Categoria: UTI Pediátrica

MONOGRAFIA-UTI-PEDIÁTRICA-HMIB-2023: Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

MONOGRAFIA-UTI-PEDIÁTRICA-HMIB-2023: Avaliação do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Perfil Clínico e Epidemiológico da Bronquiolite Viral Aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

RESIDENTE: JÉSSICA FAGUNDES RANGEL. ORIENTADORA: DRA. PAULA DE OLIVEIRA ABDO.

A bronquiolite viral aguda (BVA) é definida como infecção do trato respiratório inferior, usualmente causada por vírus, de incidência em lactentes jovens, e que evolui com casos graves em uma parcela dos casos, com necessidade de internação em UTI pediátrica. ¹ Durante a pandemia pelo Sars-COV 2, foi observada uma possível mudança no perfil dos pacientes com diagnóstico de BVA. Há possivelmente maior número absoluto de doentes, e entre estes maior incidência de acometidos por doença grave, com maior tempo de internação e maior incidência de complicações 9,10 . Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Foram coletados dados dos prontuários dos pacientes que estiveram internados de janeiro de 2022 a junho de 2022 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTIP HMIB), através do sistema de prontuário eletrônico do hospital (TrakCare®), respeitando os critérios de inclusão e exclusão para seleção da amostra. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (BVA) após a pandemia pelo SARS-COV 2, no que se refere a tempo de internação na UTIP, uso e tempo de ventilação mecânica e desfecho em pacientes internados. Foram incluídos pacientes de 29 dias de vida a 2 anos de vida, que estiveram internados na UTIP HMIB. Foram excluídos do estudo os pacientes com idade menor ou igual a 28 dias de vida, pois não compõe o perfil de pacientes atendidos pela unidade. A análise dos dados permitiu encontrar nesse estudo associação de risco entre BVA com coinfecção pelo Sars-COV 2 e maior risco para incidência de complicações nestes pacientes. Foi observada mudança na sazonalidade dos casos, com aumento da incidência de casos de BVA por VSR em mais de 500%, em comparação com os anos antes da pandemia pelo Sars-COV 2.

 

UTI PEDIÁTRICA: Melhorando os resultados para pacientes com bronquiolite após a implementação de uma cânula nasal de alto fluxo e padronização dos critérios de alta em uma UTIP

UTI PEDIÁTRICA: Melhorando os resultados para pacientes com bronquiolite após a implementação de uma cânula nasal de alto fluxo e padronização dos critérios de alta em uma UTIP

Improving Outcomes for Bronchiolitis Patients After Implementing a HighFlow Nasal Cannula Holiday and Standardizing Discharge Criteria in a PICU.Maue DK, Ealy A, Hobson MJ, Peterson RJ, Pike F, Nitu ME, Tori AJ, Abu-Sultaneh S.Pediatr Crit Care Med. 2023 Jan 16. doi: 10.1097/PCC.0000000000003183. Online ahead of print.PMID: 36645273.

Coordenação: Alexandre Serafim. UTI PEDIÁTRICA DO HMIB/SES/DF.

CONTEXTO DA PESQUISA

  • A cânula nasal de alto fluxo (CNAF) é um procedimento de terapia frequentemente usada na bronquiolite.
  • Embora tenha diminuído as taxas de intubação em pacientes com bronquiolite, provavelmente contribui para o aumento do custo e tempo de permanência
  •  Um terapeuta  respiratório conduzindo um Protocolo pode ajudar a simplificar o uso da CNAF.                                                                                                                                                               À Beira da Cama
    • Modificações em na CNAF acionadas por um Protocolo conduzido por terapeutas respiratórios, e padronização dos critérios de alta foram implementados com segurança em uma UTIP e levou a uma melhora nos resultados de pacientes com bronquiolite sem aumento de eventos adversos.
    • Os protocolos baseados em fisioterapeutas respiratórios demonstraram ser bem sucedidos na diminuição do tempo da CNAF, tempo de permanência na UTIP e tempo de internação; é importante desenvolvê-los como equipe multiprofissional.
Tempo de enchimento capilar na sepse: uma ferramenta útil e de fácil acesso para avaliar a perfusão em crianças

