Categoria: Retinopatia da Prematuridade

Aumento do risco de autismo em crianças extremamente prematuras com retinopatia da prematuridade

Aumento do risco de autismo em crianças extremamente prematuras com retinopatia da prematuridade

Increased risk of autism in extremely preterm children with a history of retinopathy of prematurity. Lundgren P, Olsson HBK, Pivodic A, Jacobson L, Vallin L, Smith LE, Sävman K, Hellström A.Acta Paediatr. 2025 Jun;114(6):1161-1168. doi: 10.1111/apa.17539. Epub 2024 Dec 19.PMID: 39698790 Artigo Gratis!

Realizado por Paul R. Margotto.

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por déficits na interação social e comportamentos repetitivos. Crianças extremamente prematuras (<28 semanas de idade gestacional) apresentam risco elevado de TEA (6-20%), especialmente aquelas com retinopatia da prematuridade (ROP), uma doença neurovascular que afeta a retina de prematuros. O TEA está ligado a danos cerebrais estruturais macroscópicos e microscópicos, e outras comorbidades neuropsiquiátricas, como deficiência intelectual e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), são comuns, particularmente em bebês prematuros. O mundo todo, cerca de 1% das crianças são diagnosticadas com TEA, e algumas pesquisas sugerem que a prevalência está aumentando.Este estudo mostrou a associação entre ROP e TEA em crianças <28 sem lesões cerebrais ou distúrbios genéticos: ROP moderada a grave (estágio ≥2) foi associada a uma probabilidade triplicada de TEA (aOR 3,76; IC 95% 1,36–10,40; p=0,011) após ajustes. A retina, uma extensão do sistema nervoso central, compartilha origem neuroectodérmica com o cérebro, sugerindo que alterações na ROP podem refletir problemas neurais. Astrócitos e neuroinflamação são fatores comuns na ROP e no TEA, indicando possíveis mecanismos compartilhados, como hipóxia e estresse oxidativo. A alta prevalência de TEA (cerca de 20%) reforça a necessidade de rastreamento e avaliação precoce do neurodesenvolvimento nessas crianças, especialmente com histórico de ROP, para melhorar desfechos e qualidade de vida. Metanálise de seis coortes europeias indica que a exposição pré-natal ao paracetamol aumenta o risco de TEA (19%) e TDAH (21%), especialmente em meninos, possivelmente por estresse oxidativo e alterações no BDNF (Fator Neurotrófico derivado do cérebro). Quanto ao ácido fólico: Revisões sistemáticas mostram resultados inconsistentes. A suplementação pré-natal pode reduzir o risco de TEA (OR 0,57), mas doses elevadas ou autoanticorpos contra receptores de folato podem aumentar o risco, São recomendados rastreamento precoce de TEA em prematuros com ROP e Uso cauteloso de paracetamol na gravidez, apenas quando necessário.

Avaliação abrangente da inflamação placentária: nova abordagem na predição da retinopatia da prematuridade

Avaliação abrangente da inflamação placentária: nova abordagem na predição da retinopatia da prematuridade

Comprehensive assessment of placental inflammationNovel approach in predicting retinopathy of prematurity. 

El Emrani S, Jansen EJS, Goeman JJ, Termote JUM, Lopriore E, Schalij-Delfos NE, van der Meeren LE.Early Hum Dev. 2025 May;204:106239. doi: 10.1016/j.earlhumdev.2025.106239. Epub 2025 Mar 7.PMID: 40086020  Artigo Grátis! Holanda.

A literatura tem levantado a hipótese de que sua fisiopatologia da ROP começa no útero Análises adicionais dos fatores de risco para ROP revelaram dois fatores inflamatórios placentários independentes: CORIOAMNIONITE AGUDA GRAVE (resposta inflamatória materna por neutrófilos nas membranas placentárias e FUNISITE (resposta inflamatória fetal na placa corial ou cordão umbilical): risco 1,8 vezes maior de ROP em neonatos com essas duas condições! A inflamação placentária pode induzir diretamente a produção de citocinas proinflammatories, o que pode influenciar a neovascularização da retina por meio da disponibilidade de VEGF regulada pela inflamação e sensibilizar a retina para insultos subsequentes. Importância desse conhecimento: SOLICITE HISTOLOGIA DA PLACENTA E PESO NOS PREATUROS! Pode ser uma ferramenta nova e valiosa para prever o desenvolvimento de ROP nos primeiros dias de vida pós-natal. Esse risco aumentado de desfechos adversos pode ser integrado a uma abordagem personalizada de tratamento neonatal em um estágio muito precoce, a fim de prevenir desfechos adversos nesses neonatos vulneráveis ​​e de alto risco.

