Categoria: Recém-Nascido de Baixo Peso

Monitorização do crescimento pós-natal do prematuro

Monitorização do crescimento pós-natal do prematuro

Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira

Papel do neonatologista: gerenciamento nutricional individualizado no cuidado do prematuro

“Não se gerencia o que não se mede,
não se
mede o que não se define,
não se
define o que não se entende,
e não há
sucesso no que não se gerencia

William Edwards Deming – especialista em controle de qualidade e otimização de processos

Desenvolvimento motor de prematuros avaliados pela Alberta Infant Motor Scale: artigo de revisão sistemática

Desenvolvimento motor de prematuros avaliados pela Alberta Infant Motor Scale: artigo de revisão sistemática

Motor development of preterm infants assessed by the Alberta Infant Motor Scale: systematic review article. Fuentefria RDN, Silveira RC, Procianoy RS.J Pediatr (Rio J). 2017 Jul – Aug;93(4):328-342. doi: 10.1016/j.jped.2017.03.003. Epub 2017 May 12. Review.PMID: 28506665. Free Article. Similar articles. Artigo Livre.

Apresentação: Gustavo Borela (R4 de eonatologia/HMIB/SESDF). Coordenação: Marta David Rocha de Moura

A maioria dos estudos analisados busca identificar diferenças no desenvolvimento motor amplo, por meio da AIMS, entre prematuros e crianças nascidas a termo, em variadas idades de avaliações. Pode-se afirmar que os estudos apontam inferioridade no desempenho motor dos prematuros nos primeiros 18 meses de ICo, seja por meio da análise comparativa com os dados da normativa canadense da Alberta Infant Motor Scale (AIMS) ou com os dados de um grupo controle de crianças nascidas a termo. A depender da idade da avaliação e das características da amostra, variado percentual de atraso motor entre os prematuros foi identificado. Baixa escolaridade e idade materna, bem como fatores relacionados à prematuridade, como menor peso ao nascer, a hemorragia peri/intraventricular  e a doença pulmonar crônica, estiveram associados com desfecho motor atípico na AIMS.

Análise dos óbitos e cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Análise dos óbitos e cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

ANALYSIS OF DEATH AND PALLIATIVE CARE IN A NEONATAL INTENSIVE CARE UNIT.Marçola L, Barbosa SMM, Zoboli I, Polastrini RTV, Ceccon MEJ. Rev Paul Pediatr. 2017 Apr-Jun;35(2):125-129. doi: 10.1590/1984-0462/;2017;35;2;00012. Epub 2017 May 15. Portuguese, English.PMID: 28977325. Free PMC Article.Similar articles. Artigo Integral. EM PORTUGUES: análise dos óbitos e cuidados paliativos em uma unidade de terapia …

Apresentação: Dr. André Da Silva Simões R4 de Neonatologia HMIB. Coordenação: Nathalia Bardal.

▪Observou –se grande proporção de recém nascidos com doenças e condições graves de saúde. Em alguns poucos casos foram estabelecidos cuidados paliativos, porém para a maior parte não foi nem discutido tal cuidado. Espera-se que este trabalho chame a atenção para a necessidade da proposição de protocolos nessa unidade e capacitação de equipes para o melhor tratamento dessas crianças. Há poucas descrições na literatura de Protocolos de Cuidados Paliativos utilizados nas UTIN; a maior dificuldade documentada relaciona-se à indicação desses cuidados. Ao procurar diagnosticar a situação nessa UTIN, este estudo chama a atenção para a necessidade de protocolos e programas de cuidados paliativos, além da capacitação da equipe assistencial para que as crianças atendidas tenham o melhor e mais digno tratamento possível, em direção à cura ou não.

A certeza que fica é que para a vida valer a pena, é necessário amar e ser amado, e ter muito cuidado com o cristal de que os outros são feitos. (Nuno Lobo Antunes

 

ÚTERO ARTIFICIAL PODE SALVAR PREMATUROS

ÚTERO ARTIFICIAL PODE SALVAR PREMATUROS

An extra-uterine system to physiologically support the extreme premature lamb.Partridge EA, Davey MG, Hornick MA, McGovern PE, Mejaddam AY, Vrecenak JD, Mesas-Burgos C, Olive A, Caskey RC, Weiland TR, Han J, Schupper AJ, Connelly JT, Dysart KC, Rychik J, Hedrick HL, Peranteau WH, Flake AW.Nat Commun. 2017 Apr 25;8:15112. doi: 10.1038/ncomms15112.Received 25 Apr 2016 | Accepted 2 Mar 2017 | Published 25 Apr 2017. Realizado por Paulo R. Margotto

“Esse sistema é potencialmente muito superior ao que os Hospitais podem, hoje, fazer por bebês nascidos com 23 semanas. Isso pode estabelecer um novo padrão de cuidado”, Alan W. Flake, diretor do Centro de Pesquisa Fetal do Hospital Infantil da Filadélfia

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva

Ludmylla de Oliviera Beleza, Laiane Medeiros Ribeiro, Rayanne Augusta Parente Paula, Laíse Escalianti Del Alamo Guarda, Gessica Borges Vieira, Kassandra Silva Falcão Costa.