Tempo de enchimento capilar na sepse: uma ferramenta útil e de fácil acesso para avaliar a perfusão em crianças

Capilar refill time in sepsis: A useful and easily accessible tool for evaluating perfusion in children.Lamprea S, Fernández-Sarmiento J, Barrera S, Mora A, Fernández-Sarta JP, Acevedo L.Front Pediatr. 2022 Nov 17;10:1035567. doi: 10.3389/fped.2022.1035567. eCollection 2022.PMID: 36467476 Free PMC article. Review. Artigo Livre!

Apresentação: Thaís Mendonça Barbosa. MR4 Medicina Intensiva Pediátrica, HMIB/SES/DF. Coordenação: Alexandre Serafim.

-As diretrizes internacionais de sepse enfatizam a importância da identificação precoce juntamente com a administração combinada de fluidos, antibióticos e vasopressores como etapas essenciais no tratamento do choque séptico na infância.

-No entanto, apesar dessas recomendações, a mortalidade por choque séptico continua muito alta, especialmente em países com recursos limitados.

-O envolvimento cardiovascular é comum e, na maioria dos casos, determina os desfechos.

– O reconhecimento precoce da disfunção hemodinâmica, tanto na macro quanto na microcirculação, pode ajudar a melhorar os resultados.

-Tempo de enchimento capilar(TEC) é uma ferramenta útil, disponível e facilmente acessível em todos os níveis de atenção. É um sinal clínico de vasoconstrição capilar devido a uma resposta simpática excessiva que busca melhorar a redistribuição do sangue da micro para a macrocirculação.

-Uma razão importante para avaliar funcionalmente a microcirculação é que, no choque séptico, supõe-se que a correção das variáveis da macrocirculação resulte em melhora da perfusão tecidual. Isso foi denominado “coerência hemodinâmica”. No entanto, essa coerência muitas vezes não ocorre em estágios avançados da doença.

-O tempo de preenchimento capilar é útil para orientar a ressuscitação com fluidos e identificar pacientes com sepse mais gravemente afetados.

-Vários fatores podem interferir em sua mensuração, que deve ser preferencialmente padronizada e realizada nos membros superiores.

-Nesta revisão, buscamos esclarecer algumas dúvidas comuns sobre o TEC e orientar seu uso correto em pacientes com sepse.

UTI PEDIÁTRICA: Condições médicas novas e progressivas após hospitalização por sepse pediátrica que requerem cuidados intensivos

UTI PEDIÁTRICA: Condições médicas novas e progressivas após hospitalização por sepse pediátrica que requerem cuidados intensivos

New and Progressive Medical Conditions After Pediatric Sepsis Hospitalization Requiring Critical Care.Carlton EF, Gebremariam A, Maddux AB, McNamara N, Barbaro RP, Cornell TT, Iwashyna TJ, Prosser LA, Zimmerman J, Weiss S, Prescott HC.JAMA Pediatr. 2022 Nov 1;176(11):e223554. doi: 10.1001/jamapediatrics.2022.3554. Epub 2022 Nov 7.PMID: 36215045.

Apresentaçao: Júlia de Andrade (MR4UTIP-HMIB/SES/DF). Coordenação: Alexandre Serafim.

Esse estudo coorte nos EUA com 5150 crianças graves que sobreviveram a sepse mostrou:

  • 1 em cada 5 crianças tiveram alguma nova doença ou complicação em 6 meses após a internação por sepse;
  • crianças menores e com comorbidades previas foram as mais afetadas após a internação por sepse;
  • os sobreviventes a sepse podem se beneficiar de um acompanhamento mais específico para identificar novas complicações na saúde ou agravamentos.                                                                                    Significado
  • O desenvolvimento e/ou progressão de uma condição de comorbidade  ocorreu em 19% das crianças que sobreviveram à hospitalização para sepse, sugerindo que eles podem se beneficiar de acompanhamento para identificar e tratar problemas médicos novos ou condições agravantes.
UTI PEDIÁTRICA: Mobilização Ativa Precoce durante Ventilação Mecânica na UTI (Early Active Mobilization during Mechanical Ventilation in the ICU)

UTI PEDIÁTRICA: Mobilização Ativa Precoce durante Ventilação Mecânica na UTI (Early Active Mobilization during Mechanical Ventilation in the ICU)

Early Active Mobilization during Mechanical Ventilation in the ICU.

