of maternal position on cerebral oxygenation in premature infants during Kangaroo care: a randomised controlled trial. Stapleton I, Murphy S, Vaughan S, Walsh BH, Natchimuthu K, Livingstone V, Dempsey E.J Perinatol. 2025 Apr 5. doi: 10.1038/s41372-025-02287-0. Online ahead of print.PMID: 40186001.Artigo Gratis! Irlanda.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Até se sabe, esse estudo representa o primeiro a empregar o monitoramento NIRS para examinar se o ângulo da posição materna (30 ou 60 graus) mantida influencia a rSO2 dos bebês durante o Método Canguru. O estudo mostrou que o posicionamento materno com inclinação de 30° ou 60° não impactou os valores de oxigenação cerebral em recém-nascidos muito prematuros. Ambas as posições foram associadas à estabilidade clínica.  A exposição foi definida como contato pele (CPP) a pele no dia 0 e/ou 1 após o nascimento em comparação com nenhum CPP no dia 0 e/ou 1mostrou os riscos de hemorragia intraventricular (HIV) ou Sepse não aumentaram quando bebês quando foram expostos ao CPP com um dos pais durante este período ( risco de HIV foi menor especialmente nos RN <28 semanas!). O risco de sepse foi menor (pode ser que eles sejam colonizados por bactérias parentais protetoras em vez de bactérias hospitalares mais patogênicas.