 

Glaucoma congênito primário bilateral em recém-nascido

Glaucoma congênito primário bilateral em recém-nascido

Bilateral Primary Congenital Glaucoma in a NewbornConsales A, Araimo G, Taccani V, Osnaghi S, Bedeschi MF, Mosca F, Fumagalli M.J Pediatr. 2025 Apr;279:114464. doi: 10.1016/j.jpeds.2025.114464. Epub 2025 Jan 15.PMID: 39824377 . No abstract available. Artigo Gratis! Milão, Itália.

Realização: Paulo R. Margotto.

O exame físico ao nascimento de um recém-nascido a termo do sexo masculino revelou opacificação corneana bilateral e anisocoria (esquerda > direita) e avaliação oftalmológica a seguir, buftalmia (olho de boi) no olho esquerdo, megalocórnea. caracterizado por um defeito no desenvolvimento do ângulo iridocorneano, que leva ao aumento da resistência ao fluxo de humor aquoso e à elevação da PIO (ou seja, hipertensão ocular). Isso pode resultar em dano progressivo ao nervo óptico e perda irreversível da visão, a menos que seja tratado prontamente. Há  predominância no sexo masculino e é frequentemente bilateral (70%), embora frequentemente com envolvimento assimétrico.  É mais comumente causado por mutações no gene CYP1B1 (cromossomo 2p21). A intervenção cirúrgica é a base do tratamento e deve ser realizada precocemente por um oftalmologista pediátrico experiente.

Hiperbilirrubinemia e Retinopatia da Prematuridade (ROP): um Estudo de Coorte Retrospectivo

Hiperbilirrubinemia e Retinopatia da Prematuridade (ROP): um Estudo de Coorte Retrospectivo

Hyperbilirubinemia and retinopathy of prematurity: a retrospective cohort studyGulden S, Cervellini G, Colombo M, Marangoni MB, Taccani V, Pesenti N, Raffaeli G, Araimo G, Osnaghi S, Fumagalli M, Garrido F, Villamor E, Cavallaro G.Eur J Pediatr. 2024 Sep;183(9):3809-3818. doi: 10.1007/s00431-024-05630-3. Epub 2024 Jun 15.PMID: 38877325. Itália.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Na população estudada <32 semanas 12,8% dos lactentes apresentaram  RETINOPATIA DA PREMATURIDADE (ROP). A taxa de qualquer ROP foi maior nos lactentes com hiperbilirrubinemia (13,8%)  quando comparados aos lactentes sem hiperbilirrubinemia (7,8%, p  < 0,01). Os dias de exposição a fototerapia nos bebês com ROP foram maiores do que nos bebês sem  ROP (p<0.001) e essa exposição foi maior nos bebes com ROP grave em relação aos bebes com ROP não grave. Cada dia adicional de hiperbilirrubinemia aumentou o risco de desenvolver qualquer ROP em 5%, ROP não grave em 4% e ROP grave em 6% em comparação com o grupo sem ROP. No entanto, a associação entre hiperbilirrubinemia e ROP não pôde ser observada no subgrupo com menor IG, que é mais suscetível ao desenvolvimento de ROP grave! Bilirrubina de pico baixo e a fototerapia prolongada podem estar associadas a uma ROP mais grave. Portanto, ao degradar a bilirrubina, a fototerapia pode diminuir a capacidade de resistência à oxidação e pode aumentar as ROS na retina e no soro. É aconselhável o uso cuidadoso de fototerapia profilática em neonatos com alto risco de ROP. Além disso, a hiperbilirrubinemia pode afetar o funcionamento visuocortical independentemente dos seus efeitos na retina.