TEAM Study Investigators and the ANZICS Clinical Trials Group; Hodgson CL, Bailey M, Bellomo R, Brickell K, Broadley T, Buhr H, Gabbe BJ, Gould DW, Harrold M, Higgins AM, Hurford S, Iwashyna TJ, Serpa Neto A, Nichol AD, Presneill JJ, Schaller SJ, Sivasuthan J, Tipping CJ, Webb S, Young PJ.N Engl J Med. 2022 Nov 10;387(19):1747-1758. doi: 10.1056/NEJMoa2209083. Epub 2022 Oct 26.PMID: 36286256 Clinical Trial. Funded by the National Health and Medical Research Council of Australia and the Health Research
Council of New Zealand; TEAM ClinicalTrials.gov number, NCT03133377.

APRESENTADORA: JÚLIA DE ANDRADE (MR4, UTIP-HMIB/SES/DF)

ORIENTADOR: ALEXANDRE SERAFIM (INTENSIVISTA PEDIÁTRICO

 

Em adultos submetidos à ventilação mecânica na UTI, a mobilização ativa precoce não afetou o número de dias vivos e/ou fora do hospital em comparação com o nível usual de mobilização recebido nessas UTI’s. A intervenção foi associada com o aumento de efeitos adversos

Ultrassonografia com Doppler carotídeo como método para predizer a responsividade a fluidos em crianças ventiladas mecanicamente

Ultrassonografia com Doppler carotídeo como método para predizer a responsividade a fluidos em crianças ventiladas mecanicamente

Carotid doppler ultrasonography as a method to predict fluid responsiveness in mechanically ventilated children. de Souza TB, Rubio AJ, Carioca FL, Ferraz IS, Brandão MB, Nogueira RJN, de Souza TH.Paediatr Anaesth. 2022 Sep;32(9):1038-1046. doi: 10.1111/pan.14513. Epub 2022 Jul 2.PMID: 35748620.

Apresentação: Dayana Carla de Oliveira (R4 UTIP HMIB). Luciana Melara (R4 UTIP HMIB). Coordenação: Alexandre Serafim.

  • A análise das alterações respiratórias nas artérias carótida e aorta os fluxos sanguíneos são métodos precisos para prever a responsividade a fluidos em crianças sob ventilçao mecânica invasiva
  • Como os parâmetros hemodinâmicos convencionais têm capacidade limitada para identificar pacientes respondedores a fluidos, o uso rotineiro de variáveis dinâmicas de pré-carga deve ser encorajado.
  • Mais estudos são necessários para validar o uso do ultrassom Doppler carotídeo na UTIP e estabelecer uma curva de aprendizado para este novo método.
  • O que já se sabe sobre o tema
    • Os parâmetros hemodinâmicos convencionais têm um capacidade limitada de identificar pacientes responsivos a fluidos, e apenas cerca de metade das crianças experimentará uma melhoria no volume sistólico com carga de fluido.

    Que novas informações este estudo adiciona

    A análise das alterações respiratórias nos fluxos sanguíneos aórticos e carotídeos são métodos não invasivos precisos para prever a responsividade a fluidos em crianças sob tratamento em ventilação mecânica invasiva

UTI PEDIÁTRICA: Fatores associados à isquemia mesentérica aguda em pacientes criticamente enfermos ventilados com choque: uma análise post hoc do estudo NUTRIREA2

UTI PEDIÁTRICA: Fatores associados à isquemia mesentérica aguda em pacientes criticamente enfermos ventilados com choque: uma análise post hoc do estudo NUTRIREA2