Objetivo: analisar o perfil de coorte dos recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em Ambulatório de Seguimento Multidisciplinar, com destaque ao tipo de alimentação e ao ganho ponderal, após a alta hospitalar. Método: coorte retrospectiva, população composta por recém‑nascidos de risco atendidos em período de 4 anos, dados procedentes de prontuário e relatório de atendimento, posteriormente exportados para o Programa R. As variáveis de desfecho foram: número da consulta com o enfermeiro, tipo de alimentação, ganho diário de peso e principais orientações. Houve a realização de estatística descritiva, distribuição de frequências e aplicação dos testes Mann-Whitney, Qui-Quadrado, Correlação de Spearman, Análise de Variância e Tukey, sendo significativo p<0,05. Resultados: foram analisados 882 atendimentos com 629 bebês e famílias. As frequências do aleitamento materno exclusivo e do ganho ponderal foram
aumentando com o passar das consultas. Os bebês que necessitaram de mais consultas e com menor ganho ponderal foram os com menores idade gestacional (p=0,001) e peso de nascimento (p=0,000), maior tempo de internação (p<0,005) e que possuíam diagnósticos relacionados à prematuridade extrema (p<0,05), dentre outros. Conclusão: verificou-se a importância do acompanhamento ambulatorial de recém-nascidos de risco pelo enfermeiro, especialmente na promoção do aleitamento materno e do crescimento saudável.

Monografia-Neonatologia (HMIB/2019)- Apresentação: Desfecho aos 6 meses de idade dos recém-nascidos prematuros atendidos no Serviço de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília em relação ao ALEITAMENTO MATERNO

Monografia-Neonatologia (HMIB/2019)- Apresentação: Desfecho aos 6 meses de idade dos recém-nascidos prematuros atendidos no Serviço de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília em relação ao ALEITAMENTO MATERNO

Letícia Rodrigues de Moraes.

O desmame precoce ocorreu em  média de 67,7 dias; 60% teve acompanhamento ambulatorial e em média por 76,78 dias. A Prevalência do ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO e seguimento após a alta ESTEVE  aquém do recomendado pela OMS. O seu aumento  deve ser prioridade e para isso, há necessidade de reorganização dos Serviços de Saúde, tanto em nível ambulatorial quanto hospitalar. A autora sugere: – Aumentar o número de ambulatórios de follow-up

– Realização de busca ativa dos pacientes

– Criação de um ambulatório de aleitamento materno,

– Melhoria dos registros nos prontuários.

– Necessidade de novas pesquisas com aprofundamento no tema

Dor neonatal e redução do cuidado materno: estressores precoces que interagem para impactar o desenvolvimento cerebral e comportamental

Dor neonatal e redução do cuidado materno: estressores precoces que interagem para impactar o desenvolvimento cerebral e comportamental

Neonatal pain and reduced maternal care: Early-life stressors interacting to impact brain and behavioral development.Mooney-Leber SM, Brummelte S.Neuroscience. 2017 Feb 7;342:21-36. doi: 10.1016/j.neuroscience.2016.05.001. Epub 2016 May 7. Review.PMID: 27167085.Similar articles.

Apresentação: Lara Ramos Pereira (R4 em Neonatologia do HMIB/SES/DF).

Coordenação: Miza Vidigal.

As  maturações da maturação cerebral observadas em prematuros em múltiplas fases de desenvolvimento podem se manifestar como deficiências cognitivas e alterações comportamentais (ansiedade / depressão) visto em prematuros mais tarde na vida. Além da própria prematuridade, estressores na UTI Neonatal podem alterar a maturação cerebral nesses recém-nascidos (RN), como dor neonatal, diminuição do cuidado materno, alteração de estimulação luminosa, ventilação mecânica, procedimentos de enfermagem e tratamentos médicos. Curiosamente, estudos animais anteriores mostraram o cuidado materno como um potencial papel modulatório de estresse da dor neonatal. Ambas as dor neonatal e redução dos cuidados maternos promovem uma exarcebação  da ativação do eixo HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-ADRENAL (HHA), podendo inclusive reprogramá-lo com alterações na secreção de glicocorticoide e ACTH! Um maior número de procedimentos dolorosos foram associados com redução de maturação da massa branca e cinzenta em prematuros comparados com RN a termo em idade gestacional equivalente. Um maior número de estressores, incluindo procedimentos dolorosos, foi associado com diminuição da largura do lobo frontal e parietal do cérebro, medidas de difusão alteradas e conectividade funcional nos lobos temporais, e anormalidades no comportamento motor  e neurocomportamentais no exame de recém-nascidos prematuros. E também: a dor neonatal se associou ao comprometimento do desenvolvimento do trato corticoespinhal dos pré-termo e diminuição do perímetro cefálico, diminuição da espessura cortical nos lobos parietal e frontal, assim como nos volumes cerebelares e também  alterações na ritmicidade cortical! E mais: a dor neonatal pode levar a morte de neurônios jovens (mecanismo: especula-se que a alta estimulação de neurônios fisiologicamente imaturos pode levar a hipe restimulação e dano excitotóxico). Uma maneira de aumentar o cuidado materno na UTIN é a Posição Canguru que funciona como um analgésico não farmacológico para os neonatos e está relacionado a resultados positivos que vão desde desenvolvimento cerebral típico a um melhor desenvolvimento cognitivo. Adolescentes ex-prematuros que receberam Cuidado Canguru apresentaram menor latência de potencial evocado motor, e tempo de transferência inter-hemisféricos mais rápidos durante a estimulação magnética transcraniana, sugerindo longa duração de melhorias da conectividade do cérebro após o Canguru. Portanto A PRESENÇA MATERNA E O TOQUE SÃO BENÉFICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS PREMATUROS. Devemos sempre propiciar e sermos facilitadores desta interação!