Monografia da Neonatologia-2024 (HMIB/SES/DF):Avaliação nutricional dos recém-nascidos com idade gestacional menor que 28 semanas e sua associação com o desenvolvimento da displasia broncopulmonar

Monografia da Neonatologia-2024 (HMIB/SES/DF):Avaliação nutricional dos recém-nascidos com idade gestacional menor que 28 semanas e sua associação com o desenvolvimento da displasia broncopulmonar

Amanda Silva Franco Molinari. Orientadora: Dra. Miza Maria Barreto de Araújo
Vidigal. Co-orientação: Profª. Dra. Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira

Não houve diferenças significativas entre os grupos com e sem displasia broncopulmonar (DBP) quanto ao estado nutricional,  deficiente em ambos os grupos. A incidência de DBP: 31% (1 em cada, 3 DBP grave). Houve um risco aumentado de 2,9 vezes para retinopatia da prematuridade  e de 1,5 vezes para mortalidade nos  bebês com DBP grave, assim como maior tempo de ventilação mecânica, maior número de transfusões e maior tempo de internação nos bebês com DBP.

 

Os efeitos da nutrição enteral e parenteral precoce na retinopatia da prematuridade: uma revisão sistemática

Os efeitos da nutrição enteral e parenteral precoce na retinopatia da prematuridade: uma revisão sistemática

The Effects of Early Enteral and Parental Nutrition on Retinopathy of Prematurity: A Systematic Review.Mandala VK, Urakurva AK, Gangadhari S, Kotha R Sr.Cureus. 2023 Nov 18;15(11):e49029. doi: 10.7759/cureus.49029. eCollection 2023 Nov.PMID: 38116356 . Review. ARTIGO GRÁTIS!

Apresentação: Iago Silva de Almeida | R4 Terapia Intensiva Pediátrica – HMIB. Coordenação: Carlos Zaconeta

 

O manejo de recém-nascidos prematuros deve considerar o grave problema da retinopatia da prematuridade (ROP). Uma revisão sistemática foi conduzida para reconhecer efetivamente como a nutrição enteral e parenteral precoce afeta o crescimento e a progressão da ROP. O estudo resume descobertas recentes de várias fontes para fornecer informações sobre a relação entre práticas alimentares e riscos de ROP. Quando não tratada, a retinopatia da prematuridade (ROP) pode causar perda grave de visão ou cegueira em recém-nascidos prematuros. As duas últimas fases da progressão da ROP são as mais graves. A nutrição precoce de uma criança, tanto por via oral como intravenosa, tem impacto significativo na gravidade e progressão da ROP. Esta revisão sistemática tem como objetivo examinar as evidências que ligam a nutrição precoce à ROP em bebês prematuros. O estudo utilizou Embase, Scopus e PubMed para conduzir nossa pesquisa. ROP, recém-nascidos prematuros e nutrição foram palavras-chave utilizadas para encontrar artigos relevantes. Nove estudos de pesquisa passaram pelo processo de triagem e ofereceram informações importantes sobre o impacto da dieta na ROP. Estes estudos apoiam a ideia de que a má nutrição é uma força motriz por trás do início da ROP. O risco de ROP tem sido associado ao desenvolvimento pós-natal, hiperglicemia, níveis de ácidos graxos poliinsaturados e presença de leite materno. Descobriu-se também que as perspectivas para a ROP são afetadas pelo período de tempo que o paciente recebeu alimentação parenteral. A incidência e gravidade da ROP podem ser atenuadas proporcionando melhor nutrição aos recém-nascidos prematuros. Este estudo abrangente conclui que a nutrição precoce, tanto enteral quanto parenteral, influencia substancialmente o desenvolvimento e a progressão da ROP em recém-nascidos prematuros. A importância da nutrição nos cuidados neonatais é realçada pela possibilidade de que métodos dietéticos melhorados possam ajudar na prevenção e no tratamento desta doença que ameaça a visão

Diferenças na oxigenação do tecido cerebral em neonatos prematuros que recebem transfusões de glóbulos vermelhos de adultos ou do sangue do cordão umbilical