Factors associated with acute mesenteric ischemia among critically ill ventilated patients with shock: a post hoc analysis of the NUTRIREA2 trialPiton G, Le Gouge A, Boisramé-Helms J, Anguel N, Argaud L, Asfar P, Botoc V, Bretagnol A, Brisard L, Bui HN, Canet E, Chatelier D, Chauvelot L, Darmon M, Das V, Devaquet J, Djibré M, Ganster F, Garrouste-Orgeas M, Gaudry S, Gontier O, Groyer S, Guidet B, Herbrecht JE, Hourmant Y, Lacherade JC, Letocart P, Martino F, Maxime V, Mercier E, Mira JP, Nseir S, Quenot JP, Richecoeur J, Rigaud JP, Roux D, Schnell D, Schwebel C, Silva D, Sirodot M, Souweine B, Thieulot-Rolin N, Tinturier F, Tirot P, Thévenin D, Thiéry G, Lascarrou JB, Reignier J; Clinical Research in Intensive Care and Sepsis (CRICS) group.Intensive Care Med. 2022 Apr;48(4):458-466. doi: 10.1007/s00134-022-06637-w. Epub 2022 Feb 22.PMID: 35190840 Clinical Trial.

Apresentação: Luciana Melara (R4 UTIP HMIB/SES/DF). Coordenação: Alexandre Serafim.

                                                        Mensagem para levar para casa 

Este estudo identificou quatro fatores associados à doença isquemia mesentérica aguda entre pacientes ventilados criticamente doentes com choque: nutrição enteral, uso de dobutamina, escore SAPS II ≥62 e hemoglobina ≤ 10,9 g/dL .Isso sugere que entre os doentes críticos ventilados com choque necessitando de vasopressores, a nutrição deve ser adiada em caso de baixo débito cardíaco requerendo dobutamina e/ou em caso de falência múltipla de órgãos com elevado SAPS II ((Simplified Acute Physiology Score).

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UTI PEDIÁTRICA: Resistência das vias aéreas e complacência respiratória em crianças com bronquiolite viral aguda que requerem suporte de ventilação mecânica

UTI PEDIÁTRICA: Resistência das vias aéreas e complacência respiratória em crianças com bronquiolite viral aguda que requerem suporte de ventilação mecânica

Airway Resistance and Respiratory Compliance in Children with Acute Viral Bronchiolitis Requiring Mechanical Ventilation Support.Andreolio C, Piva JP, Bruno F, da Rocha TS, Garcia PC.Indian J Crit Care Med. 2021 Jan;25(1):88-93. doi: 10.5005/jp-journals-10071-23594.PMID: 33603308 Free PMC article. Artigo Livre!

Análise da mecânica respiratória de lactentes com BVA em MV apresentou níveis muito elevados de InRes e ExRes. Para sobrepor o obstrução das vias aéreas, parâmetros ventilatórios mais agressivos são necessário, especialmente PIP. O monitoramento da mecânica respiratória pode representar uma ferramenta para orientar a estratégia ventilatória a ser adotada em pacientes com BVA grave. Novos estudos devem incluir a definição de valores mecânicos em crianças sem comprometimento pulmonar, bem como estudos com medidas de pressão de platô e pressão motriz em doenças pediátricas.

Bebês com BVA que necessitam de suporte VM apresentam valores de InRes (Resistência inspiratória) e ExRes (Resistência expiratória) muito altos. Esses achados podem ser a razão para os parâmetros ventilatórios agressivos, especialmente PIP, necessários para ventilar esse grupo de crianças com obstrução das vias aéreas inferiores.