Diferenças na oxigenação do tecido cerebral em neonatos prematuros que recebem transfusões de glóbulos vermelhos de adultos ou do sangue do cordão umbilical

Differences in Cerebral Tissue Oxygenation in Preterm Neonates Receiving Adult or Cord Blood Red Blood Cell Transfusions. Pellegrino C, Papacci P, Beccia F, Serrao F, Cantone GV, Cannetti G, Giannantonio C, Vento G, Teofili L.JAMA Netw Open. 2023 Nov 1;6(11):e2341643. doi: 10.1001/jamanetworkopen.2023.41643.PMID: 37934499  Clinical Trial. Artigo Gratis!

Realizado por Paulo R. Margotto.

O artigo responde a pergunta:  A hemoglobina fetal e adulta está diferentemente associada à cinética de oxigenação do tecido cerebral de neonatos prematuros com anemia da prematuridade? Neste estudo de coorte de 23 neonatos randomizados, a espectroscopia cerebral no infravermelho próximo foi monitorada antes e depois de 42 transfusões de concentrados de glóbulos vermelhos (PRBC) em 17 neonatos prematuros, dos quais 22 unidades eram hemácias padrão de doadores adultos e 20 eram hemácias PRBC obtidas do sangue do cordão umbilical alogênico. Uma maior saturação regional de oxigênio e uma menor fração de extração de oxigênio foram registradas após transfusões de adultos em comparação com transfusões de sangue do cordão umbilical, sugerindo que a hemoglobina adulta estava associada a uma superexposição ao oxigênio no tecido cerebral. Qual é o significado desse conhecimento? Neste estudo de coorte de 23 neonatos randomizados, a espectroscopia cerebral no infravermelho próximo foi monitorada antes e depois de 42 transfusões de concentrados de glóbulos vermelhos (PRBC) em 17 neonatos prematuros, dos quais 22 unidades eram hemácias padrão de doadores adultos e 20 eram hemácias PRBC obtidas do sangue do cordão umbilical alogênico. Uma maior saturação regional de oxigênio e uma menor fração de extração de oxigênio foram registradas após transfusões de adultos em comparação com transfusões de sangue do cordão umbilical, sugerindo que a hemoglobina adulta estava associada a uma superexposição ao oxigênio no tecido cerebral. Os resultados sugerem que as transfusões de sangue do cordão umbilical em recém-nascidos com anemia da prematuridade podem ajudar a prevenir a exposição inadequada do tecido cerebral ao oxigênio. Os achados do presente estudo poderiam apoiar ainda mais a estratégia de transfundir neonatos prematuros com eritrócitos alogênicos do sangue do cordão umbilical para MINIMIZAR a gravidade da RETINOPATIA DA PREMATURIDADEP, uma vez que esta estratégia se mostrou eficaz na manutenção do nível fisiológico de Hemoglobina Fetal!

 

Transfusões de eritrócitos estão associadas à retinopatia da prematuridade (ROP) em recém-nascidos com idade gestacional extremamente baixa

Transfusões de eritrócitos estão associadas à retinopatia da prematuridade (ROP) em recém-nascidos com idade gestacional extremamente baixa

Erythrocyte transfusions are associated with retinopathy of prematurity in extremely low gestational age newborns.Glaser K, Härtel C, Dammann O, Herting E, Andres O, Speer CP, Göpel W, Stahl A; German Neonatal Network.Acta Paediatr. 2023 Dec;112(12):2507-2515. doi: 10.1111/apa.16965. Epub 2023 Sep 4.PMID: 37667535. Rede Nacional Alemã.

Realizado por Paulo R. Margotto.

Nesta grande coorte de bebês entre 22 + 0 a 28 + 6 semanas de gestação  descobriram que uma história de transfusões de hemácias estava independentemente associada ao aumento das chances de qualquer retinopatia da prematuridade (aumento das chances de 1,4 vezes!) , progressão da ROP (2,1 vezes mais!) e necessidade de tratamento da ROP (aumento das chances de 3,6 vezes!). Os médicos devem estar cientes das transfusões de hemácias como um fator de risco independente para ROP, PREVENÇÃO DA ANEMIA e PROMOVER  práticas de prevenção de transfusões, especialmente em bebês nascidos com baixa idade gestacional

Associação da Enterocolite Necrosante Cirúrgica e seu Sincronismo com a Retinopatia da Prematuridade.

Associação da Enterocolite Necrosante Cirúrgica e seu Sincronismo com a Retinopatia da Prematuridade.


Association of Surgical Necrotizing Enterocolitis and Its Timing with Retinopathy of Prematurity.
Fundora JB, Binenbaum G, Tomlinson L, Yu Y, Ying GS, Maheshwari A, Donohue P.Am J Perinatol. 2023 Aug;40(11):1178-1184. doi: 10.1055/s-0041-1733785. Epub 2021 Aug 3.PMID: 34344041

Realizado por Paulo R. Margotto

Em comparação com bebês sem enterocolite necrosante (ECN) cirúrgica, crianças com ECN cirúrgica eram mais propensas a desenvolver qualquer ROP (79,5% vs. 40,9%, p<0,001) , ROP (retinopatia da prematuridade) grave (39,3% vs. 10,9%, p<0,001), ROP tipo 1 (22,2% vs. 5,2%) e ROP tipo 2 (17,1% vs. 5,7%) (p<0,001). A ECN cirúrgica foi associada a riscos significativamente aumentados de ROP (OR = 2,7, 95 % CI: 1,9–3,7) e ROP grave (OR=2,5, 95% CI: 1,9–3,3) em comparação com aqueles sem ECN cirúrgica, sendo maior ainda nos que desenvolveram       ECN cirúrgica precoce (OR 3,1, IC 95%: 2,1–4,8) e ROP grave (OR=3,3, IC 95%: 2,3–4,7). É plausível que cascatas inflamatórias impulsionadas pela fisiopatologia subjacente da ECN possam ter um papel no aumento do risco de ROP.

Retinopatia da Prematuridade: Tratamento Evolutivo com Fator de Crescimento Endotelial Antivascular

Retinopatia da Prematuridade: Tratamento Evolutivo com Fator de Crescimento Endotelial Antivascular

Retinopathy of PrematurityEvolving Treatment With Anti-Vascular Endothelial Growth Factor. Hartnett ME .Am J Ophthalmol. 2020 Oct;218:208-213. doi: 10.1016/j.ajo.2020.05.025. Epub 2020 May 23.PMID: 32450064 Free PMC article. Review. Artigo Livre!

Apresentação: Lays Silveira Piantino Pimentel R4 Neonatalogia. Thaiana Beleza R5 Neonatologia

Coordenação: Nathalia Bardal

Ainda não está claro qual dose e qual agente anti-VEGF pode ser administrado para inibir com segurança a neovascularização pré-retiniana e facilitar a vascularização da retina avascular sem ferir a retina neural ou envolver órgãos sistêmicos, incluindo o cérebro. O tratamento anti-VEGF idealmente seria um agente que não exigiria repetição de injeções, que também aumentam o risco para os olhos.

Se a ROP for diagnosticada erroneamente e o tratamento for realizado muito cedo, então o efeito pode ser semelhante à administração de uma dose muito alta. Portanto, diagnóstico preciso é importante.

Os objetivos na retinopatia da prematuridade são otimizar os cuidados pré-natais e perinatais, melhorar a perspicácia diagnóstica em todo o mundo e refinar as estratégias de tratamento, inclusive com agentes anti-VEGF, para inibir a angiogênese intravítrea e facilitar a vascularização da retina anteriormente avascular, que inclui suporte neural e vascular do desenvolvimento do prematuro e da retina.

Nos complementos:

-A presença de doença plus, história de oxigenoterapia ou fototerapia e IG menor que 32 foram associados a um aumento significativo da prevalência de falha no tratamento com anti-VEGF. Os fatores de risco que predizem a recorrência são baixo peso ao nascer, pré-tratamento da zona 1, história de intubação, anemia e sepse.

-Os pacientes tratados com bevacizumab (anti-fator de crescimento endotelial vascular) ainda devem ser cuidadosamente monitorados para problemas de neurodesenvolvimento.