Efeitos da posição prona no recrutamento pulmonar e na correspondência ventilação-perfusão em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo de COVID-19: um estudo combinado de tomografia computadorizada/tomografia de impedância elétrica

Efeitos da posição prona no recrutamento pulmonar e na correspondência ventilação-perfusão em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo de COVID-19: um estudo combinado de tomografia computadorizada/tomografia de impedância elétrica

Effects of Prone Position on Lung Recruitment and VentilationPerfusion Matching in Patients With COVID-19 Acute Respiratory Distress Syndrome: A Combined CT Scan/Electrical Impedance Tomography Study. Fossali T, Pavlovsky B, Ottolina D, Colombo R, Basile MC, Castelli A, Rech R, Borghi B, Ianniello A, Flor N, Spinelli E, Catena E, Mauri T.Crit Care Med. 2022 May 1;50(5):723-732. doi: 10.1097/CCM.0000000000005450. Epub 2022 Apr 11.PMID: 35200194 Free PMC article. Artigo Livre!

Realizado por Paulo R. Margotto

Trata-se de um estudo realizado em adultos. A posição PRONA tem sido um pilar no tratamento da SDRA por COVID, como diminuição das taxas de mortalidade. O mecanismo chave associado à posição PRONA é o recrutamento do pulmão sob uma pressão constante, havendo diminuição do espaço morte com diminuição do risco de hipocapnia. Na posição PRONA houve aumento da complacência pulmonar, diminuição do atelectrauma, diminui a área de shunt, como melhora da oxigenação. Esses efeitos fisiológicos podem se associar a mais proteção pulmonar.  Nos complementos, trouxemos evidências atuais da posição PRONA nos sob assistência respiratória, como melhora da oxigenação arterial e cerebral, assim como nos RN com displasia broncopulmonar. No entanto, esses bebês devem ser acompanhados e supervisionados de perto, pois tem sido descritas alterações hemodinâmicas associadas á posição PRONA, como significativa diminuição do volume sistólico, débito cardíaco e fluxo sanguíneo na pele assim como aumento da resistência vascular periférica (resposta compensatória à diminuição do débito cardíaco), alterações reversíveis no retorno à posição supina.

Efeito da terapia de cânula nasal de alto fluxo vs pressão positiva contínua das vias aéreas após extubação na liberação do suporte respiratório em Crianças criticamente doentes: um ensaio clínico randomizado

Efeito da terapia de cânula nasal de alto fluxo vs pressão positiva contínua das vias aéreas após extubação na liberação do suporte respiratório em Crianças criticamente doentes: um ensaio clínico randomizado

Effect of HighFlow Nasal Cannula Therapy vs Continuous Positive Airway Pressure Following Extubation on Liberation From Respiratory Support in Critically Ill Children: A Randomized Clinical Trial.

Ramnarayan P, Richards-Belle A, Drikite L, Saull M, Orzechowska I, Darnell R, Sadique Z, Lester J, Morris KP, Tume LN, Davis PJ, Peters MJ, Feltbower RG, Grieve R, Thomas K, Mouncey PR, Harrison DA, Rowan KM; FIRST-ABC Step-Down RCT Investigators and the Paediatric Critical Care Society Study Group.JAMA. 2022 Apr 26;327(16):1555-1565. doi: 10.1001/jama.2022.3367.PMID: 35390113 Clinical Trial.

Esse estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a não inferioridade no uso da CNAF em comparação CPAP como modo de primeira linha de suporte ventilatório após a extubação em Pediatria. Apesar da preferência clínica para iniciar CNAF após a extubação mais confortável, menos lesão nasal), CNAF se associou a mais tempo para a liberação do suporte respiratório. A mortalidade no 180 dia foi significativamente maior no grupo CNAF (5,6% VS CPAP, 2,4%; Odds Ratio ajustada de 3,07 [IC 95%, 1,1-8,8]). Entre as crianças criticamente doentes que necessitam de suporte respiratório não invasivo após a extubação, CNAF em comparação com CPAP após a extubação não atendeu ao critério de não inferioridade no tempo de uso do suporte respiratório, ou seja, CPAP mostrou-se melhor, resultados semelhantes aos encontrados na Neonatologia (temos extubado para CPAP nasal em selo d´agua com FiO2 de 50%, pressão de 7 cmH2O, aumentando até 8-9 cmH2O se necessário; se falha, NIPPV sincronizada (Nasal Intermittent positive pressure ventilation*  sincronizada).